As distinções no perfil do profissional contábil
Capitulo 1 – As Distinções no Perfil do Profissional Contábil 1. 1 Contador, Contabilista ou Técnico em contabilidade NO livro “Perfil do contabilista Brasileiro” (1995-1996) existe três tipos de classificação para o profissional da área contábil. Segundo o livro o profissional contábil estava classificado em: técnico, contador ou contabilista. Em diversas pesquisas foram utilizados os três termos, mas o livro não os definiu, e a partir dai, surge uma margem de duvida quanto as principais diferenças entre os termos utilizados na pesquisa.
O Conselho Federal de Contabilidade apresentou os seguintes onceitos contidos no Dicionário da Língua portuguesa de Caldas Aulete, que assim de or16 “contabilista – s. m. e m ntabilidade. Perito em contabilidade; gu “contador – adj. o qu contabilidade que ve da repartição de do do Juízo que conta nos processos os salários e as custas (Bras. ) indivíduo formado em contabilidade; guarda-livros”. (Dagostim, Celeste. Para uma regulamentação dos conceitos de contabilista, contador e técnico em contabilidade. DisponlVel em:. http://www. crcro. org. br/crcmx/principa12. aspx? id2=525.
Acesso em: 04 de setembro de 2011). O dicionário não explica ao certo o que é a “contabilidade”. A definição de “contadofl apresentada o concebe como sinônimo de “guarda-livros”, quando na verdade, a legislação que criou o técnico em contabilidade equipara o “guarda-livros” não ao contador, mas ao técnico. Esses tlpos de definição só podem ser encont SWipe to page encontrados nos dicionários técnicos da área. Essa duvida não é só da sociedade, é também dos profissionais da área que não sabem quais são as definições de cada termo, empregando-os de modo Incorreto.
Veja a seguir: Um outro caso tão grave quanto o do uso de parte do Conselho Federal de Contabilidade do que, no Rio Grande do Sul, espirituosamente chamamos de “amansa-burros”, foi o ocorrido na sessão da Câmara dos Deputados de 28 de maio de 1996, quando o Deputado Roberto Soares Pessoa — diga-se de passagem, técnico em contabilidade registrado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CE), conforme informações colhidas junto àquele Conselho —, fez uma homenagem à passagem dos 50 anos do Decreto-Lei no 9. 95/46, e em seu discurso afirmou que “o contabilista é um profissional de nível superior”, tendo finalizado sem deixar por menos: “como contador, venho saudar a categoria profissional dos contadores e contabilistas”. (Dagostim, Celeste. Para uma regulamentação dos conceitos de contabilista, contador e técnico em contabilidade. Dispon[vel em:. htpp://www. crcro. org. br/crcmx/principa112/. aspx? id2=525.
Acesso Em contrapartida, o Conselho Regional de Rondônia vê como solução para esse problema adotar os seguintes verbetes para definir “contabilista”, “contador” e “técnico em contabilidade”: CONTABILISTA — É sinônimo de contabilidade, de campo de atuação dos contadores e dos técnicos em contabilidade. É uma palavra formada pelo adjetivo “contábil”, acrescida do sufixo “ista”. É o mesmo que “engenheiralista,” “medicinalista”, direitista”, “agronomista”.
CONTADOR — Profissional universitário que exerce funções técnica técnicas e acadêmicas da contabilidade; denominação profissional dada aos detentores do titulo universitário de bacharel em Ciências Contábeis (instituído pelo Decreto-Lei no 7. 988, de 22. 09. 45), registrado no Conselho Regional de Contabilidade ou que, por equiparação, a lei outorgou quando da criação do curso superior de Contabilidade. Profissional que executa a TECNICO EM CONTABILIDADE — função técnica da contabilidade. ? o sucessor do antigo guarda- livros, profissional formado pelos cursos profissionalizantes das Escolas Técnicas do Comércio, curso de nível médio, instituído pelo Decreto-Lei no 20. 158, de 30. 06. 1931. Através da Lei no 3. 384, de 28. 04. 1958, o antigo guarda-livros foi transformado em técnico em contabilidade. (Dagostim, Celeste. para uma regulamentação dos conceitos de contabilista, contador e técnico em contabilidade. Disponível em:. http://vuv. w. crcro. org. br /crcmWprincipa12. aspx? id2=525. Acesso em: 04 de setembro de 2011). ? preciso que as entidades passem a se preocupar com a publicação correta dos conceitos, fiscalizando e punindo os usos incorretos ou indevidos feitos por profissionais elou entidades uja obrigação, assim como as demais normas da prática profissional, é conhecer os fundamentos que definem e regulam a profissão. 1. 2 Contador versus técnico em contabilidade De acordo com pesquisas realizadas no livro “O Perfil do Contabilista Brasileiro” (1995/1996), o numero de técnicos em contabilidade era superior ao numero de contadores no Brasil.
Eram 218. 027 técnicos em contabilidade, enquanto os contadores eram 100. 5 no Brasil. Eram 218. 027 técnicos em contabilidade, enquanto os contadores eram 100. 565. Em 1995, ambos representavam o total de 318. 592 profissionais da área. orem essa situação não permanece a mesma, o numero de contadores superou o numero de técnicos em contabilidade, conforme a última pesquisa do “Balanço Socioambiental de 2010”. Os dados apontam que são 292. 390 contadores no Brasil, enquanto o numero de técnicos é de 203. 194.
De acordo com a pesquisa de 2010 0 total de profissionais da área passou a ser 495. 584. Diante desses dados, a conclusão que se pode tirar em porcentagem é que em 1995 os técnicos representavam 68,4 % dos profissionals da área e os contadores representavam apenas 31 %. Já em 201 0, os contadores passaram a representar 59 dos profissionais da área, enquanto os técnicos passaram a representar somente 41 %. O crescimento do numero de pessoas que procuram o curso de bacharel contábil no Brasil deve-se as exigências de mercado que são cada vez maiores.
Hoje o mercado não exige só a parte técnica, mas também a parte de gestão do profissional contábil, portanto, ele deve ser mais eclético, deve saber analisar as informações contábeis e servir como bússola para os negócios, a fim de ajudar a administração a manter o negócio na rota prevista. para desempenhar essas funções com a máxima ompetência, sua formação hoje deve conter não só noções sólidas de finanças, economia e gestão, mas, também, de ciências humanas, ética e responsabilidade social.
A diminuição do numero de técnicos em contabilidade, alem de estar ligada às exigências de mercado, também esta ligada com a extinção do curso comercial de técnico em contabilidade 16 exigências de mercado, também esta ligada com a extinção do curso comercial de técnico em contabilidade. Art | 0 – Estabelecer que será concedido o registro profissional em Conselho Regional de Contabilldade na categoria de Técnico em Contabilidade aos que ingressarem, ou estiveram cursando, no Curso Técnico em Contabilidade de que trata a Lei n e 9. 94, de 20 de dezembro de 1996, o Decreto no 2. 208, de 17 abril de 1997, o Parecer CNE/CEB na 16, de 05 de outubro de 1 ggg e a Resolução no 4, de 8 de dezembro de 1999, até o exercício de 2004, independentemente do ano de conclusão do curso. “(Disponível em : won. ‘. cfc. org. br . Acesso em: OI de outubro de 2011) Deste modo, os Conselhos de Contabilidade não aceitaram novos registros de técnico em contabilidade futuramente. De acordo com o art. 25 do Decreto-lei no 9. 95/46, de 27 de maio de 1946, são considerados trabalhos técnicos em contabilidade . ) organização e execução de serviços de contabilidade em geral; b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações; c) periclas judiciais ou extra-judiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extra-judiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos
Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade.. “(Disponível em : www. cfc. org. br . Acesso em: OI de outubro de 2011) O trabalho que os técnicos em contabilidade podem d Acesso em: OI de outubro de 2011) O trabalho que os técnicos em contabilidade podem desempenhar parecem ser bem semelhantes ao dos contadores, porem as principais funções que o mercado exige atualmente, não é função do técnico.
De acordo com tal resolução, não há restrições para os técnicos quanto a assinatura de balanços, mas sim quanto a realização e Trabalhos de Auditoria, Perícia, e Análise de Balanços entre outras. São prerrogativas exclusivas dos Contadores legalmente habilitados, as previstas no art. 30, itens de 1 a 6, 8, de 19 a 26, 29, 30, de 32 a 36 e de 42 a 45 da Resolução CFC no 560/83.. “(Disponível em : www. cfc. org. br . Acesso em: OI de outubro de 2011) Portanto, o perfil mais apropriado atualmente é o do contador, que desempenha as duas funções que o mercado exige: a técnica e a acadêmica.
Não é que o técnico em contabilidade não tenha capacidade para desempenhar a segunda função, mas não é sua unção desempenhar tal papel. O contador pode exercer tais funções porque é previsto em lei. Capitulo 2 – Dados comparativos entre técnicos e contadores 1. 3 0 mercado de trabalho No livro “O perfil do Contabilista Brasileiro 1995/1996” foi feita uma pesquisa em relação ao numero de ofertas de empregos. Dos técnicos que responderam a pesquisa, 37,72% disseram que as propostas de emprego haviam aumentado nos últimos dois anos, contra 42,73% dos contadores.
Quanto à diminuição da oferta de emprego 23,68% dos técnicos responderam que as propostas de empregos diminuíram, contra 18,48 % dos contadores. Essa pesquisa revela que a quantidade demandada por contadores é superior a quantidade demandada de técnicos. E que para os técnicos PAGF quantidade demandada por contadores é superior a quantidade demandada de técnicos. E que para os técnicos a diminuição de oferta de emprego foi superior a dos contadores.
Na mesma pesquisa, 32,87% dos técnicos disseram não conseguir emprego, contra 25,32% dos contadores que responderam a pesquisa. O numero de técnicos que estavam apenas estudando, também era superior ao dos contadores. Assim como o numero de técnicos estudando, e em busca do primeiro emprego ra superior aos dos contadores. Ou seja, os contadores representavam um maior numero que estudavam e trabalhavam concomitantemente, e os técnicos representavam um maior numero de que estavam apenas estudando e em busca do prmeiro emprego.
Trabalho Permanente (%) I Trabalho Técnico I Contador Contabilista I Sirn | 92,94 | 94,27 | 93,51 | Não | 7,06 | 5,73 6,49 Tabela 1. 3 — Trabalho Permanente (%) Dados mostram que o numero de técnicos que ganhavam salários baixos era maior que dos contadores. Em contrapartida, o numero de contadores que ganhavam salários mais elevados era superior ao numero de técnicos. Só para se ter uma idéia o numero em porcentagem de técnicos que ganhavam ate R$ 140,00 era de e os contadores que ganhavam esse valor representavam 0,68%.
Já os profissionais que ganhavam altos salários , mais precisamente, acima de R$ 4000,00, 17,90% eram contadores e 11,88% eram técnicos. Os contadores já ganhavam mais e os técnicos menos. Quanto à situação profissional, a tabela abaixo mostra a quantidade em porcentagem de técnicos, contadores e contabilistas que trabalhavam em entidades federais, estaduais, municipais e privadas. Natureza Jurídica trabalhavam em entidades federais, estaduais, municipais e rivadas.
Natureza Jurídica da empresa / órgão em que trabalha (%) Natureza Técnico I Contador Contabilista I Publica federal 4,26 12,12 7,63 Publica estadual | 6,14 10,48 8,00 publica municipal 6,59 4,44 5,67 Privada 79,16 71,64 75,94 Tabela 1. 3 — Natureza Jurídica da empresa/ órgão em que trabalha A maioria dos contadores trabalhava em entidades de natureza publica federal e publica estadual e os técnicos eram maioria nas entidades de natureza publica municipal e privada.
Também foi feita uma pesquisa de acordo com o setor econômico, visando entender a quantidade demandada pelos profissionais da área. No que se refere às atividades econômicas, o setor serviço, o grande mercado de trabalho para o contabilista brasileiro, absorve 69% desses profissionais, enquanto apenas 5% estão na agricultura. O comercio, que absorve cerca de 27% dos contabilistas, tem demanda maior por técnicos em contabilidade. Na industria estão cerca de 22% dos contabilistas empregados, não havendo diferença significativa entre as categorias. 1 995/1 996, p. 18) Os dados apontam uma maior demanda do setor comercial por técnicos em contabilidade e esses dados se repetem na ultima pesquisa do perfil dos profissionais contábeis, publicada no livro O Perfil do Contabilista Brasileiro” (2009), conforme relatado no seguinte trecho: particularmente, a atuação em Contabilidade Comercial é ainda mail 00s visível no grupo dos Técnicos em Contabilidade, se comparado ao de Contadores.
Nesse aspecto, o percentual daqueles superam o destes em, aproximadamente, 10 p Nesse aspecto, o percentual daqueles superam o destes em, aproximadamente, 10 pontos Apesar de uma maior demanda desse setor por técnicos, a ultima pesquisa de 2009 apresenta dados semelhante ? pesquisa de 1995/1996 em que o numero de ofertas de emprego para os contadores era maior do que para os técnicos. Dos ontadores entrevistados, 46,1% disseram que as ofertas de emprego aumentaram, contra 39,7% dos técnicos. Enquanto a diminuição de oferta foi maior para os técnicos, 23,9% disseram ter diminuído.
E apenas 17,2% dos contadores entrevistados, disseram ter diminuído a oferta de emprego. Nos dias atuais, a profissão contábil de um modo geral vive um momento áureo. O mercado de trabalho oferece muitas oportunidades para uma carreira bem sucedida. Em empresas pequenas, medias, ou grandes sempre existira a figura do profissional contábil. Este por sua vez tem que desempenhar inúmeras funções de acordo com o mercado. Que é a parte em que transforma os valores monetários em informações contábeis e depois analisa.
Por isso, hoje o mercado necessita de um profissional de múltiplas funções, que é o contador. Se o técnico em contabilidade não seguir em frente, fazendo o curso de bacharel, provavelmente, este perdera seu espaço no mercado de trabalho. 1. 4 Nível de satisfação e de especialização dos profissionais contábeis Na pesquisa de 1995/1996 publicada no “O Perfil Contabilista Brasileiro” o numero de contadores que pretendiam permanecer na área é superior a dos técnicos (76,63%). E os técnicos que retendiam permanecer na área eram 72,22%.
Quanto os que pretendiam deixar a profissão contábil 12,42% eram técnicos e 8 na área eram 72,22%. Quanto os que pretendiam deixar a profissão contábil 12,42% eram técnicos e 8,75% eram contadores. Esses dados revelam que o grau de satisfação com a profissão era maior entre os contadores e menor entre os técnicos, os quais, era maioria em querer deixar a profissão. Os contadores também tinham maior participação nas reuniões deliberativas da empresa usuária de seu serviço, 49,78% dos entrevistados responderam que participavam. Contra 44,68% dos écnicos. ? muito importante que o profissional contábil participe das reuniões da empresa, pois é onde ele pode opinar, relatar a situação da empresa para os sócios e propor melhoria. Quanto à forma de participação, os contadores que podiam expressar livremente suas opiniões correspondiam a quase 90%, enquanto os técnicos correspondiam a 88,30%. Quanto as principais dificuldades encontradas, a que teve o maior percentual foi a constante mudança na legislação. O numero de técnicos nesse caso foi maior, com 24,83% e os contadores 23,96%. O numero menor dos contadores é menor porque eles eralmente se atualizam mais do que os técnicos.
Na própria academia, passam mais tempo estudando, que os técnicos. Outra dificuldade apresentada foi a baixa remuneração, 13,315% dos técnicos disseram ser a pnncpal dificuldade encontrada, contra 1 2,735% dos contadores. Por fim outro dado que chama a atenção é a dificuldade encontrada em relação ao mercado competitivo, 3,21% dos técnicos consideravam o mercado competitivo, contra apenas 180% dos contadores. A informação que o mercado de trabalho esta mais difícil para os técnicos volta a se repetir. De acordo com a pesquisa, os contadores apresent