Introdução a psicologia
PSICANÁLISE * Estudo e tratamento, criados por Sigmund Freud, dos processos mentais e emocionais, por meio de uma investigação psicológica profunda do inconsciente * Metodologia baseada em análises da narrativas e dos sonhos relatados pelos pacientes no divã * Objetivo é desenvolver a auto-consciência e o auto- conhecimento, para que o paciente aprenda a lidar melhor com seus problemas pessoais CIÊNCIA E SENSO COMUM * Ciência é “o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente orde do saber… uma verda c or2g verificadas”. A psicologia cienti ao longo dos tempos histórica,biopsicossocial, etc. o view nut*ge terminado domínio de certas idéias s narrativas teóricas psicanálise, sócio- * Senso comum é o processo de construir conhecimentos por meio de trocas de experiências entre as pessoas no cotidiano, sem necessidade de testar ou de comprovar sua veracidade. * A psicologia do senso comum é um conjunto de idélas, opiniões e crenças utilizado pelas pessoas em sua vida cotidiana, a respeito da realidade psicológica dos seres humanos.
PSICOLOGIA Estudo das leis e dos princípios básicos que determinam os processos psicológicos e a subjetividade e dirigem o comportamento humano. Subjetividade é a maneira de ser de cada um; a forma como a pessoa organiza os seus processos psicológicos para serem manifestados pelo seu comportamento. entre o seu eu e o meio social em que se encontra. * Fazer alguma coisa é um comportamento; não fazer alguma coisa também é; pensar, sentir, também são.
O objetivo visado pelo indivíduo em seu comportamento pode ser consciente ou não A PSICOLOGIA E O CONTROLE DO COMPORTAMENTO * Problemas éticos e de valores * O conhecimento sobre o ser humano possibilita o controle e a manipulação do seu comportamento e da sua subjetividade Duas posições antagônicas na Psicologia: * Liberdade e autodeterminação são direitos humanos * Outros podem e devem decidir sobre o que é melhor “[… à medida que os indivíduos se tornarem conscientes das forças que influenciam seu comportamento, terão condições objetivas de se contrapor a influências e manipulações, tornando- se mais livre e responsáveis pelas suas próprias ações. “(AGlJlAR, 2006). DIFERENTES ABORDAGENS PSICOLOGICAS 1. Psicodinâmico-analítica * Enfatiza a influência do inconsciente 2. Comportamentalista-behaviorística Enfatiza a noção de condicionamento 3. Cognitivista Enfatiza a totalidade da percepção 4. Sistêmico-interativo * Enfatiza a construção do conhecimento 5.
Humanista-existencial * Enfatiza a integração biopsicossocial 1. Psicologia aplicada à administração – AGUIAR O objeto da psicologia foi definido como o comportamento observável dos seres vivos, e somente após esta definição a psicologia conseguiu inte rar-se as Ciências sociais. As divergências na conceitua da psicologia foram PAGF os pressupostos básicos das diferentes abordagens. Os objetivos da psicologia foram definidos como sendo os de descrever, explicar e predizer c comportamento.
A integração as informações das demais áreas do conhecimento humano à psicologia foi mostrada como uma das características do desenvolvimento da psicologia como ciência. Ao mesmo tempo, discutiram-se os problemas éticos apresentados pelo desenvolvimento da psicologia como ciência, o qual possibilita cada vez mais o controle e o planejamento do comportamento humano. O conceito de método cientifico e o objeto da psicologia foram analisados, enfatizando-se a natureza do fenômeno em estudo, que exige flexibilldade cientifica e diferentes métodos e técnicas de estudo.
As diferentes funções da psicologia foram discutidas. Salientou-se a importância do paradigma de pensamento e do sistema de valores do cientista na própria definição da psicologia, bem como sua aplicação. Objetivos da psicologia: descrever, explicar e predizer comportamentos Objeto da pslcologia: comportamento observável nos seres VIVOS Ideologia: conjunto de crenças ou sistemas de valores aceitos por um indivíduo, pelos grupos ou pela sociedade.
PSICANÁLISE: APLICAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Psicologia organizacional * Estuda a relação entre: a pessoa – o trabalho – a organização em suas questões de ordem: psicológica, soclal, blológica e organizacional, k nos níveis de relacionamento: pessoal, grupal e institucional * analisando os aspectos comportamentais de: cultura, clima e ambiente organizacional PAGF ag psicologia organizacional * melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores para, integrá- los aos fatores criticos de sobrevivência da organização: – produtividade – qualidade de produtos – concorrência mercadológica Existem concepções teóricas diferentes sobre como são, como vivem e como trabalham os seres humanos. Nas ações dos administradores de empresas há um comprometimento ideológico, uma maneira intencional de gerenciar as pessoas e, ortanto, de usar a psicologia organizacional. Há várias posturas ideológlcas, mas elas dependem de: * Como você define a natureza humana? ‘k Como você compreende a sociedade? * Como você concebe a organização e o papel dela na sociedade? * Como você conceitua a administração?
Natureza humana – Ser condicionado: * é a compreensão de que o ser humano comporta-se em função de estímulos externos, condicionamentos socioeconômicos ou culturais – Ser inteligente: é a compreensão de que o ser humano é um ser pensante, que desenvolve um processo cognitivo, mas que pensa, sente e age como a sociedade deseja Ser inteligente e livre: * é a compreensão de que o ser humano tem vocação para a liberdade e que desenvolve sua consciência cr(tlca, não se deixando iludir por ações sociais massificadoras Sociedade * Positivista liberal: existência de uma elite pensante que define as atribuições para sa, dominando a elite é mantida pelo consenso e pela solidariedade social. A estrutura de poder é piramidal. * Humanista radical: caracteriza-se pelo pluralismo social, que se concretiza por meio do jogo de forças dos vános grupos sociais (capital e trabalho).
As relações econômicas e de poder esultam da interação das forças socioeconômicas e políticas, que possibilitará uma distribuição mais equitativa de bens economicos. Organização * Autoritária: usa de determinismo sociológico (condicionamento) onde os indivíduos deverão submeter-se aos objetivos, valores e metas da organlzação sem contestações * Pseudo-participativa: usa o conceito de homem organizacional, cuja inteligência e lealdade deverão ser colocadas a serviço das definições que organização irá impor e exigir * Interativa: estabelece uma interação de co- responsabilidade e autodeterminação com os indivíduos e a ociedade, usando uma comunicação baseada na veracidade, autenticidade e justiça.
Administração * Voltada ao aspecto técnico e utilitarista, caracterizada por uma visão gerencial em que o conhecimento científico é traduzido em termos tecnológicos, dando origem aos executivos técnicos * Fundamentada na teoria social, que se baseia na integração e no comprometimento ideológico dos conhecimentos científicos originários das diferentes áreas do conhecimento humano * Centrada no processo de interação comunicativa (ética discursiva) livre de distorções ideológicas, em que os articipantes agem de forma negociada 2. A psicologia ou as psicologias – BOCK A psicologia usada no cotidiano elas essoas, em geral, é denominada de psicologia um. As PAGF s OF usada no cotidiano pelas pessoas, em geral, é denominada de psicologia do senso comum.
As pessoas em geral, tem um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela psicologa cientifica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico. O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida or excelência: é o cotidiano. É no cotidiano que tudo flui que as coisas acontecem que nos sentimos vivos, que vivemos a realidade. A ciência é uma atlvidade eminentemente reflexiva, que procura compreender, elucidar e alterar o cotidiano, a partir de seu estudo sistemático. O cotidiano e o conhecimento científico que temos da realidade aproximam-se e se afastam.
Aproximam- se porque a ciência se refere ao real; afastam-se porque a ciência abstrai a realidade para compreendê-la melhor, ou seja, a ciência afasta-se da realidade, transformando-a em objeto de investigação. O tipo de conhecimento que vamos acumulando em nosso cotldiano é chamado de senso comum. Sem esse conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros, a nossa vida diária seria muito complicada. O senso comum na produção desse tipo de conhecimento percorre um caminho que vai do hábito à tradição, a qual, quando estabelecida, passa de geração pra geração. É nessa tentativa de facilitar o dia a dia que o senso comum produz suas próprias teorias.
SENSO COMUM: UMA VISÃO-DE-MUNDO Esse conhecimento do senso comum, além de sua produção característica, acaba por se apropriar, de uma maneira muito ingular, de conhecimentos produzidos pelos outros setores do saber humano. O senso comum humano m saber humano. O senso comum humano mistura e recicla esses outros saberes, muito mais especializados, e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma determinada visão-de- mundo. O senso comum integra, de um modo precário(mas é esse o seu modo), o conhecimento humano. ÁREAS DE CONHECIMENTO O ser humano, desde os tempos primitivos, foi ocupando cada vez mais espaço no planeta, e somente esse conhecimento intuitivo seria muito pouco para que ele dominasse a natureza em seu próprio proveito.
O senso comum e a ciência não são as únicas formas de conhecimento que o homem apresenta para descobrir e interpretar a realidade. Arte, religião, filosofia, ciência e senso comum são domínios do conhecimento humano. * SENSO-COMUM construídos na vida prática cotidiana * ARTE construídos nas expressões de sensibilidade RELIGIÃO * construídos na busca de explicações espirituais FILOSOFIA * construídos nas reflexões sobre a existência humana * CICNCIA * construídos na sistematização metodológica do saber A PSICOLOGIA CIENTIFICA Apesar de reconhecermos a existência de uma psicologia do enso comum e, de certo modo, estarmos preocupados em defini-la, é com a outra psicologia que este livro deverá se ocupar – a psicologia científica.
O QUE É CIêNCIA A ciência compõe-se de u PAGF 7 OF ag conhecimentos sobre conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. O saber pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. Essa característica da produção cientifica possibilita sua continuidade: um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas especificas, processo cumulativo do conhecimento e objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum.
OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA Como dissemos anteriormente, um conhecimento, para ser considerado científico, requer um objeto específico de estudo. DIVERSIDADE DE OBJETOS DA PSICOLOGIA Muitos argumentam que não foi possível ainda a construção de paradigmas confiáveis e convincentes que pudessem ser adotados sem receios por todos os psicólogos. Provavelmente, a psicologia jamais terá um único paradigma confiável que possa ser adotado por todos sem questionamentos. Isso porque, a psicologia é uma ciência humana, e as ciências humanas são caracterizadas pela contaminação que sofrem por estudar o que estudam: o próprio ser humano. As diferentes formas de pensar a psicologia representam a própria riqueza do ser humano e sua capacidade múltipla de pensar sobre si mesmo.
No sentido mais amplo, o objeto de estudo da psicologia é o ser humano, e nesse caso o pesquisador está inserido na categoria a ser estudada. Assim, a concepção humana que o pesquisador traz consigo contamina inevitavelmente a sua pesquisa em psicologia. No caso da psicologia, essa ciência estuda diversos seres humano PAGF 8 OF ag pesquisa em psicologia. No caso da psicologia, essa ciência estuda diversos seres humanos concebidos pelo conjunto social. Assim, a psicologia hoje se caracteriza por uma diversidade de objetos de estudo. A SUBJETIVIDADE COMO OB ETO DA PSCIOLOGIA A psicologia colabora com o estudo da subjetividade – é essa sua forma particular, especifica de contribuição para a compreensão da totalidade da vida humana.
Nossa matéria-prima, portanto, é o ser humano em todas as suas expressões, as visíveis (o comportamento) e as invisíveis (os sentimentos), as singulares (porque somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assm) – é o ser humano-corpo, ser humano-pensamento, ser humano-afeto, ser humano-ação e tudo isso está sintetizado no termo subjetividade. A subjetividade é o mundo de idéias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é também, fonte de suas manifestações afetivas e omportamentais. A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, se comportar, sonhar, amar de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser. Cada um tem sua singularidade. Criando e transformando o mundo (externo), o homem constrói e transforma a si próprio.
A subjetividade não só é produzida, moldada, mas também é automoldável, ou seja, o homem pode promover novas formas de subjetividade, recusando-se ao assujeitamento e a perda de memória imposta pela fugacidade da informação; recusando a massificação que exclui e estigmatiza o diferente, a aceitação ocial condicionada ao consumo, a medlcalização do sofrimento. A subjetividade não cessará d condicionada ao consumo, a medicalização do sofrimento. A subjetividade não cessará de se modificar, pois as experiências sempre trarão novos elementos para renova-la. A psicologia ainda não consegue explicar multas coisas sobre o ser humano.
Sabe-se que a ciência não esgotará o que há para conhecer, pois a realidade está em permanente movimento, novas perguntas surgem a cada dia, o ser humano está em movimento e em transformação colocando também novas perguntas para a psicologia. Alguns dos desconhecimentos da psicologia têm levado os psicólogos a buscarem respostas em outros campos do saber humano. O tarô, a astrologia, a quiromancia, a numerologia, entre outras práticas adivinhatónas e misticas, tem sido associados ao fazer e ao saber psicológico. Essas não são práticas da psicologia. São outras formas de saber – de saber sobre o humano – que nao podem ser confundidas com a psicologia, pois: * Não são construídas no campo da ciência, a partir do método e dos princípios científicos. Estão em oposição aos princípios da psicologia, que vê não ó o ser humano como ser autônomo, que se desenvolve e se constitui a partir de sua relação com o mundo social e cultural, mas também o vê sem destino pronto, que constrói seu futuro ao agir sofre o mundo. As práticas místicas têm pressupostos opostos, pois nelas há a concepção de destino, da existência de forças que não estão no campo do humano e do mundo material. 3. A evolução da ciência psicológica – BOCK * Até o século XIII, o Ocidente ainda era uma sociedade que pode ser chamada de tradicional. * Uma sociedade tradicional é aquela na qual o mito e o rito consideram a