Eficiente ou eficaz?
Eficiente ou Eficaz? Por Eduardo Santos Há certas pa avras que ganham significado e conotação nova dependendo de onde são usadas. No mundo corporativo isto é muito comum. São jargões profissionais que são cunhados para traduzir ou sintetizar uma idéia, um modo de pensar. Um bom exemplo disto são as palavras eficiência e eficácia. Nos dicionários trata-se de sinônimos, porém no dia-a-dia organizacional elas têm significados distintos. Talvez tudo tenha começado por um novo conceito em um livro ou palestra sobr distinção, o que se I é c ora os dois termos são d os
Eficiência: Ação, forç Eficaz: Que age com o sei a origem da anto no Michaelis á encontramos: efeito; eficácia. dade ou propriedade de eficaz; eficiência. Contudo, estas duas palavras são usadas para designar duas formas diferentes de fazer. Eficiência, no “dialeto” corporativo significa fazer certo. Enquanto eficácia traduz-se por fazer da maneira certa. E nisto consiste uma grande diferença. Isto porque podemos alcançar uma meta, porém despendendo um esforço e recursos maiores do que o necessario. Vejamos um exemplo. Imagine que a missão de dois profissionais eja ir de Juiz de Fora a Belo Horizonte.
Ambos saem no mesmo horário, porém um pega a BR 040 e chega ao destino em 3 horas, perfazendo 280 km do t Swlpe to vlew next page trajeto e consumindo cerca de 28 litros de gasolina. O segundo motorista resolve seguir o caminho passando por Manhumirim e de lá para BIA. Resultado gasta 16 horas de viagem num trajeto superior a 1000 Km tendo um consumo de mais de 100 litros de gasolina. Como não estipulamos um prazo máximo para o cumprimento da missão, ambos foram eficientes, pois cumpriram o que deviam, ou seja, chegaram ao destino. Porém, o primeiro, além de eficiente foi eficaz. ocê tem sido eficiente ou eficaz? Sempre que somos eficazes somos eficientes, porém o inverso não é verdadeiro. Enquanto a eficiência está ligada ao resultado, ao produto, ao objetivo final a eficácia vai além. Está vinculada ao método ao como foi feito e não apenas se foi feito. A verdade é que vemos hoje em dia muitos profissionais e empresas eficientes, mas poucos eficazes. Na maioria das vezes cumprimos o que temos de fazer, porém de uma forma que exige mais recursos, tempo e energia. O que podemos fazer então? Primeiro star aberto à mudança.
Questionar como temos feito as coisas, nossos métodos e estratégias. Precisamos não nos acomodar ao que sempre deu certo. Acredite que mesmo que sempre tenha sido feito de um modo é bem provável que possa ser melhorado. Segundo ponto: invista tempo estudando e planejando suas ações. Você verá o quanto economizará depois. A eficácia exige planejamento, organização. Parar para planejar irá lhe permitir ir muito mais rápido depois, ou pelo menos evitar perdas de tempo maiores e retra irá lhe permitir ir muito mais rápido depois, ou pelo menos evitar erdas de tempo maiores e retrabalho.
Diz uma história que certa vez um jovem lenhador resolveu desafiar o mestre de seu vilarejo. Este homem era um senhor já de idade, mas muito respeitado em sua profissão. Conhecia todas as técnicas e era quem tinha sempre a maior produção entre os lenhadores. O jovem, convencido de que era melhor do que ele fez o desafio. Nesta região, estes desafios eram eventos que agitavam os moradores locais. Ser o melhor lenhador era um titulo que conferia status, respeito e admiração. O jovem se preparou muito até o dia marcado. Chegando, cumpriram todo o itual que deveria anteceder à competição.
Cada qual deveria usar apenas um machado. Venceria aquele que cortasse mais árvores num período de 8 horas. Cabe aqui um pequeno comentário. Para que a história não tenha um sentido politicamente incorreto, ou seja, antiecológico. Vale destacar que tratava-se de um reflorestamento especifico para fins industriais e que o mesmo estava dentro das regras ambientais. Assim dito, foi iniciado o embate. Ambos começaram a atividade com vigor. Após um longo período, o lenhador mais jovem, ao olhar para trás viu o mestre entado. continuou a labuta.
Por várias vezes o mancebo ao olhar em direção ao experiente lenhador o via sentado. Logo imaginou o cansaço do mesmo devido à idade e que com isto a vitória seria fácil. Ao final do período estipulado, os juízes foram contar o número de árvor PAGF3ÜFd a vitória seria fácil. Ao final do período estipulado, os juízes foram contar o número de árvores que cada um havia derrubado. O sorriso do jovem traduzia sua certeza de vitória. Porém, o mesmo se viu decepcionado ao ouvir o resultado. Havia perdido por uma boa diferença.
Inconformado questionou ao mestre como poderia ter perdido se sempre que olhava para trás o via sentado. O experimentado senhor disse-lhe: todas as vezes que me via sentando eu estava a amolar meu machado. Enquanto o jovem lenhador só se preocupava com a tarefa (derrubar árvores) seu machado ia cegando. A cada nova árvore era necessário despender muito mais força e tempo. Ao contrário do mestre que planejou e se preocupou no como fazer melhor. Esta é a grande distinção entre o significado de eficiência e eficácia. Imagine quem estava mais exausto ao inal da competição.
Certamente o mais jovem e não o mais velho que soube dosar sua energia e preparar sua ferramenta adequadamente. Este mesmo efeito pode ser constatado em outro esporte que é a nossa paixão nacional: o futebol. Muitas vezes vemos times ou jogadores de grande vigor físico e de muita correria. Por outro lado, outro jogadores, mesmo que não mais experientes, mas mais talentosos, conseguem com menos exaustão melhores e mais belas jogadas. O que, embora nem sempre, mas na maioria das vezes se converte em gol. E você tem sido eficiente ou eficaz?