A história da luta olimpica

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IA História da luta olímpica Por maiores que sejam as tentativas de se vincular a luta olímpica às remotas competições gregas e romanas, as diferenças entre as ‘duas comprovam nitidamente que se trata de mais uma tradição inventada. Os esportes modernos só puderam surgir a partir da Iregulamentaçào da prática e, para que isso ocorresse, fundaram- se federações, confederações ou ligas com o objetivo de uniformizar I las regras, tornando- un org ‘Segundo o sociólog esporte moderno é o to view nut*ge al característica do es de violência, fato ocorrido somente no boom esportivo durante a Revolução

Industrial, nos séculos XVIII e XIX, na Inglaterra. Essa teoria de Elias, Ichamada de civilizatória, reforça a condição de modernidade dos esportes, principalmente em se tratando das lutas. Exemplificando: lo pancrácio, a luta dos gregos, tinha pouquíssimas regras. Valiam mordidas, tentativas de furar os olhos dos adversários e também Igolpes nos genitais. Normalmente, a competição só acabava com a morte de um dos lutadores e mesmo o vencedor, muitas vezes, saía I Imutilado.

Uma das poucas regras dizia que nenhum atleta poderia recuar, tampouco se esquivar de algum golpe. Caso o Não tão raramente, ocorria também o sacrifício de cristãos, atacados na arena por animais ferozes como leões, tigres, crocodilos, elefantes e touros. Em algumas circunstâncias, usavam-se carros de guerra e naumáquinas (espécie de navio de guerra) para simular as grandes batalhas vencidas pelo Exército romano. Desmembramentos, decapitações, esmagamentos, sangue – muito Isangue – era ao que os espectadores realmente esperavam assistir.

Assim, tendo como parâmetro o grau de violência — ou, segundo Norbert Elias, a civilidade -, pode-se afirmar que a luta olímpica que conhecemos (também chamada de wrestling ou de lutas I associadas) é extremamente diferente das existentes na Grécia e em Roma, pois hoje há regras claras com a finalidade de preservar a ‘integridade física dos atletas, ao contrário do que acontecia na Antiguidade. A única relação que existe está restrita ? Inomenclatura de um dos estilos: o greco-romano – o outro é a luta livre.

IA cnação da luta olímpica ocorreu somente no último quartel do século XIX quando, na França, foram sistematizadas as regras de lvárias lutas existentes na Europa naquela época. A nova modalidade foi batizada de luta greco-romana, explicitamente para se iferenciar da luta livre americana, praticada nos EUA. Implicitamente, no entanto, a finalidade era criar uma tradição para a ‘prática esportiva recém-criada. O estilo Ilvre só surgiria posteriormente, no início do século XX, em virtude das divergências a I ‘respeito das regras.

A principal diferença entre ambos é que o greco-romano só permite OI es acma da linha da cintura, enquanto foi o único combate físico presente nos primórdios dos Jogos Olímpicos e a única luta ocidental a conquistar muitos I ‘adeptos – atualmente, o número de países filiados ultrapassa 140. Nas primeiras Olimpíadas, em Atenas, em 1896, somente um stilo I foi disputado, o greco-romano. Depois de um recesso nos Jogos de Paris (1 900), a modalidade voltaria nos Jogos de St Louis (1904) le, dali em diante, os dois estilos passaram a ser disputados . om exceção da luta livre, que ficou de fora dos Jogos de Estocolmo, lem 1912). No decorrer da recente história desse esporte, destacaram-se os seguintes países: na América, Cuba e EUA; na Ásia, Japão, Irã e recentemente Coréia; na Europa, Grã-Bretanha, Suécia, Finlândia e Turquia, além dos países da antiga Cortlna-de-Ferro, como a Tchecoslováquia, Bulgária (onde é o esporte mais praticado), Romênia e Hungria, e os países pertencentes à ex-URSS, como Ucrânia, Uzbequistão e, é lógico, a Rússia, a grande potência no esporte. riginária da Rússia a maior estrela do esporte de todos os tempos, Alexander Karelin, três vezes ganhador da medalha de ouro em Olimpíadas (Seul, em 1988; Barcelona, em 1992, e Atlanta, em 1996), além de uma medalha de prata em Sydney, em 2000. Karelin conseguiu a impressionante marca de 13 anos de invencibilidade. As mulheres demoraram a ganhar espaço nesse esporte, sendo autorizadas a participar somente nas Olimpíadas de Atenas, em 2004. um dado interessante:

Itália e Grécia, embora tenham conquistado algumas medalhas olímpicas, não são destaques nessa luta que tem no nome de um dos seus estilos uma refer s países. PAGF3ÜFq As lutas associadas no Brasil IO Brasil demorou muito a aderir à luta olímpica: os primeiros lutadores só surgiram lá pelos idos de 1940. Antes disso, existiam vários outros estilos livres, entretanto a maioria consistia em espetáculos encenados, ou seja, as lutas eram combinadas e os I golpes, apesar da beleza plástica, seriam pouco eficazes se a competição realmente existisse.

Alguns desses lutadores começaram a praticar a luta olímpica no Rio de Janeiro, por meio dos professores Adyr de Oliveira e Orlando Barradas. Somente na década de 1960, a modalidade se popularizou em outro Estado, Minas Gerais, que criou uma equipe para competir com os cariocas. Os atletas Idesses dois estados formariam alguns anos depois o primeiro selecionado brasileiro, cujo objetivo eram os Jogos Pan- Americanos de ISã0 paulo (1963). Mesmo com a participação em competições internacionais, a modalidade não conseguiu se difundir no país.

O provável motivo era o fato de que outras lutas faziam mais sucesso, como a capoeira, resente desde o período Colonial, e o jiu-jitsu, amplamente ‘difundido no Brasil pela família Gracie, por causa dos seus constantes desafios a lutadores de outras modalidades. Tanto que, em ‘muitas disputas de luta OI mpetidores eram, na sua adeptos, a luta olímpica foi inserida na década de 1970 nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia e IGoiás. Ao final dessa década, em 1979, fundou-se a Federação de Lutas do Estado do Rio de Janeiro (FLERJ).

Era a primeira e a única Ino Brasil, deixando o esparte, no âmbito nacional, sob a regência da Confederação Brasileira de Pugilismo. A Confederação Brasileira de Lutas (CBL) só surgiu em 1988. Em 1999, depois de sérias divergências entre associados e a direção da entidade, I criou-se a Confederação Brasileira de Luta Olímpica Amadora, que, no mesmo ano, organizou um campeonato inédito no país categoria feminina. Em 2000, o Comitê Olímpico Brasileiro suspendeu a Confederação Brasileira de Lutas e, em 2001, foi fundada a I Confederação Brasileira de Lutas Associadas, para substituí-la.

Vários estados se filiaram a essa entidade: São Paulo, Minas IGerais, Rio de Janeiro, Paraná, Amazonas, Bahia, Roraima, Goiás e Distrito Federal. O esporte começava, passo a passo, a se Idifundir pelo país. IO Brasil começou, ao final da década de 1980, a se estabelecer como um dos favoritos em campeonatos sul-americanos, sem, I entretanto, conseguir bons resultados em Jogos Pan-Americanos e, tampouco, no cenário mundial. A explicação é bem simples: nossos I atletas começaram a competir tardiamente em eventos internacionals de grande porte.

A primeira participação brasilelra em Jogos I Olímpicos, por exemplo, foi em Seul, em 1988. Vale lembrar que a modalidade é uma das mais tradicionais nas Olimpíadas, marcando ‘presença desde a primeir anto, muitos países os currículos escolares, servindo de base para a formação de um grande número de atletas. Aviso – Sinalização de infração quando um atleta segura irregularmente o outro; três avisos resultam na perda da luta. Ação – Sinal do árbitro para o início do combate. Desempate – É decidido pelo árbitro principal.

Jurados – São três: o juiz, o árbitro e o presidente do tapete. Par terre – Posição na qual os atletas reiniciam a luta após uma parada. Passividade – Falta em que o atleta não toma nenhuma iniciativa ou tenta retardar a luta. Placas de pontuação – Determinam a contagem de pontos de cada atleta. Rolê ou gut wrench – Um dos golpes mais clássicos da luta olímpica. Superioridade técnica – Ocorre quando um lutador consegue abrir dez pontos de vantagem sobre o seu adversário e a luta é encerrada.

Suplê – Golpe mais conhecido da modalidade, que consiste em derrubar o adversário de costas levantando-o pela cintura e executando um movimento semelhante à “ponte” da ginástica Tapete – Denominação do espaço onde são realizadas as lutas. Zona de passividade – Área circular onde os lutadores ficam para serem advertidos pelo árbitro. FONTE http://www. aprendebrasil. com. br/educacao_fisica/modalidades Ilutaolimpica/lutaolimpica 04. s no tatame, o que encerra a disputa. 12 – Caso não exista a imobilização, a luta será prorrogada em um round de três minutos.

Se persistir o empate, o combate deve ser I decidido por pontos, a critério dos juízes, conforme a aplicação dos golpes durante a luta, já que cada golpe tem um número de pontos determinado. As principais formas de se pontuar são as seguintes: a) O rolê (giro sobre o eixo de ação) vale de 1 a 3 pontos. Rolê de 1 ponto – giro no solo. Rolê de 3 pontos – giro sobre o eixo num ângulo de 90 graus tirando o adversário do I chão. Ib)A queda sobre o eixo vale de 1 a 2 pontos. Ic) A queda sobre a cintura vale 3 pontos. d) A queda sobre a cabeça vale 5 pontos.

Nota: Além da vitória por finalização ou por pontos, pode-se vencer por superioridade técnica, abrindo-se uma margem de 10 pontos lem relação ao adversário. I Especificações e infrações II – Na luta de chão, passados 15 segundos sem ação, os dois atletas voltam a lutar em pé. 12 – Os combates são disputados em dois rounds com duração de três minutos. Existe um intervalo de 30 segundos entre os rounds. 13 – Nos dois estilos, PAGFarl(Fq 3 – Nos dois estilos, são proibidos golpes baixos como dedo no lho, puxões de cabelo, chaves-de-braço e estrangulamento.

Mãos no I Irosto, no queixo, nas orelhas ou no pescoço são permitidas desde que sem impacto ou outra espécie de dano à saúde física do atleta ladversário. 14 – Bloqueio, antiluta ou fuga também são considerados uma penalidade, chamada de ato passivo ou passividade. 5 – Os atletas são obrigados a apresentar unhas bem cortadas e cabelos curtos ou amarrados. Além disso, todos os lutadores devem fazer a barba no dia do combate. Os lutadores devem se secar em uma toalha antes do início do combate para evitar que o corpo fique I escorregadio. Diferenças entre estilos

I Na luta greco-romana, é permitido o uso dos braços e do tronco para imobilizar o adversário. Na livre, os atletas também podem usar las pernas. Em ambas, entretanto, é proibido o uso de golpes baixos, estrangulamentos e puxões de cabelo. Categorias e pesos nas provas olimpicas Luta greco-romana (masculino) I peso máximo: 55 kg – 60 kg 66 kg 74 kg – 84 kg kg Luta livre (masculino) PAGF8rl(Fq – 96 kg- 120 96kg 120 kg Luta livre (feminino) peso máximo: 48 kg – 55 kg – 53 kg- 72 kg Forma de disputa olimpica 1 – Serão formados grupos, dependendo do número de competidores, com três ou quatro lutadores cada um.

Todos lutam contra todos, sem a existência de cabeças-de-chave. O lutador que somar a maior quantidade de pontos (campeão da chave) classifica-se para a próxima fase. 2 – A segunda fase é disputada em sistema de eliminatória direta, ou seja, o lutador derrotado está fora das Olimpíadas. Ao final, sobram apenas dois lutadores, que disputarão o primeiro e a segundo lugar. Os perdedores da semifinal disputarão a medalha de bronze. Local (tapete) 1 – Os lutadores usualmente competem sobre uma arena de 12 metros quadrados, com o formato de um octógono sem cordas, revestida por um vinil espesso e compacto. Na zona de combate, existe um círculo com g metros de diâmetro delimitado por uma faixa vermelha com 1 metro de largura (esta delimita a zona de passividade). 3 – Dentro desse circulo, existem outras 3 circunferências, sendo uma delas central, com 2 metros de diâmetro na cor vermelha, onde ocorre a luta. A zona de proteção é a área externa do círculo de 9 metros de diâmetro. 4 – Já a zona de passividade é a faixa vermelha com 2 metros de largura. Quando um lutador sai da zona de combate, deve ficar em quatro apoios ao retornar e seu adversário pode apoiar-se lateralmente acima de sua PAGFgrl(Fq

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