Gestão de produção

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FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA E EDUCAÇÃO – FAESA FACULDADES INTEGRADAS ESPIRITO-SANTENSES CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EVANDRO SILVA DE OLIVEIRA FABRÍCIO BITTENCOURT MOCILIN LARISSA BRUNHARA BIAZATI MAURICIO LOUREIRO TATIANA GUIMARÃES MARINATO VIVIAN FURTADO DE OLIVEIRA WENDER KRAUZE CHIABAI ESTOQUE DE SEGURANÇA VITORIA 2008 1 EVANDRO SILVA DE OLIVEIRA FABRÍCIO BITTENCOURT MOULIN GUIMARÃES MARINATO VíVlAN FURTADO DE OLIVEIRA WENDER Trabalho Acadêmico do Curso de Graduação em Engenharia de Produção apresentado às Faculdades Integradas Espiritosantenses, como parte das exigências da disciplina de

Planejamento e Controle da Produção, sob orientação da prof. Ricardo Ramos. VITÓRIA 2008 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO…. -lal Studia 7 3 1 INTRODUÇAO para complementar a administração dos estoques é necessário estabelecer os níveis dos estoques de segurança do sistema. Estes estoques são desenvolvidos como sendo um amortecedor que se deve prever para minorar os efeitos de variações, tanto no consumo médio mensal como no tempo de reposição, ou de ambos.

Também conhecido como estoque mínimo, estoque isolador ou ainda estoque reserva, é o estoque de produto para uprir determinado período, alem do prazo de entrega para consumo ou vendas, prevenindo possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor e garantindo o andamento do processo produtivo caso ocorra um aumento na demanda do item. Deverão ser maiores quanto maior for a distância do fornecedor ou mais problemático for o fornecedor com relação aos prazos de entregas.

Os estoques de segurança impedem que ocorram problemas inesperados em alguma fase produtiva interrompendo as atividades sucessivas de atendimento da demanda. A existência de estoques de segurança em uma unidade fabril, vita que o processo produtivo pare em caso de uma avaria, alimentando as máquinas subsequentes durante a reparação. São ainda utilizados para salvaguardar uma empresa de incertezas nas suas operações logísticas. Leadtimes (tempo entre colocar e receber um pedido), procura dos clientes, e quantidades recebidas são exemplos de fatores que podem apresentar variações não esperadas (Garcia et al. 2006, p. 14). Segue abaixo a Figura 1. 1 que demonstra o gráfico da variação do consumo em relação ao estoque resewa. 4 Figura 1. 1 Variação de esto ue ráfico da variação do consumo em relação ao estoque reserva. Figura 1. 1 Variação de estoque 5 2 FINALIDADE DO ESTOQUE DE SEGURANÇA Os estoques de segurança têm por finalidade não afetar o processo produtivo e, principalmente, não acarretar transtornos aos clientes por falta de material e, consequentemente, atrasar a entrega do produto ao mercado. Os gráficos apresentados nas Figuras 2. e 2. 2 demonstram o estoque maximo que vai diminuindo ao longo do tempo até ao ponto de reposição. É neste ponto que a requisição do pedido é feita. Perante as duas ncertezas inerentes ao processo, sendo estas o nivel da procura e o lead time, o estoque de segurança é determinado de acordo com dados históricos do rúel de serviço ao cliente, das médias, dos desvios padrão da procura por unidade de tempo e do [lead time] de reposição. Figura 2. 1 Estoque de segurança para variâncias do lead time Figura 2. Estoque de segurança para variâncias da procura 6 Entretanto, há uma grande dificuldade em determinar o ES com exatidão, dada a variedade de fatores, tais como: • maior ou menor velocidade na razão de consumo; • a variação na requência com que a peça é requisitada no almoxarifado; • falha no abastecimento do fornecedor. A determinação dos estoques de segurança leva em consideração dois fatores que devem ser equilibrados: os custos decorrentes do esgotamento do item e os custos de manutenção dos estoques mínimos.

Quanto maiores forem os custos de falta atribuídas ao item, maiores serão os níveis de estoques m[nimo o ser mantidos, e vice 3 maiores serão os niveis de estoques mínimos que deverão ser mantidos, e vice versa. 3 CÁLCULOS DO ESTOQUE DE SEGURANÇA Existem várias maneiras de se calcular o estoque de segurança, ma delas é através da fórmula tradicional para este cálculo: E S – K xoc Figura 3. Fórmula básica K = fator K que corresponde a f(k), uma função da distribuição normal acumulada que indica a probabilidade de haver uma demanda maior que o estoque de segurança projetado, considerando — se determinado Nível de Serviço ao cliente. oc = desvio padrão combinado, considerando- se incerteza de demanda durante o tempo de reposição. Tabela 3. 1 apresenta os valores de K para diversos níveis de serviço pode ser analisada a seguir : 0 0,68 0,84 1,04 1,28 1,41 1,56 1,65 1,75 1,88 2,05 2,33 2,58 3,08 K oc) 80 85 90 92 94 95 96 97 98 99 99,5 99,9 NS 50 75 (h) Tabela 3. . Valores de K para diferentes níveis de serviço. 8 Uma maneira de acompanhar o desempenho do modelo consiste em verificar o comportamento do erro acumulado ao longo dos períodos, que deve tender a zero, pois espera-se que o modelo de previsão gere, aleatoriamente, valores maiores e menores dos reais, devendo assim anular o somatório dos erros. Segundo TUBINO (TUBINO, 1 997), o erro acumulado pode ser comparado com um múltiplo do desvio médio absoluto, conhecido como MAD (Mean Absolute Deviation).

Geralmente compara-se o valor do erro acumulado com o valor de 4 MAD. Se o erro acumulado ultrapassar este valor, o problema deve ser identificado e o modelo deve ser revisto. A fórmula a seguir mostra o cálculo do valor do MAD. 4DF8 identificado e o modelo deve ser revisto. A fórmula a seguir Onde: Do : demanda ocorrida no período; Di : demanda prevista no período; n : número de períodos. Usando os dados da previsão de demanda pela técnica da média exponencial móvel, será calculado o valor dos erros acumulados, comparando-os ao valor padrao de 4 MAD (Ttabela 4. ). 0,10 Período 1 2345 6 Demanda 190 195 198 188 192 197 Previsão 190,00 190,50 191,25 190,93 191 ,03 Erro 5,00 7,50 -3,25 1,07 5,97 previsao 190,00 192,50 195,25 191 ,63 191,81 a 0,50 Erro 5,00 5,50 -7,25 0,37 5,19 9 7891011 12 193 200 192 195 199 194 191 ,23 191,41 192,26 192,24 192,52 193,16 1,77 2,76 6,48 0,84 à Erro = 36,47 194,41 193,70 196,85 194,43 194,71 196,86 -1,41 0,57 4,29 -2,86 Erro = 10,85 MAD 43,49 / 12 = 3,62 MAD = 43,59 / 12 = 3,63 Tabela 3. 2.

Cálculo do MAD Exsite também a possibilid S DE 8 cular o estoque de possível obter dados suficientes, sendo necessário então utilizar experiência dos funcionários para determinar os níveis dos estoques. Calcula-se então o nível de estoque de operação, a demanda média e então obtém-se o estoque de segurança por diferença. 11 4 IMPORTANCIA DO ESTOQUE DE SEGURANÇA O estoque de segurança de estoque, deriva de incertezas de como atrasos abaixo de das reabastecimento rendimentos produção expectativas, desvios na previsão de vendas, entre outros.

O dimensionamento ideal para este tipo de estoque é a componente mais dificil de obter. Por um lado, o excesso de estoque origina custos de manutenção, financeiros (capital mobilizado) e de armazenagem. E, por outro lado, o défice de estoque origina perdas de vendas (devido a rupturas de estoque) e preterição de pedidos (backorders), que levam a um nível de serviço insatisfatório para o cliente.

Como tal, a principal questão relativa ao dimensionamento de estoques de segurança passa pela determinação do estoque mínimo, que irá garantir o n[vel de serviço ao cliente, pretendido pelas empresas. Outro fator a ter em conta para um correcto dimensionamento de estoque de segurança, é a utilização da meta de vendas para as empresas que a utilizam como previsão da procura. A sobrevalorização da meta, em relação à procura real ou provável, implica um acréscimo de estoque ao mínimo necessário.

Com o intuito de se reunir o máximo de informa ãa ossível para a definição de estoque, é necessário anal ocesso log[stico desde a analisar todo o processo logístico desde a requisição de um pedido até ao atendimento ao cliente. Após a análise, torna-se possível a definição de indicadores referentes às incertezas de todo o processo assim como a sua quantificação. Perante tal, é de extrema importância a elaboração de uma base de dados ontendo séries históricas dos indicadores com informações sobre o seu comportamento ao longo do tempo.

Entre as causas que ocasionam as faltas do estoque mínimo, podemos citar: • oscilação no consumo; • atraso no tempo de reposição (TR); • demora na liberação de um lote pelo CQ; • diferenças de inventário. 12 A importância do estoque mínimo ou de segurança é a chave para o adequado estabelecimento do ponto de pedido. 6 APLICAÇOES As Figuras 6. 1 e 6. 2 demonstram as caracteristicas de um determinado item classificado como crítico no sistema Oracle, utilizado na empresa Vale. Neste exemplo o item referido é um rolamento muito usado nos equipamentos das usinas de Pelotização.

Este item esta classificado como crítico, pois sua falta pode acarretar em danos para a produção, portanto o mesmo não pode se encontrar zerado no estoque, necessitando então, de parâmetros de máximo e mínimo como demonstrado nas figuras abaixo. Seu estoque de segurança é então de 06 (seis) peças, quando o item atingir esta quantidade no estoque, o mesmo deverá ser reposto. 13 Figura 6. 1 . Demonstração Sistema Oracle de Máximo e Mínimo. Figura 6. 2. Demonstração Sistema Oracle de criticidade do item. 4 item. Já nas Figuras 6. 3 e 6. , está apresentado o código de um tipo de reparo para ciliindro hidráulico, item de extrema importância para o processo produtivo da Vale, pois sua falta acarreta em parada de usina. Devido a este n[vel de importância, o mesmo é classificado como garantia operacional, ou seja, em hipótese alguma pode faltar no estoque, mesmo que seja de baixo consumo. Neste exemplo, o item tem como estoque de segurança 5 jogos, atingindo esta quantidade, o reparo é reposto. Figura 6. 3. Demonstração Sistema Oracle de Máximo e Mínimo. 15 Figura 6. 4.

Demonstração Sistema Oracle garantia operacional do 16 7 EXEMPLO DE CÁLCULO DO ESTOQUE DE SEGURANÇA Cálculo do estoque de segurança, aplicando a fórmula básica, de um item que apresenta tempo de reposição de uma semana e demanda semanal segundo uma distribuição normal com média igual a 200 e desvio-padrao de 15, com uma cobertura de 90%. 17 8 REFERÊNCIAS RUSSOMANO, V. H. Planejamento e Controle da Produção. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1995. SANTÂNGELO, C. C. F. A função vital do estoque de segurança, na gestão de compras. Disponível em: . . E. O protótipo GPCP-I: Acesso ern:13/11/2008. SC 8

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