Características machado de assis
Características do Realismo • Veracidade: Demonstra o que ocorre na sociedade sem ocultar ou distorcer os fatos • Contemporaneidade: descreve a realidade, fala sobre o que está acontecendo de verdade. • Retrato fiel das personagens: caráter, aspectos negativos da natureza humana. • Gosto pelos detalhes: lentidão na narrativa. • Materialismo do amor: a mulher objeto de prazer/adultério. • Denúncia das injustiças sociais: mostra para todos a realidade dos fatos. Determinismo e relação entre causa e efeito: o realista procurava uma expli personagens, consid n oril suas ações.
Na literat a ao meio ambiente e determinantes do co des das s que justificasse ênfase ao instinto, forças duos. inguagem próxima a realidade: simples, natural, clara e equilibrada. Principais diferenças entre Romantismo e Realismo Romantismo Realismo Pessoa primeira terceira I Valorizalo que se idealiza e sente lo que se él O Realismo na literatura Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade. Não bastava mostrar a face sonhadora ou idealizada da vida, como fizeram os românticos; desejaram omantismo.
Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural, ou por meio de histórias como Machado de Assis[->0]. Se um autor desejasse criticar a postura de alguma entidade, não escreveria um soneto para tanto, porém escreveria histórias que envolvessem-na de forma a inserir nessas histórias o que eles julgam ser a entidade e como as pessoas reagem a Em lugar do egocentrismo[->l] romântico, verifica-se um enorme interesse de descrever, analisar e até em criticar a realidade.
A visão subjetiva e parcial da realidade é substituída pela visão objetiva, sem distorções. Dessa forma os realistas procuram apontar falhas talvez como modo de estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos. Em lugar de heróls, surgem pessoas comuns, cheias de problemas e limitações.
Na o realismo teve início com a publicação do romance realista Madame de Gustave Alguns expoentes do realismo europeu: Gustave Flaubert[->6], Honoré de Balzac[->7], Eça de Charles [editar] Realismo no Brasil Ver artigo principal: Realismo no Brasil[->10] A partir da extinção do tráfico negreiro, em 1850[->11], acelera- se a decadência da economia açucareira no 2] e o aís experimenta sua primeira crise depois da Independência. O contexto social que dai se origina, aliado à leitura de grandes mestres realistas europeus como Dickens[->l S] e Victor propiciaram o surgimento do Realismo no Brasil.
Assim, em 1881 Aluísio Azevedo[->17] publica O Mulato[->18] (primeiro romance naturalista brasileiro) e Machado de PAGF70F11 Azevedo[->17] publica O Mulato[->1 8] (primeiro romance naturalista brasileiro) e Machado de Assis[->19] publica Memórias Póstumas de Brás Cubas (primeiro romance realista do Brasil). Lembrando que Machado de ASSIS foi o principal escritor do Realismo no Brasil, suas principais obras foram: Memórias Póstumas de Brás Quincas e Dom O estilo de Machado de assume uma originalidade despreocupada com as modas literárias dominantes de seu tempo.
Mesmo suas obras iniciais — Ressurreição[->24], Helena[->25], Iaiá Garcia[->26] — que eram pertencentes ao (ou ao convencionalismo), possuem uma ainda tímida análise do interior das personagens e do homem diante da sociedade, que ele virá mais amplamente desenvolver em suas obras do Os acadêmicos notam cinco fundamentais enquadramentos em seus textos: “elementos clássicos[->29]” (equilbrio, concisão, contenção 30] e expressional), “resíduos românticos[->31]” (narrativas convencionais ao enredo), “aproximações realistas[->32]” (atitude crítica[->33], objetividade[->34], temas contemporâneos), “procedmentos (recriação do passado através da memória[->36]), e “antecipações (o e o engajados à um tema que permite diversas leituras e interpetaçóe Contexto histórico: narrativa [->42]Gustave Flaubert[->43].
Os realistas[->44] que seguiam esqueciam do por detrás da objetividade narrativa, e os naturalistas, à exemplo de Zola[->47], narravam todos os detalhes do enredo — Machado de Assis optou por abster-se d PAGF30F11 Zola[->47], narravam todos os detalhes do enredo — Machado de Assis optou por abster-se de ambos os métodos para cultivar o fragmentário e interferir na narrativa com o objetivo de dialogar com o comentando seu próprio romance com metalinguagens[->50], intertextualidade[- Em um tom absolutamente não-enfético, sem retórica[->53], as obras de ficção produzidas por Machado de Assis possuem na maior parte das vezes um humor[- >54] reflexivo[->55], ora amargo, ora divertido. 2] De fato, ele rompe com a proposta realista de que tudo no comportamento é determinado por causas precisas e procura eixar na sombra e no mistério aquilo que “seria inútil explicar”. [3] Num processo próximo ao do impressionismo assoclativo, há de certo uma ruptura com a narrativa linear[->57], de modo que as ações não seguem um fio lógico ou cronológico, mas que é relatado conforme surgem na memória das personagens ou do narrador. [4] Sua mensagem artística se dá por meio de uma interrupção na narrativa para dialogar com o escritor sobre a própria escritura do romance, ou sobre o caráter de determinado personagem ou sobre qualquer outro tema universal, numa organização metalinguística[->58] que constituía seu principal nteresse como autor. 4] [editar] Segundo Achcar O estudioso Francisco Achcar traça um plano resumidamente no estilo de Machado de Assis, escrevendo• alguns dos pontos mais importantes da prosa narrativa machadiana: Machado é o grande mestre do foco narrativo de primeira pessoa, embora tenha exercido com mestria também o foco de terceira pessoa. Ele sabe colocar-se no lugar de um narrador PAGFd0F11 exercido com mestria também o foco de terceira pessoa. Ele sabe colocar-se no lugar de um narrador hipotético e vivenciar todos os seus grandes problemas. • Ao contrário dos realistas, que eram muito dependentes de um erto esquematismo determinista (isto é: pensavam que tudo, no comportamento humano, era determinado por causas precisas), Machado não procura causas muito explícitas ou claras para a explicação das personagens e situações.
Ele sabe deixar na sombra e no mistério aquilo que seria inútil explicar. Foi justamente por não tentar explicar tudo que Machado não caiu na vulgaridade de muitos realistas, como Aluisio Azevedo. Há coisas que não se explicam, coisas que só podem ter descrição discreta. Nisso, Machado de Assis foi um grande mestre. • A frase machadiana é simples, sem enfeites. Os períodos em geral são curtos, as palavras muito bem escolhidas e não há vocabulário difícil (alguma dificuldade que pode ter um leitor de hoje se deve ao fato de que certas palavras caíram em desuso). Mas com esses recursos limitados Machado consegue um estilo de extraordinária expressividade, com um fraseado de agilidade incomparável.
A descrição dos objetos se limita ao que neles é funcional, ou seja, àquilo que tenha que ver com a história que está sendo contada. O espaço é singelo, reduzido, e as coisas descritas parecem participar intimamente do espírito da narrativa. ?? Uma das maiores características da prosa de Machado de Assis é a forma contraditória de apreensão do mundo. Machado em geral apanha o fato em suas versóes antagônicas, e isso lhe dá um caráter dilemático. É também uma forma superior e mais completa de ver as coisas. Machado caráter dilemático. É também uma forma superior e mais completa de ver as coisas. Machado tem os olhos voltados para as contradições do mundo. ?? Chamamos aparência aquilo que aparece a nossos olhos, aqullo que primeiramente surge à observação; chamamos essência aquilo que consideramos a verdade, aquilo que é encoberto pela parência. Mas o que tomamos por essência pode nao ser mais do que outra aparência. O estilo machadiano focaliza as personagens de fora para dentro, vai descascando as pessoas, aparência atrás de aparência. Por isso, Machado é considerado grande “analista da alma humana”. A linguagem machadiana faz referências constantes aos estilos de outros grandes autores do Ocidente. Na maioria dos casos, essas referências são implícitas, só podem ser percebidas por leitores familiarizados com as grandes obras da literatura.
Esse é um dos motivos de se poder dizer que o estilo de Machado é um stilo “‘culto” (pois ele faz uso da cultura e sua compreensão aprofundada exige cultura da parte do leitor). Costuma-se chamar intertextualidade a esse diálogo que se estabelece, no texto de um escritor, com textos de outros autores, do presente ou do passado. Machado de Assis foi um grande virtuose da intertextualidade. • Em seus romances mais importantes, Machado de Assis pratica a interpolação de episódios, recordações, ou reflexões que se afastam da linha central da narrativa. Essas “intromissões” de elementos que aparentemente se desviam do tema central do ivro correspondem a procedimentos chamados digressões.
As digressões são, naturalmente, muito mais comuns nos romances do que nos contos, pois nestes a brevidade do texto não permite consta comuns nos romances do que nos contos, pois nestes a brevidade do texto não permite constantes retardamentos da narrativa. Nessas digressões, Machado é constantemente seduzido pelo impulso de falar sobre a própria obra que está escrevendo, isto é, faz metalinguagem, comentando os capítulos, as frases, a organização do todo. Embora também presente nos contos, esses elementos de metalinguagem são neles bem mais aros e discretos. • Uma das características mais atraentes e refinadas de Machado de Assis é sua ironia, uma ironia que, embora chegue francamente ao humor em certas situações, tem geralmente uma sutileza que só a faz perceptível a leitores de sensibilidade já treinada em textos de alta qualidade.
Essa ironia é a arma mais corrosiva da crítica machadiana dos comportamentos, dos costumes, das estruturas sociais. Machado a desenvolveu a partir de grandes escritores ingleses que apreciava e nos quais se inspirou (sobretudo o originalíssimo Lawrence Sterne, romancista do século XVIII). Na representação dos comportamentos humanos, a ironia de Machado de Assis se associa àquilo que é classificado como o seu grande poder ‘analista da alma [editar] Outros [editar] Arquétipos e Desdêmona por Alexandre-Marie Colin, 1829, é um retrato do drama de William correlação com o ciúme do Bentinho de Dom Casmurro[->66]. Machado de Assis, como exímio intelectual e leitor, atribui a sua obra caráteres de arquétipos[->67].
Os irmãos Pedro e Paulo, em Esaú e por exemplo, remontam ao arquétipo blblico[- >69] da rivalidade entre Caim e enquanto a ps exemplo, remontam ao arquétipo da rivalidade entre Caim e Abel[->70],[6] enquanto a psicose[->71] do ciúme[->72] de Bentinho em Dom aproxima-se do drama Otelo[- >74], de William Em Memórias póstumas de Brás Cubas, surge a primeira mulher mandada à para vingar-se dos homens com sua famosa caixa, [8] que dialoga com o narrador-personagem Brás Cubas e diz que ele pode chamá-la também de [editar] Pessimismo Os acadêmicos também notam a constante presença do pessimismo[->79]. Suas últimas obras de ficção assumem uma postura desencantada da vida, da sociedade, e do homem.
Crê-se que não acredltava em nenhum de seu tempo e nem esmo em algum outro valor e que o importante para ele seria desmascarar o e a e social[->84]. [7] O capítulo final de Memórias Póstumas de Brás Cubas[->85] é exemplo cabal do pessimismo do autor, ou, em último caso, do narrador morto: Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, ualquer pessoa imaginará que nao houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. maginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma cria derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. — Memórias Póstumas de Brás Capitulo CLXHYPERLINK XI [editar] Psicologismo: texto enxuto Sua preocupação no psicologismo das personagens obrigavam- o a escrever numa narrativa lenta que nao prejudicasse o menor detalhe para que este não comprometesse o quadro psicológico do enredo. [11] Sua atenção desvia-se comumente do coletivo para ir a mente e à alma do ser humano — fator denominado “microrrealismo”. 11] Por conta destas características, Machado criou um estilo enxuto que os acadêmicos chamam de “quase Sua economa vocabular é rara na literatura brasileira, ainda mais se procurada em autores como Castro José de ou Rui que tendem ao uso imoderado do adjetivo[->92] e do advérbio[->93]. [1 II Embora enxuta, não era adepto de uma linguagem mecânica u e sim medida por seu ritmo interior. [1 1] [editar] Ironia Ver artigo principal: Estudo cronológico da ironia em Machado de Assis Os críticos notam que a ironia é uma das características mais atraentes e refinadas na obra machadiana. [12] Em certas situações, sua ironia alcança o mas na maioria das vezes, por ser intelectual, só é percebida a leitores que sabem sobre alguns temas com que ele faz intertextualidade.
Sua ironia é a arma mais corrosiva da crítica dos comportamentos, dos costumes e das estruturas sociais [->0] – /wiki/Machado_de_Assis (_>11 – /wiki/Egocentrismo [->31 – /wiki/Madame_Bova PAGF40F11 /wiki/Machado de Assis – /wki/Egocentrismo [->2] – /wiki/Europa – /wki/Madame_Bovary [->51 – /wiki/Gustave_Flaubert – /wiki/Gustave Flaubert – de Balzac – /wiki/Charles Dickens – /wiki/Realismo_no Brasil [->11] – /wiki/1850 – /wiki/Brasll – /wiki/Stendhal – /wiki/Dickens /wikiNictor_Hugo [->17] – Azevedo /wiki/O Mulato – /wiki/Machado de Assis – /wiki/ [->27] [->29] – /wiki/Quincas_Borba – /wiki/Dom_Casmurro /wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A30 – /wiki/Helena /wiki/lai%C3%A1 Garcia – /wiki/Romantismo – /wiki/Realismo – /wiki/Classicismo – /wiki/Realista – /wiki/Cr%C3%ADtica – /wiki/Obietividade