O lúdico em sala de aula
O lúdico em sala de aula Fernanda Borges da Silvai Nestor Maia Junior2 “A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artificio, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos. (ROSAMILHA, 1979, p. 77). Resumo OF9 Esse artigo tem com bjz•.. Swipe nentp ludicidade no desenv forma é utilizado o Iú portância da mpreender de que nalisar a importância as atividades lúdicas na prática pedagógica, atentando para sua eficácia na busca de uma aprendizagem significativa.
Vários estudos comprovam a eficácia dessa prática e por isso faz- se necessário que todo educador tenha em seu planejamento o lúdico como estratégia de aprendizagem uma vez que a verdadeira educação é aquela que cria na criança o melhor comportamento indispensável para satisfazer suas múltiplas necessidades orgânicas e intelectuais como explorar, observar, saber, trabalhar e ao mesmo tempo se divertir.
Palavra — chave: ludicidade, prática pedagógica, planejamento, aprendizagem. Abstract earning. Several studies have confirmed the efficacy of this practice and why it is necessary that every educator has in planning the play as a learning strategy since the real education is that which creates the best behavior in the Child needed to meet their multiple needs and organic intellectuals to explore, observe, learn, work and have fun at the same time.
Introdução O lúdico é um assunto bastante abrangente, que vem sendo estudado e discutido desde a Antiguidade, pelos filósofos e estudiosos que vieram antes da era cristã, pois acreditavam que todo ser humano já vinha em sua essência com uma inclinação ara a diversão e para os jogos, o que explicava, de certa forma, alguns costumes de povos primitivos em suas atividades de dança, caça, pesca e lutas, como sendo aspectos de divertimento e prazer natural.
Estudos e pesquisas têm comprovado a sua importância como um suporte à prática pedagógica, no desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças, proporcionando condições adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo e social. Essas atividades lúdicas são: jogos, brincadeiras, contaçao de histórias, cantigas de rodas, teatro de fantoche, ou qualquer outra atividade que permita entar uma situação de interação. Elas são um facilitador para a interação com o meio.
Bem aplicada e compreendida, contribuirá concretamente para a melhoria do ensino, quer para garantir mais satisfatoriamente a permanência do aluno na escola, quer para redefinir valores e para melhorar o relacionamento e ajustamento das pessoas na sociedade e o direito de cidadania, quer na quali relacionamento e ajustamento das pessoas na sociedade e o direito de cidadania, quer na qualificação e formação crítica do educando. A importância do lúdico A criança vive no mundo da fantasia, do encantamento, da legria, e dos sonhos onde a realidade e o faz-de-conta se confundem.
Independente de época, cultura e classe social, os jogos e brincadeiras fazem parte da infância e são indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual. Através deles, as crianças desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. Segundo Maluf (2003) a brincadeira não é um mero passatempo, ela ajuda no desenvolvimento das crianças, promovendo processos de socialização e descoberta do mundo.
Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da concentração e da atenção. Platão (428/27 a. C – 348/347 a. C. ) já afirmava que os primeiros anos de vida da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos. Foi ele também que introduziu de modo bastante diferente, uma prática matemática lúdica tão enfatizada hoje em dia, que são os atrativos em forma de jogos.
Ao longo dos anos vários estudiosos defenderam a importância da ludicidade na formação total do individuo. Cônscio desta realidade é necessário saber a respeito deste recurso, para podermos trazê-lo para as salas de aula de forma criativa, e ao mesmo tempo, proporcionar aprendizagem e prazer aos al 3 salas de aula de forma criativa, e ao mesmo tempo, proporcionar aprendizagem e prazer aos alunos. Froebel, discípulo de Pestalozzi, estabelece que a pedagogia deva considerar a criança como atividade criadora e despertar, mediante estímulos, suas faculdades próprias para a criação produtiva.
Começa aí o fortalecimento dos métodos lúdicos na educação. O grande educador faz do jogo uma arte, um admirável nstrumento para promover a educação para as crianças. Promover o lúdico como instrumento de aprendizagem deveria ser tarefa inerente de todo educador de crianças, pois, segundo Dorneles (1998) a criança compreende a realidade e “vê o mundo” através do brinquedo e é recriando seu mundo e o mundo que vê pela televisão, ruas, passeios, que ela se constitui como sujeito.
Esse sentimento de conectar o ludico com as atividades escolares tem sido um dos principais focos de discussão entre educadores, pesquisadores e psicólogos, os quais concluíram que a verdadeira educação é aquela que cria na criança o melhor comportamento ndispensável para satisfazer suas múltiplas necessidades orgânicas e intelectuais como de explorar, observar, sabe , trabalhar e ao mesmo tempo se divertir.
Campos (apud GRILO, 2005), acredita que o lúdico pode ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor puder pensar e questionar-se sobre sua forma de ensinar, utilizando o lúdico como fator motivador de qualquer tipo de aula. Esse elo entre o lúdico e o ensino já faz parte da didática na educação infantil e tem sido paulatinamente inserido no ensino fundamental, com o objetivo de deixar a aula atraente e os alunos mais m 4DF9 aulatinamente inserido no ensino fundamental, com o objetivo de deixar a aula atraente e os alunos mais motivados para aprender.
Sabemos que, muitas vezes, o estabelecimento de ensino não pode oferecer muito, porém, como profissionais conscientes de tais necessidades, precisamos com criatividade, superar limitações, buscando com isso a formação integral de cidadãos críticos. O professor que pretenda utilizar o lúdico em sua sala de aula deve saber que cabe a ele o planejamento, a organização do ambiente e dos materiais e principalmente ter conhecimento da sua clientela (BARROS, 1998). Este deve ter também, consciência xata da funcionalidade motivadora do lúdico e sua contribuição no desenvolvimento dos seus alunos.
Infelizmente muitos professores apresentam o trabalho em sala de aula como coisa séria, não permitindo espaço para o divertimento; o rigor e a disciplina são mantidos em nome dos padrões Institucionais, o que torna o ambiente infantil artificial, longe do gosto das crianças. O brincar se resume apenas em ouvir histórias ou cantar algumas músicas. A hora do recreio e a hora da saída se tornam os únicos momentos em que as crianças desnudam da responsabilidade da escola para permitir-se brincar ser crlança.
Diante disto, a escola precisa se dar conta que através do lúdico as crianças têm chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo. O lúdico deve ser considerado como parte integrante da vida do homem não só no aspecto de divertimento ou como forma de descarregar tensões, mas também como uma forma de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na realidade social. Sob S uma forma de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na realidade social. Sobre o aspecto lúdico-sociedade, Kischimoto nos diz que: “brincando(… as crianças aprendem(… )a cooperar com os companheiros(… , a obedecer as regras do a respeitar os direitos dos outros(… ), a acatar a autoridade a assumir responsabilidades, a aceitar penalidades que lhe sã impostas(… ), a dar oportunidades aos demais(… ), enfim, a viver em sociedade” (Kichimoto, 1993, p. 110) Quando as escolas afastam o lúdico da vivência dos alunos em sala de aula ao Invés de aproveitarem como instrumento facilitador da aprendizagem, demonstram uma postura que nega a cultura infantil.
Vendo a escola como espaço de criação e não de reprodução, Marcellino nos chama atenção quando diz: “A negação da possibilidade da vivência do údico pelas crianças, sua não consideração pela escola, contribui para que esta colabore nao na montagem de um verdadeiro ‘teatro infantil’, onde ‘atores’ interagem, criam coletivamente, mas sim de um teatro de bonecos, onde são encenados, diariamente, tristes espetáculos de ventriloquia. ” ( 1990, p. 03) A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas, bem como relacioná-la as demais produções culturais e simbólicas conforme procedimentos metodológicos compatíveis a essa prática. A ludicidade é uma atividade que tem valor educacional intrínseco. Segundo Teixeira 1995 (apud NUNES), várias são as razões atividade que tem valor educacional intrínseco.
Segundo Teixeira 1 995 (apud NUNES), várias são as razões que levam os educadores a recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-aprendizagem: as atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica; o lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo.
Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução de seu objetivo.
Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário. As ituações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento. É preciso preparar atividades que resgate conhecimentos prévios em relação aos conteúdos de aprendizagem e, que esses sejam significativos e que provoquem um conflito cognitivo e faça o aluno estabelecer uma relação entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios.
Por isso, o professor precisa saber e compreender, para agir de modo eficaz, seduzindo o alu professor precisa saber e compreender, para agir de modo eficaz, eduzindo o aluno a participar com entusiasmo. O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante.
Considerações Finais O lúdico contribui de forma significativa para o desenvolvimento da criança, auxiliando não só na aprendizagem, estimulando a criatividade, a participação, interesses e envolvimento dos alunos m sala de aula, mas também no desenvolvimento social, cultural e pessoal. para que a criança cresça e desenvolva plenamente, é preciso criar espaços dentro do planejamento do educador para a introdução do lúdico, contribuindo assim para a formação de um ser autônomo e criativo.
Efetivar tal proposta no contexto escolar não será nada fácil, porém é necessário que os envolvidos no processo ensino- aprendizagem criem estratégias, bons planejamentos, organizem seu ambiente e seus materiais, adequando o que se pretende enslnar. Sendo assim, para obter um bom resultado, o professor deve ter m mente os objetivos que pretende atingir com as atividades lúdicas, respeitando o nivel em que o aluno se encontra, para que seja possível ação, exploração e reelaboração. Referências Bibliográficas http://www. webartigos. om/articles/331 20/1 /A-importancia -da-atividade-l_udica-na- Educacao-lnfantil/pagina 1 . html#ixzzl DULwKeII. Aces de fevereiro de 8 idade-Ludica-na-Educacao-lnfantil/pagina1 . html#ixzzl DULwKeIl. Acesso no dia 09 de fevereiro de 2011. http://www. unicamp. br/iel/site/alunos/publicacoes ‘textos/u00004. htm. Acesso no dia 09 de fevereiro de 2011. http://reginapironatto. blogspot. om/2008/09/importncia-das -atividades-ldicas-na. html. Acesso no dia 09 de fevereiro de O lúdico na sala de aula. Disponível em: http://casinhadeleitura . ordpress. com/2010/03/1 2/0-ludico-na-sala-de-aula/. Acesso no dia 17 de fevereiro de 2011. O Lúdico: Hora de ensinar x hora de brincar. Disponível em: http://unebxi. vilabol. uol. com. br/g5a. htm. Acesso no dia 17 de fevereiro de 2011. Maurício, Juliana Tavares. Aprender Brincando: O lúdico na aprendizagem. Disponível em: http://www. profala. com larteducesp140. htm. Acesso no dia 17 de fevereiro de 201 1 Christmann, Mara Regina. Lúdico e Sala de Aula: em elacionamento em construção. Disponível em: http:h’ww. h/ . webartigos. om/articIes/41620/1/Ludlco-e-Sala-de-Aula-um -relacionamento-em construcao/paginal . html#ixzzl EFYKqBxW. Acesso no dia 17 de fevereiro de 2011. ROSAMILHA, Nelson. Psicologia do jogo e aprendizagem infantil. São Paulo: Pioneira, 1979 ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica: Técnicas e Jogos pedagógicos. Edições Loyola, São Paulo, 1974. [ 1 Graduanda em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia, cursando o IV semestre no campus XIII da UNEB – Itaberaba z Professor Orientador da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica g