Antologia de literatura portuguesa
Antologia Trabalho de: Mariana Revez Turma: 110 J Disciplina: Literatura Portuguesa professora: Maria Teresa Cardoso Escola: Escola Secundária Sebastião e Silva Índice * Beijo à partida * Cantigas de Amigo -Barcarolas ou Marinhas * Despedindo-se da pátria ao partir para a Índia * Descrevendo um * Tarde no mar preia-mar * Conclusão Beijo à partida ora to view nut*ge Quando chegou a hora do adeus, Mãe e filho beijaram-se no cais. – Não chores, minha mãe – dissera o filho Volto dentro de um ano a Codeçais. Popular) Fonte: Manual de Literatura Portuguesa do 100 ano — Página 17) Cantigas de Amigo Barcarolas ou Marinhas Definição: Barcarolas ou Marinhas são chamadas às cantigas de amigo que versam sobre assuntos ligados ao mar ou ao rio. Os temas são geralmente de grande singeleza. A moça vai apenas banhar- mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro! Se vistes meu amado, por que ei gran cuidado! Martim codax (CV 884, CBN 1227) Interpretação: Trata-se de um monólogo. A rapariga é o emissor e receptor são s ondas do mar.
A rapariga mostra-se preocupada com o seu amado, dirigindo-se a Deus, com uma mensagem através das ondas. A rapariga vai revelando os seus sentimentos ao mar, ao longo do texto, estabelecendo com o mesmo uma estrita relação. (Fonte: Manual de Literatura Portuguesa do 100 ano — Páginas 55, 56, 57 e 58). Despedindo-se da pátria ao partir para a Índia Eu me ausento de ti, meu pátrio Sado, Mansa corrente, deleitosa, amena, Em cuja praia o nome de Filena Mil vezes tenho escrito, e mil beijado; Nunca mais me verás entre o meu gado
Soprando a namorada e branda avena, A cujo som descias mais serena, Mais vagarosa para o mar Salgado; Devo enfim maneiar por le o Ganges. Bocage (Fonte: Manual de Literatura Portuguesa do 100 ano — Página 328) Descrevendo uma noite tempestuosa O céu, de opacas sombras abafado, Tornando mais medonha a noite feia; Mugindo sobre as rochas, que salteia, O mar, em crespos montes levando; Desfeito em furacões o vento irado, Pelos ares zumbindo a solta areia, O pássaro nocturno, que vozeia No agourento cipreste além pousado; Formam quadro terrível, mas aceito,
Mas grato aos olhos meus, grato à fereza Do ciúme, e saudade, a que ando afeito. Que no horror iguala-me a Natureza; Porém cansa-se em vão, que no meu peito Há mais escuridão, há mais tristeza. (Fonte: Manual de Literatura Portuguesa do 100 ano _ Página 336) Tarde no mar A tarde é de oiro rútilo: esbraseia. O horizonte: um cacto purpurino. E a vaga esbelta que palpita e ondeia, Com uma frágil graça de menino, poisa o manto de arminho na areia E lá se vai, e lá se segue ao seu destino! E o sol, nas casas brancas que incendeia, Desenha mão sangrentas de assassino!
Que linda tarde aberta sob PAGF3tFd tuas mãos morenas, milagrosas, São as asas do sol, agonizantes… Florbela Espanca (Fonte: Manual de Literatura Portuguesa do 100 ano – Preia-mar As ondas quebram na areia, dizem segredos perdidos… Saudades da maré-cheia, de barcos e tempos idos… Segredos tristes, lamentos, que o mar não pôde calar… E foi dizê-lo aos ventos, aos pescadores, ao luar… As ondas dizem na areia saudades de tempos idos.. Segredos de maré-cheia, de barcos tristes – perdldos.
Daniel Filipe, Missiva (Cabo Verde) Página 358) Fonte: Manual de Português do 10a ano – Página 285) Conclusão Com esta pequena antologia de textos já estudados nas disciplinas de Literatura Portuguesa e de Português, tentei transpor mais do que uma faceta do mar. Ilustrando com alguns poemas de autores nossos conhecidos um mar agradável e um mar tempestuoso, por assim dizer. Relendo agora estes textos, com uma especial focalização no tema: o mar. Observo a importância e inspiração que os autores depositaram nele, como tantos outros que não referi. Tentei, também eu, procur a inspiração para realizar