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Antonio de Araújo Freitas Saiba o que levar em conta na autogestão de sua carreira no século 21 : inteligência, criatividade e capacidade de interagir com outras pessoas são os requisitos fundamentais, mas também há outros atributos desejáveis. por Antonio de Araújo Freitas mercado de trabalho na nova economia pode ser resumido em quatro palavras-chave: tecnologia, globalização, serviços e conhecimento. O profissional bem-sucedido no século 21 atua em uma empresa com atuação dinâmica dentro e fora do país ou em uma atividade que pode ser exercida em qualquer lugar do undo, de preferência no setor de serviços.

Ele precisa dominar um Instrumento tecn um ou mais temas é a g or6 Quem almeja as mel S”ipe to ter profundo conheci computação-línguas to profundo sobre o na carreira. emprego deve “matemática- iamente, do português. A interação com o novo mundo requer o domínio do código de lógica da matemática. essencial também saber usar as facilidades da informática e desenvolver capacidades multilingüísticas e multiculturais para o mercado de trabalho no futuro, já que é cada vez maior o volume de negócios feitos simultaneamente em diversas partes do planeta.

Nada vai parar o movimento de internacionalização, seja das empresas ou das pessoas. A globalização ainda afetará muito mais do que se imag Swipe to víew next page imagina a maneira como os indivíduos vivem. O mercado será, na economia deste século, simplesmente o mundo inteiro. Um profissional deve estar preparado para trabalhar em Florianópolis, São Paulo, Buenos Ares, Nova York ou paris. Nenhuma empresa ou atividade poderá existir se não estiver inserida no contexto globalizado, o que implica a busca constante da qualidade e da melhora do desempenho para nao ficar para trás.

A competição ? acirrada, e ganha quem inovar primeiro. Outra novidade neste mundo que está em processo de delineamento é a mudança na organização hierárquica das empresas. Ao que tudo indica, as transformações serão drásticas. O desenho dos organogramas corporativos, que ainda hoje se assemelha a uma pirâmide, na qual se amontoam infinidades de cargos um em cima do outro, cederá espaço a uma forma mais retangular, em que os profissionais estarão ao lado uns dos outros. A “horizontalização” das relações de trabalho é uma tendência irreversível. Empregos estáveis em grandes empresas são mais raros do que nunca.

Neste novo o HSM Management update no 31 – Abril 2006 cenário, o chamado empowerment ditará as regras. Os jovens devem estar preparados para conduzir a carreira em um ambiente em que haverá menos gente mandando e mais gente produzindo. Seu chefe será você mesmo. O poder não estará mais diretamente ligado à hierarquia, e sim ao conhecimento. Ganhará mais quem souber mais. O trabalho no futuro se realizará em uma atmosfera “quase” escolar, na qual todos souber mais. O trabalho no futuro se realizará em uma atmosfera “quase” escolar, na qual todos terão de aprender o tempo todo.

O diploma universitário há muito tempo deixou de ser garantia de sucesso profisslonal. Aliás, essa é a perspectiva da chamada “educação continuada”: o indivíduo não deve parar de estudar, já que o mundo está em constante mudança -nunca se sabe o suficiente. O emprego tradicional, no qual a pessoa trabalha oito horas por dia, durante 30 ou 35 anos, vai continuar existindo, mas crescerá menos que o necessário para absorver todos os profissionais que estão ou estarão à disposição do mercado. Esse fenômeno já está ocorrendo em diversos parses.

As pessoas evem estar preparadas para ser empreendedoras. Pela própria dificuldade que encontra para se inserir no mercado de trabalho, o brasileiro é naturalmente um empreendedor. O Brasil está entre os sete países do mundo que têm mais empreendedores -a criatividade acaba sendo estimulada pela falta de empregos. O emprego nada mais é do que um aluguel de serviço. Se sou funcionário de uma empresa, na verdade estou alugando meu tempo. A outra opção é vender esse serviço, e isso já está ocorrendo com frequência nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa.

O problema é que fomos educados e preparados para emprego formal. A informalldade não pode ser encarada de forma negativa. Devido aos avanços tecnológicos, as empresas estão atuando com equipes cada vez mais enxutas. Tudo o que puder ser substituído por máquinas o será PAGF3rl(F6 atuando com equipes cada vez mais enxutas. Tudo o que puder ser substituído por máquinas o será -as funções repetitivas, que não exigem raciocínio, não precisam mais ser desempenhadas por seres humanos. portanto, os jovens devem fugir de toda atividade intimamente ligada ao trabalho mentalmente mecanizado.

O contato humano virtual é outra conseqüência a tecnologia. A partir do início da década de 1980, a atuação individualista dos profissionais, característica do modelo até então vigente, foi substituída pelo trabalho em equipe. Agora temos também o trabalho em rede. O profissional não precisa mais conhecer os colegas ou ir à empresa. A intermediação pode ser feita pelo computador. A novidade diminui o contato humano, mas tende a valorizar a qualidade de vida, Já que permite maior liberdade.

A carreira bem-sucedida será aquela que incluir o binômio inteligência— criatividade e a interação com outras pessoas. O grande empregador deste século definitivamente será o setor de serviços. Nele, o ser humano continuará sendo imprescindível. Para competir neste mundo globalizado e desenvolver uma carreira de sucesso, a educação é o ponto de partida. É necessário alcançar altos padrões de qualidade no ensino como os modelos americano, asiático e europeu. No Brasil, nesse sentido, estamos assistindo a um processo de democratização que é muito positivo.

No entanto, o número de jovens que ingressam nas instituições de ensino superior ainda é muito pequeno. Se, de um lado, o emprego formal PAGF instituições de ensino superior ainda é muito pequeno. Se, de um lado, o emprego formal está diminuindo, de outro, multas vagas no mercado brasileiro não são preenchidas por falta de qualificação profissional dos candidatos. Os jovens estão descobrindo que, para melhorar o currículo, é preciso investir em cursos nas escolas que oferecem ensino de qualidade e têm prestígio no mercado de trabalho.

Muitos só tiveram a chance de cursar o ensino superior em instituições fracas e, agora, decidiram investir na pós-graduação como uma maneira de aumentar a empregabilidade. Já os poucos que conseguiram ter uma boa educação sabem que não podem ficar muito tempo longe da sala de aula, porque o aperfeiçoamento e a atualização do conhecimento são fundamentais e devem ser uma preocupação constante. Não é à toa que a variedade de cursos de pós-graduação, de especialização e de MBAs é enorme. A cada mudança na economia e descoberta de uma nova tendência no mercado, surgem novas opções. ? preciso saber escolher de acordo com seus planos e objetivos para a carreira. O profissional do futuro terá de ser polivalente e manter sempre estimulada ua capacidade de aprendizado —isso é mais importante do que colecionar especializações no currículo. A facilidade para o trabalho em equipe também será valorizada, pois nada poderá ser feito apenas por uma pessoa. O empreendedor tem a sua disposição as mesmas informações que os demais, mas sabe transformá-las em opor empreendedor tem a sua disposição as mesmas informações que os demais, mas sabe transformá-las em oportunidades.

A receita para se tornar excelente é simples: descubra o que você faz muito bem-feito e aprimore-se. Cada um de nós possui algo que az melhor do que os outros. A iniciativa, a disposição em correr riscos sem medo, o poder de se autogerenciar e de se reciclar constantemente e a facilidade para se adaptar a mudanças são características do profissional do futuro. Na atual Era da Informação e do Conhecimento, não basta ser “bom”. É preciso simplesmente atingir a excelência. Antonio de Araújo Freitas é diretor-executivo do Instituto de Desenvolvmento Educacional (IDE) da Fundação Getulio Vargas.

Ph. D. em engenharia industrial e pesquisa operacional pela North Carolina State University (Carolina do Norte, EUA), mestre em iências pela COPPE/UFRJ, engenheiro industrial pela Syracuse University (Nova York, EUA) e engenheiro civil pela Escola Politécnica de Pernambuco, Freitas também é consultor de diversas empresas brasileiras, presidente da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) e diretor da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (Anpad).

Ainda é diretor executivo da área de qualidade e inteligência de negócios da FGV, diretor dos cursos de graduação da FGV e professor da EBAPE-FGV. HSM Management Update no 31 – Abril 2006

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