O trabalho de conclusão de curso na licenciatura de matemática
O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NA LICENCIATURA DE MATEMATICAI Prop Valdir Sodré dos Santo* A partir do momento em que o homem pôs sua mão nas paredes das cavernas, começamos a construir a nossa história. Deixamos de ser pré-históricos. Passamos pelo pergaminho, chegamos até a tipografia de Gutenberg e, hoje, continuamos a fazer história, entre conversas nas praças do nosso bairro, nas poesias, músicas, enfim, nas universidades e nas pesquisas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 9394/96), no Titulo l, processos formativo convivência humana, pesquisa, nos movim e nas manifestações
OF3 Swipe to view next ducação abrange os vida familiar, na nst ções de ensino e o da sociedade civil Nesse sentido, a realização de um trabalho de conclusão de curso – TCC, além de atender uma exigência legal para o processo de reconhecimento de Cursos, conforme determinação do Ministério da Educação (Resolução CNE/CP 1, de 18 de Fevereiro de 2002), oportuniza aos discentes desenvolver, por meio de reflexão cr[tica, o reconhecimento de partícipes e co-responsáveis na construção histórica do conhecimento e na transformação da realidade.
Permite o desenvolvimento de uma visão disciplinada os trabalhos acadêmicos e prepara o aluno para exercício de iniciação de pesquisa científica, dentro de parâmetros convencionais aceitos, despertando a necessidade de uma formação continuada em cursos de pós-graduação. Para o alcance de tais objetivos, o TCC possibilita a releitura sobre as construções viv vivenciadas na realização do Curso, das atividades acordadas e dos registros materiais durante o processo de formação.
E nesse sentido, também oportuniza aos discentes um retrato curricular mais amplo a partir da escolha de uma tema, que contemple, ao menos, uma das áreas de pesquisa da Matemática: Matemática, Educação Matemática e Matemática Aplicada. Vários aspectos dificultam esse processo de criação e de aprendizado em mão-dupla, dos quais o incômodo normalmente causado pela escrita e pela exigência de um trabalho no fim do Curso se destaca. E, para esse desafio, precisamos inicialmente quebrar essa resistência, “desconstruindo” representações negativas. ? de fundamental importância que o processo de pesquisa seja prazeroso. Para isso, o tema deve ter uma certa familiaridade com o pesquisador. Portanto, a observação do cotidiano e as diversas vivências ocorridas no curso e na vida rofissional podem apontar um rumo, um interesse e um questionamento. Pesquisar é, sobretudo, responder a uma pergunta de pesquisa. Tendo um tema escolhido, os próximos passos devem ser direcionados à organização de um projeto de pesquisa, saindo do campo das idélas para a escrita, para registro inicial do percurso histórico académico.
Ele é um guia e instrumento de ação, mas que deve ser flexível e que possibilite a comunicação entre os pares. Todo esse processo exige do orientando e do orientador, além de uma relação confidente, muita disciplina, rigor, atenção, criatividade, critérios e motivação. De posse de um norte, diversas orientações com feedback’s permanentes consolidam o trabalho, através de um processo de iniciação científica. O TCC é um trabalho de menor nível de exlgenc. a no m de um processo de iniciação científica.
O TCC é um trabalho de menor nível de exigência no modelo científico. Monografias de especialização, dissertações de mestrado ou teses de doutorado são trabalhos que exigem maior profundidade, ressaltando que o doutorado é o único nivel de conhecimento que exige que seja provado algo novo. Hoje, no curso de licenciatura de Matemática da FAJESU, stamos consolidando esse desafioso e necessário exercício, com a experiência fortemente positiva de 6 semestres. Já foram construídos mais de 100 trabalhos, contemplando diversos temas e todas as áreas de pesquisa da Matemática.
Propomos que o TCC tenha um caráter multirreferencializado e interdisciplinar, redimensionando um olhar mais holístico do conhecimento e do conhecimento matematico. Todos os alunos defendem seu trabalho a uma banca examinadora constituída pelo orientador e outro professor da área de pesquisa do tema, que por vezes é também co-orientador. A grande maioria maciça dos alunos iveram e ainda têm obtido sucesso na realização dessa proposta, fato que notoriamente demonstra que todos nós somos capazes de aprender, de fazer história (e nao contá-la), de criar, de admirar o mundo e transformá-lo, ao mesmo tempo que ele nos transforma. Publicado no Boletim Informativo do Curso de Licenciatura em Matemática da Faculdade Jesus Maria José – FAJESU – NO 01 – Maio/ 2007 z Educador Matemático e professor do Curso de Matemática da FAJESU de 2004 a 2009, sempre atuando nas disciplinas de Estágio Supervisionado l, Estágio Supervisionado II e Trabalho de conclusao de curso – TCC. 3