Hpv – conhecer para prevenir
centro universitário de Brasília – Faculdade de Ciências da Saúde – FACS Biologia HPV – CONHECER PARA PREVENIR VANESSA DALDEGAN GOMES DE LIMA aras[lia – 2007 Centro Universitário de Brasília – IJniCECJB ‘Vipe view next page Licenciatura em Ciên H PV — CONHECER p A VANESSA DALDEGAN 8 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para a obtenção do grau de licenciado do curso de Biologia do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Orientação: Prof. a Dra. Fernanda Costa Vinhaes de Lima (Centro Universitário de Brasília UniCEUB).
Brasilia – 20 semestre/2007 DEDICATORIA anto com os adolescentes como com seus pais. Ao meu esposo Paulo Cézar que me acompanhou e auxiliou de forma efetiva na execução do projeto junto à comunidade do Dnocs. A minha mãe Marise, à minha avó Marília e à minha tia e madrinha Marialva, que financiaram toda essa obra. RESUMO A iniciação precoce da vida sexual por adolescentes, o alto número de parceiros sexuais, o baixo nivel sócio-econômico e a falta do uso de preseruativos da forma correta são os principais fatores de risco para a infecção do HPV.
A comunidade escolhida para o desenvolvimento do projeto sócio- educativo, foi a omunidade do Dnocs, em Sobradinho — DF. Por se tratar de uma comunidade de baixo nivel sócio-econômico, o acesso às informações é mais difícil, o nlVel de escolaridade é baixo e o meio de comunicação mais utilizado por esta comunidade é a televisão. Portanto, a grande malona dos adolescentes desconhece o HPV e suas conseqüências clínicas, tornando-se necessário divulgar informações sobre o papilomavirus humano antes que estes iniciem suas vidas sexuais. Os 22 participantes possuem entre 12 e 25 anos de idade e pertencem a ambos os sexos.
Os sujeitos foram convidados a participar por melo de presentação do projeto para aqueles que freqüentam a ca ela, onde regularmente recebem aulas de 28 folderes explicativos em folha de papel branco. Ao final das atividades os alunos foram incentivados a se tornarem multiplicadores do conhecimento adquirido. Concluiu-se que os participantes obtiveram um aumento no nível de conhecimento a respeito do vírus HPV e suas conseqüências no organismo humano; adquiriram capacidade de reconhecer a doença em seu propno organismo e tornaram-se multiplicadores do conhecimento. ? notório que investimentos em campanhas e novos projetos para a prevenção do HPV e de utras DST’s são de suma importância, não somente para a comunidade do Dnocs, mas para todas as comunidades carentes destas informações. Palavras-chave: HPV, prevenção, adolescentes, vírus e DST. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 2. MATERIAL E MÉTODOS 2. 1 Caracterização da comunidade 2. 2 4 contato sexual que afeta a área genital e a região bucal de indivíduos de ambos os sexos (Black, 2002; Silva, 2003; Antunes, 2004). onhecidas desde a antiguidade, as infecções provocadas por este vírus, somente começaram a ser correlacionadas com o câncer do colo uterino em 1980 (Túlio et al. , 2007). O v[rus apresenta DNA dupla fita circular com comprimento de 7900 kilobases de icosaédrica, nao envelopado, com 72 capsômeros e pertence ? familia Papovaviridae (Albring et al. , 2006). Divididos em três grupos, de acordo com seu potencial de oncogenicidade, este virus é classificado conforme a espécie de hospedeiro natural e subclassificado em tipos de acordo com as seqüências de nucleotídeos do DNA (Albrjng et al. 2006; Brasil, 2007). O HPV é um vírus sexualmente transmissível extremamente comum, e se tornou um importante problema de saúde pública devido a sua alta transmissibilidade (Santos et al. , 2003). Até o momento, mais de 120 tipos de vírus do HPV já foram descritos (Burnett et al. , 1978; Dias, 2007). O papilomav(rus é transmitido por was sexuais, durante o parto por contato do feto com o trato genital contaminado, ou antes do parto pela placenta. Sua inoculação ocorre por meio da penetração do vírus através microtraumatismos ocasionados durante o ato sexual (Pereyra, 2007).
Tanto 4 28 alto número de parceiros sexuais, o baixo nível sócio-econômico e a falta do uso de preservativos do HPV (Passos, 2007; Taquette et al. , 2007). Franco e colaboradores (2005) descrevem que no mundo, a cada ano correm aproximadamente 500 mil novos casos e 270 mil mortes. Isto quer dizer que a cada 2 minutos, uma mulher morre de câncer do colo do útero no mundo. No Brasil, cerca de 30% das mulheres entre 15 e 60 anos são portadoras do HPV. Entre 1997 e 1998, foram constatados mais de 1000 casos de infecção por HPV em mulheres a partir de 12 anos de idade (Ministério da saúde, 1998).
Segundo as estimativas do INCA 2006 (2007b), no Brasil ocorreram mais de 19 mil casos de câncer do colo do útero, cuja mortalidade chega a 50% dos casos. Assim, estima se que em 2006 0 HPV tenha sido responsável pela morte de proximadamente 10 mil mulheres no Brasil. De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (2000), o abriga mais de 2 milhões de habitantes, e entre eles foram notificados no Estado, mais de 5 mil novos casos de DSTs, distribuídos em ordem crescente entre HPV, doenças gonocócicas, sífilis ad uirida uretrites não gonocócicas, cancro mole e sendo este fato mais comum entre pacientes jovens (Rama et al. 2006). Já as infecções persistentes, que estão associadas com um aumento do risco de desenvolvimento do câncer do colo do útero, são encontradas em aproximadamente 5% a 10% das mulheres com 35 anos u mais (Ministério da saúde, 2002). Morales (2004), afirma que não existe anda um medicamento que erradique o vírus, mas a cura das infecções momentâneas pode ocorrer pela ação de tratamentos e mecanismos que estimulem a defesa do organlsmo. Existem tratamentos variados para o papilomavírus humano.
A escolha do método de tratamento é baseada no quadro clínico apresentado pelo paciente (Toledo, 2005). O tratamento pode ser administrado pelo próprio paciente, quando este não apresenta quadro de imunodepressão e nos casos clínicos de condilomas genitais externos. Entretanto, quando os condilomas se presentam no interior do trato genital, quando o paciente está com baixa imunidade elou estas verrugas genitais se apresentam durante a gestação, somente o médico deve aplicar e 2 administrar o tratamento adequado (Silverberg et al. 1 997; Câmara, 20035; SPG, 2007). A mais recente forma de preven 30 e tratamento, estudada pelos 6 Lôbo (2007) demonstraram que a vacina apresenta 100% de eficácia contra cânceres cervicais, pré-cânceres vulvares e vaginais relacionadas aos HPVs 16 e 18, em mulheres que ainda nao foram expostas ao vírus. No caso das verrugas genitais causadas por HPVs 6 e 1 1, a acina apresentou eficácia de 99%. E na prevenção de lesões cemicais de baixo grau e pré-cânceres causados pelos quatro tipos de vírus, a vacina foi eficaz em 95% dos casos.
A melhor forma de prevenir a infecção por HPV é a utilização de preseruativos e a realização de exames periódicos de prevenção, como o papanicolau (Mesquita, 2007; Ministério da saúde, 2007). Anualmente, um milhão de jovens é atingido por doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) e um número signTicativo de adolescentes torna-se estéril, por consequência destas doenças. Uma das razões do aumento no número de asos das DST’s é o fato da liberdade sexual entre os jovens (INCA, 2007b).
As doenças sexualmente transmissíveis começam a ser relatadas discutidas pelas escolas apenas na sétima série do Ensino Fundamental, quando os alunos estudam o corpo humano. A comunidade escolhida para o desenvolvimento deste projeto sócioeducativo foi a comunidade do Dnocs, em Sobradinho – DF. Por se tratar de uma comunidade de baixo nivel sócio-econômlco, o acesso às informações é mais diffcil, o nível de escolaridade é baixo e o meio de comunicação mais utilizado que estes Iniciem suas vidas sexuais.
A comunidade onde moram passam a maior parte do seu tempo, é o melhor local para se trabalhar o assunto e proporcionar a aprendizagem destes, em relação ao tema. Avaliar o nível de conhecimento dos freqüentadores da capela do Dnocs, ligada à paróquia São Vicente de Paulo em Sobradinho – DF, a respeito do papilomavírus humano, apresentar sua morfologia e as características clínicas dos portadores do HPV são os principais objetivos deste trabalho. 2.
MATERIAL E MÉTODOS 2. 1 Caracterização da comunidade Oriunda de um assentamento existente desde 1970, a população desta comunidade é de baixa renda, com baixo nível de escolaridade Veleda, 2007). A instituição escolhida foi a capela do Dnocs (figura 1), pertencente ? paróquia de São Vicente de Paulo, localizada em Sobradinho – DF, pelo fato de trabalhar com adolescentes e jovens adultos em uma faixa etária compreendida entre 12 e 25 anos de idade.
Participaram deste projeto 22 indivíduos de ambos os sexos. Figura 1: Capela do Dnocs. Os participantes foram convidados a participar por meio de apresentação do projeto em sala de aul rmente recebem aulas de Para a realização deste projeto sócio-educativo foram inclusos todos os jovens de ambos os sexos, que estavam dentro da faixa etária ompreendida entre 12 e 25 anos de idade e que concordaram em participar e possuíam autorização dos pais ou responsáveis.
Foram excluídos todos aqueles que não estavam dentro da faixa etária compreendida entre 12 e 25 anos de idade, elou que não obtiveram autorização de seus responsáveis para se incluírem no projeto, ou não se interessaram pelo tema apresentado. 2. 2 Atividades desenvolvidas O projeto de pesquisa sócio-educativo foi apresentado e aceito pela paróquia São Vicente de Paulo, mediante assinatura na folha de rosto (encaminhada ao comitê de ética em pesquisa do UniCEUB). Em um primeiro momento foi apresentado, em uma sala de aula, o projeto aos freqüentadores da capela do Dnocs.
Após a apresentação, foram distribuídos os termos de consentimento livre e esclarecido aos que se interessaram em participar do projeto. Para os maiores de 18 anos, foi entregue o TCLE onde o participante aceitou participar e declarou conhecer todos os termos nele contido (anexo 1). Já para os menores de 18 anos foi entregue um segundo modelo do TCLE (anexo 2), para que estes alunos o levassem para casa e asslm os responsáveis legais por estes menores, pudessem assiná-lo, utorizando sua 3).
Após aplicação e análise dos questionários foi apresentada pela aluna responsável, uma palestra utilizando apresentaçao de slides em computador a fim de esclarecer dúvidas e proporcionar maior conhecimento aos participantes a cerca do tema trabalhado. No quarto encontro os participantes foram divididos em dois grupos de debate, compostos por 11 pessoas cada um, para verificação de aprendizagem e esclarecimento de dúvidas (figura 2). Figura 2: Aluna responsável com os grupos de debate. Com a intenção de se tornar uma atividade mais atrativa aos seus articipantes, o debate aconteceu de forma bem lúdica.
Foi elaborado um jogo interativo de perguntas e respostas. Foram elaboradas 11 perguntas pela aluna responsável, a qual lançava ao grupo uma de cada vez. Assim que a pergunta fosse Ilda em voz alta, um aluno de cada grupo deveria correr e alcançar a aluna 6 responsável pela pesquisa. O grupo correspondente ao aluno que chegasse primeiro e pegasse a pedra que se encontrava na mao da aluna responsável, tinha direito de responder a pergunta. Se a resposta estivesse correta, o grupo ficava com a pedra; caso contrá entregue ao grupo 0 DF 28