Multiplicação do dinheiro

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MULTIPLICAÇÃO DO DINHEIRO “O século XVII assistiu à fundação de três instituições distintamente singulares que, em suas maneiras diferentes, pretenderam ter função financeira tanto pública como privada. O Wisselbank (Banco de Câmbio), de Amsterdã, foi instituído em 1 609, para resolver os problemas práticos criados para os mercadores por causa da circulação de moedas múltiplas nas Províncias Unidas, onde havia não menos do que quatorze moedas locais diferentes e copiosas quantidades de moedas estrangeiras. [… Embora tivesse as mesmas funções do Wisselbank holandês, o Riksbanks também foi designado omo um Lanebank, empréstimos, além d Ao emprestar monta preciosos, pode-se di seria mais tarde con acl ora to view ém trataria de s comerciais. as de metais o da prática que lonária do negócio bancário, explorando o tato de que o dinheiro deixado como depósito poderia ser lucrativamente emprestado aos que pedia empréstimos. [… ] A terceira grande inovação do Século XVII aconteceu em Londres, com a criação do Banco da Inglaterra, em 1694.

Destinado primar Swipe to view next page primariamente para socorrer o governo em relação às finanças de guerras (ao converter uma parte da divida do governo em ções do banco) o banco foi contemplado com nitidos privilégios. A partir de 1709, era o único banco que podia operar sobre uma base de ações; e, a partir de 1742, ele estabeleceu o monopolio parcial na emissão de notas bancárias, uma forma característica de nota promissória que não carregava juros, destinadas a facilitar o pagamento numa transação de compra e venda, de bens ou de serviços, sem que as duas partes tivessem necessidade de ter contas-correntes no banco.

Para compreender o poder dessas três inovações, no primeiro ano de um curso de MBA na Havard Business School, os lunos fazem um jogo financeiro simplificado. Começa com um banco central imaginário pagando IJ$ 100 a um professor, em nome do governo, para o qual ele fizera uma consultoria não muito lucrativa. O professor leva o dinheiro para um banco imaginariamente operado por um dos seus alunos e ali o deposita, recebendo um recibo de depósito.

Presumindo, ao interesse da simplicidade, que esse banco opera com um coeficiente de 10% das suas reservas (ou seja, ele quer manter o coeficiente das suas reservas a em relação ao total dos seus riscos), ele deposi o coeficiente das suas reservas a 10% em relação ao total dos eus riscos), ele depos ta U$ 10 no banco central e empresta os outros U$ 90 a um dos seus clientes. Enquanto o cliente decide o que vai fazer com o dinheiro, ele deposita o dinheiro em outro banco. Esse banco também tem uma regra de 10% das reservas, de modo que deposita U$ 9 no banco central e empresta os U$ 81 remanescentes a um dos seus clientes.

Depois de mais outras tantas rodadas, o professor pede aos seus alunos para computar o crescimento no estoque de dinheiro. Isso permite que ele introduza duas das definições essenciais na moderna teoria monetária: o Mo (também conhecido como a base monetária, u dinheiro de alto valor), que é igual ao total de riscos do banco central, ou seja, o dlnheiro mais as reservas dos banco do setor privado depositados no banco central; e o Ml (também conhecido como dinheiro estreito), que é igual ao dinheiro em circulação mais os depósitos à ‘vista’.

Na hora em que o dinheiro foi depositado em três diferentes bancos de estudantes, o Mo é igual a U$ 100, mas o Ml é igual a U$ 271 (U$ 100 + U$ 90 + U$ 81), ilustrando concisamente, embora de maneira simplificada, como as reservas fracionais do negócio bancário moderno permitem a criação do crédito e, por PAGF3ÜFd simplificada, como as reservas fracionais do negócio bancário moderno permitem a criação do crédito e, portanto, do dinheiro.

O professor então surpreende o primeiro aluno e pede os seus U$ 100 de volta. O aluno tem que ir às suas reservas e pedir de volta o empréstimo que fez ao segundo aluno, deslanchando um efeito dominó que faz com que o Ml se contraia tao rapidamente quanto se expandira. Isso ilustra o perigo de uma corrida bancária. Como o primeiro banco tinha apenas um depositante, sua tentativa de retirada constitui uma solicitação dez vezes maior do que as suas resen,’as.

A sobrevivência do primeiro banqueiro depende claramente de ele ser capaz de receber de volta o empréstimo que fez ao seu cliente que, por sua vez, tem que retirara todo o seu depósito do segundo banco, e assim por diante. Quando fazem seus empréstimos, os banqueiros deveria pensar mais cuidadosamente sobre o quão facilmente os depositantes podem solicitar o dinheiro de volta essencialmente, uma questão sobre a liquidez do empréstimo. Bibliografia: FERGUSON, Niall. A ascensão do dinheiro – A história financeira do mundo. São Paulo: Editora Planeta, 2009, págs. 50/52

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