A leitura e a escrita no processo de ensino aprendizagem
FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS ANA MARIA DE CASTRO or13 to view nut*ge A LEITURA E A ESCRITA NO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM linguagem escrita, de acordo com PIAGET (1975), CAGLIARI (1992) e DAVIS e OLIVEIRA (1990) conceituarem o erro e sua importância para a alfabetização, numa visão construtivista e a lógica dos erros no processo intelectual do ser humano de acordo com FERREIRO (1993), e HOFFMANN (1993). omo conclusao, o estudo aponta a postura do professor alfabetizador que deve transcender o seu tradicional papel de transmissor do saber para tornar-se um proporcionador de desequilíbrio, para que o luno possa reestruturar e construir seu conhecimento, revendo também sua posição frente ao erro, sabendo diagnosticá-lo e considerá-lo como favorecedor do processo de aquisição da linguagem escrita, deixando assim de ser causador de punições e proporcionador de baixa estima nos educandos ao longo de sua formação.
Palavras-chave: Leitura, escrita, erro, ensino – aprendizagem. Introdução Perante tantas concepções diferentes sobre como lidar com a leitura e erros apresentados pelos alunos durante o processo inlcial de aquisição da linguagem escrita, cada professor lfabetizador, em sua atuação, acaba agindo da maneira que acha correto, ensinando a leitura e a escrita, deixando sempre as dificuldades relacionados a escrita a serem trabalhadas nas séries posteriores, ocasionando assim a defasagem na aprendizagem dos alunos.
Os erros de ortografia apresentados nessa fase inicial, nem sempre são trabalhados de forma a atender individualidades, ou seja, o professor muitas vezes não se submete ao risco de apontá-los ao seu próprio sujeito, devido ao fato de estar ou não o prejudicando. Em geral espera-se que cada criança perceba e internalize com a forma correta de 3 prejudicando. a forma correta de ler e escrever. A questão que se coloca, no entanto, é a dificuldade dos professores em reconhecer e saber trabalhar a partir da análise da leitura e dos erros cometidos por seus alunos, durante a fase mais importante, a de aquisição da linguagem escrita. Na realidade eles são o produto das más concepções de alfabetização que já foram assinaladas. ” (FERREIRO, 1992). “As soluções erradas são ricas de informações para o professor: através delas é possível perceber a forma por meio da qual a cnança pensa, suas hipóteses sobre um determinado ssunto, sua maneira de operar cognitivamente os significados que atribui ao tema ou acontecimentos. DAVIS e OLIVEIRA, 1990:93) Nesse aspecto, considera-se importante a busca de respostas às questões que podem estar agravando cada vez mais o problema, pois é grande o número de estudantes que apresentam defasagem na leitura e na escrita durante as diferentes etapas do processo ensino aprendizagem. Assim sendo, seria importante a conscientização dos professores alfabetizadores, que de certa forma, os erros cometidos pelos alunos devem ser apontados com o objetivo de uxiliá-los na forma correta de grafar as palavras, e quando diagnosticado, será importante instrumento para o professor no aprimoramento do seu planejamento diário.
Porém, é comum, esse professor em sua atuação apresentar-se inseguro quanto as formas de apontá-los ao aluno, não sabendo até que ponto essa intervenção é positiva e ou negativa neste processo e mesmo conhecendo teoricamente a sua importante função no direciona negativa neste processo e mesmo conhecendo teoricamente a sua importante função no direcionamento de seu planejamento, não faz dele um instrumento útil em sua prática. Diante dessa questão tão polêmica, pretende-se tornar mais claro alguns aspectos importantes como: como ocorre o processo de aquisição da leitura e da linguagem escrita?
Quando se deve respeitar a escrita espontânea dos alunos e também seus erros? Qual é o papel do erro no processo ensino-aprendizagem? A definição do erro (construtivo) no processo ensino- aprendizagem? Que fatores se deve considerar ao analisar a leitura e a escrita espontânea dos alunos e sua evolução na fase inicial da alfabetização e qual deve ser a postura do professor neste processo, ajudando os alunos sem prejudicá-los? erguntas essas que deveriam fazer parte da rotina docente na busca de soluções para o alcance de melhores resultados.
Desenvolvimento A aprendizagem é o processo pelo qual a criança tem oportunidade de se apropriar de maneira ativa do conteúdo da experiência humana, ou seja, o conhecimento acumulado pelo seu grupo social através dos tempos. No inicio do processo de alfabetização, precisa-se conslderar o desenvolvimento cognitivo de cada criança, respeitando as individualidades. O acesso à linguagem como um sistema de signos possibilita a construção de conceitos gerais e a inserção do ensamento individual numa realidade objetiva e comum. ” (PIAGET, 1975, p. 85). Segundo DAVIS e OLIVEIRA (1990), em geral cometem-se o erro de pensar que a aprendizagem tem início apenas quando a criança começa o período escolar. Na verdade, antes mesmo de entrar na escola, a criança já vem d entrar na escola, a criança já vem desenvolvendo suas hipóteses e construindo seu conhecimento sobre o mundo. Ao dar início a alfabetização ela já tem a concepção da escrita, ou seja, o que pode e o quer escrever. “A tarefa de ensinar, em nossa sociedade, não está concentrada nas mãos de professores.
O aluno nao aprende apenas na escola, mas também através da família, dos amigos, de pessoas que ele considera significativas, dos meios de comunicação de massa, das experiências do cotidiano, dos movimentos sociais. ” (DAVIS E OLIVEIRA, 1990, p. 23). Alguns métodos de ensino nos orientam a valorizar os conhecimentos prévios que as crianças trazem consigo no ciclo inicial de alfabetização e que mesmo depois de algumas atividades de fixação, não devemos intervir na forma escrita com que a criança se expressa.
Instruem que, se fizermos correções imediatas nessa fase, podemos causar nelas um sentimento de mpotência, um bloqueio na criatividade em função da nossa objetividade ou intencionalidade. Se tiver que ensinar a forma ortográfica para depois permitir que as crianças escrevam, usando somente as palavras aprendidas, isso ocasionará um bloqueio no uso da linguagem pela criança, com consequências sérias para as suas CAGLIARI,1992, p. 122).
Essa atitude perante a fala, a escrita e a leitura, fazem com que os alunos tenham sempre o presente fato de serem capazes de escrever qualquer coisa, mas também o de que há somente uma forma ortográfica: se eles não a souberem, deverão procurar saber para não errar. Isso não impede, por outro lado, que as souberem, deverão procurar saber para não errar. Isso não impede, por outro lado, que as crianças escrevam textos tão logo aprendam as letras, sabendo-se, é claro, que vão começar cometendo muitos erros de ortografia e que esta, no início, não é tão importante quanto o fato de aprender a escrever propriamente dito.
Mas vão ter que aprender a escrever ortograficamente, porque a escrita da fala serve para fala e não para o sistema de escrita convencional usado pela sociedade”. (CAGLIARI, 1992, p. 32). A teoria construtivista esclarece o quanto é importante stimular a criança a se expressar e a valorizar tudo que ela coloca, considerando também a fase em que ela se encontra, permitindo que ela construa e reconstrua na medida em que evolui. Falar sobre o construtivismo não é uma tarefa fácil. Há diferentes nuances dessa teoria e principalmente diferentes interpretações e aplicações.
No Brasil a teoria construtivista passou a orientar o trabalho de professores alfabetizadores, que aos poucos mudaram a forma tradicional de ensinar, rompendo com os velhos e estagnados métodos, que em sua prática quantitativa não traziam resultados qualitativos. O trabalho da pesquisadora argentina Emllia Ferreiro, sobre a aprendizagem da leitura e escrita, começou a ser divulgado no Brasil. Com base nesses trabalhos, cuja inspiração é a teoria construtivista do grande pesquisador da inteligência infantil, Jean Piaget, as escolas brasileiras vem mudando a forma de alfabetizar as crianças.
Os princ[pios construtivistas passaram a orientar o trabalho de alfabetização dessas escolas e algumas delas, pouco a pouco, foram introduzindo esses princípios nas outras di PAGF 13 dessas escolas e algumas delas, pouco a pouco, foram introduzindo esses princípios nas outras disciplinas. O construtivismo, não é um método de ensino, mas é um nome genérico dado às diversas tentativas de explicar na sala de aula as concepções desenvolvias por Piaget. Explicando melhor: Piaget e outros psicólogos estudaram o conhecimento humano e a forma como as crianças se apropriam desse conhecimento.
Baseando- se nas diversas interpretações dessas teorias, as escolas desenvolveram formas de trabalhar diferentes da tradicional, às quais foi dado o nome de construtivismo. Por esse motivo, coisas muito variadas são feitas em nome do construtivismo, mas nem todas são de fato construtivistas. A maior contribuição do construtivismo às escolas foi revelar que a criança não pensa como o adulto e nem por isso é menos inteligente. A criança tem um modo próprio de entender as coisas, que vai evoluindo até entender o pensamento adulto.
Para os construtivistas, a criança não absorve os estímulos passivamente, mas se empenha para progredir, tentando compreender as coisas de forma ativa e criativa. Manipula os objetos, faz perguntas, observa, reflete e inventa explicações, elabora hipóteses na tentativa de dar sentido às coisas que vê, ouve e constata (ANDRADE, 2005). Com o passar do tempo, sua experiência e reflexão se encarregam de mostrar que suas hipóteses não dão mais conta de explicar o que explicavam antes.
Nesse momento, a criança elabora novas hipóteses, mais próximas da verdade do que as anteriores. Em outras palavras: a criança interpreta os estímulos de acordo com suas possibilidades de entendimento. Assim, um mesmo estímulo será interpret acordo com suas possibilidades de entendimento. Assim, um mesmo estimulo será interpretado diferentemente nas várias etapas da construção do conhecimento. Por meio desse processo e construção e reconstrução de hipóteses, o pensamento infantil vai se aproximando do pensamento adulto, daí o nome “construtivismo”.
Supostamente, as escolas construtivistas não infantilizam e nem reduzem o conhecimento, pois respeitam a inteligência infantil. Os erros são compreendidos como manifestações do pensamento infantil e não como falhas da criança e, por isso, são aproveitados para promover a aprendizagem. Isso não quer dizer que respostas incorretas sejam aceitas como corretas, essa é uma das interpretações Incorretas da teoria plagetiana. Os conhecimentos do aluno são levados em consideração e o aciocínio e as reflexões, são mais valorizados do que a repetição e a memorização.
A postura em relação ao erro é o que mais diferencia o construtivismo de outras correntes, pois todas mantiveram uma atitude de condenação. No construtivismo, ao contrário, o erro é colocado numa posição de destaque, não para ser condenado, mas para ser utilizado como importante mediador de aprendizagem. Para começar, ninguém aprende sem errar. “Os erros são parte importante da nossa experiência. Se não os conhecermos, em breve podemos vir a repeti-los. (… ) Basicamente nao há nada de errado em cometer erros. Porém, tornar impossível a sua correçao é insanidade pura. (RUBEM ALVES, 1986) Entende-se que do ponto de vista pedagógico a conduta apropriada na situação de ensino aprendizagem deveria estar voltada para os seguintes aspectos: “partir dos conhecimentos que os alunos ja po aprendizagem deveria estar voltada para os seguintes aspectos: “partir dos conhecimentos que os alunos já possuem considerando seus sistemas de significações propiciando sltuações de conflitos cognitivos; enfatizar a ampliação do desenvolvimento e não apenas a busca de resultados tendo como principal eixo o processo de construção do conhecimento.
JEAN PIAGET, ao estudar a evolução do pensamento, percebeu a possibilidade de resgatar o percurso, o processo de desenvolvimento intelectual do ser humano, através da lógica dos erros que as crianças cometiam durante os testes de raciocínio. Questionando-as ele descobriu a possibilidade de trabalhar a partir do erro, afirmando que todo conhecimento é construído através de um processo continuo de fazer e refazer. Salientou que as crianças erravam, porque as respostas eram analisadas do ponto de vista dos adultos.
Na verdade, as crianças pensavam de modo diferente, porém, nao menos que os adultos; suas espostas seguiam uma lógica própria. para EMÍLIA FERREIRO, (1999) “se concebe a aprendizagem da língua escrita como a compreensão do modo de construção de um sistema de representação”. Isto quer dizer que a alfabetização, numa visão construtivista, é concebida como um processo de compreensão e construção do sistema de escrita.
Essa compreensão, conforme Piaget está ligada à possibilidade do sujeito reconstruir o objeto de conhecimento por ter entendido quais são suas leis de composição. Tal reconstrução permite ao sujeito que ele reformule hipóteses a partir de suas descobertas; ? um processo de tentativas, de erros e acertos. Nesta perspectiva o erro é construtivo. Assim sendo as soluções ou acertos. Nesta perspectiva o erro é construtivo.
Assim sendo as soluções ou representações feitas pelos alunos, muitas vezes consideradas erradas pelo professor, deveriam ser consideradas como erros construtivos, indicadoras de progresso na atividade cognitiva, fazendo com que os alunos tenham consciência que os erros cometidos fazem parte do processo e devem ser entendidos como etapas naturais de seu desenvolvimento e não como deficiência na aprendizagem. A criança possui a estrutura de pensamento necessária a solução da tarefa, mas solucionou procedimentos inadequados para tal.
Supõe-se, neste caso, que a criança já dispõe do conjunto de esquemas, do “saber fazer”, que é necessário para obtenção de sucesso. Este tipo de erro não se refere, assim, à construção de conhecimento e, simplesmente, ao emprego ou aprimoramento dos conhecimentos já construídos. Erros de ortografia, por exemplo,não podem ser considerados “erros construtivos”, quando a criança já elaborou a construção da língua escrita: são erros de sistematização do código escrito, de istração, de falta de treino ou repetição necessárias à fixação da arbitrariedade da ortografia.
Não são “erros construtivos”,porque a estrutura alfabética já foi alcançada.. “(DAVlS E ESPÓSlTO,1990, p. 74). A aquisição da leitura e da escrita, ou a alfabetização, não depende, sabe-se hoje, do material utilizado pelo professor ou do método, mas do estágio de maturação das estruturas mentais do aprendiz, da interação que ele estabelece com o ambiente e do conhecimento que ele já possui sobre o que é ler ou escrever. Segundo Emilia Ferreiro, assim como acontece com a fala e o desenh