Manuseio de materiais explosivos

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Definição de explosivos Explosivo é a substância, ou a mistura de substâncias químicas, que tem a propriedade de, ao ser iniciado convenientemente, sofrer transformações químicas violentas e rápidas, transformando-se em gases, que resultam na liberação de grandes quantidades de energia em reduzido espaço e tempo. O explosivo utiliza essa energia para arrancar o maciço rochoso que está adiante dele, no sentido da fase livre ou de menor resistência. Devido à alta temperatura de detonação, o volume atingido pelo explosivo pode chegar a aproximadamente 18. 00 vezes o seu volume inicial. Após a detonação, u uma velocidade de 3, Ao chegar à frente liv arremessar o materi or27 orre a rocha com e choque tende a feito semelhante ao que acontece com uma s rie de bolas de bilhar: ao golpear-se a primeira das bolas, o choque é transmitido por todas, sem que se movam do lugar, sendo somente a última da outra extremidade projetada para frente. Evolução dos Explosivos C] pólvora Negra A pólvora foi o primeiro passo para o desenvolvimento de quase uma centena de produtos hoje em dia conhecidos.

Sua origem provável é de uma mistura de nitrato de potássio com materiais combustíveis. A pólvora Negra é uma mistura de Nitrato de Potássio, Carvão (15%) e Enxofre (10%). A primeira noticia que se tem do uso da pólvora, como explosivo industrial, data de 1627, e foi feita por Kasper Weidel em uma de substâncias sólidas, as quais formam a fumaça após a explosão. Modernamente usa-se a pólvora sem fumaça, que é constituída de Nitrocelulose pura ou misturada com Nitrogllcenna.

Nitrocelulose A Nitrocelulose é uma mistura de vários ésteres nítricos da celulose. Descoberta em 1838 por Pelouse. De acordo com sua composição é usada em explosivos de alta importância (gelatina xplosiva, pólvora sem fumaça). Nitroglicerina Em 1847, em Turim, Ascânio Sobero, descobriu que a nitroglicerina tem um poder de explosão muitas vezes superior as pólvoras. Tinha, porém, o inconveniente de apresentar perigo de explosão quando submetida a movimentos bruscos ou atrito, o que limitava as condições de segurança em seu manuseio.

Em 1873 surgiu a dinamite (75% de Nitroglicerina e 25% de farinha fóssil). Gelatina ou Blasting Em 1875 Nobel produz o “Blasting” uma mistura de Nitroglicerina e Nitrocelulose, sendo considerada a base das gelatinas Nitroglicerinadas usadas atualmente. Cl Trinitrotolueno O empenho em novas pesquisas fez surgir em 1912 0 TNT: explosivo muito importante usado no meio militar em escala sempre crescente, especialmente por causa de sua insensibilidade aos choques, detonando apenas por ação de iniciadores muito fortes.

Cl Anfo (Ammonium Nitrate and Fuel Oil) Ê um agente explosivo co de nitrato de amônia, PAGF sensibilidade, isto é, de um explosivo semigelatinoso, gelatinoso ou de um reforçador para Iniciar o processo. Ê um agente explosivo que não apresenta nenhuma resistência à água, devendo somente ser usados em tempo e locais bem ecos, possui baixa densidade, fator que permite a sua utilização para o preenchimento de cargas de coluna a um baixo custo.

O Anfo necessita de uma escorva para detonar, devido sua baixa ou de um reforçador para iniciar o processo. Ê um agente explosivo que não apresenta nenhuma resistência ? água, devendo somente ser usado em tempo e local bem secos, possul baixa densidade, fator que permite a sua utilização para o preenchimento de cargas de coluna a um baixo custo. Lamas Explosivas Surgem em 1958, uma mistura em proporções adequadas de nitrato de amônia, óleo diesel, água e outros produtos. Este explosivo preenche os furos totalmente durante o carregamento.

Devido a sua alta densidade e a consistência pastosa, é possível a utilização de malhas alongadas com um alto desempenho, possui grande capacidade de trabalho nas rochas e materiais, boa sensibilidade à água, podendo ser usados em furos úmidos. Emulsões Explosivas Representam a 4a e ultima geração de explosivos industriais. A emulsão é resultante da mistura de uma solução oxidante, a base de água e NA, e uma solução combustível a base de óleos e emulsificantes. Depois de gaseificado são considerados xplosivos de última geração; os que atualmente são mais utilizados, para as mais variadas aplicações.

As emulsões explosivas são fornecidas encartuchadas em filmes de polietileno, As emulsões explosivas são fornecidas encartuchadas em filmes de polietileno, ou, também, bombeadas diretamente nos furos através de caminhões adaptados para tal fim. Tem como característica básica diferencial em relação és lamas explosiva, o fato de apresentar em sua cadeia molecular, uma fase continua em óleo e não em agua, o que confere em ganho elevado de energia total final. Algumas vantagens de emulsões explosivas; Acoplamento nos furos igual a 100%; C] Agilidade operacional (1 50 a 250 Kg/min.

Carregamento Bombeável); C] Segurança no transporte, manuseio e aplicação (trata-se de um “agente” explosivo); Flexibilidade de formulações até em um mesmo furo; Alto nível de energia; Baixo custo de mão de obra; Cl Flexibilidade de densidade desde 0,8g/cm3 até 1,3g/cm3. Classificação dos Explosivos Quanto a Aplicação C] Primários ou Iniciadores Exploslvos que oferecem uma maior facilidade de decomposição quando excitados por agentes externos. Utilizados como iniciadores de cargas maiores de explosivos secundários. Ex: Espoletas, estopim, cordel detonante, etc.

Secundários ou de Ruptura São os explosivos propriamente ditos. Tão potentes quanto os explosivos primários, porém por serem mais estáveis necessita de uma maior quantidade de energia para iniciar o processo de detonação, o que é conseguldo por um explosivo primário. Ex: dinamite, gelatinas, Anfo, lamas, etc. Alguns materiais podem atuar tanto como primários, como secundários em um processo de detonação. É o caso da nitropenta que no cordel detonante atua como explosivo primário ou iniciador e em cargas especiais atua como secundário em etonaçao. iniciador e em cargas especiais atua como secundário em trabalho de detonação. C] Dinamite Nome genérico dos explosivos tem como substância explosiva um composto de nitroglicerina e areia. Em função da quantidade de nitroglicerina, apresentam grande variação de força e sensibilidade em sua explosão, geralmente, produz gases tóxicos. Tipo mais comum, Dinamite – Amônia e Dinamite – Gelatina. Gelatinas e Semi — Gelatinas Explosivos que apresentam alta resistência à água, baixa quantidade de nitroglicerina, menor velocidade, menor custo.

São utilizados no desmonte de rochas muito duras, médias, a céu berto, subterrâneas ou subaquáticas. Ex: Gelatel. Lamas explosivas São explosivos que por sua consistência, apresentam a vantagem de ocultar todo o espaço vazio do furo. Apresenta grande resistência à água, é utilizada para desmonte de quase todos os tipos de rochas. Ex: Linha AL. São agentes explosivos que depois de gaseificado possuem uma consistência que facilita o carregamento de furos inclinados em vários tipos de desmontes. Não possuem nitroglicerina em sua composição, sendo então muito estáveis e seguros.

Os gases resultantes da detonação não causam efeitos fisiológlcos (dores e cabeça, náusea, etc. ). Possuem elevada resistência à égua e são utilizados para o desmonte em qualquer tipo de rocha. Ex: Ibegel. Granulados Baixa densidade; Nenhuma resistência à água; C] Facilmente manuseáveis a granel; C] Adequados a carregamentos pneumáticos (Anfo Loader, devido aterramento do equipamento ao solo e é obrigatório o uso de mangueira de carregamento antieletrostático dos furos); Aplicados como carga de coluna, desmontes subterrâneos.

Ex: Nitron e Anfomax. Explosivos Bombeáveis São emulsões, lamas, pastas explosivas e granuladas que odem ser bombeados diretamente nas perfurações através de equipamentos montados sobre caminhões. São extremamente seguros, pois somente após terem sido injetados nos furos, é completada a reação química que propicia a explosão. Permitem grande rapidez no carregamento, sendo apropriado para desmontes em larga escala e em furos de grandes diâmetros.

A detonação destes explosivos é auxiliada por um reforçador (booster). Ex; Ibenite e Ibemux. Sensibilidade Propriedade dos explosivos de cartuchos mais densos detonarem por simpatia quando próximos de uma carga escorvada detonada ropositalmente (sensibilidade a propagação). Cl Velocidade de Detonação A medida com que a onda de detonação se propaga por uma coluna de explosivos é a sua velocidade de detonação. O cordel detonante, por exemplo, possui uma velocidade de detonação de 7. 00 m/s; isto quer dizer que se estendêssemos uma linha de cordel detonante numa extensão de (7) KM e a iniciássemos, esta detonaria com apenas um segundo. Densidade para uma operação de desmonte e dependendo dos ingredientes que o compõe, os quais são devidamente dosados para obterse o peso do explosivo e o seu volume. A densidade de um explosivo ? importante para determinar a sua adequação para uma operação de desmonte e dependendo dos ingredientes que compõe, os quais são devidamente dosados para obterem-se as densidades desejadas.

Com um explosivo de alta densidade a energia as detonação apresenta maior concentração, o que é desejável no caso de desmonte de material duro, por outro lado, se desejamos excessiva fragmentação ou a rocha é branda, explosivos de Baixa densidade deverão ser usados. Resistência ao Armazenamento Intervalo de tempo que os explosivos podem ficar estocados sem perder as qualidades e sem ocorrer a sua deterioração. Varia normalmente de seis meses a um ano, dependendo do produto e do fabricante. Resistência ao Choque Propriedade do explosivo de não detonar quando submetido a certos choques acidentais.

A espoleta tem pouca resistência ao choque; o cordel detonante tem maior resistência ao choque; os explosivos notroglicerinados têm uma regular resistência ao choque. Exudaçao Quando armazenados por longos períodos ou sob condições climáticas desfavoráveis, os explosivos podem vir a exsudar (“suar”, desprender material líquido de sua massa). O líquido exsudado pode ser égua com sais diluídos, ou nitrogllcenna, ou ?leos. Para sabermos se é nitroglicerina ou não, podemos fazer alguns testes: 1.

Com o auxilio de um alf PAGF 7 uma gora deste líquido colocamos num copo d’ água. Caso esta gota não vá ao fundo do copo, sem misturar-se com a água, será nitroglicerina. Caso venha a diluir-se, não é nitroglicerina, e por tanto não oferece perigo. 2. Ao invés do copo d’ água, pode-se fazer uso de um pedaço de papel absorvente, do tipo mata-borrão, deixando a gota do líquido umedecer este papel; então atea-se fogo ao papel observando-o se este queimar com uma chama forte viva, como da pólvora ao queimar, indica que é nitroglicerina.

Caso o fogo não se propague no papel, trata-se de água com sais dissolvidos. Uma vez que seja constatada que o liquido exsudado proveniente das caixas é nitroglicerina, o fabricante deve ser imediatamente comunicado para que proceda à retirada e destruição do material. O paiol cujo piso apresentar manchas de nitroglicerina deve ser inteiramente lavado com a seguinte solução: 1,5 litros de água; 3,5 litros de álcool 1,0 litros de acetona 500 gramas de sulfeto de sódio (60% comercial). ? preferível dissolver o sulfato de sódio em água antes de crescentar o álcool e a acetona. Deve-se espalhar bastante quantidade desta solução no piso para garantir a completa dissolução da nitroglicerina. Cl Teste da gota Deposita-se sobre uma folha de papel parafinado uma gota de líquido exsudado e observa-se seu comportamento; se o líquido for nitroglicerina, se o líquido for nitroglicerina, fornecerá uma mancha escura sobre o papel parafinado e, em se tratando de nitratos ou água, forma-se gotículas sobre o papel.

Gases Resultam na detonação de um explosivo é principalmente os dióxidos de carbono, o nitro ênio e o vapor d’ água, não tóxico. Além destes podem apar dióxidos de carbono, o nitrogênio e o vapor d’ água, não tóxico. Além destes podem aparecer gases tóxicos tais como o monóxido de carbono e o óxido de nitrogênio. A natureza e a quantidade de gases tóxicos vanam com os diferentes tipos e espécies de explosivos até mesmo com ad condições de uso. Nos trabalhos a céu aberto, o aparecimento de gases, normalmente, não exerce maiores influências.

Porém, em trabalhos subterrâneos, exige-se especial cuidado na escolha do explosivo, quantidade condições de detonação e, sobretudo, ventilação. Acessónos para Detonação Os acessórios para detonação de emprego usual são os estopins, as espoletas simples e as elétricas, cordel detonante, reforçadores, e sistemas não elétricos (S. N. E. ). Estopim Estopim é essencialmente um filamento de pólvora enrolado e protegido por um fio ou fita que pode ser ou não alcatroado (algodão), encerando ou com revestimento plástico.

A propriedade principal dos estopins é queimar com velocidade constante e conhecida produzindo na extremidade oposta a em que foi aceso, um sopro ou chama capaz de provocar a detonação da espoleta. De acordo com as normas brasileiras, o estopim deve ter um empo de queima de 100 a 140 segundos por metros e resistir a 1 hora de imersão em água. São condutores de energia. C] Espoletas Simples São acessórios destinados a iniciar a detonação de explosivos encartuchados cordéis ou S. N. E.

Consistem em uma capsula de alumínio contendo uma carga primária, sensível à chama e uma carga secundária cuja explosão inicia a detonação da “massa”, explosiva. São, portanto detonadores. portanto detonadores. C] Conjunto Espoleta / Estopim É um estopim de comprimento definido, tendo numa extremidade espoleta n08 IBQ, e na outra uma massa de acendimento rápido, acionado por chama. O amolgamento, executado através de equipamento de precisão, oferece garantia de uma iniciação perfeita. vantagens no uso de BRITAPIM ESPOLETADO: C] Economia de tempo de operação.

Redução do número de falhas devido ao amolgamento perfeito. C] Rapidez no acendimento, proporcionando maior segurança. Redução da perda do estopim por falha de corte ou sobras não utilizáveis. Eliminação dos riscos de acidentes, na operação de amolgamento da espoleta ao estopim, devido ao uso de ferramentas inadequadas, ou manuseio incorreto. C] Espoleta Elétrica Constituida por uma resistência elétrica envolta em pólvora negra Squibb) coloca junto a um explosivo primário (Azida de chumbo) justaposto a um explosivo secundário (nitropoenta).

Existem dois tipos de espoletas: Instantânea e de retardo. Na de retardo, existe um elemento de espera que atrasa a detonação; a utilização deste tipo de espoleta permite a detonação de cargas explosivas segundo uma sequência, permite o controle das vibrações, a melhoria de fragmentação, entre outras vantagens. Recomendações de uso: a) Utilizar fonte e energia adequada; b) Manter a espoleta em curto – circuito até sua aplicação; c) Utilizar, num mesmo d Ietas de um só

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