Manejo florestal
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ICAA – INSTITUTO DE CIENCIAS AGRARIA E AMBIENTAL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL Luiz Fernando B. dos Santos Maciel Gavinescki Romulo Silveira de Souza Rudson dos Santos Costa 7 p MANEJO FLORESTAL 36 Ramais de Arraste e a Direção de Queda das Árvores 36, 37, 38, 39 e 40 Situações Difíceis ao Planejament040 e 41 Demarcação da Exploração Floresta141 Demarcação das Estradas41 e 42 Demarcação dos Pátios de Estocagem (Esplanadas) 42 Demarcação dos Ramais de Arraste 42 e 43 Ajuste na Direção de Queda das Árvores 44 e 45 Abertura de Estradas e Pátios de Estacagem (Esplanadas) 46
Etapas da Abertura de Estradas 46, 47 e 48 Abertura de Pátios (Esplanadas) 48 e 49 Corte das Árvores49 Pré-Corte 49 e 50 Técnica Padrão de Corte 50 e 51 Técnicas Especiais de corte 51, 52, 53 e 54 Erros Típicos no Corte55 Pós-Corte 56 e 57 Prevenção de Acidentes no Corte 57, 58, 59 e 60 Arraste de Toras 60 Sistema de Arraste 60, 61 e 62 Etapas do Arraste de Toras 63 e 64 Situações Específicas de Arraste 64 e 65 Prevenção de Acidentes 65 e 66 Custos e Beneficios do Manejo Florestal 67 Custos do Manejo Floresta168, 69 e 70 Benefícios do Manejo Florestal 70, 71 , 72, 73 e 74
Análise dos custos e Benef@os do Manej074, 75, 76 e 77 Conclusã078 Referência Bibliográfica 79 2 OF da floresta. Os beneficios econômicos do manejo florestal superam os custos. Em curto prazo, tais benefícios decorrem em virtude do total controle e facilidade para planejamento da exploração e redução dos desperdícios de madeira. Em longo prazo, o efeito dos benefícios do manejo florestal, redução de desperdícios, maior crescimento e redução de danos às árvores (remanescentes) resultariam em receita líquida maior.
A legislação brasileira (Decreto 1282/96) define manejo lorestal sustentável como “a administração da floresta de modo a se obter benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentaç ema objeto do maneio”. total controle e facilidade para planejamento da exploração e redução dos desperdícios de madeira. Em longo prazo, o efeito dos benefícios do manejo florestal, redução de (remanescentes) resultariam em receita liquida maior. Com o manejo a porção da floresta onde as árvores são extraídas é dividida em vários pedaços, conforme o tamanho da área.
Esses pedaços, módulos ou talhões, são explorados por um eríodo de até um ano. A retirada de árvores e coordenada por engenheiros florestais que classificam todos os indivíduos que existem no local e indicam quais podem ser abatidos. Somente os individuos que já completaram seu ciclo de vida e deixaram descendentes são retirados. Desta forma a floresta se regenerar sem perder sua biodiversidade. Depois da primeira retirada à área permanece intacta por 25 anos. Durante esse período a floresta pode voltar a crescer. O manejo quase não gera impacto na mata.
Em uma área de um hectare, com cerca de 300 árvores, apenas dois indiv[duos são xtraídos. Algumas áreas de alto valor de conservação também são deixadas intactas, e não são exploradas em nenhum momento. Essas áreas são identificadas no plano de manejo por serem refúgios de animais ou locais onde existem espécies raras como o mogno e a castanheira. Durante o Manejo Florestal, muitas árvores de grande porte são deixadas na mata para funcionarem como matrizes para a regeneração da floresta, sendo a fiscalização feita pelo IBAMA/SEMA.
Se houver alguma conduta rregular a empresa é multada. Quem compra madeira ilegal patrocina a destruição da floresta os conflitos sociais que afetam a vida de seus habitantes. Já quem compra madei 4 destruição da floresta e os conflitos sociais que afetam a vida de seus habitantes. Já quem compra madeira certificada ajuda a preservar a Amazônia, pois o manejo florestal é uma única forma de extrair madeira agregando valor a floresta em pé, conservar a Amazônia e distribuir renda para os habitantes da floresta. GEO, CAR e LAU São duas coisas distintas, porém dependentes.
O GEO diz respeito à dominialidade do imóvel, a documentação de propriedade. O CAR e a LAU dizem respeito à situação ambiental do imóvel. O Georreferenciamento de imóveis, segundo a Lei 10. 267/01, consiste no levantamento geodésico da propriedade, descrevendo seus limites, características e confrontações, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis acompanhado do código do geomensor, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional fixada pelo INCRA Ou seja, é o levantamento topográfico da área real materializada em campo.
CAR e CAU: O processo de Licenciamento Ambiental de imóveis rurais obedece a duas etapas que consistem no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Licenciamento Ambiental Unico (LAO). CAR – Cadastro Ambiental Rural: é o cadastro das propriedades rurais através do registro dos imóveis por meio eletrônico e documental na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, conhecida também como Pré-Lau, sendo este cadastramento mais simplificado, dando ênfase para as informações cadastrais e de Áreas de Recuperação Permanente, PRAD (Plano de Recuperação de Área degradada) e TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) quando for o caso. OF Ambiental Única: É um documento com prazo de validade definido em 5 anos, no qual o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a erem seguidas pela atividade que esta sendo licenciada, é uma sequência do CAR. com ênfase a Área de Reserva Legal, por meio de Compensação, Desoneração ou PRAD mediante TCC (Termo de Compromisso de Compensação). O Georreferenciamento deve ser feito por todos os proprietários de imóvel rural que quiserem ter sua situação regularizada junto ao INCRA.
Atualmente, todos os possuidores de imóveis rurais com áreas superiores a 500,00ha e a partir de 21/11/2011 todas as propriedades rurais. Já o CAR e a LAU devem ser feitos por todos os proprietários rurais que exercem atividades em suas propriedades, estes são s documentos que permitem a regularidade ambiental da atividade econômica em suas propriedades, o mais breve possível e até 13 de novembro de 2010 para se enquadrarem no MT Legal a nao sofrer autuações pelos passivos e crimes ambientais do passado.
PLANO DE MANEJO FLORESTAL O plano de manejo pode ser organizado em três etapas: 1. Na primeira, faz-se o zoneamento ou divisão da propriedade florestal em áreas exploráveis; áreas de preservação permanente e áreas Inacessíveis à exploraçao. 2. A segunda etapa consiste no planejamento das estradas secundárias que conectam a área de exploração às estradas primárias.
OF florestal deve conter informações sobre a área e características da floresta (fauna, flora, topografia, solo); técnicas de exploração, regeneração e crescimento das espécies comerciais; medidas de proteção das espécies não comerciais, nascentes e cursos d’água; cronograma da exploração anual e uma projeção dos custos e benefícios do empreendimento. As informações são obtidas através de levantamentos de campo (inventários) e consultas a mapas e literatura disponivel (bibliotecas da Embrapa, Inpa, IBGE, Sudam, Museu Goeldi).
Os mapas da propriedade podem conter a localização das estradas e pontes. Os dados sobre os tipos de floresta e solos podem ser obtidos nos mapas do Projeto Radam. O Ministério o Exército dispõe de mapas topográficos de grande parte da Amazônia- Levantamento de Campo A vegetação e as condições gerais da floresta são caracterizadas através dos seguintes inventários: Inventário amostral único. É um levantamento realizado antes da exploração em uma pequena fração (menos de 1%) da área a ser manejada.
O objetivo é avaliar de forma rápida o potencial madeireiro, bem como as características da topografia e hidrografia da propriedade. As informações obtidas são usadas, por exemplo, ara estimar o volume de madeira existente na área (em geral, expresso por hectare) e projetar a rede de estradas na propriedade. Censo florestal. É um levantamento de todas as árvores de valor comercial existentes no talhão (área anual), feito um a dois localização e avaliação das árvores de valor comercial.
Tais informações são utilizadas no planejamento da exploração e na definição dos tratamentos silviculturais. O Capítulo 2 deste manual descreve detalhadamente as etapas do censo florestal. Inventário amostral permanente. É um levantamento periódico (em geral, a cada 3 a 5 anos) de ma parte da floresta (parcelas permanentes). O objetivo é monitorar o desenvolvimento da floresta quanto ao crescimento, mortalidade e regeneração, bem como os danos ecológicos da exploração. Através desse levantamento estima-se o ciclo de corte da floresta.
ZONEAMENTO DA PROPRIEDADE Áreas de Preservação Permanente Identificar e demarcar, de acordo com a legislação florestal, as áreas de preservação permanente na propriedade. Essas áreas estão incluídas as margens de rios (Tabela 1); ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’águas naturais ou artificiais; nascentes, inda que intermitentes, e “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 metros de largura; topo de morros, montes, montanhas e serras; e encostas (ladeiras) com declividade superior a 45 graus. (Figura 1). OF os impactos ambientais seriam significativos utilizando trator de esteira ou trator florestal (skidder). As áreas inacessíveis podem ser definidas preliminarmente usando mapas topográficos e hidrográficos da propriedade (Figura 1). De acordo com os levantamentos no campo essa definição pode sofrer alterações. Além disso, tais áreas podem se tornar acess[veis no futuro. A seguir, os procedimentos para definir áreas inacessíveis: 1. Utilizar o índice técnico de declividade máxima para o arraste sendo 40% (trator de esteira) e 40% (trator florestal tipo skidder). . Calcular a distância minima entre as cumas de nível (Anexo 1). 3. Identificar e marcar no mapa as curvas de nível distanciadas em intervalos iguais oumenores que a distância mínima. 4. Contornar as áreas marcadas usando lápis, identificando-as com cores ou padrões diferentes do restante da área. 5. Seguir os passos 1 a 4 anteriores para definir áreas de preservação permanente onde o declive é acentuado (superior a 0 graus). Áreas de exploração As florestas restantes da propriedade com um bom estoque de madeiras formam as éreas exploráveis (Figura 1).
A estimativa do volume de madeira dessas áreas é feita medindo no mapa da área explorável da floresta (Anexo 2) e depois multiplicando esse valor pelo volume por hectare obtido no inventário amostral. indústrias; e estradas secundárias que conectam as áreas de exploração às estradas primárias. Este manual tratará apenas do planejamento das estradas secundárias, assumindo que já existe uma rede de estradas principais na propriedade. As estradas devem ser permanentes e, portanto, utilizáveis na primeira e demais explorações.
Para o planejamento das estradas secundárias define-se, inicialmente, a rota no mapa. para isso, consideram-se as características topográficas, infra-estrutura da propriedade e o volume de madeira disponível por hectare. As estradas secundárias devem ser retas, paralelas e localizadas no sentido leste-oeste (a linha que o sol percorre), para facilitar a secagem após as chuvas (Figura 2). Planejamento das estradas em áreas planas para projetar uma rede de estradas em áreas planas deve-se: 1. Estimar a distância óti adas (DOE). Desta 0 DF