Dificuldades permeiam desenvolvimento biopsicossocial
LEYLA DO PERPÉTUO TAVARES DE ALMEIDA MÁRCIA REGINA VALENTE PIMENTA AS DIFICULDADES QUE PERMEIAM O DESENVOLVIMENTO BIOPSICOSSOCIAL DO ADOLESCENTE USUARIO DE INTERNET: UM ESTUDO DE SUAS REDES DE RELAÇÕES. BELÉM 2002 LEYLA DO PERPÉTUO TAVARE-S DE ALMEIDA MÁRCIA REGINA VAL AS DIFICULDADES Q BIOPSICOSSOCIAL D ESTUDO DE SUAS RE to view nut*ge ESE OLVIMENTO O DE INTERNET: UM Trabalho de Graduação apresentado ao curso de Psicologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Psicologia orientado pela professora Ana Cristina Costa França.
LEYLA DO PERPETUO TAVARES DE ALMEIDA primeiro lugar a Deus, por nos ter dado a oportunidade de chegarmos até aqui. Agradecemos também, às nossas famílias, professores e aos participantes que tornaram possível a concretização deste trabalho. O nosso agradecimento especial à professora Ana Cristina Costa França, pela paciência, competência e disponibilidade com que nos orientou durante todo o desenvolvimento deste trabalho. Os adolescentes não podem ser considerados somente do ponto de vista de seus conflitos e processos internos, mas, pelo contrário, devem considerados biossocialmente, om devida ênfase nos sistemas de valores e pressões dos grupos que os circundam e com ênfase, às vezes, nos valores em conflito, dos múltiplos papéis que precisa assumir. (CAMPOS, 2001 ) RESUMO O presente trabalho teve como objetivo analisar quais as dificuldades que os adolescentes usuários de Internet encontram no seu desenvolvimento biopsicossocial através de um estudo de suas red .
Participaram 10 PAGF relatarem relacionar-se “bem” com seus pais, uma análise qualitativa foi necessária, pois se observou que tais questões suscitaram emoções e comportamentos como irritabllidade e ificuldade em lidar com este assunto. Com relação às relações no contexto escolar 37% dos participantes associaram a escola pública como um fator negativo. Nas relações sociais 40% dos adolescentes afirmaram relacionar-se melhor como o sexo oposto.
Quanto à relação adolescente e Internet 36% não associaram a um fato específico os motivos que o levam a permanecerem demasladamente na Internet. Entre todos os microssistemas estudados, foi possível observar que o sistema familiar foi o que apresentou comprometimentos mais significativos, o que demonstra ser este ma das grandes dificuldades que permeiam as relações do adolescente usuário de Internet. Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas, onde se possa fazer um estudo especifico e aprofundado do microssistema famlliar.
Sugere-se a utilização da Teoria Ecológica do Desenvolvimento”, onde se poderia entender como ocorrem as relações sociais familiares nos vários ambientes ecológicos e não mais somente no ambiente imediato, aprofundando o presente trabalho. Sugere-se ainda que os participantes não sejam somente os adolescentes, mas que se amplie também aos pais, na busca de uma visão bidlreclonal, permitindo omparação entre as visões. Palavras-chave : adolescente; Internet; rede de relações.
SUMÁRIO PAGF 3 OF 27 Resultados — 29 Discussão 43 Referências bibliográficas 52 Anexo INTRODUÇÃO Ao mesmo tempo em que o contexto tecnológico direciona para um novo meio de comunicação, de diversão, de trabalho, de inter-relação para as sociedades humanas, as dificuldades fortemente presentes sociedade moderna advindas da relação comunicarem e interrelacionarem através do micro deixam de vivenciar encontros entre amigos, brincadeiras, carinho. O mundo virtual mostrase para eles amplo como a vida. Guimarães (2001) discute esse assunto quando expõe que a facilidade trazida pela Internet também trouxe a solidão.
O medo fez com que a socialização ficasse cada vez mais difícil. Para suprir essa necessidade de contato intelectual, social e afetivo, algumas pessoas que hoje são milhões foram aderindo a uma nova maneira de se comunicar, de fazer amizades: a Internet. Ante o exposto é relevante ressaltar a importância da realização desta pesquisa que possibilitou às pesquisadoras verificar as dificuldades que permeiam o desenvolvimento biopsicossocial dos adolescentes usuários de Internet, através de m estudo das suas redes de relações..
Marchiori (2000) em seus estudos afirma que autores e pesquisadores contemporâneos como Rojas (1998) e Raffa (1997) se dedicam a estudar estes aspectos, onde vêem o desenvolvimento e as conquistas tecnológicas indubitavelmente como sendo características de nossa época, o que dificulta a avaliação de seus efeitos em relação a fenômenos similares do passado. Diante desta nova perspectiva, surgem estudos que buscam dimensionar o impacto das novas tecnologias no PAGF SOF adolescentes Unable to process your request now. Please try again later! esenvolvimento psicossocial.
Kalina & Grynberg (1992); Palácios (1995) e Mussen et al (1995) afirmam que a adolescência é uma fase de desenvolvimento psicossocial distinta da puberdade que é uma fase de transformação a nível orgânico. Palácios (1995); Papalia & Olds (2000) e Mussen et al (1995) enfatizam a adolescência como sendo um período que se prolonga aproximadamente dos 12 ou 13 anos até o final da segunda década de vida e que se caracteriza pela transição entre a infância e a adultez . A adolescência também pode ser vista por outra ótica, onde estaria pautada, não como endo um período cronológico e sim um processo psicológico social. adolescente pouco tem haver com a idade da pessoa. O indivíduo não é adolescente porque está entre os 11 e os 17 ou 18 anos. A adolescência é acima de tudo uma maneira psicológica de se enfrentar a vida. As pessoas são adolescentes porque têm uma série de características psicológicas que nos permitem classificá-las desta maneira. A própria duração do período médio da adolescência varia historicamente: a duas ou três gerações, era dois ou três anos – dos 11 ou 12 até os 14 anos atualmente o período da adolescência [estende- e] até os 18, 19 e 20 anos a adolescência é uma conquista social (GAUDÊNCIO, 1980, p. . Ante o exposto, é coerent PAGF 7 OF que a adolescência é processo: a) de ativa desconstrução de um passado pessoal, e em parte tomado e mantido e, por outro, abandonado e definitivamente preterido; b) de projeto e de construção do futuro, a partir de um enorme potencial e acervo de possibilidades ativas que o adolescente possui e tem consciência de possuir.
Neste processo, de recapitulação e de preparação determinados temas vitais – a própria identidade, a sexualidade, o grupo de amigos, os valores, xperiências e a experimentação de novos papéis – passam a ser preponderantes nas relações do adolescente com seu meio e em sua própria vivência fenomenológica, consciente, dos acontecimentos. (FIERRO, 1995, p. 290). Durante a fase da adolescência mudanças anátomo-fisológicas (puberdade) ocorrem de forma abrupta. Estas mudanças terão repercussões no desenvolvimento psicossocial do adolescente. Assim, torna-se necessário conhecer como se processam tais transformações.
No corpo dos adolescentes, ou melhor, do púbere, se processam largas mudanças hormonais, que aceleram seu crescimento fisico e também o esenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. O crescimento físico acelerado e não igualado – já que algumas partes do corpo se desenvolvem mais rapidamente que outras – surpreende o adolescente, ue assa a não se reconhecer em seu próprio corpo. Seu PAGF 8 OF sexuais secundários reforça este ponto, influindo largamente na auto imagem do adolescente, na forma como ele vê seu corpo modificado e em processo de modificação. MORAES, 1997, pai). As questões emocionais são de suma importância na adolescência, uma vez que têm uma influência direta e intrinseca na formação da identidade do adolescente. Pois é um omento de transformação e readaptação na busca do eu, da identidade pessoal. para que se conquiste essa identidade será necessário que o adolescente desenvolva autonomia, confiança e iniciativa que será propiciada pelo contexto social. Neste período os conflitos se afloram; essa busca de identidade gera uma confusão de identidade.
Para chegar a resolução desse conflito o adolescente precisa trabalhar suas habilidades (saber e fazer) e organizar-se para formar esta identidade. Esta busca é saudável, desde que ao longo do seu desenvolvimento, na sua relação com o meio tenha havido o favorecimento à aquisição de xperiências e valores que são primordiais na construção desta identidade. Embora nos dias atuais se fale menos sobre “crise de identidade”, o fenômeno continua sendo tão agudo como em todos os tempos (… O simples fato de ter sido gerado por seus palS não lhe satisfaz a inteligência. Quer entender o “para que” da vida. Mais ainda, quem ele mesmo é, qual seu potencial dentro de uma sociedade competitiva, desigual e incoerente onde estava a toda hora com máscaras de gente emaranhado e escuro da desinformação, na esperança de, de repente, vir a encontrar a trilha segura para o seu verdadeiro lugar (… sentem-se frequentemente perdidos mal sabem que, só com o decorrer dos anos de toda uma vida, virão gradualmente a entender a sua posição no universo. LACERDA & LACERDA,1ggg, p. 34 – 35). Estas questões emocionais não se restringem somente ao âmbito da construção de sua identidade, pois, há vários aspectos que permeiam as vivências emocionais destes adolescentes e que deverão ser consideradas. Sendo as emoções as forças que motivam todo o comportamento, nenhum aspecto do desenvolvimento do adolescente é de maior importância do que sua vida emocional. Praticamente, todas as suas dificuldades nvolvem, obviamente, emoções.
Não se pode entender um adolescente, a menos que se entendam suas maneiras de sentir paralelamente ao que pensa e faz. Na realidade, deve-se procurar compreender nao somente as emoções que expressa, mas estar alerta para as emoções que tenta esconder. Os sentimentos a respeito de si mesmo e dos outros, bem como o julgamento que a seu ver os outros fazem dele, dominam toda a vida do adolescente. Daí se poderem compreender as razões de toda a agitação e turbulência desta etapa da vida do indivíduo. (CAMPOS, 2001, p. 51 – 52). Para considerar o ser hu sua plenitude não se