O que é resenha

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RESENHA I Najara Ferrari Pinheiro A resenha é um gênero textual que desempenha um importante papel na divulgação de trabalhos entre a comunidade acadêmica ede I obras em diferentes como um texto que produtores de textos e de obra que exige do produt OF Swipe view p de ser vista senvolvido pelos rea. É uma atividade assunto para estabelecer comparações e maturidade intelectual do produtor, fazer avaliações e emitir juízo de valor (Andrade apud Medeiros, I 12000, p. 37). uma resenha acadêmica objetiva fundamentalmente responder às questões básicas: quem é o autor, sobre o que trata o livro, como e comprara com outros livros do mesmo autor, da mesma área, do mesmo assunto. O texto enquanto exemplar do gênero resenha pode I Iser considerado híbrido, um misto de descrição, narração e avaliação. Na produção de uma resenha deve-se atentar ao relato minucioso da propriedade da obra.

Estruturalmente, descreve as expõe um quadro de referências em que o autor se I apoiou (narração) e, por fim, apresenta uma avaliação da obra, destacando o público ao qual a obra se destina (dissertação). Dessa forma, resenhas mais objetivas podem ser representadas por descrições mais objetivas do conteúdo do livro, relacionando- à área de modo geral, com uma avaliação menos explícita. Os textos mais subjetivos são aqueles em que o resenhador expressa I claramente sua visão pessoal, avaliando e destacando o valor da obra para a comunidade acadêmica elou para o leitor em potencial. M0tta-R0th, 1998). Ao elaborar uma resenha, o resenhador além de apresentar com precisão e fidelidade aspectos da obra e de descrevê-la detalhadamente, apresenta avaliações, julgamentos de valor, elogios e críticas expressos através de marcas linguísticas tais I como adjetivos (belo, provocativo, instigante, bom, entre outros), dvérbios (realmente, inegavelmente, bem, pretensamente, Iveementemente, certamente, entre outros) e de comentários sobre a obra (p. ex. bem embasado teoricamente, sob a capa do discurso acadêmico, o livro X esgota-se em si mesmo, no trabalho de X cada tema é discutido com vagar). Considerando as características desse gênero textual, o resenhista deve adotar uma postura seletiva, destacando aspectos relevantes da obra em relação ao objetivo do produto final ou do provável leitor para o texto. ESTRUTURA TEXTUAL BÁSICA DE RESENHA Esquema de descrição dos movimentos retóricos de resenhas (M0tta-R0th, 1998, p. 5) 20F retóricos de resenhas (Motta-Roth, 1998, p. 5) IMOVIMENTO 1 INTRODUZINDO O LIVRO ISub-função 1 – Definição do tópico geral do livro elou I Sub-função 2 – Informação sobre os leitores em potencial elou I Sub-função 3 – Informação sobre o autor elou Sub-função 4 – Generalizações sobre o tópico elou I Sub-função 5 – Inserção do livro na área MOVIMENTO 2 APRESENTANDO O LIVRO Sub-função 6 – Apresentação de uma visão geral da organização do livro elou I Sub-função 7 – Destaque do tópico de cada capítulo elou I Sub-função 8 – Citação do material extra-textual

MOVIMENTO 3 DESTACANDO PARTES DO LIVRO Sub-função g – Apresentação de uma avaliação focalizada MOVIMENTO 4 APRESENTANDO A AVALIAÇÃO FINAL DO LIVRO ISub-função 10a – Recomendação / desqualificação do ivro ou 30F I Sub-função 10a – Recomendação / desqualificação do livro ou I Sub-função 10b – Recomendação do livro apesar de indicar falhas I É preciso observar também que esses textos, além da voz do produtor, podem apresentar outras ‘vozes’ (polifonia) para descrever ou apresentar o conteúdo resenhado ou seja faz referências a outros textos, obras e autores.

São as citações que validam e fundamentam os argumentos apresentados. Com esse objetivo, lança mão dos verbos de DIZER ou de CITAÇÃO, marcas linguísticas que contribuem para “avaliar negativa ou positivamente o trabalho citado”. (Motta-Roth, 2001:61) I Alguns verbos de citação: afirmar, argumentar, alegar, revelar, asseverar, indagar, interrogar, retrucar, replicar, reclamar, negar, objetar, assentir, relacionar, solicitar, animar, aconselhar, mandar, determinar, indicar, mostrar, usar, considerar, apresentar, mencionar, discutir.

Outros verbos relevantes: explicar, sugerir, examinar, esclarecer, omentar, propor, repetir, continuar, prosseguir, insistir, I acrescentar, aprovar, justificar, protestar, ameaçar, concebe , manter, apontar, suscitar,discutir, declarar, referir, considerar. Expressões freqüentemente usadas: de acordo com, na opinião de, segundo X, para, conforme X, na visão de, na concepção de (VER MAIS SOBRE O ASSUNTO EM CITAÇÃO) LER MAIS SOBRE RESENHA EM: 40F I ARAÚJO, A. D. RESENHA CRÍTICA ACADÉMICA: RELAÇÕES ENTRE TERMOS ESPECIFICOS E NAO ESPECIFICOS bezerra, b. . A organização retórica de resenhas acadêmicas MACHADO, A. R. ORGANIZAÇÃO SEQÜENCIAL DA RESENHA CRITICA. MOTTA-ROTH, D. TERMOS DE ELOGIO E CRITICA EM RESENHAS ACADÊMICAS EM LINGUÍSTICA, QUÍMICA E ECONOMIA 2 – ATIVIDADE: ANALISE DE RESENHAS la. Selecionar TRÊS resenhas publicadas em um periódico da área de estudo. CADA ALUNO DEVE SELECIONAR E TRAZER PARA A PRÓXIMA I AULA RESENHAS DE SUA SELEÇÃO E INTERESSE. b. Desconstruir o texto, identificando os blocos que exercem as funções explic tadas no modelo de Motta-Roth. . Destacar verbos, operadores argumentativos, conectores e expressões fundamentais para a organização, avaliação, introdução de comentários e criticas característicos desse gênero textual. – PRODUZA A RESENHA DO LIVRO X, TENDO COMO REFERÊNCIAA ESTRUTURA TEX UAL BÁSICA DE MOTTA-ROTH. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E. ; FELTES, H. P. M. Resumo e resenha: uma propo proposta didática de distinção. Chronos, v. 28, n. 1995. Caxias do Sul/RS: EDUCS. p. 70-83, jani MEDEIROS, J. B.

Redação Cientifica: a prática de fichamentos e resenhas. São Paulo: Atlas, 2000. MOTTA-ROTH, D. A visão de editores sobre o gênero resenha acadêmica. Intercâmbio, v. VIII, p. 127-135, 1998. sao Paulo: LAEL-PUC/SP. .(Org. ). redação acadêmica: princípios básicos. Santa Mana, RSflJFSM, 2001. MOTTA-ROTH, D. Discourse analysis and academic book reviews: a study oftext and disciplinary cultures. In: FORTANET, l. G. et al. (eds). Genre studies in english for academic purposes. , p. 29-57. castelió de Ia Plana: universitat Jaume, 1998. OF Maquiavel preocupa-se em descrever as espécies de principados e de que forma se adquirem (Cap. l); dos principados hereditários e mistos (Cap. II e III); ou bem, como se conquistam pelas armas (Cap. VII) ou pelo crime (Cap. VIII). Trata também sobre os principados civis e os eclesiásticos (Cap. IX e XI) e da necessária preocupação e tratamento dos exércitos (XII e XIII). A partir do Cap. XIV -“Dos deveres do príncipe para com suas tropas”- o autor passa a entrar no que hoje poder[amos denominar de esfera ética.

Preocupa-se em dar indicações e normas sobre modos de conduta que o Príncipe bom e prudente deveria seguir: “Deve, pois, um principe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem ter qualquer outra coisa como prática a não ser a guerra, o seu regulamento e a sua disciplina, porque essa é a única arte que se espera de quem comanda” (Cap. XIV). No Cap. XV, ao tratar “das razões por que os homens e, especialmente, os principes são louvados ou vituperados”,

Maquiavel manifesta seu intuito de falar sobre o comportamento que os príncipes devem ter com relação aos seus súbditos e esclarece que não pretende fazer como tantos outros autores que já tem tratado desse tema: “Todavia, como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar” Trata-se, portanto, de inaugurar uma “ética de resultados”, onde a verdade se conclua da utilidade ou inutilidade das ações. ? neste capítulo que Maquiavel estabelece mais claramente a separação ntre o “ser” e o “dever-ser”: “Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar; e um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se ar o modo de se preservar; e um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruine entre tantos que são maus”.

O critério ético fica deslocado a partir deste momento. O que interessa não é a bondade ou praticar atos justos, mas a utilidade e praticar atos que produzam um rendimento que beneficie o autor. Maquiavel não afirma que essa atitude seja boa, simplesmente constata -como o fará repetidamente nos outros capítulos- que é a única atitude poss[vel para sobreviver neste mundo. “Assim, é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”.

Na raiz dessa postura encontra-se uma visão moderna do conceito de lei, embora Maquiavel não fale expressamente. A lei é vista como um instrumento do poder para imperar coativamente uma conduta determinada. Para Maquiavel, a lei é a propria vontade do Príncipe. Dessa forma, haveria dois mundos separados: o mundo da ética/moral, onde se afirma uma lei interna e privada e, até certo ponto, abstrata ( o espaço do dever-ser e da bondade); e o mundo do direito/justiça, onde se afirma uma lei externa, pública e concreta (o espaço do ser e do jurídico).

Partindo dessa dicotomia, Maquiavel justificará qualquer tipo de ação, desde que “formal e publicamente” aceita, ou, como diria o autor, desde que o Príncipe convencesse, por quaisquer meios, os seus súbditos. Nesse sentido, inaugura uma nova visão sobre a ação humana e, especificamente, sobre a ação política. Hobbes e Rousseau serão apenas variantes “maquiavélicas”.

O “Contrato Social” difere apenas em quantidade: a vontade da maioria é maior do que a vontade do príncipe, mas as suas bases são as mesmas, ou seja, a separação entre o público e o privado e a redução da lei a uma manifestação da vontade (do Príncipe ou da maioria) e à sua força coativa. para o autor, como para seus 80F manifestação da vontade (do Príncipe ou da malona) e à sua força coativa. Para o autor, como para seus seguidores, ou não cabe falar em justiça, ou então, a justiça passa a ser a consequência do fato e que o autor da lei se tenha expressado de maneira livre e de forma legalmente correta.

Porém, discutir sobre se uma determinada lei é ou não contra a razão ou querer saber se é ou nao como deve ser é, precisamente, sair do mundo jurídico e adentrar-se no mundo moral. Partindo desses princípios, Maquiavel aconselhará o Príncipe como ser liberal e generoso e como exigir tributos dos seus súbditos (Cap. XVI)ou como será melhor para ele ser temido do que amado, sempre que não seja odiado porque, afinal de contas, ninguém consegue provocar amor e, sim, medo, porém na medida certa de maneira que não se desperte o ódio (Cap.

XVII). O Cap. XVIII – “De que forma os príncipes devem guardar a fé”- é, talvez, junto com o XV, um dos mais “maquiavélicos”. Maquiavel começa lembrando que há duas formas de se combater: “uma, pelas leis; outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais”. E avisa que, para que tudo saia bem para o Príncipe, é necessário que saiba “saiba empregar convenientemente o animal e o homem(… por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir’ . Da mesma forma que se deslocara o conceito de bondade como critério ético das ações, Maquiavel altera aqui o sentido do conceito de prudência. O termo clássico cunhado pelos gregos significava “a arte de agir bem”, ou seja, a prudência era uma forma de conhecimento que permitia o homem saber como praticar seus atos de acordo como bem ético.

Para Maquiavel, como vimos, a “bondade” passa a ser substituída pela “utilidade” e, portanto, carece de sentido uma conceituação passa a ser substituída pela “utilidade” e, portanto, carece de sentido uma conceituação de prudência relacionada com o bem ?, por isso, que “prudência” para Maquiavel passa a ser sinônimo de “esperteza” ou “astúcia”: uma forma de conhecimento que permite, de acordo com as circunstâncias, agir em beneficio propno.

Maquiavel, de novo, percebe que essa conduta não é, precisamente, a desejável, mas é a “melhor possível” no mundo em que nos encontramos: “Se os homens todos fossem bons, este preceito seria mau. Mas, dado que são pérfidos e que não a observariam a teu respeito, também não és obrigado a cumpri- la [a palavra dada] para com eles. Jamais faltaram aos príncipes razões para dissimular quebra da fé jurada”. O mais importante, portanto, é “disfarçar muito bem esta qualidade e ser bom simulador e dissimulador.

E tão simples são os homens, e obedecem tanto às necessidades presentes, que aquele que engana sempre encontrará quem se deixe enganar” Maquiavel não era propriamente um filósofo e, talvez, fosse excessivo pedir-lhe que atuasse como tal. Teria lembrado das posições clássicas sobre a lei. Os gregos pensavam que a lei é a medida do movimento. Nesse sentido, poderia entender-se que essa medida tem um certo caráter de “regra diretiva” da ação. A força, para ser eficaz, precisa estar dentro de uma forma. Uma força sem medida não é criadora, mas destruidora.

A lei poderia definir-se como a medida do poder e a força. A questão é que Maquiavel faz depender o critério da “medida” do poder das próprias conveniências do Príncipe, enquanto que para os gregos, a “medida” do poder humano era a própria natureza humana, a sua racionalidade. O específico da violência é ser um poder sem medida, ou, como diria Maquiavel, um poder à medida das necessidades do Pr[ncipe. Isto, embora o Príncipe possa impô-lo pela força, é contra a natureza do homem, porque o que t 0 DF 13

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