Diagnóstico dos problemas de gestão de obras habitacionais de interesse social em empresas privadas

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Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Materiais e Construção Curso de Especialização em Construção Civil Monografia DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS DE GESTÃO DE OBRAS HABITACIONAIS DE Autor: Eliane Alves p janeiro/2008 ELIANE ALVES PEREIRA 5 page Ira PRESAS PRIVADAS” aulo R. p. Andery DIAGNOSTICO DOS PROBLEMAS DE GESTÃO DE OBRAS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL EM EMPRESAS PRIVADAS ‘ Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG enfase: Avaliações e Perícias O ientador: prof. Paulo R. p.

Andeo,’ Belo Horizonte Escola de Engenharia da UFMG 2008 8 Déficit habitacional no . 8 Déficit habitacional Sudeste. em Uberlândia.. — 2. 1. 1. 2. 1 2. 2. 1. 3. 2. 2. Gestão de Empreendimentos Habitacionais de (2007) • • • • • • • • • • • • • • • Civil…. 25 28 Gerenciamento da produção Interesse Social . (2003) _ „ Formoso (2006) . 2. 2. 1. 2. 22. 2. 2. 3. 2. 3. 9 Camargos e outros 9 Leite; Schramm; 10 Dornelas . 11 Sistema de Gestão da Qualidade na Construção 12 Motivos para a implantação de sistemas de gestão da qualidade , 17 Beneficios advindos da mplantação de sistemas de gestão da 2. . 1 . 2. 3. 2. qualidade.. 18 2. 3. 3. 2. 4. 3. Dificuldades na implantação de sistemas de gestão da qualidade 20 Sistema de Gestão da Qualidade e a Habitaçao de Interesse Social — 23 ESTUDO EXPLORATÓRIO 25 3. 1. 3. 2. Apropriação de dados do conjunto habitacional.. Diagnóstico dos problemas relacionados à gestão da obra . 28 Planejamento e programação da 2 OF . 28 Gerenciamento 28 Gerenciamento dos materiais 29 Gerenciamento da mão-de- obra . da qualidade . 31 Gerenciamento da segurança do trabalho . 31 Gerenciamento 33 ii 3. 2. 1. 3. . 2. 3. 2. 3. 3. 2. . 3. 2. 5. 3. 2. 6. 3. 2. 7. 4. 5. 6. Gerenciamento ambiental… 34 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS……. . 35 CONCLUSÃO.. BIBLIOGRÁFICAS LISTA DE FIGURAS . 40 REFERÊNCIAS 42 Figura 2. 1- Modelo GEHIS (Leite; Schramm; Formoso, 2006)… 11 Figura 2. 2 — Macrofluxo de referência para gestão de mutirões habitacionais — – Implantação – Situação Geral e Locação 12 Figura 3. 3 . 25 Figura 3. 4 – Planta baixa e cortes 26 Figura 3. 5 – Organograma da Obra — – Macrofluxo dos processos de 26 Figura 3. 6 gestão . 27 Figura 3. Armazenamento de agregados – a massa pronta, (b) areia e (c) brita 29 Figura 3. – pr massa – (a) execução 3 OF 30 Figura 3. 9 — Armazenamento e estocagem de blocos — (a) estocagem inadequada, (b) blocos trincados e (c) blocos quebrados durante o transporte e descarga…… 30 Figura 3. 10 – Armazenamento de tijolos (a) e telhas . 31 Figura 3. 11 – Qualidade dos serviços executados — (a) cerâmica “chocas” e (b) trincas externas e internas… … 32 Figura 3. 12 – Execução do radier – (a) ferragens expostas e (b) ferragens encostadas na lona . 2 Figura 3. 13 – Execução da alvenaria – (a) falta de preenchimento das juntas verticias, (b) paredes desniveladas, desaprumas e sem odulação e (c) quebra de canaleta para execução de verga e . 32 Figura contra-verga.. 3. 14 – Execução da alvenaria – (a) quebra da parede para passagem de eletroduto, (b) quebra da laje para passagem de eletroduto e (c) quebra da parede para passagem das instalações hidro-sanitárias.. 33 Figura 3. 15 – EPI’s – (a) falta de capacete e máscara, (b) falta de capacete e cinto de segurança e (c) falta de capacete . 3 Figura 3. 16 – Improvisações – (a) e (b) falta de segurança na execução do serviço. 34 iv Figura 3. 17 – Entulho – (a) resíduo de blocos de concreto, (b) resíduos misturados e (c) resíduos com gesso.. Entulho – (a) residuo de blocos de concreto, (b) resíduos misturados e (c) resíduos com gesso.. Figura 4. 18 – modelo do Projeto do Sistema de Produção para Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social (baseado em: SCHRAMM, 2004) LISTA DE TABELAS . 37 Tabela 2. 1 – Agentes envolvidos no PAR e suas competências …. abela 2. 2- Habitacionais em Uberlândia-MG „ LISTA DE NOTAÇOES, ABREVIATURAS Programas ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas BNH – Banco Nacional de Habitação CEF – Caixa Econômica Federal CEMIG – companhia Energética de Minas Gerais COBRACON – comitê Brasileiro da Construção EHIS – Empreendimento Habitacional de Interesse Social FAR – Fundo de Arrendamento Residencial HIS – Habitação de Interesse Social ISO – International Organization for Standardization INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normal. Qual. lndustrial PAC – Plano de Aceleração do Crescimento PAR – Programa de Arrendamento Residencial PBQP H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat PDP – Processo de Desenvolvimento do Produto PMIJ – Prefeitura Municipal de Uberlândia PSP – Projeto do Sistema de Produção PDCA – Planejamento, Desenvolvimento, Controle e Ação PQO Plano de Qualidade da Obra SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade RESUMO s OF zS desenvolvimento de produtos.

Isto tem levado a uma crescente complexidade principalmente em termos de gestão deste tipo de empreendimento, devido à necessidade de redução de custos e prazos para o atendimento de maior demanda e a necessidade de aumentar a qualidade e durabilidade destes empreendimentos. Estima-se que o déficit habitacional brasileiro é da ordem de 7,9 milhões de moradias. Além disso, tem-se ainda o aumento na velocidade das inovações tecnológicas e a crescente exigência por qualidade por parte dos clientes.

O presente trabalho sintetiza o resultado de um estudo exploratório, cujo objetivo foi diagnosticar os problemas de gestão das obras habitacionais de interesse social em empresas privadas, que normalmente já possuem um sistema de gestão implantado, principalmente os problemas relacionados ? construção e fiscalização desta tipologia de empreendimento. A metodologia empregada caracteriza-se em pesquisa qualitativa exploratória. Espera-se com o estudo contribuir para o desenvolvimento de um sistema de gestão adequado para empreendimentos habitacionais de interesse social. . INTRODUÇAO A Cadeia da Construção Civil é um dos mais importantes setores econômicos brasileiros. Essa importância ganha amplitude no momento em que representa aproximadamente 14% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e é responsável por cerca de 60% da formação bruta de capital (FIESP, 2005). Além da importância econômica, a atividade da construção civil no país tem relevante papel social, particularmente em função de dois aspetos.

O primeiro é relacionado à geração de empregos proporcionada pelo setor, que é responsável pela geração de cerca de 15 milhões de empre os FIESP, 2005). O segundo relaciona-se ao elevado d 6 OF de 15 milhões de empregos (FIESP, 2005). O segundo relaciona- se ao elevado déficit habitacional no pais, estimado em 7,9 milhões de unidades, dos quais 4 milhões em áreas urbanas. A maior parte das famílias que necessitam de novas residências concentra-se em famílias com renda de até cinco salários mínimos, que representa 96,3% do total (FJP, 2006).

Sendo que a habitação digna e o acesso à infra-estrutura urbana são dois direitos fundamentais do cidadão, necessidades de primeira ordem na Vida de qualquer indivíduo, estando intimamente elacionados à qualidade de vida do ser humano (FIESP, 2005). O grande desafio que se coloca na gestão de empreendimentos habitacionais, portanto, é a necessidade de se construir um grande número de unidades a um baixo custo, com o minimo de desperdício, com boa qualidade, em um curto espaço de tempo e que sejam atendidos adequadamente por serviços básicos de infra-estrutura (ABIKO, 1995).

O conhecimento mais abrangente do gerenciamento habitacional pode tornar possível a diminuição das perdas, a redução dos custos e a melhoraria da qualidade das habitações de interesse social. Esta realidade tem gerado a ecessidade de se desenvolver um sistema de gestão adaptado para a construção de habitações de interesse social, de forma a permitir que o planejamento garanta um melhor treinamento da mão-de-obra e a implantação de um controle da qualidade com foco na produtividade e no menor custo dos empreendimentos além de maior qualidade e durabilidade da habitação.

Segundo Abiko e Ornstein (2002), a melhoria da qualidade das edificações e o incremento da produtividade, dada à importância do setor, podem ser alcançados por meio do desenvolvimento de planos organizacionais e inovações tecnológicas, tais como a revisão e S meio do desenvolvimento de planos organizacionais e Inovações tecnológicas, tais como a revisão e a produção de normas técnicas, a redução do desperdício em canteiros de obras, a utilização de sistemas industrializados e a formação de um sistema nacional de certificação.

Porém, várias barreiras ainda precisam ser vencidas, especialmente no tocante ao atendimento das demandas habitacionais sociais, como por exemplo, a implementação de inovações tecnológicas de produtos e processos construtivos, que deverão resultar na redução de custos e na melhoria da qualidade (ABIKO; ORNSTEIN, 2002). Historicamente, a construção civil, dentre os setores da indústria, tem sido a que mais resistiu à adoção de programas de gestão da qualidade.

Por isso mesmo, protegida pela passividade dos clientes e pelo alto retorno do capital investido, a industria entregava ao mercado produtos cuja qualidade deixava muito a desejar (FIGUEIREDO, 2006). Nos últimos anos, entretanto, aconteceram mudanças significativas no setor de edificações da construção civil, com o surgimento de novos concorrentes e novos materiais, bem como a formação de gestores sintonizados com a realidade de um mercado mais xigente em termos de qualidade, na medida em que o próprio consumidor final se tornou mais consciente dos seus direitos (FIGUEIREDO, 2006).

O caminho frequentemente escolhido pelas empresas construtoras para aprimorar seus sistemas de gestão e do produto final – a edificação – bem como para redução dos custos e do retrabalho, tem sido a implementação de sistemas estruturados de garantia e gestão da qualidade.

O engajamento das empresas construtoras na introdução de Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) parece ter sido poss[vel em função nao só de certa conscientização d 8 OF zS e Gestão da Qualidade (SGQ) parece ter sido possiVel em função não só de certa conscientização dos empresários do setor, mas também em função da articulação institucional que envolveu organismos de classe, agentes representativos da cadeia de produção de edificações, o governo (nos seus vários âmbitos) e os organismos de financiamento habitacional (FIGUEIREDO, 2006).

Cabe salientar ainda, a melhoria dos processos produtivos e a padronização dos procedimentos, bem como a melhoria da imagem da empresa, a clara definição de responsabilidades, a redução de prazos e o aumento da satisfação dos clientes funcionários, como benefícios provenientes do Sistema de Gestao da Qualidade (DEPEXE, 2006). NO entanto ainda existem algumas dificuldades para a efetiva implementação dos Sistemas de Gestão da Qualidade nas obras das empresas construtoras, principalmente com relação ao sistema de produção e a qualidade da edificação.

Alguns trabalhos como o de Reis e Melhado (1998), Vivancos e Cardoso (2000), Neves; Maués; Nascimento (2002), Melgaço e outros (2004), Paula (2004) e Depexe (2006) identificam várias dificuldades relacionadas à implantação e manutenção dos atuais sistemas e gestão da qualidade, dentre estas dificuldades podemos citar a alta rotatividade da mão-de-obra, a falta de recursos e de treinamento, a dificuldade de se manter os registros, a falta de envolvimento dos subempreiteiros e funcionários, o baixo nivel de escolaridade, a falta de comprometimento da alta administração falta, dos gerentes e dos funcionários e a falta de participação e conscientização dos colaboradores com relação aos sistemas de gestão da qualidade. Neste contexto, o presente trabalho, se propõe a diagnosticar os problemas de gestão em obras habitacionais de inter resente trabalho, se propõe a diagnosticar os problemas de gestão em obras habitacionais de interesse social realizados por empresas privadas, as quais normalmente já possuem um sistema de gestão implantado. Pretende-se com o mesmo demonstrar os principais problemas na aplicação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) no canteiro do obra deste tipo de empreendimento, demonstrando 2 assim as principais dificuldades na Implantação e manutenção destes sistemas em campo.

Justificativa O governo lançou em janeiro de 2007 0 PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, ue faz uma previsão de investimento em habitação de R$ 27,5 bilhões para 2007 e de R$ 78,8 bilhões entre 2008 e 2010. Além disso, propõe a ampliação de R$ bilhão no limite de crédito para habitação em 2007, especialmente para oferecer acesso à moradia adequada à população em situação de vulnerabilidade social e com rendimento familiar mensal de até 3 salários mínimos (PAC, 2007). Este estímulo fornecido pelo governo, reforçado pelo déficit habitacional brasileiro, gera a necessidade de se construir novas habitações de interesse social – HIS.

A gestão da produção e da qualidade pode contribuir ara que estas habitações tenham menor custo, menor perda de materiais, melhor qualidade e maior durabilidade. O que possibilita o atendimento a um maior número de fam[lias. O caminho frequentemente escolhido pelas construtoras para aprimorar seus sistemas de gestão tem sido a implementação de sistemas estruturados de garantia e gestão da qualidade. Entre os principais sistemas de gestão implementados temos o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), que se propõe a organizar o setor da construção civil em torno da melhoria da qualidade e da modernização 0 DF

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