A ética na sociedade moderna

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Escola Superior de Guerra Associação dos Diplomados da ESG – Delegacia do Paraná Faculdades Integradas Espíritas “FIES” XXXX Ciclo de Estudos ESG/ADESG/PR-FIES Pós-Graduação Especialização “Lato Sensu” em Política, Estratégia e planejamento Estagiário: Major QOPM Maurício César de Moraes A Ética na Sociedade Contemporânea 1 INTRODUÇÃO A ética estuda as grupo de pessoas ide 1 orlo to view nut*ge pessoa ou de um ento humano dos indivíduos como correto e incorretos de acordo os valores e crenças de cada época. ÉTICA NA SOCIEDADE Desde os primórdios da humanidade o homem precisou viver m grupos ou em sociedade e em cada época fol criando padrões de comportamento como justiça, honestidade, responsabilidade, lealdade e respeito de acordo com os valores estabelecidos na sua cultura. Para Arruda (2001): “A ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade dos atos humanos, enquanto livres e ordenados a seu fim ultimo. De modo natural, a inteligência adverte a bondade ou malicia dos atos livres, haja vista o remorso ou satisfação que se experimenta funcionários, cliente fornecedores e da sociedade em geral.

Conforme Nash (2001): “Ética dos negócios é o estudo da forma pela quais normas orais pessoais se aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial ou da organização pública. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua como um gerente desse sistema”. A sobrevivência e evolução das empresas e de seus negócios, portanto, está associada cada vez mais a sua capacidade de adotar e aperfeiçoar condutas marcadas pela seriedade, humildade, justiça e pela preservação da integridade e dos direitos das pessoas. ÉTICA NA RELIGIÃO No passado a religião dominava todas as classes sócias e pregava moralidade nas tradições e bons costumes do povo servindo ainda para manter as pessoas bem comportadas e obedientes. Nos dias de hoje com acesso a informação por muitos meios de comunicação e conhecimento a maioria dos indivíduos já divide opiniões nao quais acreditam que nao é obrigatório ter um comportamento religioso para ser moral e ético. 5. A ÉTICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA COLOCADA EM XEQUE Acredltam alguns pensadores que ética e moral são sinônimos, muito embora sejam correlatas, tais pa avras não têm mesmo significado.

Aristóteles chamou de ética a ciência da moral; outros, de filosofia da moral. O Grande e Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa, volume III, ediG0, 1957 Freire: assim a definia: 10 ou Ethica ciência da moral; conjunto de princípios morais para criação de um caráter virtuoso e formação de hábitos de onde resulte, naturalmente, um procedimento honrado e íntegro conforme as leis do dever’. Como o segundo significado aponta conjunto de princípios morais pelos quais o indivíduo deve orientar o seu procedimento na profissão que exerce, é o mesmo que héctica.

Já o Dicionário Básico da Filosofia de Hilton Japiassú e Danilo Marcondes, 3a edição revista e ampliada, 1991 , Jorge Zahar Editor, sustenta para o vocábulo Ética (Ethica), de modo rigoroso e ordenado, o chamado more geométrico. Sua tese basilar consiste em identificar que todas as coisas inclusive os homens, constituem modos da substância única que é Deus. Sua máxima é: Deus sive Natura, quer dizer, ou seja, Deus está na Natureza. Muitos enxergam nessa visão que dissolve o mundo em Deus, criador e criatura, uma ótica panteísta.

Consiste, de fato, numa ecusa do dever-ser, onde o homem se encontra submetido às leis da natureza. A distinção entre Ética e Moral é que a primeira é um conjunto de princípios, normas e regras que orientam o comportamento humano; e a serem morais os comportamentos e ações em consonância com estes códigos ditados pela ética. O ethos está sempre ligado a valores (bem, mal, felicidade) e o mores, ligado ao comportamento (bondoso, justo, verdadeiro, honesto, etc. ). Assim a moral está mais relacionada com a natureza biológica do homem enquanto que a ética à natureza espiritual.

Os mores ou moral sociológica são os costumes sacralizados no cotidiano social. Seu descumprimento acarreta sanções so sociológica são os costumes sacralizados no cotidiano social. Seu descumprimento acarreta sanções sociais rígidas e que podem ver e incluir a sanção jurídica. Nem sempre os mores fazem parte dos códigos éticos estabelecidos, mas a cultura os transforma em moral social. Não poucos estudiosos da área de humanas defendem a inversão de valores na sociedade atual.

As mudanças vêm tornando a moral uma ciência flexível, apta a acompanhar a evolução social, já outros, preconizam em inistro futuro para a humanidade. Historicamente os valores sociais se modificam nas diversas sociedades. O valor social predominante já foi cultura intelectual e, atualmente desloca-se para a economia. Lew Bruhl como fiel discípulo de Durkheim afirma que a Sociologia e a Moral estão em conflito, posto que um antagonismo irredutível existe entre ambas. Teríamos que escolher entre as duas ciências.

Concluímos que, ou a Moral prática não existe, ou se confunde com a Sociologia, pois segundo o sociólogo, a Moral não pode fornecer normas de conduta, mas apenas pesquisar as já existentes e aceita-las. A moral seria uma ciência dos costumes, ramo da sociologia geral, perdendo sua autonomia como ciência diretiva do comportamento, apenas amoldando-se as diversas condutas sociais. Para cada povo em cada momento da história, existe uma moral e, em nome desta que os tribunais condenam ou absolvem e a opinião pública julga, porém inserido neste contexto, existe uma moral bem definida para grupos particulares e determinados.

Para a escola de Dürkheim existe um tipo de bem definido pela Moral dentro da diversidade dos conceitos de valor, po existe um tipo de bem definido pela Moral dentro da diversidade os conceitos de valor, postula dois tipos de moral: • uma Moral comum e geral, que sena moral sociológica; • e uma segunda moral que não teria unidade, e formada de fragmentos de outras diversas, multidão verdadeiramente indefinida. É a moral particular, a filosófica.

Sendo a Ética uma ciência ditadora de normas, em função de valores de conduta, e sendo sociologia moral um estudo de conduta real da vida social, é claro que existe uma estreita relação entre tais ciências. A consciência social determinada pela opinião pública, esta poderá coincidlr com a conduta individual, esta forma, a moral social poderá ou não coincidir com a moral filosófica, apesar de guardar relativa relação para que a sociologia sirva à Ética e a fim de que o homem possa atingir sua autêntica finalidade transcendental.

Assim, é obvio que existem valores imanentes ao homem, não interessam diretamente à sociedade, embora tenha influência sobre o grupo social, mas a aspiração suprema da moral não é o bem e a felicidade é talvez o desenvolvimento Na moral sociológica jaz uma eterna parte que seria a concepção e hierarquização dos valores que devem nortear a vida ocial. Tais valores estariam em consonância com os superiores valores da moral individual, mas não precisa necessariamente coincidir com eles, até porque o homem e a sociedade possuem finalidades diferentes.

O homem contemporâneo não é melhor ou pior do que o homem de ontem. É essencialmente o mesmo, posto que os valores morais que orientam são os mesmos. Já o mesmo, não se pod essencialmente o mesmo, posto que os valores morais que orientam são os mesmos. Já o mesmo, não se pode dizer das sociedades. Pois estas conheceram ascendência e decadência conforme sejam melhores u piores os valores absolutos que as norteiam.

Genericamente podemos concluir que o homem contemporâneo é mal informado ou instruído, mas nao podemos conceituá-lo como mais ou menos moralizado. O bem como fim último da moral filosófica, porém há outros valores que servem para se alcançar esse valor supremo e formam as condições indispensáveis para realização do bem na vida em sociedade. Normalmente, a paz social, a justiça social, a solidariedade e a segurança social formam uma ordem mais ou menos hierarquizada para atingir este valor supremo.

Todos nós carregamos uma herança de usos costumes, receitos religiosos, códigos de ética e de moral, embalada em nossa cultura que vai se enriquecendo com as novas descobertas cientificas, tecnológicas, ideológicas, filosóficas. Aliás, a globalização cultural começou bem antes da econômica. A televisão e a internet trazem o mundo para dentro de nossa casa e vai gradativamente alterando e padronizando os comportamentos, notadamente dos jovens por serem mais suscetlVeis, e por não terem ainda um projeto de vida.

Desta forma, diversas filosofias sociais, não raramente antagônicas, colocam em xeque nossa capacidade crítica e iscernimento, posto que a divulgação da cultura pode arrefecer nossos códigos éticos e, nosso comportamento moral, embora seja enriquecedor. Como na maioria, os princípios morais têm sempre alguns aspectos restritivos, PAGF 10 aspectos restritivos, é fácil e cômodo substitui-los por outros mais cômodos ou desprestigia-los, considerando-os superados. A moral se aprende na família, na escola e nos grupos de convivência. Identificamos nossos princípios éticos de acordo com a moral cristã de nossa origem cultural.

Nos povos primitivos, ética e religião eram inseparáveis; era religião que fornecia o conteúdo semântico dos conceitos de bem, mal, justiça e dever, mas nas culturas modernas apesar da inter-relação dos sistemas éticos em geral, o cunho religioso ainda é predominante, em face do pluriculturismo cosmopolita são altamente influenciados pela mídia assim como a moral pessoal e grupal. Todos os sistemas religiosos e mesmo seitas se orientam por comportamento moral que depois se organiza na forma de estatutos, leis, códigos. Os homens procuram o bem nem sempre em seu aspecto social que é o bem comum.

A Ciência, por sua vez é o comportamento organizado, istemático, metodicamente adquirido que procura identificar a causa dos fenômenos. Norteada pela liberdade de pesquisa, pela observação, experimentação e da dúvida critica. A ciência é um processo e como tal é contraditório e inacabado num constante vir a ser. A ciência envolve todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao conhecimento sistemático, um objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação. Está constantemente sujeita as revisões e reavaliações. A ciência é caracterizada pelos criterios de refutabilidade.

Como a liberdade é a aspiração de todo cientist ritérios de refutabilidade. Como a liberdade é a aspiração de todo cientista, e em particular a bioética, tem provocado alguns abusos nos casos de abortos, eutanásia, reprodução humana, transplante de órgãos e tecidos, aids, drogas, pena de morte, inseminação artificial, paternidade a homossexuais, ecologia e a indiscriminada manipulação do genoma humano, perfaz-se um grave impasse: de um lado a defesa da liberdade cientifica capaz de sempre garantir novas descobertas; e, de outro lado, os códigos de ética e bioética.

A técnica é um conjunto de habilidades, de know-how que ermite ao homem um melhor aproveitamento da natureza para fins humanos. A ciência atualmente utiliza a técnica para galgar inúmeras finalidades desta maneira, ciência e técnica caminham Irmas. Embora a técnica tenha existido sem a ciência; porém hoje são praticamente inseparáveis. O conhecimento técnico tem um vasto âmbito de aplicação, consiste em manipulações criteriosas e eficazes com tendência de se tornarem independentes.

Pouco a pouco, o conhecimento técnico galgou uma ideologia. De sorte que com tais técnicas utilizadas nas experiências genéticas que controlam a Vlda, a morte, a reprodução surgiu a Bioética como uma nova ciência que procura adequar os códigos de ética já existentes, definindo o que é posslVel com respaldo com o Biodireito que procura delimitar os abusos da ciência.

A palavra Bioética foi utilizada pela 1a vez em 1971 por Van Potter que definiu a Bioética como um estudo sistemático do comportamento humano na área das ciências e da atenção sanitária, quando se examina este comportamento à luz dos valo ciências e da atenção sanitária, quando se examina este comportamento à luz dos valores e princípios morais. Esta forma uma ponte entre a Ética e o Direito. Com a pretensão de restaurar a dignidade humana e, evitando os males de um cientificismo exacerbado, a Bioética analisa os ideais de comportamento à luz da realidade.

Assim são temas da bioética abortos, a reprodução assistida, transplantes de órgãos, tecidos, eutanásia, inseminação artificial, aids, drogas, manipulação genética, “barriga de aluguel”, paternidade homossexual, pena de morte e ecologia. Cabe à Bioética definir quais os comportamentos morais adequados a cada situação, sem ferir os códigos estabelecidos e, liberando a ciência para melhorar as condlçbes de vida humana m busca do bem em comum. Segundo Pessini e Barchifonlatine citados por Nash (2001) os princípios fundamentais que repousam na beneficência, autonomia, e justiça que formam a famosa trindade biológica.

A pessoa humana é o fundamento de toda reflexão da Bioética e, sua qualidade deve ser preservada. É assegurado a todos os seres humanos a dignidade que deve ser respeitada, independentemente não reduzi-los à estas características genéticas, sendo imperativo não manipulá-los inescrupulosamente, respeitando a singularidade do genoma de cada ser humano. O experimento deve ser induzido de tal forma que evite odo sofrimento ou injúria física ou mental. O consentimento voluntário do paciente é absolutamente necessário. ? imprescindível se respeitar diferenças culturais, ideológicas e sociais devendo conforme prevê o princípio básico extraído da Declaração Helsinque: “O ideológicas e sociais devendo conforme prevê o princípio básico extraído da Declaração Helsinque: “O direito do indivíduo sujeito da pesquisa em salvaguardar sua integridade deve ser sempre respeitado. (pnvacidade e minimizar o impacto sobre sua integridade física e mental do indivíduo)”. Enfim, é na busca da valorização da essência humana que deve rumar a ciência, e tal ensinamento é prioritário para a Bioética e o Biodireito.

Assim, ao longo de vários tratados e convenções internacionais, sentem-se a necessidade cada vez mais patente de fortalecer a tutela a dignidade humana, a integralidade do patrimônio genético humano. 6 CONCLUSÃO Conclui-se que a ética é a ciência que estuda o comportamento humano com ênfase tanto nos valores individuais como nos valores do individuo perante o grupo de convivio, e que caminhando lado a lado com a evolução umana e social, está em constante acomodamento e é colocada diariamente em xeque.

Cada vez mais a sociedade está exigindo do individuo e das organizações seriedade e dignidade nos seus atos, quer sejam eles políticos, sociais, culturais ou religiosos. 7 REFERÊNCIAS NASH, L. 2001. Uma abordagem da importância da ética nas organizações. Disponível em: www. puccamp. br/centros/cea/sites/ revista/conteudo/pdf. Acesso em 21 de maio de 2010. ARRUDA. M. C. C. 2001. uma abordagem da importância da ética nas organizações. Disponível em: www. puccamp. br/centros/cea/ sites/revista/conteudo/pdf_ Acesso em 21 de maio de 2010.

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