Matematica financeira
INTRODUÇAO Ao longo da história da humanidade, não há nenhuma dúvida, que empreendedores participaram ativamente da construção do sistema pol[tico, econômico e industrial, gerando empregos, renda e riquezas ao redor do mundo. Não se eliminou as desigualdades, como a miséria, fome, mas a bem da verdade, graças aos empreendedores que se chegou à chamada revolução industrial, tecnológica e mais recentemente na era da informação. Portanto, dentro deste contexto torna-se relevante indagar: O que é ser empreendedor?
Nas palavras de DRIJCKER (1987), “o empreendedor é uma pessoa que vê a mudança como norma e explora como sendo uma oportunidade”. Dentre as inúmeras características dos empreendedores, FILION (1991 ) destaca: • Estabelecer visão e objetivos, identificando recursos que os ajudam a realizá-los; • Iniciar mudanças; • Padrão de trabalho está relacionado à maginação e criatividade; • Definir tarefas e papéis para criar a estrutura de uma organização.
Na verdade as organizações criadas por empreendedores são uma extrapolação de seus mundos subjetivos, ou seja: o negócio faz parte da sua vida. Segundo autores como (TIMONS, 1990; GIBB, 1991), a tarefa mais importante parece ser imaginar e efinir o que eles querem fazer e, frequentemente, como Irão fazê-lo. Dentro dos setores da economia – primário secundário e terciário — existem inúmeros exemplos de empreendedores que através de suas idéias, perseverança e trabalho, contribuíram ativamente para que a engrenagem da economia, continuasse a gerar riquezas e soluções para a humanidade. lal Studia de técnicas gerenciais compatíveis com a inovação e a valorização do capital intelectual. A história do capitalismo está repleta de exemplos, onde empreendedores, utilizando-se de intuição, coragem de assumir riscos, trabalho e por que não a sorte, ransformaram seus sonhos em realidade. Uma realidade em forma de empreendimento, que sem dúvida é uma extrapolação de suas vidas, um sucesso de mercado que movimenta a economia, gerando riquezas.
Neste sentido, este trabalho apresenta uma síntese do sonho de três empreendedores, onde através de muito trabalho, disciplina, entusiasmo e perseverança, construíram uma das maiores empresas de motores elétricos do mundo, a WEG SIA. NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO A fábrica de motores WEG nasceu em 1961 da união de um eletricista, Werner Ricardo Vogt, de um administrador, Egon João a Silva, e de um mecânico, Geraldo Werner Werninghaus_ A empresa começou na cidade catarinense de Jaraguá do Sul que, na época, contava com cerca de 20 mil habitantes.
WEG, além de unir as iniciais dos sócios Werner, Egon e Geraldo, significa, em alemão, caminho. Eis aí uma boa definição da história da empresa que procurou com sabedoria traçar uma trajetória inovadora e arrojada que não aconteceu ao acaso, mas consciente dos riscos e planejada a partir de uma disciplina rigorosa implementada dentro da empresa. A fábrica foi instalada em um prédio alugado que hoje foi omprado e abriga o Museu da empresa. Três meses depois da abertura da WEG, os sócios contabilizaram a produção de 146 motores.
O faturamento arrecadado foi investido em tecnologia e foram construídos os primeiros equipamentos de produção como máquinas de injetar, rotores, forno de ferro fundido a óleo para a fabricação de tampas e carcaças. Tão logo foi possível, quatro anos depois do nascimento da WEG houve interesse em treinar a mão-de-obra egressa da a o objetivo de melhorar a 34 houve interesse em treinar a mão-de-obra egressa da agricultura com o objetivo de melhorar a produtividade.
Paralelamente buscaram a parceria com a Alemanha para o desenvolvimento de projeto de motores de nova geração e que se enquadravam dentro de normas técnicas internacionais. Em 1970, já com o auxílio do então Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), a WEG começa a fabricação de novos motores e passa a exportá-los e, em 1975, atinge a marca do milionésimo motor e assume a liderança do setor na América Latina, vendendo para mais de 30 países.
O projeto de expansão inclui a área de pesquisa e desenvolvimento e, a partir de 1978, é criada uma seção de normatização da produção e ançada a campanha “zero defeito” com o objetivo de implantar um fluxo de normas técnicas. Já no final da década de 70, os laboratórios físico-químicos, metalográfico, elétrico, mecânico e de metrologia são agregados para formar o Centro Tecnológico com o propósito de extrair, absorver e fixar tecnologia. A crise econômica dos anos 80 é enfrentada com ousadia apostando na melhoria da qualidade da mão-de-obra através de um plano de treinamento eficaz.
O Centro de Tecnologia se volta para o desenvolvimento de produtos de ponta e a equipe de pesquisadores se debruça na documentação técnica, em testes e riação de protótipos. É incentivado o intercâmbio com os centros de pesquisa, universidades brasileiras e estrangeiras na busca da inovação. É, neste mesmo período, que a WEG passa a diversificar seus negócios e entra primeiramente nos setores da automação industrial e energia elétrica. Chega inclusive a participar da WEG Penha Pescados, mas logo se desfaz da empresa.
A WEG se consolida como fornecedora da indústria pesada brasileira e mundial como a siderurgia, mineração, petroquímica, papel e celulose além de geração de energia térmica, gás, eólica ou hidroelétrica. Na virada para a déca elulose além de geração de energia térmica, gás, eólica ou hidroelétrica. Na virada para a década de 90, Décio da Silva, filho do fundador Egon da Silva, é eleito para a presidência da WEG e começa a programar a internacionalização da empresa. Já em 1991, é criada a WEG Eletric Motors nos Estados Unidos com o intuito de atender os fabricantes de máquinas e equipamentos.
Logo depois, vieram outros países, entre eles México, Canadá, Argentina, Bélgica, Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Suécia, Venezuela, Itália, Índia e Austrália. A WEG é também uma das maiores fabricantes mundiais e motores elétricos e equipamentos elétricos correlatos. A companhia controla com 51 % do ZEST Group, companhia com sede na África do Sul formado pela distribuidora líder em motores elétricos naquele mercado e por companhias especializadas na montagem de painéis elétricos industriais, na montagem de grupos geradores e na prestação de serviços de comissionamento elétrico.
A receita operacional bruta no segundo trimestre de 2010 da WEG atingiu R$ 1. 22 bilhão, o que representa uma queda de 1,8% quando comparado com o mesmo período de 2009 quando a empresa atingiu R$ 1 . 27 bilhão. Essa queda, segunda companhia se deveu a alta de 3,1% como resultado das alterações no mix de produtos vendidos e das oscilações de volumes e preços de produtos vendidos; e da queda de 4,9% como resultado da valorização de 15,5% na taxa de câmbio média do segundo trimestre de 201 0 em relação ao mesmo período de 2009.
O Custo de Produtos Vendidos da WEG no segundo trimestre de 201 0 atingiu R$ 703,9 milhões, o que representa uma queda de 4,3% quando comparado com o segundo trimestre de 2009. As despesas com as vendas, gerais e administrativas representaram 16,3% da Receita Operacional Liquida desse segundo trimestre de 01 0, tendo um aumento de 1 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2009. O lucro líquido da WEG no 4 34 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2009.
O lucro líquido da WEG no segundo trimestre de 2010 atingiu R$ 1 13,1 milhões, com queda de 2,5% quando comparado com o segundo trimestre de 2009. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da WEG no segundo trimestre de 2010 atingiu R$ 174,0 milhões, o que representa uma elevação de 0,6% quando comparado com os R$ 172,9 milhões atingidos no segundo trimestre de 2009. A margem Ebitda teve um aumento de 17,2% de pontos percentuais quando comparado com o segundo trimestre de 2009.
Os investimentos em ativos fixos para a expansão e para a modernização da capacidade produtiva somaram R$ 135,1 milhões no segundo trimestre de 2010, onde 42% desse valor investido foram destinados aos parques industriais e em demais instalações no Brasil o restante foi investido em unidades produtivas e demais subsidiarias no exterior. Acreditamos em um cenário com boas perspectivas para a empresa pelo seu diferencial competitivo e um mix de produtos ofertados, que da certa flexibilidade para se ajustar às oscilações acroeconômicas e com excelência estrutura de capital.
Mantivemos a nossa recomendação é de manter em carteira de longo prazo. Hoje, a Weg tem oito plantas industriais no Brasil e cinco na Argentina, México, Portugal e China. Os resultados econômicos também são sólidos. Pelos números preliminares divulgados, a receita em 2006 ultrapassou R$ 3,5 bilhões, crescimento de 1 8,5% em relação ao ano anterior, sendo que mais de R$ 1,3 bilhão veio de operações no exterior, o que reforça o caráter multinacional da empresa.
OS FUNDADORES Três amigos – cada qual com dinheiro suficiente para comprar ro décadas na penas um Fusca – juntar motores elétricos então adquiridos em São Paulo pelas empresas locais. Começou assim a tornar-se realidade, em setembro de 1961 — a partir desse plano aparentemente simples de vender diretamente da fábrica os motores de que necessitavam as empresas catarinenses – o sonho de três jovens empreendedores: o eletricista Werner Ricardo Voigt (W), o administrador Eggon João da Silva (E) e o mecânico Geraldo Werninghaus (G).
Eles transformaram aquela fabriqueta de fundo de quintal denominada Weg por causa das iniciais dos nomes dos sócios, na maior industria de motores industriais da América Latina, hoje às vésperas de um novo salto internacional com vistas a chega, ao topo do mercado, isto é, à liderança mundial do segmento. Werner Ricardo Voigt Nascido no dia 8 de setembro de 1 930, descendente de imigrantes alemães vindos da região de Düsseldorf, Werner Ricardo Voigt sempre teve a eletricidade como uma preocupação contínua na cabeça. Desde menino, Werner sempre soube que fios, dínamos, geradores e bobinas fariam parte de sua vida.
Aos seis anos já demonstrava toda a sua inclinação para os assuntos da eletricidade, produzindo maquetes completas de serrarias. Na mesma época de infância, Werner também foi despertado para os prazeres da leitura através do avô, construtor e professor, que recebia inúmeros livros e revistas técnicas da Alemanha. Outro mestre que exerceu forte influência em sua formação foi Purnhagen, eletricista e músico que o orientou profissionalmente a partir dos 14 anos de idade, tanto na área técnica quanto na artística, vindo Werner a se tornar um exímio clarinetista.
Adolescente, foi morar em Joinville, onde estudava no SENAI e trabalhava na oficina de Werner Strohmeyer. Aos 18 anos foi convocado para servir ao Exército em Curitiba/ PR. Após o serviço militar, conseguiu ser um dos dois soldados selecionados para frequentar a Escola Técnica Federal, onde se especializou em rad 6 OF34 soldados selecionados para frequentar a Escola Técnica Federal, onde se especializou em radiotelegrafia e eletrónica. No retorno a Joinville, passa a trabalhar na Empresul, concessionária de energia elétrica, onde permanece por dois. Aos 23 anos de idade, atua na oficina de “Kanning & Weber”.
Em setembro de 1953, contudo, Werner inicia seu próprio negócio, instalando pequena oficina no centro de Jaraguá do Sul. A oficina evoluiu, sempre prestando serviços gerais, desde equipamentos domésticos, até em residências e fazendas, no interior do município. Além disto, Werner era o assistente quase exclusivo para a manutenção de cerca de duas dezenas de veículos motorizados que então circulavam em Jaraguá e região. Montava rádios e radiolas, fabricava e instalava geradores, realizava bobinagens, orientava a instalação de rodas d’água, enfim, a oficina de Werner atendia a praticamente todas as necessidades na área.
E os serviços apareciam sempre em maior quantidade, tanto que foi contratando novos auxiliares. Em 1961, a oficina contava com oito colaboradores. Eggon João da Silva Nascido em 1929, no que é hoje o município de Schroeder, norte de Santa Catarina, Eggon João da Silva começou a trabalhar cedo, aos 13 anos, como “faz tudo” em um cartório em Jaraguá do Sul. Em 1957, depois de 14 anos no principal banco do Estado, torna- se sócio da João Wiest & Cia. Ltda. , uma firma especializada na produção de canos de escape para veículos, então com 8 funcionários.
Quatro anos depois, Eggon deixa a empresa, que já conta com 150 funcionários, para enfrentar o maior desafio de sua carreira. Em abril de 1 961 , juntamente com Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus, funda a WEG, que na época produzia apenas motores elétricos. Até 1 989, Eggon participou diretamente dos destinos da empresa, levando-a a figurar entre as maiores do setor, com participação destacada no mercado nacional e internacional. Do motor elétri setor, com participação destacada no mercado nacional e internacional.
Do motor elétrico, a WEG começa a diversificar sua produção, passando a produzir sistemas elétricos industriais completos, incluindo geradores, transformadores, componentes e sistemas e automação industrial. Mas trajetória de Eggon João da Silva não está ligada apenas ? WEG. O empresário, fez parte dos conselhos de quatro grandes empresas – Oxford, Tigre, Marisol, e Perdigão, tendo nesta última, inclusive, exercido a função de diretor presidente entre 1994 e 95, momento em que cumpriu uma dura missão de recuperação financeira da empresa.
Após esse período foi presidente do Conselho Administrativo até abril de 2007, quando passou seu cargo para o filho Décio da Silva. PRINCIPAIS TÍTULOS E HONRARIAS • Cidadão Honorário de Jaraguá do Sul. ?? Cidadão Honorário de Videirense. • Cidadão Benemérito de Guaramirim. • Cidadão Honorário de Penha. • Ordem de Mérito Industrial – 05/91 Confederação Nacional da Indústria (CNI). • Ordem de Mérito Industrial – 05/00 Federação das Indústrias de Santa Catarina. • Líder Empresarial 1- Nacional 13 – Estadual e Setorial (Gazeta Mercantil). ?? Medalha do Mérito “Anita Garibaldi” Governo do Estado de Santa Catarina. • Mençao Honrosa (CNPQ 50 ANOS – 2001) MDIC – CNI – SEBRAE. EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS • Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina (Atual BRADESCO). eríodo: 1944 a 1957. • JOÃO WIEST 7 CIA. LTDA. Sóci0-Gerente período: 1957 a 1961. • Em 1961 Fundou a Eletromotores Jaraguá Ltda. , hoje WEG S. A. • Foi Presidente do Con nistraçao da WEG S. A. de 8 34 1986). • Ex-presidente do Sindicato dos Empregados Metalúrgicos de Jaraguá do Sul – (9 anos). ?? Ex-Membro do conselho do CNPQ – Brasília – DF. • Ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul – (4 anos). • Ex-Membro do Conselho de Administração da Santinvest – Santa Catarina Investimentos (4 anos). • Ex-Membros do Conselho Superior de Tecnologia da FIESP – 2 andatos. • Ex-Membro do Grupo 8 do CEC – Comissão Empresarial de Competitividade. • Ex-Membro do Comitê Brasileiro de Qualidade e Produtividade (Presidência da República). • Ex-Diretor da Federação das Indústrias do Estado de São paulo. ?? Ex-Diretor da ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (2 mandatos). • Presidente do Conselho de Administração do grupo WEG S. A. • Acionista e Diretor da Empresa WEG PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS S. A. (controladora do Grupo WEG). • Presidente do Conselho de Administração da Perdigão S. A. São Paulo – SP. ?? Sócio e Vice-presidente do Conselho de Administração da OXFORD S. A. de São Bento do sul – SC. • Membro do Conselho de Administração da MARISOL S. A. Ind. Vestuário – Jaraguá do Sul – SC. ?? Membro do Conselho de Administração da empresa. Tigre S. A – Tubos e Conexões – Joinville – SC. • Membro do Conselho Superior da ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (São Paulo – SP). • Membro do Conselho da ACIJS – Associação Comercial e Industrial de Jaraguá do Sul. Geraldo Werninghaus (1932-1999) Natural de Rio do Sul (SC), Geraldo Werninghaus começou sua arreira profissional na W ilhos, oficina de seu forte influência paterna, de duas gerações dedicadas ao mesmo ofício, cedo descobriu que tinha a mesma vocação.
Dos 14 aos 27 anos, Geraldo Werninghaus realizou o aprendizado livre dos segredos da mecânica, passando ainda por empregos fora do olhar paterno. Esteve em Blumenau, nas Indústrias Vahldick. Em 1951 serviu ao exército, ainda em Blumenau. Aos 20 anos, voltou a trabalhar com o pai, em Joinville. Deixou a Werninghaus & Filhos em 1961, para fundar a Weg em Jaraguá do Sul, junto com Werner Ricardo Voigt e Eggon João da Silva. Participou ativamente do desenvolvimento da empresa, contribuindo para torná-la uma referência no Brasil.
Pessoa dedicada ao trabalho e à comunidade, ao deixar as atividades executivas diretas na Weg, passando ao Conselho de Administração em 1989, Geraldo iniciou nova e promissora carreira pública. Foi vereador, deputado estadual e finalmente prefeito de Jaraguá do Sul, com mandato que se encerraria em 31 de dezembro do ano 2000. Nascido no dia 8 de setembro de 1930, descendente de Adolescente, foi morar em Joinville onde estudava no SENAI e trabalhava na ofi 0 DF 34