Gestão pública: aprendizagem organizacional, gestão do conhecimento e governo eletrônico.

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GESTÃO PÚBLICA: Aprendizagem Organizacional, Gestão do Conhecimento e Governo Eletrônico. OFII p 1 INTRODUÇAO Atualmente, a sociedade depara-se com incertezas causadas pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC) e também pela globalização. Estas adaptações causam mudanças radicais nas organizações e intensa competitividade, pois devem trabalhar para adoção destes novos conhecimentos, na prática; aprendendo e realizando novas tarefas. Com isso, as organizações têm valorizado cada vez mais o conhecimento, que tem sido uma questão central para todas as sociedades.

Somente com a expansão da economia informacional, as organizações notaram a importância do conhecimento como um valioso recurso estratégico para as pessoas e organizações. Passaram a valorizar a experiência de seus funcionários, ou seja, seu conhecimento; sendo ele vantagens competitivas sustentáveis para a organização comparada as suas concorrentes. E a implantação destes sistemas é de extrema importância, para a nova área de atividade das organizações, a gestão do conhecimento.

Porém, instituição desta, não depende somente da infraestrutura e procedimentos ecnológicos, vai além, requer identificar os ativos intelectuais ligados à empresa; gerar conhecimentos novos para oferecer vantagens competitivas; tornar acessíveis as grandes quantidades de informações; compartilhando sempre as melhores práticas e uma tecnologia que torna possível isso tudo. Assim sendo, tais implementações demandam a vinda de uma cultura de Gestão do Conhecimento, a qual depende, tanto individualmente como coletivamente, da aprendizagem na organização.

Com isso, enfrentam os desafios impostos pela globalização econômica e garante sua sobrevivência no mundo os negócios. 2 DESENVOLVIMENTO 2. 1 Aprendizagem Organizacional Aprendizagem organizacional consiste em avaliar resultados de desempenho, na medida em que o conceito é apropriado pela teoria das organizações, e o foco passa a serem os processos. Trata-se, assim, de buscar responder, por meio do conceito, como organizações agem para conquistar os resultados que indicam a realização de aprendizagens.

Busca-se compreender que estruturas organizacionais, que políticas de gestão de pessoas, que cultura, que valores ue tipos de liderança, que competências, que as , podem favorecer ou 20F uestão de como, afinal, promover aprendizagem organizacional. Aprendizagem é um processo mental ativo, constitui-se como resultado de nossas tentativas em compreender o mundo, portanto é sempre uma construção e não uma simples réplica da realidade. Nesta perspectiva somos vorazes aprendizes que possuímos experiências anteriores, buscamos sempre novas informações e reorganizamos o que já sabemos.

O conhecimento é, dessa forma, resultado da aprendizagem e orienta novas aprendizagens. Nenhum conhecimento é produto de uma invenção casual, mas sim de um processo de reelaboração construtiva do conhecimento socialmente ompartilhado; tal elaboração não possui caráter padrão devido à própria subjetividade humana. É nesse sentido que se torna condenável falar em transferência de conhecimento, visto que se ignoraria o processo em que sucede as relações de troca e as impedâncias existentes. Anularia o principio de que todo conhecimento provém de trocas dialéticas entre o ser e o meio.

Passamos atualmente por uma “deterioração da aprendizagem”, devido à constante exigência por novos conhecimentos, saberes e práticas que propõem ao cidadão uma sociedade em ritmos acelerados e que exige constantemente ovas aprendizagens, bem como a revitalização dos conhecimentos. A demanda de uma aprendizagem constante e diversa é consequência do crescente fluxo de informações com iguais características. Esta demanda alcança todos os âmbitos da vida humana inclusive o ambiente organizacional. 2. As Teorias de Aprendizagem Organizacional A organização necessita manter-se viva nesse inesgotável processo de aprendizagem, em face da permanente mudança das condições no ambiente em ue ele o era. Sendo assim, teorias e modelos de aprendizagem al têm sido apresentados, 30F 11 modelos de aprendizagem organizacional têm Sido apresentados, studados e discutidos por teóricos da gestão em todo o mundo. Compreender os conhecimentos existentes e gerados na organização para uma aplicação que deem conta das constantes mudanças geradas pelas TIC, que garantam o sucesso no mercado, constitui o desejo das organizações atualmente.

Os modelos que mais se estabelecem no campo da AO são os sustentados por duas vertentes da teoria de aprendizagem: a behaviorista que visa estimular comportamentos para garantir sucesso na resolução de problema e a cognitivista que visa explicar a aprendizagem de conceitos, cuja ênfase está da laboração de mapas cognitivos. Os modelos de Aprendizagem Organizacional que mais se destacam no campo de gestão empresarial são: • Teoria de Garvin – considera a experimentação como um dos elementos importante para a aprendizagem, para adquirir e transferir conhecimentos.

Esse modelo é pautado em métodos científicos. eoria de Sveiby – preocupa-se com a identificação do conhecimento individual, como se este sozinho fosse capaz de alcançar os fins planejados. eoria de Senge – focaliza, também, aprendizagem individual dentro da organização (aprendizagem generativa e adaptativa). oria de Stewart – faz uma abordagem economicista e individual do conhecimento (capital intelectual). • Teoria de Kolb – destaca a enas um estilo de aprendizagem, valorizand rminadas habilidades em 40F 11 e decisão de estruturas mecanicistas.

Mesmo aquelas que dizem seguir a corrente cognitivista, apresentam um limite de ação delineada pela hierarquização nos processos decisórios, dividindo o conhecimento/aprendizagem em superior – guiam os processos decisórios – e o Inferior, que se limita à resolução de problemas simples na rotina da empresa. Para isto, é necessário nao considerar os extremos de cada eoria e trabalhar para uma reeducação com lastro na cooperação e compartilhamento de conhecimento entre os indivíduos. Afirma ainda que é preciso ter habilidades para lidar com o paradoxismo presente na AO. ? preciso buscar estratégias que possam lidar simultaneamente com essa situação, real, de elementos com direções paradoxais. Para tanto, é importante que se proporcione condições capacitantes adequadas às atividades em grupo e que também se propicie a construção individual do conhecimento. Outras teorias baseiam-se no pressuposto de que no universo tudo é fluxo (transformação e mudança) e, portanto, onsideram o ambiente externo e suas possibilidades de determinar modificações nas organizações para assim identificar causas e acompanhar/conduzir mudanças.

Todos esses conceitos, segundo Assmann (2001), estão entrelaçados e veem na AO possibilidades de mudanças e transformações em conjunto com o seu ambiente, enfatizando: • a aprendizagem em rede; • a organização como um conjunto de componentes cujas transformações e interações não cessam; • a dinâmica espontânea de adrões de ordem e de caos dentro de um sistema elo s do mesmo com o seu seus fins num ambiente de mudanças e supõe certa ompensação (inovações criatividade; saltos qualitativos de emergências de novas situações). ?? A consciência de que aprender é um processo continuo de construção de identidade e de interação com o ambiente. Diante desta breve analise teórica, infere-se que não existe um modelo de AO Ideal e aplicável a todas as organizações. Todavia, é imprescindível considerar as peculiaridades da organização, analisar a sua cultura, e suas relações com o ambiente externo, para identificar quais mudanças que são necessárias para garantir estratégias eficazes para aprendizagem a construção do conhecimento, coletivamente. . 3 Gestão de Conhecimento A Gestão do Conhecimento é uma estratégia central para desenvolver a competitividade de empresas e países, que discute o investimento em pesquisa e desenvolvimento, e os avanços da tecnologia gerencial relacionada à Gestão do Conhecimento, das tecnologias de informática e de telecomunicações, e das conclusões das teorias sobre criatividade e aprendizado individual e organizacional.

Consiste na busca da melhoria de desempenho das organizações através de condições organizacionais favoráveis, rocessos de localização, extracção, partilha e criação de conhecimento, assim como através das ferramentas e tecnologias de informação e comunicação.

De forma geral, acredita-se que uma boa prática de gestão do conhecimento influencia direta e indiretamente o bom desempenho organizacional e financeiro de uma organização. A Gestão do conhecim inda o objetivo de conhecimento a informação interpretada, ou seja, o que cada informação significa e que impactos no meio cada informação pode causar de modo que a informação possa ser utilizada para importantes ações e tomadas de decisões.

Sabendo como o meio reage às informações, pode-se antever as mudanças e se posicionar de forma a obter vantagens e ser bem sucedido nos objetivos a que se propõe. Em uma definição resumida pode-se dizer que Gestão do Conhecimento é um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional.

A gestão do conhecimento tem como principais objetivos: • Tornar acessíveis grandes quantidades de informação organizacional, compartilhando as melhores práticas e ecnologias; • Permitir a identificação e mapeamento dos ativos de conhecimento e informações ligados a qualquer organização, seja ela com ou sem fins lucrativos (Memória Organizacional); • Apoiar a geração de novos conhecimentos, propiciando o estabelecimento de vantagens competitivas; • Dar vida aos dados tornando-os utilizáveis e úteis transformando-os em informação essencial ao nosso desenvolvimento pessoal e comunitário; • Organiza e acrescenta lógica aos dados de forma a torná- los compreensíveis; • Aumentar a competitividade da organização através da alorização de seus bens 1 localização dos dados contextualizados; • Facilidade de gerenciamento do conteúdo devido a estrutura simples e padronizada de arquivamento; • Aumento da velocidade de acesso às informações; • Redução de erros e problemas causados por arquivos desatualizados; • Diminuição do tempo de resposta para clientes, parceiros, fornecedores e demais colaboradores; • Disseminação da padronização de processos e procedimentos adotados pelas empresas; • Organização de datas e horários de visitas a clientes, compromissos, reuniões, palestras, congressos, eventos. ?? Facilidade na troca de conhecimento entre todos; • Dados registrados, organizados, centralizados e armazenados com segurança. 2. 4 Governo Eletrônico A utilização das modernas tecnologias de informação e comunicação (TICs) foi significativa para o desenvolvimento de programas do Governo Eletrônico. Com Isso, foi possivel a democratização do acesso às informações, ampliação de discussões e debates, além de dinamizar a prestação de serviços públicos, com foco na eficiência e efetividade das funções governamentais.

Além disso, houve uma ampliação do onhecimento nos processos internos de governo, e na entrega dos produtos e serviços do Estado tanto aos cidadãos como à indústria e no uso de fer rônicas e tecnologias 80F 11 governos e entre governo e organizações privadas, públicas ou de terceiro setor. Muitas das tecnologias envolvidas e suas implementações são as mesmas ou similares àquelas correspondentes ao setor privado do comércio eletrônico, enquanto que outras são específicas ou únicas em relação às necessidades do governo. Visa construir uma arquitetura inter operável a fim de munir os cidadãos com acesso a informações e serviços.

No Brasil, a política de Governo Eletrônico segue um conjunto de diretrizes que atuam em três frentes fundamentais: junto ao cidadão; na melhoria da sua própria gestão interna; e na integração com parceiros e fornecedores. O que se pretende com o Programa de Governo Eletrônico brasileiro é a transformação das relações do Governo com os cidadãos, empresas e também entre os órgãos do próprio governo de forma a aprimorar a qualidade dos serviços prestados; promover a interação com empresas e indústrias; e fortalecer a participação cidadã por meio do acesso à informação e a uma administração mais eficiente. Objetiva também diminuir as distâncias entre os poderes Executivo ou Legislativo e os governados. Isso permite criar uma esfera de diálogo entre as duas partes sem haver a necessidade de deslocamento de alguma delas.

De modo geral, governo eletrônico está ligado à prestação de serviços públicos por meio eletrônico, ou seja, utilizando- se recursos de tecnologia da informação, em caráter remoto e disponível no sistema vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. As atividades do governo eletrônico partem da automatização de processos pré-existentes no a el e em escritórios. E assim, surgem novas maneiras d cidir estratégias, escutar as demandas das comunidades e de organizar e divulgar informações de interesse público. O objetivo dessa inovação é fortalecer as relações dos governos e torná-los mais efetivos, aumentando a transparência, a responsividade e a administração de recursos. 3 CONCLUSÃO Vimos, no decorrer do trabalho, que a aprendizagem organizacional, a gestão do conhecimento e o governo eletrônico estão completamente conectados.

As organizações não estão alheias às mudanças que estão ocorrendo na sociedade de um modo geral. ara enfrentar este novo desafio, elas estão sempre inovando e adquirindo sucessivamente novos conhecimentos organizacionais para poderem estar sempre apresentando uma postura competitiva. para tanto, é necessário que as organizações criem um ambiente propicio a aprendizagem organizacional, flexível e sem estruturas hierárquicas rígidas. Ademais, vale ressaltar que não existe um modelo único de aprendizagem organizacional para todas as empresas, visto que cada empresa tem uma característica e uma cultura diferenciada uma da outra.

Além disso, a utilização das modernas tecnologias de nformação e comunicação (TICs) foi significativa para o desenvolvimento de programas do Governo Eletrônico, possibilitando a democratização do acesso às informações, ampliação de discussões e debates, além de dinamizar a prestação de serviços públicos, com foco na eficiência e efetividade das funções governamentais. Além disso, houve a aplicação do conhecimento nos processos internos de governo, e na entrega dos produtos e serviços do Estado tanto aos cidadãos como à indústria e no uso de ferramentas eletrônicas e tecnologias da informação ara a roximar governo e cidadãos. 0 DF 11

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