A contextualização da igreja de cristo

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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO BRUNO BAROSI SOUZA A CONTEXTUALIZAÇÃO DA IGREJA DE CRISTO SAO PAULO, 29 DE NOVEMBRO DE 2011 O MUNDO ESTEJA SOCIEDADE….. — — 11 Dossiê comentado a como requisito no cu com especialização e PACE 1 • sã m Teologia to view next*ge Professor: Lourenço Stelio Rega SUMARIO A CONTEXTUALIZAÇAO DA IGREJA DE CRISTO………… COMO SER CRENTE NO MUNDO SEM PERMITIR QUE O PAPEL DA IGREJA NA a justiça de Deus jamais mudam e não podemos deixar ou fazer que elas se tornem cada vez mais adaptada ao mundanismo através de formas culturalmente significativas.

Deus é imutável e seus princípios de vida também. ( Ml 3 : 6; Tgl : 17 Isso conduz ao fato de que há um padrão bíblico de virtudes que é universal e atemporal, e isso é superior a cultura. por isso, é preciso distinguir princípios e práticas (1 Co 8 : 13). Nem sempre podemos transportar para a nossa cultura presente práticas descritas no Novo Testamento por exemplo, mas levar em conta, os princípios éticos e teológicos que estão sendo considerados no tratamento dessas maneiras práticas no próprio Novo Testamento.

Uma maneira de diferenciarmos práticas e princípios stão de forma exortativa ou imperativa positiva ou negativa, ou ligados a situações que indicam prudência, que pertencem ao Reino deDeus A manifestação cultural deve existir mas deve ser administrada pelos valores bíblicos. Embora não somos do mundo, estamos no mundo. Somos enviados ao mundo (Jo 17 : 18) não para vivermos para ele, mas para vivermos para Cristo nele (2 Co 5 : 15 Somos cristãos mas também continuamos a “ser gente”. Devemos viver a vida o mais normalmente posslVel, sem contudo nos mancharmos com o pecado (Gl 5: 1 – 13).

Mas é bom lembrar que este mundo é governado por Satanás, príncipe das trevas (Ef 2 : 1 -10). Por isso mesmo, o roteiro de vida deste mundo promove, em muitas ocasiões, a inversão dos valores de Deus (Is 5 : 20). Assim a igreja precisará desenvolver uma vida significativa e context 18 uma vida significativa e contextualizada no ambiente em que está inserida, tendo como sua bússola a Bíblia, como revelação da vontade e verdade de Deus. Distinção de igrejas: Deus se apresenta ao mundo através de sua igreja.

Devemos vislumbrar a igreja do Senhor de duas maneiras distintas: Primeiro como o corpo de Cristo. Uma instituição espiritual, spalhada pelo mundo todo, sem fronteiras denominacionais, espiritualmente perfeita e administrada totalmente pelo pastor supremo que é Jesus. É a multidão dos santos, a congregação dos justos. Independente dos homens e totalmente dependente de Deus. AS portas do Inferno não prevalecem contra ela. Em segundo lugar, do ponto de vista social. Uma instituição corporativista e totalmente ligada à sociedade em que está inserida.

A igreja com CNPJ, endereço físico, dias e horários de funcionamento, etc Essa segunda igreja, tem responsabilidades relacionadas ? sociedade. Responsabilidade sociall, política, econômica, em fim, ela precisa reprensentar a vontade de Deus em seus relacionamentos. No contexto de familia, a igreja pode ensinar, incansavelmente, , as lições relacionadas aos valores da família, tão bem enfatizado nas Escrituras Sagradas. Sabemos que a família é “núcleo Mater da sociedade” , sendo assim, se a família vai bem, a sociedade como um todo também irá bem.

Na questão social a igreja tem atuado, porém, de maneira mais t[mida, nos programas de alfabetização, socorro aos mais carentes, atenção a toxicômanos, dependentes quími os programas de alfabetização, socorro aos mais carentes, atenção a toxicômanos, dependentes quimicos, assistencialismo, Não podemos esquecer as palavras de Jesus em Mateus 25 • Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e 35-40 – ” destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos dgo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” Na politica, estivemos alienados durante décadas, Fomos tratados como “povinho” e “gentinha”, pois a nossa visão era como a daquele cego que Jesus curou, mas que precisou de um segundo toque.

Perdemos espaço nos conselhos tutelares, nas presidências de bairros e comunidades, na câmera de vereadores, assembléias legis ativas, câmaras federais, senado, em fim, nos omitimos; e quando o justo se omite, o ímpio age! A igreja está Inserida no mundo para que em todas as suas áreas e seguimentos, repartições e espaços, ser ativa e resplandecer a luz que dela emana, pois ela é a Luz do mundo. A luz não pode ser escondida, ocultada, separada da escuridão ou das trevas, pelo contrário, a luz dissipa as trevas! Nós enquanto igreja somos a luz deste mundo tenebroso.

Ocupemos nosso espaço. Imagin as trevas! Imaginemos uma cidade onde as escolas sejam dirigidas pela igreja. Onde o prefeito, o Presidente da Câmera de vereadores, os lideres de bairro sejam lavados no Sangue de Cristo. Uma cidade onde Deus esteja no controle. Isso não é utopia, é responsabilidade da igreja, conforme está escrito em Isaías 58 : 6 -10 “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente; E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. Hermes C. Fernandes, em seu blog nos mostra de forma clara e simples, como as igrejas não devem se contaminar com os pecados estando inseridos no mundo. Ele relata assim: “Dois meses antes de casar-me, resolvi fazer uma viagem para conhecer o Pantanal matogrossense. Seria a minha despedida de solteiro. Fiquei hospedado na casa de um presbítero de uma igreja de Cuiabá chamado Sever despedida de solteiro. Fiquei hospedado na casa de um presbítero de uma igreja de Cuiabá chamado Severno. Em um de nossos passeios, visitamos uma região de muitas cachoeiras.

Conhecl um rio caudaloso, de correntezas multo fortes, e com várias quedas acentuadas. Meu amigo desafiou-me a atravessar o rio a nado. Nem deu tempo para que argumentasse com ele. Quando vi, ele já estava dentro d’água. Fiquei observando, temeroso, porque a poucos metros havia uma grande cascata. Sem muita dificuldade, ele chegou ao outro lado e fez sinal para ue eu fizesse o mesmo. – Bem, pensei comigo – se ele pode, também posso. Mergulhei e comecei a nadar. A correnteza me empurrava, e comecei a me desesperar ao perceber que estava cada vez mais próximo da cachoeira. Vendo meu desespero, meu amigo mergulhou e saiu em meu socorro.

Em vez de levar-me direto para o lado onde havíamos estacionado o carro, Severino nadou na direção oposta. Depois do susto, ele me disse: – Agora vamos ter que voltar para o outro lado. – Mas como? perguntei. – Você quer me matar? Calmamente, Severino me explicou o ‘macete’ para atravessar a correnteza. Eu teria que nadar numa eta diagonal oposta à correnteza, de maneira que, mesmo me empurrando, não conseguiria me arrastar até a altura da cachoeira. Tomei coragem e fôlego e resolvi encarar. Este episódio me ensinou uma importante lição, que serve como analogia do papel da igreja inserida no mundo.

Qualquer pai gostaria de proteger seus filhos, colocando-os numa redoma. Porém isso não contribuiria para o seu amadurecimento, nem para o cum PAGF 18 colocando-os numa redoma. Porém isso não contribuiria para o seu amadurecimento, nem para o cumprimento de sua vocação. Nossos filhos devem ser preparados para o mundo. Em Sua oração sacerdotal, Jesus pede ao Pai: “Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” 00. 7:15-18). Se Jesus rogasse para que o Pai nos removesse do mundo, em vez de santificados, seríamos alienados. Não podemos ficar ? margem do rio, apreciando suas correntezas, enquanto nos mantemos enxutos. Temos que mergulhar de cabeça, na certeza de que, se nos virmos em apuros, o pai virá em nosso socorro. Porém, para sobrevivermos ao ambiente hostil deste mundo, temos que aprender a nadar contra a correnteza. Um exemplo clássico encontrado nas Escrituras é o de Daniel e seus companheiros exilados na Babilônia. Eles foram inseridos dentro daquela cultura, mas não foram assimilados por ela.

Embora vivendo dentro dos pa ácios, não comeram do manjar do Deixe-me usar uma analogia para compreendermos a diferença entre inserção e assimilação. Se você preparar um copo de suco daqueles em pó, perceberá que ele se diluirá na água. É claro que a água será alterada, tanto no sabor, quanto na cor e na textura. Mas o pó se perderá. Não há como recuperá-lo, pois foi assimilado pela água. Já o processo usado para fazer chá é diferente. Mergulha-se a trouxinha de chá na xícara de água quente, de maneir fazer chá é diferente.

Mergulha-se a trouxinha de chá na xícara de água quente, de maneira que suas propriedades são absorvidas pela água, alterando igualmente seu sabor, cor e textura. Porém, as folhas do chá não se dissolvem na água. Elas estão guardadas dentro da trouxinha. A este processo chamamos de inserção. O chá foi inserido, mas não assimilado. Não fomos tirados do mundo, mas enviados a ele com a missão e transformá-lo. Porém, ao nos inserirmos nele, entramos numa rota de colisão com seus interesses, valores e princípios. Somos enviados na contra-mão das tendências que nele predominam.

Somos considerados corpos estranhos que devem ser combatidos por anti-corpos hostis. Jesus deixou claro aos Seus discípulos: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas como não sois do mundo, antes, dele vos escolhi, é por isso que o mundo vos odeia” 00. 15:18-1 g). Tornamo-nos uma ameaça ao status quo, pois somos portadores e uma mensagem subversiva e revolucionária proveniente de outro mundo, a saber, o mundo porvir. Esta mensagem vem na direção oposta aos interesses deste mundo, por isso, eventuais colisões são inevitáveis.

Repare no que Paulo diz: “Ele vos vivificou, estando vós mortos nossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo… ” (Ef. 21-2a). Antes estávamos sendo arrastados na direção do abismo, e por estarmos espiritualmente mortos, não tínhamos condição de reagir. Mas agora que fomos vivificados, somos impulsionados mortos, não tínhamos condição de reagir. Mas agora que omos vivificados, somos impulsionados pelo Espírito, não para deixarmos o mundo, mas para encararmos suas correntezas. Tal qual Jesus, não pertencemos ao mundo. Porém, somos enviados a ele.

Não se trata, portanto, de pertencimento, mas de engajamento. Posso imaginar o tom grave da voz de Jesus ao declarar aos Seus discípulos: “Ide. Eu vos envio como cordeiros ao meio de lobos” (Lc. 10:3). Isso significa que o risco de serem devorados era real. O terreno para o qual Jesus os estava enviando era minado. Portanto, eles não deveriam ser ingênuos, e sim “prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt. 10:16b). Num certo sentido, estar no centro da vontade de Deus é expor-se ao perigo constante. No dizer de Paulo, “estamos sempre entregues à morte por amo de Jesus” (2 Co. :11a). Sem a prudência das serpentes, estaríamos vulneráveis aos constantes imprevistos. Sem a simplicidade das pombas, assmilariamos a maldade do mundo, tornando-nos semelhantes a ele. Há que se cultivar essas duas virtudes para que mantenhamos o equilíbrio, sem perder a essência. Prudência sem simplicidade nos faz maliciosos. Simplicidade sem prudência nos faz ingênuos, portanto, presas fáceis. Cabe aqui a advertência de Paulo: “Irmãos, não sejais meninos o entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento” (1 Co. 14:20).

O problema é quando invertemos a ordem, tornando-nos meninos no entendimento, e adultos na malícia. É como querer boiar na correnteza… Somos açoitados por sua impetuosida entendimento, e adultos na malícia. É como querer boiar na correnteza… Somos açoitados por sua impetuosidade, e levados na direção oposta a que deveríamos seguir. O mesmo apóstolo nos admoesta a que “não sejamos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia induzem ao erro” (Ef. 4:14). Jamais nos esqueçamos de que não pertencemos a este mundo, mas ao mundo do futuro.

Por isso, o ambiente do mundo nos parece hostil. O nadador sabe que não é um ser aquático. Ele não é peixe. Não pode respirar dentro d’água. Por isso, tem que voltar à superffcie com regularidade para recobrar o fôlego. Ele sequer precisa deixar a água para respirar. Basta posicionar suas narinas de maneira tal que possa encontrar o ar de que necessita pra vrver. Igualmente, vivemos na fronteira entre este mundo e o mundo porvir, de onde provém nosso fôlego espiritual. Nossa sobrevivência depende de nossa constante comunhão com o Espírito Santo. Enchei-vos do Espírito! “, exclamaria Paulo (Ef. 5:18). Não se trata de algo opcional. Não manter o ritmo da respiração enquanto se enfrenta as correntezas, poderá ser fatal. E como se dá esse enchimento? Quando nos congregamos para ouvir e compartilhar daquilo que Deus nos tem provido. É na congregação que aprendemos o caminho da convivência, sendo desafiados a superar nossas diferenças, sujeitando-nos uns aos outros (Ef. 5:1 8-21). É lá que aprendemos a nos considerar uns aos outros, “para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb. 10:24h). A vida acontece lá f

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