Estruturalismo

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Gustavo Noronha Silva Keila de Souza Almeida Patre Icia Rodrigues Rocha Paulo Edson Fagundes Dias Estrutura e Funcionalismo Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES junho / 2003 Gustavo Noronha Silva Keila de Souza Almeida Patr’ Icia Trabalho apresentad Ci ncias Sociais da U Orientador: prof. Gy Montes Claros junho Funcionalismo 1. 1 Considera,oes Gerais c- ia, do curso de e Montes Claros p O funcionalismo encontrou seu apogeu a partir de 1930, mas veio crescendo desde 1914 quando Malinowski Iniciou seus estudos. m ponto marcante do funcionalismo foi haver imprimido ao studo da antropologia uma nova orienta,ao. At’ ent-o, tanto antrop • logo um antiqu ‘rio eu pelo menos, certamente a o e a sou. A minha indiferen,a por certos tipos de evolucionismo uma quest-o de c e a m’ todos. (MALINOWSKI: 241) e Um outro ponto marcante desta escola a vis -o sistem’tica utilizada na an lise da e a aa o a cultura, procurou explicar a maneira de ser de cada cultura, buscando as raz -es n -o mais nas origens. Os funcionalistas acreditavam ser poss• conhecer uma cultura sem Ivel estudar-lhe a hist’ ria. Al’ m disso, h’ o fato de ela ter-se apoiado de modo decisivo nas pesquisas de campo. a Malinowski foi quem mais desenvolveu esse tipo de atua,ao dentro da antropologia. Sec- gundo ele era preciso fazer um est ‘ gio dos antrop ‘ logos junto aos povos primitivos. a o 2 1. 2 O Funcionalismo de Malinowski Definir a cultura como produto da natureza humana, isto reconhecia-se como filha e da unidade psiquica do home. O pr ‘ prio conceito de cultura vai apoiar-se no conceito de o natureza humana.

Por natureza humana, portanto exprimimos o determinismo biol’ gico que o imp-e a toda civiliza. ao e a todos os indiv- o c- ‘duos a realiza. ao de funaoes corc- c- porais tais omo respirar, dormir, repousar, reproduzir (MALINOWSKI: 246) O determinismo de que ele fala e o que se prende ao fato irretorqu wel de que as culturas poder -o assumir formas mais variadas, mas dever -o, necessariamente se aptas a a a satisfazer as necessidades b’ sicas do homem. dever -o, necessariamente se aptas a a a satisfazer as necessidades b sicas do homem.

Cultura, segundo MALINOWSKI o todo a e integral constitu’ por implementos de bem de consumo, por cartas constitucionais para Ido os v’ rios agrupamentos sociais, por id ‘ ias e of’ a e ‘Cios humanos, por crensas e costumes. Malinowski considerou axiomas gerais do funcionalismo: 1 . A cultura ‘ essencialmente uma aparelhagem instrumental pela qual o homem ‘ e e colocado numa posiaao melhor para lidar com os problemas espec’ c- fidos, concretos que lhe deparam em seu ambiente, no curso da satisfasao de suas necessidades. c- ‘ 2. E um sistema de objetos, atividades e atitudes, no qual parte existe como meio para um fim. 3. E uma integral na qual v’ rios elementos s -o interdependentes. a a 4. Essas atividades e objetos organizados em tornode tarefas importantes e vitais, em institui,oes tais como a fam” c- ‘lia, cl-, a comunidade local, a tribo e as equipes a organizadas de coopera,ao econ -mica POI • c- o Itica, legal e atividade educacional. 5. Do ponto de vista din mico a cultura pode ser analisada numa s’ rie de aspectos a e tais como: educa,ao, controle social, economia, sistemas de conhecimento, crena e c- c moralidade e tamb’ m modos de express-o criadora e artr e a Istica. . 3 M ‘ todo funcionalista e Refere-se ao estudo das culturas sob o ponto de vista da funaao, ou seja, ressalta a c- funcionalidade de cada unidad 3 culturas sob o ponto de Vista da fun,ao, ou seja, ressalta a c- uncionalidade de cada unidade da cultura no contexto cultural global. Uma caracter’ Istica 3 da abordagem funcional • descobrir as conven,oes existentes em uma cultura e saber como e c- funcional. Averiguar as fun,oes de usos e costumes de determinada cultura que levam a uma c- identidade cultural, observa,ao, entrevista, etc. – As formas de pensar e agir de grupos diferentes devem merecer o maior respeito poss’ e, por isso, seria injusto a introduaao deliberada de mudan. as no Interior dessas wel c- c culturas. Por exemplo: o ensino do cristianismo entre grupos tribais brasileiros urante praticamente quinhentos anos foi uma viola nci a e um desrespeito a cultura ind’ e Igena. Para os antrop- logos, a cultura tem significado amplo: engloba os modos comuns e o aprendidos da vida transmitidos pelos indiv’ ‘duos e grupos em sociedade. 4 Estruturalismo 2. 1 O estruturalismo ‘ uma esp•cie de refinamento do funcionalismo.

Mas ambos possuem e e modelos de abordagem que permitem explicar o aspecto sincr- nico da cultura; ou seja, o tanto o funcionalismo e o estruturalismo de L ‘ vi-Strauss defendem a tese da possibilidade e de explica,ao da cultura e da sociedade sem uma incurs a hist’ria. Ec- aa o 4 constitu a Idas por uma an lise sistem ‘tica e caracter’ aa Isticas do positivismo. No entanto, apesar das semelhansas, existem muitas diferen,as entre ambos e, a partir dos c c pr ‘ ximos t’ picos, faremos com que as mesmas sejam percebidas, delimitando e indicando o o suas peculiaridades. . 2 Conceito de estrutura em L vi-Strauss e Quando se fala em estrutura, pensa-se em algo s’ lido e fundamental. Algo dotado de o subst- ncia. a Para Etienne Wolf, ela significa apenas maneira como as partes de um todo est-o a dispostas entre si. Benveniste, ao escrever sobre o termo estrutura” na ling” uistica, atribui sua origem aos cursos de Ferdinand de Saussure. Suas considera. oes nos permitem entender que a c- centraliza,ao da vis -o no aspecto Sist- mico garante muita coisa comum entre o funcionac- a e lismo e o estruturalismo de L’vi-Strauss. A principal diferen,a entre o conceito de estrutura usado por Radcliffe Brown e o c que aparece em Uvi-Strauss est• no fato de que para este, a estrutura seria apenas uma e a matriz ou modelo de an ‘ lise constru’ a partir da observa,ao da realidade social. a Ido c- L ‘vi- Strauss percebeu dois tipos de din- mica na realidade social: uma revis• e a Ivel porque prevista no pr’ prio sistema ou estrutura, outra imprevis’ o Ivel, isto • , imponder’ vel, e a 5 por se dever a casos e circusnt- ncias ex ‘ genas a estrutura. o 2. 3 Estrutura e Consci Ancia e A id’ ia de “estruturas me S circusnt- ncias ex• genas a estrutura. a o Estrutura e Consci ncia e A id ‘ia de “estruturas mentais incoscientes” como universal e considerando-se estarem e elas por tr ‘s de todas as culturas sendo respons • veis pelas formas particulares assumidas a a nas mesmas, aproxima bastante L •vi-Strauss dos evolucionistas. A espeito dos modelos conscientes e insconscientes, nosso autor considera as abordagens tradicionais da antropologia incapazes de captar os inconscientes, dos quais os modelos conscientes n -o passam de efeitos deformados. a Apesar de n -o ser ignorada, a considera,ao do inconsciente no agir humano perde a c- muito valor para os estudiosos frente a grande dificuldade que h • em se atingir o iinconsci’ a ente e a vulnerabilidade a que fica exposto o pr ‘ prio pesquisador, podendo se comprometer o pelo uso de modelos pr’ -fabricados pelo pr’ prio inconsciente. o Segundo o professor Roberto Motta, a postula. ao expl’ c- Icita de estruturas mentais ahist ricas de reciprocidade, inatos ao c’ rebro humano constitui-se em um grande equ ‘ o e Ivoco e um passo mortal. Em rela,ao as coloca,oes de L’ vi-Strauss, concordamos em que s -o ecl ‘ ticas, mec- c- e ae taf’ ricas e contest • veis. o a 2. Culturas Frias e Culturas Quentes Por achar que ‘ mais f’ cil detectar as estruturas mentais inconscientes b’ sicas a partir e a a de sociedades simples do que no seio das sociedades complexas, L •vi-Strauss enalt partir e a a de sociedades simples do que no seio das sociedades complexas, L •vi-Strauss enaltece a e harmonia e sabedoria das ulturas dos povos simples — chamadas por ele de sociedades frias ou culturas frias —, parecendo at’ ser partid’ rio da teoria da evoluaao ou decad- ncia e a c- e da humanidade — afinal, as sociedades “quentes” dotadas de hist ria ou inseridas na roda o viva da hist ‘ ria — afastam-se cada vez mais da ordem “natural”, “naturalmente boa”. o Sabe-se, no entanto, que a diferenaa entre sociedades “frias” e sociedades “quentes” c n -o pode se explicar pelas estruturas mentais inconscientes nem pela pr• pria estrutura a o concreta que L ‘vi-Strauss visa atingir. Parece que problema entre sociedades frias e quentes est’ em que uma simples e a e a outra, complexa, uma tem controle centralizado e a outra, um controle difuso. 6 Vende a hist ria como uma realidade dial ‘ tica, e a partir da perspectiva de que a forma o e atual de uma cultura ‘ apenas uma forma poss’ e Ivel, o estruturalismo de L vi-Strauss parece e util ao estudo da cultura, da realidade hist rica e humana. Seus m todos s -o v’ lidos mas o e aa as suas conclus-es nem sempre o s -o por se tornar tendencioso. o a Refer- ncia Bibliogr fica e a MARCONI, M. de A. PRESOTTO, Z. M. N. Antropologia: uma introdu,ao. S -o Paulo: c- a Atlas, 1985.

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