A arte de contar hitórias na educação infantil

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O tema “A arte de contar história na Educação nfantil” levanta várias questões como: Qual a origem da contação de histórias? Quem são os contadores de história? Qual a importância de contar histórias na educação infantil (ou na escola)? Qual a diferença entre ler e contar uma história. Existem outras formas de se contar histórias?

Inventar uma história é fato natural e espontâneo na criança, criá-la é uma forma muito completa de expressar sentimentos e idéias, é preciso, porém toda uma atitude positiva e criatlva por parte do contador, de forma a ampliar esse poder de imaginação infantil. O principal nesta arte é saber despertar emoções, pois as forças da fantasia, sonho, SWP to p age magia, mistério e da as crianças.

Contar hi necessário, pois mex com muito benéfica na fo principalmente no pr oi pontaneamente extremamente ntil é uma influência e da criança, cia, porque através da assimilação dos conteudos da história há uma fusão entre o real e o Imagináno, isto porque a criança se identifica com os personagens e “vive” o drama que ali é apresentado de uma forma simples, porém impactante, ao mesmo tempo em que distrai a criança lhe apresenta virtudes e defeitos, seu aparente ntretenimento disfarça a proposta didática existente através da junção do lúdico e do pedagógico.

As histórias apresentadas aos educando, agem em seu inconsciente, atraves do prazer e emoções, devido ao o simbolismo implícito nas tramas e personagens, faci facilitando à criança certa compreensão de valores básicos da conduta humana e de convívio social, pois é através dos significados simbólicos dos contos, que a criança incorporará os valores que regem a Vlda humana, uma vez que a escola tem em sua proposta pedagógica a função de tornar o aluno um individuo, participativo e critico.

Palavras-chave: Contaçào de História, Educação Infantil, Prática Pedagógica. SUMMARY The theme “The art of storytelling in Early Childhood Education” raises many questions as: What is the origin of storytelling? Who are the storytellers? What is the importance of storytelling in education (or school)? What is the difference between reading and tell a story, there are other ways to tell stories’.

Invent a story is indeed natural and spontaneous in the child, create it is a very complete to express feelings and ideas, but all it takes a creative and positive attitude on the part of the counter, in order to ncrease the power of childhood imagination. The key in this art is to know arouse emotions, because the forces of fantasy, dreams, magic, mystery and intuition still attract children spontaneously.

Storytelling in the classroom is extremely necessary, because messing with a child’s imagination is a very beneficial influence in shaping the character of children, particularly in the first cycle of his childhood, because by assimilation of the contents of the story is a fusion between the real and imaginary, that because the Child identifies with the characters and “lives” the drama that is resented here in a simple but powerful at the sarne time that it distracts the Child has st PAGF 31 presented here in a simple but powerful at the same time that it distracts the Child has strengths and weaknesses, its apparent entertainment disguises the proposal teaching through the junction of the existing recreational and educational the stories presented to the student, acting in his unconscious, through pleasure and emotions because of the symbolism implicit in the plots and characters, making the Child a certain understanding of the basic values ofhuman conduct and social life, for it is through he symbolic meanings tales, the Child Will enter the values that govern human life, since the school has in its pedagogical function of making the student an individual, participatory, and critical. Keywords: storytelling, Early Childhood Education, Educational Practice. CAPITULO A CONTAÇAO DE HISTORIA E SUA RAJETORIA NA SOCIEDADE 1. 1 A ORIGEM DA CONTAÇAO DA HISTORIA O ato de contar histórias, ou a contaçao de histórias, tem sua origem desde os primórdios da Grécia antiga, juntamente com o Império Árabe e uma de suas famosas histórias conhecidas por odo o mundo “As mil e uma noites”, contada por Sherazade.

A arte de contar história compõe papel de suma importância dentro do contexto literário, trabalhando assim o desenvolvimento da cnança, através de práticas orais, construção do saber reflexivo, estimulando o interesse e a imaginação, que supostamente irá trabalhar seu processo cognitivo, possibilitando a construção de ser um leitor, ouvinte e possibilitando em si, sua propria criaçao. A prática de contar históri diversos A prática de contar história contribui em diversos desenvolvimentos no indivíduo, seja ela Intelectual, social, ultural e de descobrimento de seu próprio eu, pois é no mundo imaginário que a criança desperta seus interesses, seja no momento em que está ouvindo ou narrando uma história. Influenciando juntamente com o processo artístico a interação social, o dialogar, conhecimentos e gosto pela leitura. “Não apenas as crianças, mas também adultos podem descobrir numa história a solução de algum problema e guardo depoimentos valiosos que confirmam isso. ” ( Betty Coelho, 2004, p. 52) .

Os professores/educadores devem inserir em seus objetivos de aprendizados, o processo de contar história com o intuito e ajudar e enriquecer o desenvolvimento das crianças, sendo de suma importância desenvolver desde as séries iniciais, esse mundo de imaginação, formação e promoção ao conhecimento. As histórias promovem valores e conceitos onde cada um na sua subjetividade, se descobre juntamente com o mundo real, seja a história ficção, aventura, drama e todos os gêneros já conhecidos, Inseridos nos inúmeros livros Ilterários, que dentro de uma sociedade de diversas culturas, crenças, visões políticas, etnias, moralidade, prevê uma aprendizagem reveladora e significativa para cada indivíduo.

Segundo Vanda (2005), “contar mitos, em muitos lugares da África, faz parte do jeito de educar a criança que, mesmo antes de ir a escola, aprende as histórias de sua comunidade, os acontecmentos passados, valorizando-os como novldade. ” A comunicação, a vivência, a interpretação e valor que cada obra tem, atinge todo indiv 31 novidade. ” A comunicação, a vivência, a interpretação e valor que cada obra tem, atinge todo indivíduo, independente de sua idade ou formação social, porque a leitura e a arte de ouvir e contar história, está presente na nossa história, seja ela na formação a cidadania e todos os paradigmas que a sociedade percorre através do tempo, sendo assim, dentro de nosso próprio contexto individual e coletivo.

A história nada mais é do que a formação e a compreensão da cidadania e do próprio conhecimento, o que para sua prática requer o entendimento do seu processo e dos caminhos que ela percorre, seja no mundo imaginário, transportando-se para a realidade e o desenvolvimento social, crítico e cultural. “A força da história é tamanha que narrador e ouvintes caminham juntos na trilha do enredo e ocorre uma vibração ec[proca de sensibilidades, a ponto de diluir-se o ambiente real ante a magia da palavra que comove e enleva. A ação se desenvolve e nós participamos dela, ficando magicamente envolvidos com os personagens, mas sem perder o senso crítico, que é estimulado pelos enredos. ” (Betty Coelho, 2004, p. 11). Existem muitas maneiras de enxergar o mundo.

Existem algumas maneiras de se conhecer o mundo. Mas não há como escapar, o mundo é uma grande historia que se lê diariamente. De olhos abertos, podemos perceber que cada um faz parte desse grande livro. As vezes nos colocamos na historia como personagem nem ão principal, mas que está sempre ao lado do “mocinho” e é seu amigo inseparável. Ou, quem sabe, a pnncesa que na aula de Matemática, fica sonhando com o príncipe qualquer dia desses para salva-la das g s 1 para salva-la das garras da rotina. Mas, por outro lado, o melhor mesmo é ser bicho solto com comportamento humano! Ou, quem sabe, apenas alguém que observa e vai dando sentido ás coisas. 1. PORQUE PARA QUE CONTAR HISTÓRIAS As historias despertam a imaginação e resgatam um pouco de nossas vidas, tornando possiVel idealizar o nosso futuro e compreender o passado e até mesmo dar sentido a eterminados acontecimentos que não podem ser mudados. Segundo (Piza 2005) as histonas possibilitam compreender um pouco de nossa existência. Elas fazem parte de nossas vidas, despertam a capacidade e o gosto pela criação, alimentam as nossas almas e nos ajudam a fazer uma leitura de mundo, permitindo sermos capazes de sonhar e pensar nos nossos antepassados e nossa existência. Sem as historias nossas vidas não teriam sentido, pois elas humanizam e nos torna sábios para o reconhecimento de nossa própria historicidade. Uma historia puxa outra, e elas vão se multiplicando na teia da Vlda.

Piza 2006) Os dias estão cada vez mais difíceis, pois o ato de contar historia está em extinção, devido o esfalecimento de vários conceitos em nossas vidas, como o laços familiares, a falta de tempo dos profissionais docentes, os afazeres da vida cotidiana e vários outros aspectos tecnológicos que agravam diretamente esta perda. Estamos perdendo nossa essência, nossa imaginação e inteligência, devido a tantas informações prontas sem nexo, sem significações, deixando escassos os espaços Ilvres para a criação de novos saberes. A nossa criatividade está meramente ameaçada, no qual as im ivres para a criação de novos saberes. A nossa criatividade está meramente ameaçada, no qual as imagens já chegam para nós manipulada, no qual não precisamos pensar, pois os avanços tecnológicos não nos permite criar e sm copiar, por isso estamos perdendo nossa essência.

Estamos vivendo em mundo globalizado em que tudo se padroniza, nao somente os objetos de consumo, mas a nossa maneira de expressar, de sentir, de imaginar e agir, ou seja, deixando para traz as nossas memórias e ra[zes, deixando de lado a nossa própria historia. ” Precisamos de antidotos, contra a padronização que nos niformiza e nos faz amorfos”. (Piza, 2006, p. ) A autora relata que “o papel do professor a todo momento é introduzir um assunto, contextualizá-lo, criar um cenário imaginário, discorrer sobre o mesmo e finalizar sua exposição, dando sentido a fala anterior sintetizando-a”. Afirma que estas experiências educativas servem para melhorar ainda mais as habilidades de narrar.

Assim com diz (Piza 2006) a historia está no embrião de cada um de nós e por isso é preciso nos encontrar, dialogar e descobrir com o contador de historias intenor, colocando para fora todo o efeito mágico para despertar na riança o lado imaginário que ela possui dentro de si. A narrativa faz parte de nossas vidas desde bebê, através da voz encantadora de nossa mãe, no qual já demonstram interesse pelas historias, por isso que a narrativa deve ser combinada com a voz e movimentos faciais, ou seja, o contador deve se entregar por inteiro, dando emoção ao personagem, fazendo combinações entre olhar, fala e movimentos, prendendo a atenção do ouvinte para que po PAGF 7 31 personagem, fazendo combinações entre olhar, fala e movimentos, prendendo a atenção do ouvinte para que possam compreender e descobrir novos horizontes.

Piza aborda ainda que o narrador que conta uma historia, buscando na memória o momento que ouviu de outro contador, ou até mesmo que de um livro antigo que leu, consegue demonstrar a satisfação e o prazer do ouvinte, pois ele passa toda emoção vivenciada do momento em que ouviu, trazendo sua própria recordação com o agora, cultivando as raízes do contador, transformando estas intervenções e memorizações para a mudança de conduta e do conhecimento humano. “O contador de historias ensina,envolve,emociona. Depois de milénios, uma histona susclta espanto e reflexão. (Piza 2006 p. A autora afirma que os contadores de historia são como os arqueólogos que cavam a terra em camadas e vão descobrindo a historia da humanidade, por vezes a própria historia. Muitas coisas em nossas vidas passam e vão embora sem retorno, como as amizades, convivências, pessoas queridas que nos deixaram para wver em outra vida, a nossa infância, mas todas estas lembranças estão guardadas em cada um de nós, fazendo parte da nossa historia de vida,que nunca se apagarão de nossa memória. Busco as historias guardadas em minha memória, mas não é uma invenção criadora desta contadora, é um aprendizado que assou de povos para povos. Mesmo quando narro um conto de fadas, essa historia já fol modlficada por outros contadores” (Piza 2006 pg. 44). O educador por sua vez deve incentivar o aluno a se tornar cidadãos críticos, autôno dentes, despertando no tornar cidadãos críticos, autônomos e independentes, despertando no educando a descoberta da realidade atual. Pois a maior virtude de um mestre não é dar respostas prontas e sim estimular a pensar e a questionar possibilitando-o a fazer uma auto – análise e reflexão.

Muitos professores ficam desanimados em contar historias por ão conseguir prender a atenção dos alunos, lembrando que o sucesso da historia está no narrador que deve ter entusiasmo e conhecer a historia antes de ser contada. Um dos fracassos na contação de historia acontece devido à falta de conhecimento do narrador, achando que é somente pegar um livro na biblioteca e lê-lo, no qual não existe nenhum significado e nenhuma interação com à histona contada. “Nos quatro anos de convivência com a as crianças e com os professores, descobri que para conhecermos e contarmos historias devemos: enamorar, apaixonar, casar com ela e viver eliz para sempre”. (Piza 2006 pg. 1 Percebe-se, então, quanto é importante que o professor esteja atento às reações infantis, perante as historias contadas, podendo ser de grande ajuda para compreensão da realidade de cada uma das crianças. “O compromisso do narrador é com a historia, enquanto fonte da satisfação de necessidades básicas das crianças”. (Betty Coellho, 1991). Um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreaçao. Mas a import¿ncla de contar histórias vai muito alem. por meio delas podemos enriquecer as experiências infantis esenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.

Além disso, as historias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto ou narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais (toda historia tem principio, meio e fim). Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças. 1. 3. QUEM SÃO OS CONTADORES DE HISTORIAS? ” Contar histórias é uma arte, por conseguinte requer certa tendência inata, uma predisposição, latente aliás em todo educador, em toda pessoa que se propõe a lidar com crianças.

Além do conjunto de técnicas que a Didática ensina, há determinadas qualidades que contribuem para a eclosão desse talento e podem ser estimuladas, desenvolvidas. Em primeiro ugar, o contador precisa estar consciente de que a história é que é importante. Ele é apenas o transmissor, conta o que aconteceu- e o faz com naturalidade, sem afetação, deixando as palavras fluírem. ” (Betty Coelho, 2004, P. 50). É claro que sempre houve quem contasse histórias! A professora, sobre tudo nas escolas de Educação Infantil, sempre contaram histórias! As avós sempre estiveram aí para provar que muito do encantamento da infância está ligado às sessões espontâneas de narração de histórias, bem ao pé do ouvido e nas noites de maior intimidade e revelações. Mas o contador, informal e tradic

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