Quimica forense
Química Forense Investigação a serviço da vida O estudo de ciência forense teve inicio quando o Professor Henry Holmes Croft testemunhou quanto ao homicídio cometido pelo Dr. William Henry King. O professor Croft testemunhou que tinha encontrado onze grãos de arsênico no estômago da Sra. Sarah King. Como consequência, o Dr. King foi condenado pelo assassinato de sua esposa. A meta principal da ciência forense é prover apoio científico para as investigações de danos, mortes e crimes inexplicados.
A ciência da química forense lida com substâncias como tinturas, vidro, solos, metais, plásticos, explosivos e produto ásico da química for se PACE 1 org e qualquer tipo de co to view next*ge seguida de fuga ocor um assaltante quebr Um principio de que todo e uma colisão cia de pintura; se , seriam achados pedaços do vidro em suas roupas; o disparo de uma arma deixaria resíduos de pólvora nas mãos do usuário. Os químicos forenses primeiramente encontram as pistas. Essas pistas são então analisadas e seu significado é determinado.
Em um caso de um acidente envolvendo atropelamento e fuga, traços de pintura automobilística nas calças da vítima foram detectados como sendo de uma pintura metálica prateada. Dos pedaços de vidro ncontrados na vítima foi determinado que a janela traseira do carro tinha sido estilhaçada no impacto. Também foi observado que havia uma impr Swipe to vlew next page impressão parcial de um logotipo da Datsun nas calças da vítima. Com estas evidências, o veículo foi localizado rapidamente. A mais recente contribuição da química para o trabalho forense veio com as técnicas de perfilamento de DNA.
Este método tem a capacidade de identificar uma pessoa através do código genético com qualquer pedaço de tecido, com certeza virtual. Uma única investigação em um laboratório forense pode envolver uitos tipos de cientistas. Há químicos, toxicólogos, biólogos, biólogos moleculares, botânicos e geólogos, só para mencionar alguns. Estes detetives “cientistas” montam um quebra-cabeça muito difícil para formar um quadro do crime. A ciência forense no mundo continua crescendo e se expandindo. Hoje há nove ciências forenses principais.
Assim, quando se lê uma manchete onde um grande caso foi resolvido e foram achadas muitas respostas, pensa-se em toda a ciência e cientistas, inclusive químicos que ajudaram a resolver o caso. Rl A atuação das forças policiais no combate ao crime no Brasil á-se de um modo geral em três vias concomitantes: 1) o policiamento ostensivo, realizado pelas forças policiais militares de cada Estado, o qual compreende o confronto físico direto com os criminosos; 2) a investigação policial, realizada pela policla civll; 3) a pesquisa de vestígios em cenas de crime, realizada pela polícia científica.
Neste terceiro setor, a coleta e análise de vestígios encontrados em cenas de crime são de responsabilidade do perito criminal, um policial atuante junto ao instituto de criminalística de cada Estad PAGFarl(Fq do perito criminal, um policial atuante junto ao instituto de riminalística de cada Estado. Em locais de crimes contra a pessoa, onde existe a presença de cadáveres (homicídio, suicídio etc. ), cabe também ao perito criminal a análise superficial dos corpos, visando a coleta de possíveis elementos que forneçam correlação com o fato criminoso, sendo tais exames conhecidos por perinecroscópicos.
A causa mortis, bem como a descrição detalhada dos ferimentos internos presentes no cadáver, é de responsabilidade do médico legista, o qual é subordinado ao Instituto Médico Legal. A análise da cena de crime, os locais de crime, bem como os elementos de interesse pericial ele contidos devem ser fotografados do modo como foram encontrados pelo pento ou levantados por meio de desenhos esquemáticos, plantas que são previstas no código de processo penal. Os vestígios encontrados na cena do crime (peças, instrumentos de crime, substâncias químicas etc. devem ser analisados e interpretados pelo perito e reportados de modo descritivo em um relatório denominado laudo técnico-pericial. Assim, entende-se por levantamento técnico pericial do local do fato a reprodução fiel e minuciosa do espaço fisico onde ocorreu um evento de interesse judiciário, bem como da importância de ada vestígio coletado e sua relação com o fato cnrmnoso. Os exames laboratoriais após a etapa de coleta de vestígios, cabe ao perito criminal proceder à análise laboratorial dos mesmos.
Tais análises podem ser realizadas utilizando-se métodos físicos e químicos. Como exemplos de métodos fís PAGF3rl(Fq análises podem ser realizadas utilizando-se métodos físicos e químicos. Como exemplos de métodos físicos, podem ser citados: a pesagem de peças e amostras, a determinação de ponto de fusão de subst¿nclas sólidas, visualização de elementos ocultos utilizando-se lentes de aumento (lupas e microscópios óticos) e ontes de luzes especiais (ultravioleta e polariz). Eles trabalham próximos à morte, ou melhor, na post-mortem.
Na rotina, como em qualquer outro trabalho de pesquisa, estão incluídas a incerteza e a busca pelo melhor resultado. O cheiro característico (parecido com o da maioria dos hospitais), os uniformes (jalecos), os potes de vidro contendo estômagos e lascas de fígados humanos e o teor da investlgação dão a dimensão do trabalho feito ali. Talvez pela aplicação explícita da ciência (mostrada na TV de forma didática) em prol da resolução de casos aparentemente não-resolvidos, essa área tem chamado atenção de leigos e profissionais de inúmeras áreas.
A Química Forense pode ser definida como a parte da ciência que aplica os conhecimentos da química e áreas afins aos problemas de natureza forense utilizando-se de métodos analíticos. O material biológico coletado pelo médico legista, as drogas apreendidas pela policia, os resíduos extraídos da “cena do crime” e até a extração de DNA são elementos que compõem o trabalho do perito. Os químicos forenses lidam com amostras de material bruto (drogas) e biológico (vísceras, sangue, urina) de todo o Estado, incluindo casos sob responsabilidade da Brigada Militar e
Ministério Público. São cer todo o Estado, incluindo casos sob responsabilidade da Brigada Militar e Ministério Público. São cerca de três mil ocorrências analisadas a cada mês. Viviane Fassina, doutora em Química e chefe do setor de Toxicologia Forense, explica que o trabalho está baseado nas questões que devem ser respondidas. “Por exemplo, o delegado questiona alguns itens. Fazemos a perícia e respondemos às perguntas. A perícia é organizada em função disso. ?s vezes não temos como responder por ser uma questão estapafúrdia, ou no momento não termos condições técnicas”. O autor do livro “Introdução à Química Forense”, Robson Farias, concorda e afirma que o perito forense precisa ser um “super- químico”, pois além dos conhecimentos das subáreas “Eu não me via como pesqusadora dentro da universidade. Sempre achei interessante fazer parte da área de segurança, usando meus conhecimentos de engenharia química”, afirma.
No entanto, é necessário mais do que o fascínio pela profissão para se tornar um químico forense. O PhD em Química, José Almirall, coordenador do Programa de Ciências Forenses da Universidade de Miami, explica que os requisitos básicos para e tornar um profissional dessa área são: saber fazer uso das teorias aprendidas para análises específicas e ter uma “base” química sólida . “Por exemplo, a utilização da Química Analitica para determinar elementos-traço na análise da composição de cacos de vidro de um automóvel que desapareceu do local do acidente.
Isso só será possível por meio de um aparelho (o ICP- MS, o Plasma acoplado ao Detector de Massas) de alt possível por meio de um aparelho (o ICP-MS, o Plasma acoplado ao Detector de Massas) de alta resolução. Significa ter que analisar uma amostra específica para associar a uma fonte e origem. Ou seja, é o químico que determina o que vai ser analisado e de que maneira o fará. O tempo de cada análise varia; as rotineiras (THC e cocaína, por exemplo) são mais rápidas, demoram cerca de uma semana, já contando a burocracia posterior, desde que a demanda não seja grande. Temos alguma sazonalidade também. Há um período de pico (verão, feriadões, final do ano), em que entram mais amostras que o normaf’ calcula Viviane. “Álcool e psicotrópicos na urina, vísceras e veneno demoram mais para serem detectados mais e devem ser solicitados por um médico legista, POIS são análises especlais”. O curso de formação de perito forense dura, em média, oito meses. Nesse tempo, ele deve aprender a lidar com o que vai encontrar diariamente: cadáveres – alguns em estado adiantado de decomposição, partes do corpo humano, psicotrópicos, substâncias ilícitas e etc.
Entretanto, o que causa asco em alguns, pode ser visto com naturalidade por outros. “Eu trabalho na post- morrem [ou seja, com material de pessoas mortas] e prefiro isso a trabalhar com vivos”, afirma a perita. Ela conta que, devido a esse periodo de adaptação “pesado” (o seu durou apenas duas semanas, em função de um contrato emergencial), os peritos já hegam “preparados” e sabem o que vão encontrar. O problema são os estagiários. “Quando a gente seleciona estagiários, nós mostramos primeiro a parte ruim, pois PAGFsrl(Fq os estagiários. Quando a gente seleciona estagiários, nós mostramos primeiro a parte ruim, pois muitas pessoas não têm estrutura e não sabem o que vão encontrar aqui”. Para a engenheira química Sllvana Mana Silva, que sempre trabalhou em laboratório, essa era uma área “glamurosa”. Ela é perita- relatora responsável pela bancada e pelo desenvolvimento de metodologias. No Laboratório de Perícias, ela faz análise de teor lcoólico em amostras biológicas. A atuação do Em 1960, a hipótese de que Napoleão teria morrido envenenado ganhou força devido a uma análise química.
Havia uma quantidade anormal de arsênio em um fio de cabelo, o único vestígio passível de investigação que restara. O arsênio não é tóxico na sua forma elementar, entretanto, o óxido de arsênio (As203), sim. É um composto sólido, branco e solúvel em água. Ele produz soluções incolores, é insipido e dificil de ser encontrado por análises químicas simples (vantagens para o assassinato perfeito). Nos anos 90, surgiu outra teoria: o envenenamento or arsênio teria sido acidental.
Um simples papel de parede da cor verde. O adereço de um dos aposentos era dessa cor graças ao uso de um composto de arsênio – o arsenato de cobre (CuHAs04). O clima umido teria propiciado a formação de mofo no papel de parede e os microorganismos converteram a substância em trimetil arsênio (CHAPAS, altamente volátil. Dessa maneira a substância teria sido facilmente inalada por Napoleão em grande quantidade. Métodos A cromatografia é o método analítico mais utilizado pelos químicos forenses.
Cromatografi pelos químicos forenses. Cromatografia gasosa, com detecção e ionização de chama e o amostrador rarefeito (usado para material biológico), cromatografia liqulda (usada na identificação de anfetamina, efedrina e epinefrina), cromatografia em camada delgada; todas com os mais variados usos. Além disso, a espectrometria, a microscopia, a calorimetria e outros métodos também são utilizados. O uso depende do método adequado ao problema em questão e dos recursos de cada laboratório.
Farias, em seu livro exemplifica: “Um método clássico como a cromatografia em camada delgada pode ser muito útil na determinação dos carbamatos, princípio ativo de diversos nseticidas comerciais, que por sua vez, são frequentemente utilizados em tentativas de suicídio ou homicídios por envenenamento”. A Química Forense também é feita de lógica. Formação X Mercado Para se tornar um perito forense, ser ‘expert’ em química analítica não é suficiente. No Brasil, é preciso passar primeiro por concursos públicos.
A atividade é restrita às policias civil e federal. Entretanto, o prognóstico feito por acadêmicos é animador: há espaço para mais profissionais e cursos na área. O autor de um dos poucos livros sobre Quimica Forense no pais, Robson Farias firma: “A polícia brasileira ainda é deficiente em profissionais da área, certamente há espaço para novas contratações, garantindo trabalho para novos profissionais”. Academicamente, Farias acredita que ainda há muito a ser investigado.
A opinião é compartilhada p PAGF8rl(Fq Academicamente, Farias acredita que ainda há muito a ser investigado. A opinião é compartilhada por Piero Ciancaglini, um dos idealizadores do primeiro bacharelado com habilitação em Química Forense do Brasil, na I_JSP, campus Ribeirão preto e José Almirall, da Universidade de Miami. Ciancaglini concorda com a estrição, mas crê que nos próximos anos serão necessários não apenas químicos forenses, mas o desenvolvimento de novos métodos de análises.
Ele sugere a parceria entre universidade e os poderes públicos. Almirall estima que os EUA precisem de cerca de 10 mil profissionais nos próximos dez anos. Lá, os diretores de laboratório buscam profissionais que já tenham conhecimento para desempenhar as análises (não há concurso público). “Há muito trabalho com DNA, resíduos de drogas, análise vidros, pinturas de veículos, ossos, cabelos e plantas; além da cena do crime, vítima e suspeito”, explica. A coordenadora do Laboratório de Toxicologia do IGP do RS, Viviane Fassina, discorda. A formação forense só é dada em órgão forense. Os cursos que estão por aí não têm nada a ver com perna. Se alguém quiser investir, tem que analisar o quão valeria a pena. Hoje, qualquer curso com “forense” no nome dá ibope, mas só tem uma maneira de ser perito forense: passar no concurso público”, defende. Ela destaca também que não é uma profissão rentável, a motivação deve ser o tipo trabalho. E finaliza: “Aqui no Brasil é diferente do exterior. Não tem como compara”‘. FA PAGFgrl(Fq