Escavação arqueológica
A Escavação Património Cultural Licenciatura 10Ano Introdução à Arqueologla 20/01 /2012 Introdução à Arqueologia “Um homem deixa d se torna um mestre a vida inteira. ” Robin Introdução er org Sv. içx to view next*ge qualquer ciência e ser um principiante O objectivo da Arqueologia é a identificação, recuperação e estudo de sitios arqueológicos. A Escavação arqueológica trata-se de arqueologia intrusiva e tem como objectivos: a investigação e a minimização de impactos patrimoniais.
Enquanto no primeiro deve ser sempre respeitada a questão do testemunho – isto é, a escavação não deve ser unca integral – ficando um fragmento do sitio arqueológico como testemunho – no segundo caso a intervenção poderá ser completa e o sitio ser escavado na sua totalidade. É prefer[vel a sua destruição de forma controlada através da escavação arqueológica, à destruição anárquica e absoluta das retro- escavadoras. N. Bicho 2011: 145) técnicas de escavação deve-se a Mortimer Wheeler, que implantou pela primeira vez o princípio da escavação por estratos naturais tal como o método da Quadricula. O sistema de Wheeler foi aceite, embora a generalização este sistema tenha permitido detectar as suas limitações, fundamentalmente, no que diz respeito à valorização do registo vertical em detrimento do registo horizontal. Nos anos 70, E.
Harris publica o seu livro Principles of Archaeological Estratigraphy (1979), com vista à renovação de alguns aspectos no processo da escavação Harris propõe que a escavação seja feita em área aberta, desenvolvendo o princípio da escavação por estratos naturais, proposto por Wheeler, e apresentado um sistema de registo particular para as unidades estratigráficas A Implementação da Escavação A fase da implementação, depende de aspectos exteriores ? própria arqueologia, relacionando-se com questões práticas.
O arqueólogo tem de cumprir uma série de procedimentos burocráticos antes de iniciar a escavação, relacionados com a aprovação da mesma pela instituição governamental que supervisiona este dominio, sendo também necessária a autorização prévia do proprietário da área. A obtenção de uma planta pelo levantamento topográfico do srtio, tal como a geo-referenciaçào, com base num sistema de coordenadas, constituem uma fase prévia de trabalho. O Equipamento
Essencial para o inicio da escavação, é encontrar o equpamento adequado ao tipo de escavação a efectuar bem como, ao tipo de artefactos que eventualmente poderão ser encontrados no decorrer dos trabalhos. Podemos dividir o equipamento necessário ao trabalho de escavação arqueológica pos principais – o mão. No primeiro grupo incluem-se pás, picaretas, enxadas, serras de podar, crivos, carrinhos de mão, entre outros, e a maquinaria de levantamento topográfico, como o nível, o teodollto ou a estação total, e o equipamento informático, como o computador e a impressora portáteis.
O segundo grupo integra os utensilias de pequenas dimensões, pinceis, colherins, fitas métricas, martelos, tesouras de podar, vassouras, pás de lixo, níveis de bolha de ar, canetas, lápis, etc. (N. Bicho 2011 :146) Antes demais é necessário distinguir os dois tipos de escavação: O método tradicional da escavação horizontal, aplicado após a escavação vertical do sitio arqueológico, consiste em planificar uma escavação a partir da projecção sobre o terreno de uma rectícula de quadrados, separados por uma banqueta.
A base deste método é o conhecido Teorema de Pitágoras. (N. Bicho 2011:153). Por vezes, os 50 cm que não se escavam são elemento necessário para se compreender a estratigrafia de um sitio, por isso no final da escavação essas banquetas são geralmente removidas (N. Bicho – 2011: 154). Estes quadrados são habitualmente identificados alfanumericamente segundo o sistema de coordenadas, em função dos quais se podem ordenar e classificar os materiais encontrados.
Estes quadrados convertem-se na unidade básica do registo do achado e as suas paredes convertem-se no testemunho estratigráfico a que pertence. A desvantagem deste metodo, prende-se com o tamanho do sitio arqueológico, se for ma grande distância entre quadrantes é complicado marcar os artefactos com precisão, correndo o risco de a marcação não ser tão precisa quanto o desejado, compromentendo o registo. Outro processo de denominação da quadricula assenta na distância real ao datum.
Cada quadrado é denominado com dois números, correspondend PAGF3rl(Fq assenta na distância real ao datum. Cada quadrado é denominado com dois números, correspondendo estes ? distância em metros do quadrado ao datum em cada um dos eixos cartesianos. Sempre que possivel o datum deve ser relacionado com um marco geodésico para que todas as cotas btidas durante o trabalho de escavação tenham altitudes absolutas em relação ao mar. É o datum que nos dá a base para o controlo vertical de toda a escavação (N.
Bicho 2011: 155-158) A Escavação por níveis artificiais pode ser feita com medições a partir da superfície do sitio arqueológico ou em relação a um datum. (N. Bicho 2011 158) Sendo o arqueólogo a decidir se a escavação dos niveis artificiais é horizontal ou se acompanha o declive da superficle. A utilização de níveis artificiais, por vezes, não dá a precisão suficiente para uma compreensão rigorosa da stratigrafia do sitio arqueológico, havendo a necessidade de o controlo vertical ser ainda mais rigoroso. Nestes casos, recorre- se a localização tridimensional de artefactos. N. Bicho 2011: 159). Para a localização tridimensional, utiliza-se um sistema de três coordenadas (X,Y e Z), registando a orientação e a inclinação da peça. Com o intuito de diminuir o erro humano, o arqueólogo pode utilizar a Estação Total como apoio na escavação, medição, etiquetagem e registo. Esta serve tambem para aumentar a velocidade de escavação e o nivel de precisão da localização dos rtefactos e estruturas. No caso da Escavação por unidade arquitectural, cada um dos espaços arquitecturais serve de unidade de escavação.
Por vezes a sua dimensão pode ser grande, pelo que é conviniente subdividirem-se com uma quadricula ou por quadrantes internos. A razão para a subdivisão destas unidades prende-se com a necessidade de uma maior definição e preclsão da informação horizontal e vertical prende-se com a necessidade de uma maior definição e precisão da informação horizontal e vertical referente à provniência dos artefactos, estruturas e camadas estratigráficas, ou seja, com m maor e mals rigoroso controlo vertlcal e horizontal do Sltio arqueológico (N.
Bicho 2011: 157). A Estratigrafia Todos os níveis arqueológicos (estratos e interfaces) devem ser individualizados, em unidades estratigráficas, quer sejam horizontais, quer sejam verticais, como os muros, as fossas e os seus componentes, ou outro tipo de elementos. O importante é individualizar cada uma das unidades e determinar as suas relações físicas (“cortada por”, “corta a”, “encima de”, por baixo dei’, etc. com as restantes (Harris 1991). As unidades estratigráficas correspondem sempre a blocos e tempo, maiores ou menores, mas que se encontram individualizados no sitio arqueológico. O problema que se levanta neste processo é a espessura de cada uma dessas camadas ou unidades, podendo cada uma delas referenciar um bloco grande de tempo, testemunhando assim um conjunto de ocupações ou actividades sucessivas. (N.
Bicho 2011: 158) A análise e interpretação estratigráfica constituem uma das fases mais importantes para a interpretação de um sítio arqueológico, pois é através da estratigrafia que se estabelecem as relações sequenciais e cronológicas entre os estratos, as estruturas e os ateriais (Harris 1991). A Crivagem Numa escavação arqueológica é fundamental a recuperação dos artefactos de menores dimensões, que em muitos casos implica a crivagem dos sedimentos. Este processo consiste em separar dos sedimentos, os artefactos com menor dimensão, usualmente utilizando um crivo.
Quando as condições o pe ortante recorrer a uma recorrer a uma crivagem a água. Esta técnica permite distinguir mais facilmente o que são artefactos e fauna daquilo que é sedimento, facilitando a sua triagem. (N. Bicho 2011: 170) Quando não existem condlçbes de realizar esta operação no erreno os sedimentos (ou amostras significativas das diferentes unidades estratigráficas) devem ser transportados para um laboratório onde possam ser processados em aparelhos adequados a cada caso.
O Registo A renovação das técnicas de escavação foi acompanhada pela adopção de novos sistemas de registo estratigráfico da informação retirada da escavação. No sistema de Wheeler, onde se valorizava fundamentalmente a visão vertical, a documentação estratigráfica recolhida era a do perfil do testemunho, não se valorizando ou recolhendo a informação horizontal, que e limitava à representação final dos restos arqueológicos significativos, como os muros (Harris 1991).
O grande passo relativamente aos sistemas de registo é dado por Harris, com a conceptualização de um diagrama sequencial. Segundo Harris, todas as Informações obtidas devem ser registadas em fichas normalizadas, de modo a permitir recolher os dados de forma sistemática e a facilitar a posterior interpretação do sítio arqueológico.
A sequência estratigráfica física seria representada por um sistema gráfico, a partir do qual se obteria um diagrama sequencial estratigráfico, conhecido por Matriz de Harris. Desta forma, substitui-se o diário de campo pela utilização das fichas de registo, e o desenho dos antigos perfis, que representavam somente secções do Sitio arqueológico, pelo diagrama estratigráfico que permite representar a totalidade do sítio arqueológico.
O rigor, cada vez maior, no registo da informação estratigráfica, levou à procura de um sistema mais objectivo de re isto, que se traduz informação estratigráfica, levou à procura de um sistema mais objectivo de registo, que se traduz na utilização de fichas estratigráficas normalizadas, que permitem azer a cronologia, a descrição, a interpretação, e recolha homogénea da informação o que facilita a sua consulta. Existem várias versões de fichas estratigráficas, em virtude da adaptação dos modelos existentes às necessidades e problemáticas específicas de cada escavação.
Qualquer que seja a técnica de escavação a utilizar, o método deve ser o mesmo, isto é, os princípios gerais comuns a qualquer trabalho científico devem ser cumpridos. O arqueólogo tem de obter uma leitura rigorosa, devendo combinar a lógica da sucessão estratigráfica e o comportamento dos artefactos no espaço. Como apoio ao registo, poder-se-á recorrer à fotografia a cores, à tecnologia digital, e ao desenho. Este último perde alguma importância com o uso das estações totais, uma vez que toda a informação do ponto de vista de proviniência e respectivas cotas é incluida no registo automático da máquina. ? possível em laboratorio produzir informaticamente as plantas dos sitios arqueológicos, aspecto que simplifica e o trabalho no campo. Estas plantas são importantíssimas porque permitem compreender toda a informação de provlniência dos artefactos e estruturas exumados e conhecer o contexto topográfico da zona nde se encontra o Sltio arqueológico. (N. Bicho 2011: 173) Conclusão Desde a implementação até ao registo da escavação, o arqueológo tem de ser meticuloso e rigoroso no seu trabalho. Todas as fases deste processo de escavação têm a sua importância para salvaguardar, todo e qualquer artefacto encontrado.
Este tem sido, desde sempre, o objectivo dos arqueólogos: investigar e minimizar os impactos patrimoniais. Os métodos desenvolvidos ao longo dos tem PAGFarl(Fq Os métodos desenvolvidos ao longo dos tempos e as novas tecnologias garantem, hoje em dia, consultar e visualizar estemunhos de forma fácil, clara e concisa. O registo tem o seu peso em todo o processo, agilizando a compreensão de toda a informação de um Sltio arqueológico. “O arqueólogo é o melhor marido que uma mulher pode ter; quanto mais velha ela fica, mais interesse ele tem por ela. Agatha Christie Bibliografia Bicho, N. (2011). Manual de Arqueologia Pré-Histórica (2a Edição Revista e Actualizada). Lisboa: Edições 70. Harris, E. C. (1991). Principios de Estratigrafia Arqueológica. Barcelona: Editora Critica. wikiquote. (s. d. ). Fonte: httpWpt. wikiquote. org/w/index. php? title=Especial Indíce Introdução… O Processo de Escavação – Breve introdução historica. A Implementação da O Equipamento…. — 4 O Registo • • • • • • • • • • • • • • • • • 8 Conclusão.. . . _ _ _ . . . AIGF8rl„Fq A Escavação..
A Crivagem.. Bibliografia…….. — 10 Ilustrações.. . . . . . 11 . 12 [ 1 ]. Corredor com cerca de 50 cm de largura entre quadrantes. Serviam como testemunhos estratigráficos e como passagem para carros de mão com sedimento escavado. (N. Bicho 2011: 1 54) [2 ]. Ou ponto zero, Tradicionalmente sen’ia apenas como base para todas as medições referentes à topografia da escavação (N. Bicho 201 157). [ 3 Os niveis artificiais são maioritariamente utilizados nas sondagens e podem ter entre e 5 e IOcm. [4 ]. Aparelho com software que estabelece uma grelha tridimensional do espaço. 5 Estruturas de habitat que formam unidades fisicas diferenciadas (N. Bicho 2011: 157) [ 6 Conceitos desenvolvidos por Harris. O conceito de interface surge com a necessidade de identificar determinados momentos no processo de estratificação, como por exemplo a separação entre dois depósitos ou camadas (layer interface). O conveito de Unidade Estratigráfica Arqueológica difere de estrato ou camada eológica porque inclui, para além de dos vários tipos de depósito arqueológico, os interfaces, correspondendo estes a uma actividade humana, ainda que de tipo subtractivo. N. Bicho 2011: 180-181) [ 7 ]. Existem vários tipos de crivos, uns que podem ser manuseados individualmente, outros por duas pessoas. Tradicionalmente com armações de madeira e malha metálica que pode ter várias dimensões, consoante os artefactos a crivar. [8 J. Existem três modalldades distintas de desenho: o desenho de estruturas, o desenho de cortes e plantas várias e o desenho de base de níveis artificiais. PAGFgrl(Fq