A importância da afetividade
RESUMO: Este artigo apresenta uma análise da relação estabelecida entre a afetividade e o processo de ensino e aprendizagem, e sua relação que está inteiramente ligada ao desenvolvimento do aluno. Palavras-chave: aprendizagem, afetividade, educação, emoções. A temática do presente artigo pontua a relação da afetividade com o desenvolvimento cognitivo, mostrando a responsabilidade dos educadores em contribuir na formação da personalidade da criança.
Tomando-se por base as pesquisas do psicólogo francês Henri Wallon que pro professores e alunos A questão da afetivid rofessores, pais e e 1 orla to view nut*ge ntre pais e filhos – cimento. iscutida por cebida a importância da afetividade no processo de ensino e aprendizagem. Mas o que é afetividade? Segundo Ferreira (1999, p. 62) afetividade significa: Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.
Uma educação entre professores e alunos que não aborde a emoção na sala de aula como a afetividade traz prejuízos para ação pedagógica, pois podem atingir não só o professor, mas também o aluno. E se o professor não souber lidar com crises emocionais isso poderá provocar desgastes físico e psicológico. através da interação infantil, pois o professor competente poderá organizar uma ação adequada para as reais necessidades dos seus alunos. Interação Infantil A Psicologia do Desenvolvimento focaliza o estudo científico de como as pessoas mudam, e também de como ficam iguais, desde a concepção até a morte.
Essas mudanças são óbvias na infância, mas ocorrem durante toda a vida. A fase da infância é tomada de erspectivas e de experiência vivida. O estudo sobre a infâncla pode ser analisado e estudado por diversas áreas (Psicologia, Pedagogia, Pediatria, Fonoaudiologia, sociologia etc. ), ao longo do tempo tem sido estudado o lugar social que a criança ocupa em relação à outra criança, podendo revelar transformações e orientações necessárias para a compreensão de ser reconhecida, e é através da educação que a criança se transforma em adultos responsáveis.
Através de novos vínculos sociais, a criança passa a se interagir com novos padrões de comportamento, conteúdos e valores ociais. Esse conhecimento de mundo ocorre do real para o mental. Segundo (WALLON apud ALMEIDA, 1993, p. 14): O desenvolvimento da inteligência, em grande parte, é função do meio social. Para que ele possa transportar o nível da experiência ou da invenção imediata e concreta, tornam-se necessários os instrumentos de origem social, como a linguagem e os diferentes sistemas de símbolos surgido desse meio.
Se essa interação for desestruturada, abalará o comportamento infantil. um exemplo disso e o índice de violência que tem aumentado em nossa sociedade, fazendo com que através da ecnologia apreciada pelas crian as surgem novas formas de violência até mes através da tecnologia apreciada pelas crianças surgem novas formas de violência até mesmo dentro da própria escola. A maior preocupação não é como a criança se socializa, mas como a sociedade socializa a criança. A concepção moderna de infância é contraditória.
Muitas vezes a criança é vista como ser puro e inocente, sem maldade, que precisa ser protegido. Outras vezes a criança é vista como um ser de más qualidades, que precisa ser domado para ser útil à sociedade. O potencial da criança torna-se criativo e expressivo quando ela ria a linguagem e atualiza culturalmente seus conhecimentos, através da educação famlliar ela vive um mundo de verdades e mentiras, pois os pais lhe escondem certas realidades, com isso ela vive de sonhos e fantasias.
A aquisição da linguagem é, portanto um salto qualitativo na evolução do pensamento infantil. Segundo Almeida (1999, p. 57): a criança apropia-se dos bens culturais e, provavelmente, ingressa como elemento do meio social na medida em que domina os instrumentos de origem social, pois a linguagem e os diversos sistemas de símbolos posslbilltam ultrapassar o nlVel da xperiência ou da invenção imediata e concreta.
Isso faz com que os adultos e as crianças não se misturam: os pais com seus compromissos profissionais deixam suas crianças com as babás, televisão, vídeo-games, preenchem a agenda dos filhos para que eles não sintam falta dos pais ausentes, a ausência de diálogo faz com que, às vezes as crianças cresçam rejeitadas, desobedientes e agressivas.
Na nossa sociedade familiar as crianças possuem: Habilidades especificas, pois a capacidade de aprendizagem é limitada, ou seja, apr possuem: Habilidades específicas, pois a capacidade de prendizagem é limitada, ou seja, aprendem algumas coisas e outras não; pouca oportunidade de participação no cotidiano, pois desconhecem o trabalho dos pais; distanciamento do mundo adulto proporcionado um mundo próprio.
Através dessa exclusão social, a criança reflete a sua emoção na sala de aula, seja ela alegria, cólera ou medo. Assim o diálogo dos pais com as crianças muitas vezes depende do diálogo do adulto com o seu passado, na sua infância, mas é muito importante saber ouvir os filhos. Segundo Tiba (2002,p. 185): “Quando a criança sabe que poderá contar tudo aos pais ente-se mais forte e participativa. Depois eles não devem deixar de ouvir o que ela que contar. ? a maneira de estar presente mesmo estando ausente” Visto que as funções da família são: oferecer cuidados e proteção às crianças; dar suporte à evolução da criança; contribuir para a socialização dos filhos em relação aos valores socialmente constituídos; controlá-las e ajudá-las no processo de escolarização e de instrução progressiva em outro âmbito e instruções sociais; dar suporte para as crianças serem pessoas emoclonalmente equilibradas, capazes de estabelecer vínculos afetivos atisfatórios e respeitosos com os outros.
Segundo Miranda (1994,p. 126): Sob a influência dos reformadores moralistas, paulatinamente se admitia que a criança não era preparada para a vida, cabendo aos pais a responsabilidade pela formação moral e espiritual dos filhos, o que levou ao aparecmento de sentimentos novos nas relações entre os membros familiares: o sentimento moderno de famllia. Já escola deverá garantir aa ren entre os membros familiares: o sentimento moderno de família. Já escola deverá garantir a aprendizagem de certos conteúdos essenciais como: leitura, escrita etc. azendo com que desperte aluno crítico, interessado e participativo dentro da sociedade. As funções da escola são: facilitar a adaptação de características socias; formar cidadãos reflexivos, críticos e participativos: Cenário de criação – educação; socialização e individualização. A escola tem o objetivo de introduzir na criança competências, categorias mentais e termos científicos. Mas a maioria das crianças possui a dificuldade em estabelecer clareza entre as funções da família e as funções da escola, principalmente quando os pais acham que a educação deve partir da escola.
Segundo Miranda (1994, p. 129), “há dois tipos de pedagogia a Pedagogia Tradicional que traz à educação ensino das normas e conteúdos morais contrariando a sua natureza selvagem” Portanto o professor torna-se o centro da aprendizagem, e a Pedagogia Nova que vê a criança como um ser pleno para a auto – realização, ela valoriza, ensina bem, mesmo que a minoria, trazendo credibilidade na escola. A autora completa afirmando que: O processo de socialização da criança é concretamente determinado pela sua condição histórico – social.
Além disso, enquanto sujeito da história a criança tem a possibilidade de ecriar seu processo de socialização e através dele interferir na realidade social. (MIRANDA1994, p. 131) Através desse processo de socialização vamos perceber como o meio pode proporcionar condições para a criança construir a sua personalidade. condições para a criança construir a sua personalidade. A concepção de Wallon sobre afetividade A afetividade tem um papel imprescindível no processo de desenvolvimento da personalidade da criança, que se manifesta primeiramente no comportamento e posteriormente na expressão.
Almeida (1999, p. 42) ao mencionar Wallon diz ue ele “atribui à emoção como os sentimentos e desejos, são manifestações da vida afetiva, um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano. Entende-se por emoção as formas corporais de expressar o estado de espírito da pessoa, este estado afetivo pode ser penoso ou agradável. ” O desenvolvimento é um processo continuo, pois o homem nunca está pronto e acabado, esse desenvolvimento refere-se ao mental e ao crescimento orgânico, conhecendo as características comuns de uma faixa etária, reconhecendo as individualidades.
Segundo Almeida (1999, p. 44), . com a influência do meio, essa fetividade que se manifestava em simples gestos lançados no espaço, transforma-se em meios de expressão cada vez mais diferenciados, inaugurando o período emocional. ” As relações familiares e o carinho dos pais exercem grande influência sobre a evolução dos filhos, em que a inteligência não se desenvolve sem a afetividade. Segundo Almeida (1999, p. 50): A afetividade, assim como a inteligência, não aparecem pronta nem permanece imutável.
Ambas evoluem ao longo do desenvolvimento: são construídas e se modificam de um período a outro, pois, à medida que o indivíduo se desenvolve, as ecessidades afetivas se tornam cognitivas. Isso mostra que estar presente na vida dos filhos é muito importante: sentar com el mostra que estar presente na vida dos filhos é muito importante: sentar com eles; contar uma história; contar as vitórias e as derrotas da vida; deixar que eles façam parte do seu mundo. É muito importante também que os palS bnnquem com seus filhos: role no tapete, jogue bola e participe do seu dia ? a ? ia, essa afetividade pode trazer grandes beneficios para a aprendizagem escolar da criança. O desenvolvimento ps[quico da criança dá-se através do meio social que ela convive. Segundo Almeida (1999, p. 63) ao mencionar Wallon ela observa que “são as emoções que unem a criança ao meio social: são elas que antecipam à intenção e o racioclnio. ” Muitas vezes, as crianças não estão preparadas para entrarem na escola, pois essa entrada significa o primeiro afastamento da família. Com isso o afeto da professora poderá ajudar muito a criança se interagir com a escola e os colegas.
Segundo Tiba (2002, p. 1 57) “Os pais não devem prometer trazer brinquedos, doces ou figurinhas quando voltarem. É saudável que a criança sinta que a separação não mata ninguém e comece a riar dentro de si mesma a noção de responsabilidade. ” Conforme a criança vai crescendo, as crises emotivas reduzem os ataques de choro, birras, surtos de alegria. Cenas tão comuns na infância são controladas pela razão, num trabalho de desenvolvimento da pessoa. As emoções são subordinadas ao controle das funções psíquicas superiores, da razão.
A criança volta-se naturalmente ao mundo real, numa tentativa de organizar seus conhecimentos adquridos até então, é novamente o predomínio da função cognitiva. Na adolescência, cai na malha da emoção novamente, cumprindo uma nov a função cognitiva. uma nova tarefa de reconstrução de si, desde o eu corporal até o eu psíquico, percebendo-se num mundo por ele mesmo organizado diferentemente. E por toda a vida, razão e emoção vão se alternando, numa relação de filiação, e ao mesmo tempo de oposição. Portanto, todo processo de educação significa também a constituição de um sujeito.
A criança seja em casa, na escola, em todo lugar; está se constituindo como ser humano, através de suas experiências com o outro, naquele lugar, naquele momento. A construção do real acontece, através de informações desafios sobre as coisas do mundo, mas o aspecto afetivo nesta construção continua, sempre, muito presente. A emoção na sala de aula Discutiremos a importância da relação entre a emoção e a atividade intelectual na sala de aula, mostrando que tanto o professor quanto o aluno poderá passar por momentos emocionais durante o processo de ensino e aprendizagem.
As três principais emoções que exercem ações na sala de aula são: o medo demonstrado através de situações novas como responder alguma atividade, apresentar algum trabalho etc. ; a alegria, que traz inquietação, também pode trazer entusiasmo ara a realização das atividades; e por ultimo a cólera, que tem o poder de expor o professor diante da classe trazendo desgastes fisicos e emocionais. Assim na maioria das vezes os professores não sabem lidar com as situações emotivas de sala de aula, pois elas podem ser Impreviswe. . PAGF que é algo necessário dentro da sala de aula e qualquer movimento significa desatenção, que é interpretado muitas vezes como indisciplina, podendo assim atrapalhar tanto os coleguinhas como a professora. Segundo Almeida (1999, p. 90): As reações posturais das crianças são normalmente interpretadas como desatenção. Assim, há uma grande insistência pela contenção do movimento, como se sua simples eliminação pudesse assegurar a aprendizagem da criança.
E são através desses movimentos que podem gerar emoções como a alegria, que ao se produzir revela uma grande excitação motora, onde poderá ser trabalhado várias atividades como: teatro, dinâmicas em grupo etc. , fazendo com que seja atividades facilitadoras do conhecimento. Sabendo também que o professor deve levar em consideração os estados emocionais no contexto de sala de aula, pois o excesso ou a falta de movimento pode revelar a presença de um estado mocional, seja ela boa ou ruim. ortanto, o professor tem que ser equilibrado emoclonalmente na sala de aula, pois a inteligência costuma ceder aos caprichos da emoção, o grande desafio é manter o equillbrio entre a razão e a emoção, para que o estado emocional nao implique em exercer determinada atividade cognitiva. Muitas vezes os professores se revelam como um alvo frágil e fácil do aluno atingir. Essa falta de aproximação entre o professor e a emoção deixa-o totalmente cego diante das expressões na sala de aula. Pode-se dizer que a escola exerce um papel fundamental no esenvolvimento socioafetivo da criança. Segundo Almeida (1999, p. 9): Como meio social, é um ambiente diferente da família, porém bastante propicio ao seu desenvolvimento, pois é diversificado, rico em interações, e permite à criança estabelecer relações simetricas entre parceiros da mesma idade e assimetria entre adultos. Ao contrário da família, na qual a sua posição é fixa, na escola ela dispõe de uma maior mobilidade, sendo poss[vel a diversidade de papéis e posições. Dessa forma, o professor e os colegas são interlocutores permanentes tanto no esenvolvimento intelectual como do caráter da criança, o que poderá ser preenchido individual e socialmente.
Através dessas diversas interações, escola / família, professor aluno, o meio proporciona experiências essenciais para a construção da personalidade da criança, caracterizando-a assim como ser humano, como sujeito do conhecimento e do afeto, possibilitando um maior crescimento. Lembrando também que a criança precisa ser reconhecida, ser elogiada, isso nutre a afetividade da criança, pois demonstra o interesse do professor pela criança, fazendo com que ela se Slnta mportante.
Processos de ensino e aprendizagem As primeiras aprendizagens das crianças ocorrem na primeira relação com a mãe (primeiras palavras, gestos… ). Nesta relação à criança constrói seu estilo particular de aprendizagem, que sofrerá modificações à medida que a criança se relaciona com outros contextos. Segundo Almeida (1999, p. 48): Cada estágio da afetividade, quer dizer as emoções, o sentimento e a paixão, pressupõem o desenvolvimento de certas capacidades, em que se revelam um estado de maturação. Portanto, quanto mais ha uire no campo