Crise economica dos usa
Entenda a crise que atinge a economia dos EUA Publicidade da Folha Online A Casa dos Representantes dos EUA (Câmara dos Deputados) rejeitou uma proposta do governo de criar um pacote de US$ 700 bilhões para ajudar o setor financeiro amencano. A decisão tem potencial para dar fôlego renovado a uma crise que já tem mais de um ano e não dá sinais de que esteja perto do fim. Bancos de diversos ramos —investimentos, varejo, hipotecas–, nos EUA e em outros países, já sofreram prejuízos bilionários e em alguns casos fecharam desde agosto do ano passado.
O pacote do governo, rejeitado na segunda-feira (29), foi o último o view de uma série de pass cortes de juros a um co org economa, na tentati de uma crise econômica A raiz do problema e ‘Arte Folhall “Boom” imobiliário esse período, de es para estimular a inanceira se torne O mercado imobiliário americano passou por uma fase de expansão acelerada logo depois da crise das empresas “pontocom”, em 2001. O Federal Reserve (Fed, o BC americano) passou a reduzir sua taxa de juros, a fim de baratear empréstimos e financiamentos e encorajar consumidores e empresas a voltarem a gastar.
O setor imobiliário se aproveitou desse momento de juros baixos: demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores. Em 2003, por exemplo, os juros do Fed chegaram a cair para 1% ao ano menor taxa desde o fim dos anos 50. Em 2005, o “boom” no mercado imobiliário já estava avançado; comprar uma casa (ou mais de uma) tornou-se um bom negócio, não só para quem queria adquirir a casa própria, mas também para quem procurava em que investir. Também cresceu a procura por novas hipotecas, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e consumlr.
As companhias hipotecárias descobriram nessa época um nicho ainda a ser explorado no mercado: o de clientes do segmento subprime”, caracterizados, de modo geral, pela baixa renda, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar renda. O segmento “subprime”, assim caracterizado, representa um risco maior de inadimplência que os de outras categonas de crédito. mas justamente por ser de maior risco, as taxas de retorno são bem mais altas.
A promessa de retornos altos atraiu gestores de fundos e bancos, que compram esses títulos “subprime” das companhias hipotecárias e permitem que uma nova quantia em dinheiro seja emprestada, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago. Um outro gestor, interessado no alto retorno envolvido com esse tipo de papel, pode comprar o titulo adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de titulos. porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos.
O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os “subprime”, o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito). Após atingir um pico em 2006, os preços dos imóveis, no entanto, passara PAGFarl(Fq iquidez (retração de crédito). passaram a cair: os juros do Fed, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram compradores; com Isso, a oferta começou a superar a demanda e, desde então, o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos imóveis.
Com os juros altos, a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no pars como um todo. Sem oferta suficiente de crédito, a economia dos EUA desaqueceu. Com menos liquidez (dinheiro disponivel), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas. No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo. por isso o pessimismo influencia os mercados globais.
Primeiros efeitos Esse era o cenário quando o o BNP Paribas Investment Partners –divisão do banco francês BNP Paribas– congelou, em agosto do ano passado, cerca de 2 bilhões de euros dos fundos Parvest Dynamic ABS, o BNP Paribas ABS Euribor e o BNP Paribas ABS Fonia. A alegação do banco era de preocupações sobre o crédito “subprime” nos EUA. Diante dessa medida, o mercado imobiliário reagiu com pânico. Gigantes do setor hipotecário, como a American Home Mortgage (AHM), uma das 10 maiores empresa do setor de crédito imobiliário e hipotecas dos EUA, pediu concordata.
A Countrywide Financial, outra gigante do setor, teve de ser comprada pelo gank of America. Citigroup, UBS, Bear PAGF3rl(Fq gigante do setor, teve de ser comprada pelo Bank of America. Citigroup, UBS, Bear Stearns e outros grupos financeiros de escala global perderam bilhões com os papéis ligados a hipotecas “subprime”. Um ano depois A crise, longe de perder fôlego, teve suas forças renovadas desde início deste mês: as gigantes hipotecárias americanas Fannie Mae e Freddie Mac deram sinais de que poderiam quebrar.
Com quase a metade dos US$ 12 trilhóes em empréstimos para a habitação nos EUA em seus registros, o Departamento do Tesouro interv’eio para evitar o pior: anunciou uma ajuda de até US$ 200 bilhões. O Lehman Brothers, no entanto, foi deixado à própria sorte: afetado pelas perdas com a crise dos “subprime”, o banco viu malograrem tentativas de encontrar um comprador e de levantar fundos junto a outras instituições privadas para tocar suas operações financeiras. Mesmo o governo negou um empréstimo.
No último dia 15, a solução encontrada pelo banco foi pedir concordata. Ao fim do Lehman se seguiram a venda do Merrill Lynch ao Bank of America; a ajuda de US$ 85 bilhões à seguradora AIG, também sob risco de quebrar por falta de fontes de captação de empréstimos a quebra do banco do segmento de empréstimos em poupança (‘isavings & loans”) Washington Mutual (WaMu) no que, segundo analistas, foi a maior falência de um banco nos Estados Unidos–; e, hoje, foi anunciada a venda do Wachovia ao Citigroup.
A venda ao Citigroup foi feita com assistência da BDIC Corporação Federal de Seguro de Depósito, na sigla em inglês, órgão do governo que garante operações do setor bancário Seguro de Depósito, na sigla em inglês, órgão do governo que garante operações do setor bancário americano), que irá absorver as perdas do Wachovia acima de US$ 42 bilhões. Além disso o órgão do governo receberá US$ 12 bilhões em ações e garantias do Citigroup.
Os problemas do Wachovia têm boa parte de sua origem na aquisição da companhia hipotecária Golden West Financial em 2006, por cerca de US$ 25 bilhões, quando o mercado imobiliário ainda estava em um momento de euforia. Com a compra, o Wachovia assumiu US$ 122 bilhões em hipotecas do tipo ‘Pick- A-Payment’, na qual a Golden West era especialista. Nessa modalidade, os mutuários tinham permissão para deixar de fazer alguns pagamentos. Combate O pacote de estímulo aprovado em fevereiro surtiu algum efeito, com o envio de cheques de restituições aos contribuintes.
O dinheiro extra favoreceu os gastos dos consumidores entre abril e julho, o que se refletiu nos dados do PIB (Produto Interno Bruto): no segundo trimestre, a economia cresceu 2,8% (ligeiramente menor que os 3,3% em um cálculo prévio). Analistas izem, no entanto, que, sem o benefício do dinheiro extra, nos próxmos trimestres o desempenho econômico americano deverá ser inferior. O pacote rejeitado, de IJS$ 700 bilhões, foi outra iniciativa para evitar que a crise financeira contamine a economia.
O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, e a Casa Branca, manifestaram desapontamento com a rejeição. Paulson disse que é preciso “chegar a um texto que todos possam aprovar” e de “um plano que funcione, o mais rápido poss[vel”. Já o porta-voz da que todos possam aprovar” e de “um plano que funcione, o mais rápido possivel” Já o porta-voz da Casa Branca Tony Fratto reconheceu que “não há dúvidas de que o pais está enfrentando uma crise dificil”.
Horas antes, o presidente dos EUA, George W. Bush, pediu mais uma vez a aprovação do pacote. ‘Votar essa lei é votar na prevenção de danos econômicos a vocês e às suas comunidades”, afirmou. Bush ainda havia afirmado que, apesar do pacote de ajuda, a economia americana ainda deverá sentir o impacto da crise “por algum tempo”. “No longo prazo, os EUA vão superar os desafios e continuar a ser a maior economia do mundo”, afirmou Ralo X da crise americana Publicado em 24. 1. 008 por CHRistian[->0] na(s) categoria(s) Aproveitando o dia mais tran uilo nos mercados, resolvi exercitar o meu modesto ” tentar fazer um raio x do regoes. Desde 1997 os preços das residências mais que dobraram em termos reais. Em particular, a alta dos preços residenciais fornece aos consumidores a garantia de que precisam para um aumento enorme na tomada de crédito. Em crises americanas do passado, o mercado imobiliário sempre foi o sintoma de que uma recessão se aproximava, e não a causa.
Desta vez, a fonte do problema está no próprio estouro da bolha imobiliária. Endividamento Em relação à sua renda, os consumidores vêm assumindo mais dívidas há décadas, uma vez que o sistema cada vez mais sofisticado dos EUA possibilita acesso ao crédito a mais pessoas. Mas o ritmo do endividamento subiu dramaticamente. A relação da dívida dos domicílios americanos com a renda disponível está agora acima dos 130%. No começo desta década, era de 100%; no começo da década de 90, era de 80%.
Consumo Estudos sugerem que as mudanças nos preços das residências têm um Impacto maior sobre os gastos do em países onde os mercados de crédito são mais desenvolvidos, omo os EUA. Esses trabalhos concluem que uma queda de US$ 100 na riqueza financeira é tradicionalmente associada a uma queda de US$ 3 a US$ S nos gastos. Já uma queda equivalente no patrimônio habitacional acaba reduzindo os gastos em algo entre Considerando o tamanho do setor habitacional é possível prever que os gastos do consumidor cairiam quase dois pontos percentuais por ano.
Crédito por outro lado os bancos já estão reagindo. Segundo a pesquisa mais recente feita pelo Fed com funcionários de bancos bancos já estão reagindo. Segundo a pesquisa mais recente feita elo Fed com funcionários de bancos americanos responsáveis por empréstimos, um quarto das instituições elevaram suas exigências para empréstimos ao consumidor. Assim o amencano começa a ter dificuldades de obter recursos emprestados. Petróleo Com a perda de liquidez, o americano deve torcer para que o petróleo continue com sua recente tendência de queda.
Afinal de contas, qualquer aumento, por menor que seja, na gasolina, tem um forte impacto no poder de consumo da população. Segundo dados do Goldman Sachs, esse número pode chegar a 1,2% aa sobre os gastos do consumidor. Mercado de Trabalho Até o momento parece estar resistindo bem a toda a turbulência. A divulgação hoje, do número de pedidos de auxilio-desemprego, ficando abaixo da expectativa dos analistas, reforça o fato que as empresas ainda não começaram a dispensar funcionários e a retrair drasticamente a produção.
Exportações Boa parte da estabilidade do emprego se deve as exportações. As exportações americanas estão aquecidas enquanto o crescimento das importações diminuiu bastante. Isso reduziu o déficit comercial dos EUA e elevou a produção industrial. As exportações não continuarão crescendo às taxas alucinantes dos últimos eses, mas com o dólar dando sinais tímidos de recuperação e com as economias emergentes se mostrando particularmente resistentes, as exportações continuarão sendo um impulso importante.
Recessão Juntando todo o exposto acima, teremos (ou já temos) uma recessão ? Difícil de dizer. O ponto em questão é que me PAGF8rl(Fq exposto acima, teremos (ou já temos) uma recessão ? Dificil de dizer. O ponto em questão é que mesmo que a economia evite tecnicamente uma recessão, a maioria dos americanos terá a impressão que estar em meio a ela – uma vez que a queda virá do consumo. E isso representa uma mudança profunda. Os americanos não estão acostumados a terem que reduzir os gastos.
Mesmo nas recessões anteriores, políticas de corte nos impostos, juros baixos e preço alto das residências, permitiram a população continuar gastando. Agora as mesmas medidas vem sendo adotadas. Bush entrou em ação com um mega pacote tributário… Bernanke surpreende cortando os juros, em uma reunião extraordinária. Se serão suficientes esses eventos, em breve saberemos. Uma coisa porém parece certa. Neste ano eleitoral, com recessão ou sem, os EUA têm uma estrada traiçoeira pela frente. ttp://wvww. chrinvestor. om/author/chrinves/ http://vuww. chrinvestor. com/category/analises/ http://www. chrinvestor. com/category/destaques/ – http://www. chrinvestor. com/category/informacoes/ – http://www. chrinvestor. com/category/opiniao/ http://devgrow. com/sharebar – http://boo-box. com/link/aff:submarinoid/uid:251295/tags: sistema+financeiro [->7] – http://boo-box. com/link/aff:submarinoid/uid:251295/tags: [->8] – http://boo-box. com/link/aff:submarinoid/uid:251295/tags: consumidor [->9] – http://boo-box. com/link/aff:submarin01d/uid:251295/tags: PAGFgrl(Fq