Os camponeses e a politica no brasil

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Os Camponeses e a Política no Brasil Trabalho por Carolina de Carvalho Dantas, estudante de Ciências Sociais @ , Em 22/04/2003 5 Tamanho da fonte: a- A+ Martins inicia o texto fazendo uma análise das palavras “camponês” e “campesinato”. Segundo ele estas são palavras politicas, introduzidas pelas esquerdas para definir os trabalhadores do campo e suas lutas. Antigamente estes trabalhadores eram definidos por vários termos como: Caipira, Bóia-fria, caiçara, etc.

Estes termos tinham muitas vezes um dup ao povo que vive lon atrasado, ignorante, i Da mesma forma exi ar 3 Swipe to page mpo que refere-se mbém a um povo mos para definir os donos das terras onde trabalhavam estas pessoas. Antes estes eram chamados de fazendeiros, estancieiros, senhores de engenho, etc. Estes também tiveram sua designação mudada. Passaram a ser chamados de latifundiários. Estas duas novas palavras são palavras politicas que estão enraizadas numa concepção histórica, das lutas políticas e dos confrontos entre classes sociais.

Segundo o autor, “o destino destes camponeses brasileiros passa a ser concebido através de um entendimento estrangeiro de destino do camponês e que não corresponde à sua realidade, às ontradições que vive, ao destino real que nasce de fato dessas contradições e não da imagi imaginação política”. Estas diferentes palavras que designavam o camponês acabavam por defini-lo como “aquele que está em outro lugar, no que se refere ao espaço e como aquele que não está senão ocasionalmente, e nas margens, nesta sociedade.

Ele não é de fora, mas também não é de dentro, por isso pode-se dizer que ele é num certo sentido um excluído”. É desta forma que os políticos e militantes de partidos vão encontra-lo: “como se fosse um estranho chegando retardatário ao debate político. Este fator irá influenciar diretamente no modo pelo qual são tratados, até mesmo por aqueles que se dizem seus aliados. Multas vezes são encarados como uma ameaça, um perigo e outras vezes como sendo incapaz de fazer história, de definir e atuar no processo histórico senão no sentido de conte-lo. Isso definirá também o modo de colocá-lo no debate político- através da “conscientização” ou da “aliança subordinada” às diretrizes da classe operária”. Esta exclusão, que não é apenas uma exclusão política, vai definir o lugar do camponês no processo histórico. A falta de m conceito que o localize socialmente e o defina de um modo completo e uniforme é o que vai constituir a forma como se tem dado sua participação nesse processo histórico.

O camponês tem participado no processo histórico brasileiro como um excluído, inferior e ausente. A exclusão ideológica que é feita é tão profunda e radical que alguns dos acontecimentos políticos mais importante é feita é tão profunda e radical que alguns dos acontecimentos políticos mais importantes da história contemporânea do Brasil, são camponeses. Estes acontecimentos são desconhecidos ão só da grande massa popular, mas também de intelectuais. A história brasileira, mesmo aquela cultivada pelos setores de esquerda , é uma história urbana-uma história dos que mandam e dos que participam do pacto político”. Um exemplo disto foi a Revolta do Formoso, que por mais de 10 anos implantou um território livre dominado por camponeses no centro do país, no Estado de Goiás. Porém o assunto continua esquecido até hoje. Segundo Martins “A história do Brasil é a história das suas classes dominantes, é uma história de senhores e generais, não é uma história de trabalhadores e rebeldes”.

A maior guerra camponesa da história contemporânea do Brasil foi a guerra do Contestado que se deu no Paraná e Santa Catarina, envolvendo exército e camponeses. Anos antes também teve a guerra de Canudos no sertão da Bahia. “Poucos sabem que o campesinato brasileiro é a única classe social, que desde a proclamação da república, tem um experiência direta de confronto militar com o Exército. ” No Brasil os estudos sobre os movimentos sociais no campo são ordenados dessa forma: Messianismo: Canudos e Contestado, Banditismo social: no caso do nordeste com o Lampião e

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