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Lembro-me perfeitamente, desta nova etapa da minha vida estudantil. Aquando da minha entrada para o liceu, houveram grandes alterações na minha maneira de viver, pois na altura vivia eu em Ermesinde, e tinha de me deslocar diariamente para Campanhã, para casa dos meus avós paternos, pois era onde se sltuava o Ilceu Alexandre Herculano, o estabelecimento de ensino que frequentei durante alguns anos.

Esta mudança de vida nos dois primeiros anos não teve influência no meu rendimento escolar, pois estava eu no 40 ano, e com boas notas, quando aconteceu 0 25 de Abril. Esta data marca o fim do chamado Estado Novo”, onde passo a descrever algumas passagens da História por este sistema político que muito penalizou o povo Swipe to nex: page português. Tudo isto ANTÓNIO ABEL OLIV org portuguesa após a re Ite to view dissolve as instituiçõ partidos políticos e in senhor chamado -r fim á 10 República 926.

Nesta altura s, extingue os Itar. Este senhor após algumas revisões da constituição em 1933 recusou o nacionalismo corporativo, 0 intervencionismo económico-social, tudo isto sem rejeitar teoricamente a forma Republicana de governo. Uma das pastas que se apossou foi a das finanças. Embora mais tarde tomasse a seu cargo todo o processo governativo. Uma das suas ideias caracterizou-se pela aplicação da censura das opiniões, e das repressões dos seus opositores.

O método para dominar este sistema de c censura e repressão foi a constituição de uma polícia política chamada: PIDE Mesmo com este sistema político implantado no nosso país, não foi impeditivo para a candidatura do General Humberto Delgado, conhecido pelo General sem medo, no ano de 1958 contra o candidato do regime Américo Tomás, apesar de derrotada, o que levou mais tarde ao seu assassinato, presume-se pela polícia ecreta intitulada PIDE, essa mesma que defendia o regime com mão de ferro, fazendo atrocidades, que se verificaram em muitas das individualidades da nossa politica tal como Mário Soares, Álvaro Cunhal, entre muitos outros que fazem hoje parte do nosso sistema político – democrático. Mesmo após a morte de Salazar em 27 de Julho de 1970, o regime continuou na pessoa de Marcelo Caetano, o seu sucessor. Este senhor apesar de ter prometido alguma liberalização no sistema politico, não consegue mais do que mudanças de nomes em instituições repressivas, e mais grave do que isso vê-se com m problema sem resolução, que era a guerra colonial que se prolongava desde 1961. Foi a partir desse momento que começou a vislumbrar-se um novo movimento militar que deu origem ao 25 de Abril de 1974, mais conhecida como Revolução dos cravos.

A partir dessa altura, é que as coisas começaram a ficar diferentes, pois com as alterações político-sociais que aconteceram no nosso país, tanto os trabalhadores como os estudantes, sofreram as consequências dessa mudança, uns para melhor outros para pior. Começaram a existir as greves, as manifestações, tudo em prol de situações político partidárias que muito m PAGFarl(Fq a existir as greves, as manifestações, tudo em prol de situações politico partidárias que muito mexeram com o dia-a-dia de trabalhadores e estudantes. A mim pessoalmente trouxe-me alguns problemas, POIS fui “arrastado”, não só eu como mutos colegas meus, para uma facção política, que em nada me veio ajudar nos meus planos de estudos. Quero aqui frisar que essa entrada para a política estudantil não foi imposta por quem quer que fosse, foi uma opção minha.

Como eu, muitos outros se perderam nessa altura conturbada das nossas vidas. Os estudos ficaram para 20 plano (50ano antigo dos liceus), em prol e situações, que nada tinham a ver com os estudos. Foram tempos difíceis que muita gente ainda hoje passados 34 anos não entende nem compreende. Mas as gerações que se segulram já tiveram uma situação mais estável tanto a nível escolar como a nível profissional, muito mais alegre, pois nesse aspecto 0 25 de Abril de 1974, trouxe liberdades até então desconhecidas, pois como é sabido, naquela época (Estado Novo) não se tinha a liberdade de expressão que hoje se tem, a meu ver em demasia. 25 de Abril revelou-se para as pessoas que viveram nessa altura, tempos terrivelmente difíceis, pois como se sabe egressaram centenas de milhares de retornados e refugiados, a população tornou-se multo mals heterogénea, contribulndo para o agravamento social já existente. Como é do conhecimento geral a vinda dos retornados e refugiados não foi muito do agrado do povo do continente pois obrigou a que houvesse despesas com essas pessoas, o que veio agravar a já depauperada economia PAGF3rl(Fq obrigou a que houvesse despesas com essas pessoas, o que veio agravar a já depauperada economia existente, contribuindo ainda mais para o avolumar da despesa do Estado. Como é sabido todos os retornados tiveram um subsídio de estado que ondava os 7. 500 Esc. ais habitação em hotéis e pensões, tudo isto viria mais cedo ou mais tarde a reflectir-se nos bolsos dos portugueses que viviam no continente, pois essas pessoas com esse rendimento atribuído andaram anos sem se preocuparem em arranjar trabalho, e os que arranjavam ainda tiveram acesso às melhores colocações o que despertou um sentimento de desagrado por parte da população. Como se sabe a nossa economia estava dependente das colónias, o que levou ao encerramento de muitas empresas, algumas delas de grande dimensão, sectores económicos entraram em uptura, levando milhares de pessoas para o desemprego, o que originou uma subida abrupta da inflação, que chegou a atingir valores acima dos 30%.

A nossa moeda foi diversas vezes desvalorizada. As finanças públicas ficaram muito débeis, o que levaram o país quase a bancarrota. Os conflitos sociais foram nesta altura muito intensos, com variadas manifestações de protesto, greves, umas atrás das outras. Foi em meados de 1977, que se nos apresentou uma oportunidade de entrar para a CEE, o que não foi consensual, pois nem todos os partidos estavam de acordo, mas veio a verificar-se mais tarde que foi a melhor pção que poderíamos ter feito, pois de outra maneira ainda hoje estaríamos a viver num marasmo. Esta entrada tinha em mente alguns objectivos, consolidar as f hoje estaríamos a viver num marasmo.

Esta entrada tinha em mente alguns objectivos, consolidar as finanças públicas através de ajudas externas, evitar que o país ficasse isolado de toda a Europa, e arranjar apoios no extenor para consolidar o regime democrático então conquistado. Foi assim que Portugal no 1 de Janeiro de 1986 adere á CEE, mas nao foi uma entrada feliz para os portugueses pois nesta altura já se encontrava enraizado o clientelismo, que continuava engordar os seus bolsos. Á época Portugal foi de longe o pars mais penalizado com a entrada na CEE, no entanto e apesar de tudo tivemos uma melhoria nos nossos direitos sociais, (habitação, saúde, educação).

Relativamente às infra-estruturas estas mesmas começaram, embora lentamente a renovar-se. Para as exportações portuguesas foi péssimo, pois esta entrada na CEE levou a que os espanhóis tivessem uma entrada facilitada no nosso país em sectores estratégicos da nossa economia, que contribuiu para o colapso das exportações nacionais. Em 1992 a CEE dá origem á União Europeia. Um dos principais actores para a criação da UE, era a unificação de uma moeda Unica: o Euro. Fig. 23 – Euro Fig. 24 – Escudo É então que Portugal adere ao euro em 2002, em substituição do Escudo. Este facto tem como implicação a curto prazo numa revolução da economia portuguesa.

Pois a partir desse momento passávamos a ter uma moeda forte, mas ao mesmo tempo deixava de poder de a desvalorizar, para baixar os preços dos seus produ forte, mas ao mesmo tempo deixava de poder de a desvalorizar, para baixar os preços dos seus produtos, o crédito tornou- se mais barato o que levou a uma escalada do consumismo, e o mesmo tempo ao endlvidamento das famílias. Mas o mais grave de toda esta mudança é que as importações foram muito superiores às exportações, tudo isto teve um reflexo negativo no desemprego, que a partir desse momento foi sempre a subir. Este panorama tem vindo a agravar-se devido ao impacto da globalização. Tem-se constatado que os níveis de desemprego estão a aumentar, as empresas todos os dias a fechar, em duas palavras: estagnação economica. ara combater o que atrás foi dito, só se vislumbra uma maneira: Uma aposta em empresas com créditos firmados, que tragam um maior valor acrescentado através de inovação ecnológica e mão-de-obra altamente qualificada. Neste momento, embora a passos lentos, já se vai encontrando algumas empresas com ideias novas, embora insuficientes. Uma das apostas que Portugal tem que fazer é na área do turismo, pois é ai que temos muito a ganhar assim saibamos investir, não deixando que sejam os outros (espanhóis, holandeses etc. ), a faze-lo por nós. Outro dos sectores em que temos grandes possibilidades é na exportação dos vinhos e na exploração da cortiça onde já temos bastante dinamismo a nível mundial.

Um dos aspectos que Portugal tem que apostar é no da esburocratização, pois para qualquer assunto a tratar é necessário a deslocação á capital (Lisboa), o que torna todo o resto do país refém dos senhores de Lisboa! Este é um dos aspe PAGFsrl(Fq capital (Lisboa), o que torna todo o resto do país refém dos senhores de Lisboa! Este é um dos aspectos a mudar rapidamente, e para isso acontecer tem que se referendar novamente a regionallzação, para que as pessoas e as instituições do resto do país não estejam sujeitas a estas deslocações que não se entendem, eu pessoalmente subscrevo um novo referendo, e vou sustenta-lo com um dito já muito conhecido, as que se aplica perfeitamente aos dias de hoje, que é a seguinte: “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”.

O retrato do resto do país é desolador, então reparem, a riqueza diminuiu, o poder de compra também, o desemprego aumentou, a qualificação é mais reduzida, isto é a fotografia do Norte e das restantes regiões do pais. É evidente que o Norte tem perdldo protagonismo, qualidade de vida, mas o Norte a meu ver não é só com a regionalização que se vai conseguir impor aos senhores de Lisboa, mas também apostando na competência dos portuenses e nortenhos em geral, nas condições burocráticas que mpecilham a vontade dos nossos empresários de investir. Não podemos pôr a nu o complexo de inferioridade relativamente a Lisboa. Claro que tudo isto só tem uma palavra que define este estado de vida: Globalização. ? contra este gigante que nos derrubou, que temos que lutar, pois foi através dele que perdemos as nossas empresas, base da nossa economia regional, tais como a indústria do calçado, os têxteis, as confecções. Pequenas e médias empresas faliram o que mandou para o desemprego milhares de famílias, que neste momento não estão preparadas para enfrentar o desemprego milhares de famílias, que neste momento não stão preparadas para enfrentar um mercado de trabalho globalizado. É por este motivo que a regionalização é necessária para o desenvolvmento regional, novas infra-estruturas, e melhor qualificação profissional. O Norte do país e o seu interior estão a passar um periodo problemático, pois neste momento somos das regiões mais pobres do país e mesmo da Europa.

O governo de Portugal, vai ter nos próximos anos verbas avultadíssimas, para investimentos a n[vel regional, para isso será preciso que não haja distracções, e que esse mesmo dinheiro seja aplicado no que realmente é necessário. Será uma oportunidade ?nica para o Norte e restantes regiões de Portugal e para as suas gentes que foram até á data bastante penalizados. para isso será necessária uma reforma profunda na administração pública, em conjunto com a esperada regionalização. Relativamente à UE, estou muito pessimista, visto estarem a acontecer a nível económico e financeiro, problemas que ainda á muito pouco tempo não se punham, mas que devido ao que está a acontecer nos USA, se vieram a alastrar a toda a UE.

Não queria fazer das minhas palavras um drama, mas julgo que o sistema economico-financeiro da UE está falido! A ver vamos. Deus queira ue eu me engane para bem de todos. Como dizia atrás no capítulo da catequese este método de educação fez falta a muitos jovens. pois como sabem nos dias que correm, há uma grande falta de tolerância, civismo e respeito pelo próximo. Este modelo de vida a partir do 25 de Abril, foi óptimo para alg PAGF8rl(Fq civismo e respeito pelo próximo. Este modelo de vida a partir do 25 de Abril, foi óptimo para alguns mas criou noutros um sentimento de revolta, devido a que a maioria dos políticos tudo promete, mas nada faz. As responsabllidades acrescidas após esta data não foram pelos portugueses interiorizados.

Todos os portugueses tiveram que começar a ter deveres e responsabilidades que até então não tinham conhecido, pois como se sabe, todos foram chamados a intervir na vida politica, de uma maneira mais activa, uns pela via do voto, que é uma das maneiras de intervenção na democracia, outros pela vida politica activa, pois como todos nós sabemos a partir do 25 de Abril, foram abertas portas para a criação para uma panóplia de partidos, onde só imperam a força de d01S desses partidos, alguns até já acabaram, mas como vivemos num mundo pluralista todos têm o direito de os formar, pois serve para evitar a oncentração de poder, embora saibamos que no nosso sistema politico, quase todos eles têm assento parlamentar. Embora tenhamos vários partidos, e só um deles possa governar, temos que ter em atenção que em muitos aspectos estamos sujeitos á obrigatoriedade de respeitar acordos firmados anos atrás, com a união europeia, com a qual temos obrigações das quais não podemos fugir pois temos recebido nestes últmos 15 anos, injecções financeiras que em muitos vectores da sociedade, tais como a educação, saúde e no desenvolvimento tecnológico, não foram devidamente aplicados. PAGFgrl(Fq

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