Revolução francesa

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Os anos que precederam a Revolução de 1789 foram de grande fome para o povo francês. Essa, era uma caracter[stica do Antigo Regime, o povo morria mesmo, de fome ! O esplendor da corte francesa durou, na verdade, uns 25 anos. Quando Luis XIV começou a governar, iniciou a fase de maior luxo na corte. Ele era conhecido como “Rei Sol construiu Versalhes, o palácio, e assim ficava a nobreza cada vez mais afastada do povo, sujo, faminto e turbulento. O modo de vida da corte francesa era imitado por toda a Europa, assim como os jardins e a decoração Swpe to page de Versalhes.

Os sucessores do Rei egras da corte. Luís do que cumprir com públicas. Luís XVI, pa trabalhos em madei pr ar 8 mportância às m suas favoritas r as audiências eu gosto pelos o marcenelro e também serralheiro. Mas, sua mulher, Maria Antonieta, entendia tudo de etiqueta, embora preferisse receber seus convidados no Petit Trianon, um anexo ao palácio, onde ficava mais à vontade. Ela ficou conhecida pela frase: ” Se não têm pães, que comam brioches ! que ela teria dito quando o povo faminto gritava porque não tinha nem um pedaço de pão.

O fato é, que tanto Luís XVI como Maria Antonieta viviam ompletamente isolados do povo, melhor dizendo, do Terceiro Estado que reunia os 96% de plebeus que havia na população francesa e entre miseráveis, pobres, remediados e mesmo ricos. Os nobres, uma pequena minoria de 400 mil pessoas dentro de um pais com 23 milhões de habitantes eram pnvilegados, não pagavam imposto algum, embora eles e o clero ( cujos principais titulares também eram nobres ) fossem donos de vastas extensões de terras. É verdade que apenas uma mínima parcela deles freqüentava a corte, mas, exigiam do rei, presentes e outras vantagens em dinheiro.

Esse foi um dos grandes motivos a falência das finanças reais imediatamente antes da Revolução. Luís XVI não conseguia recusar a seus primos e amigos o que estes lhe pediam, mesmo que isto resultasse em fome, carestia e morte para o povo. A bem da verdade o rei não parecia ter ideia de como o povo vivia. Luís XIV foi um rei que não queria saber dos pobres, Luís XV subiu ao trono como o Bem Amado, mas morreu odiado e Luís WI que foi guilhotinado, foi o menos duro com seu povo, apenas não tomava conhecimento do que ocorria fora dos muros do palácio.

O grande problema era o regime absolutista que tinha se tornado nsuportável para os franceses. •O Iluminismo A inspiração Nos séculos XV e XVII, com a Renascença, surgiram na Europa pensadores contrarias as idéias da Igreja. Galileu, Descartes, Maquiavel, entre outros pretendiam derrotar a fé como forma dominante de conhecimento. No século XVII recebemos o legado cientifico de Isaac Newton e o pensamento polltico de John Locke que iguala todos os homens pelo direito à vida, à liberdade e à pr pensamento político de John Locke que iguala todos os homens pelo direito à vida, à liberdade e à propriedade.

Mas, é no início do século XVIII que a França apresenta ao mundo Voltaire, Diderot, D’Alembert e Montesquieu, filósofos que lutavam contra a obscuridade dos dogmas e da religião, a favor das luzes da Razão. Também Jean Jacques Rousseau marcaria época com seu “O Contrato Social” , obra em que propôs a democracia e o sufrágio universal como forma de eliminar a indesejável e histórica desigualdade entre os homens. Os filósofos iluministas forneceram a substância teórica e ideológica para a revolução burguesa.

Mas, ao dar universalidade a seus pensamentos , avançaram, como a Declaração que se aseou neles, muito além dos interesses burgueses, marcando a História contemporânea com sua modernidade. •A Revolução Os Motivos A coroa francesa estava falda há muito tempo. Nos dez anos anteriores à revolução haviam chegado à beira da bancarrota porque o governo francês estava ajudando os Estados Unidos na luta pela independência. O relatório financeiro de março de 1788 mostrava que as despesas somavam 629 milhões de libras mas, a receita era de 503 milhões.

Essa situação piorava pela necessidade de abastecer o luxo da nobreza, na corte, com todo tipo de supérfluos. O overno precisava de dinheiro mas, sabia que não tinha como lançar mais impostos sobre a população, já exaurida. Pensou, então, em acabar com os privilégios do clero e da nobreza, que não pagavam nenhum PAGF3rl(F8 exaurida. Pensou, então, em acabar com os privilégios do clero e da nobreza, que não pagavam nenhum imposto, embora fossem grandes proprietários. A França tinha então pouco mais de 25 milhões de habitantes, dos quais eram camponeses.

Os restantes amontoavam-se precariamente em povoações que mal chegavam aos 2000 habitantes. Paris, com 650 mil, era uma exceção – e uma das maiores cidades o mundo na época. O primeiro Estado era formado pelo clero, mais ou menos 1% da população. Estava dividido em alto clero, formado pelos bispos, arcebispos e cardeais, tinha vida de luxo como a nobreza e possuía cerca de 20% de todas as terras do país. O baixo clero, ao contrário, embora também não pagasse impostos e outras vantagens, era formado por padres muitas vezes tão pobres quanto seus fiéis.

O Segundo Estado era formado pela nobreza, dividida em nobreza de espada, tradicional e orgulhosa, de linhagens que vinham da alta Idade Média, e nobreza togada, formada por lebeus enriquecidos, que compraram títulos de nobreza e seus descendentes. Compreendia 2% da população, algo entre 250 e 400 mil pessoas. Eram os donos de um terço de todas as rendas do pars e tinham os mais altos cargos do Judiciário, da burocracia, do clero e do exército. O Terceiro Estado era, na verdade, todo o resto da população mas sua facção mais destacada era a burguesla, uma classe economicamente poderosa.

Embora, os burgueses com o dinheiro comprassem cargos e títulos, seus negocios eram muito PAGF os burgueses com o dinheiro comprassem cargos e títulos, seus egócios eram muito atrapalhados pelos impostos e pedágios que encareciam a circulação de mercadorias e além disso havia companhias comerciais que pertenciam ao Estado e tinham o monopólio de comércio externo. As camadas inferiores do Terceiro Estado eram formadas pela plebe das cidades, um conjunto de artesãos, operários, pequenos comerciantes e pequenos empresários.

Eram os sans-culottes, que mais tarde teriam um papel decisivo na revolução. Além deles havia uma formidável e explosiva massa de miseráveis, principalmente em Paris. Os camponeses eram a classe mais numerosa e a base da sociedade francesa. Eles eram muito pobres e oprimidos por mais de trezentas obrigações feudais que tolhiam completamente sua liberdade. Na metade do século XVIII, Luís XVI cometeu seu pior erro, que foi reforçar o direito exclusivo da nobreza aos altos cargos da administração e do exército. Isso foi intolerável para o Terceiro Estado. ??Ato Em 1787, desesperado com a falta de dinheiro, o rei Luís XVI tentou criar um imposto a ser pago pela nobreza e isso causou uma reação muito grande. Os nobres não admitiam perder seus privilégios. Foi convocada uma Assembléia de Notáveis, formada por epresentantes da aristocracia e do clero e, ela decidiu que só a nação inteira, representada nos Estados Gerais poderia criar novos impostos. O rei, fez de tudo para revogar a decisão, prendeu parlamentares, exilou outros, mas de nada adiantou rei, fez de tudo para revogar a decisão, prendeu parlamentares, exilou outros, mas de nada adiantou.

A rebelião cresceu e a nobreza ameaçada , se tornou a porta-voz da nação que já não aceitava o poder real absoluto. Em julho de 1 788, isolado e pressionado por todos os lados, o governo aceitou convocar os Estados Gerais para 10 de maio de 1789. ??ATO II No dia 5 de maio de 1789, em sessão solene com a presença do rei, foram abertos os Estados Gerais. Na sala de cerimônias, em Versalhes, o clero e a nobreza ocuparam seus lugares, à direita e à esquerda do rei. Os representantes do Terceiro Estado foram amontoados em banquetas, separados das ordens privilegiadas por uma barreira.

Luís XVI estava preocupado com o desejo de inovação que observava. Um novo debate começou, com relação aos critérios de votação. A nobreza e o clero queriam a forma tradicional de votação, um voto para cada estado, que era favorável à eles. O Terceiro Estado, que representava 95% da nação , queria o voto por cabeça, assim seriam favorecidos. Era o impasse, a nobreza e o clero queriam uma Assembléia com poderes limitados e a burguesia queria transformá-la em Assembléia Nacional para escrever uma Constituição e limitar os poderes do rei.

Os Estados Gerais, então foram transformados em Assembléla Nacional em 15 de junho de 1789. Não querendo proibir mas não querendo permitir a Assembléia, com medo de uma guerra civil, Luís XVI criou uma série de obstáculos para sua reunião. Mas a Assembléia ma guerra civil, Luís XVI criou uma série de obstáculos para sua reunião. Mas, a Assembléia se rebelou e decidiu manter-se unida até preparar uma Constituição. Nessa altura, nobres, membros do clero, soldados já se haviam juntado aos rebeldes.

Luís XVI continuava intransigente e mandou cercar Paris e Versalhes com dez regimentos. A multidão estava inquieta desde o dia 12 de julho, quando foi demitido o ministro das Finanças, Jacques Necker. Foi uma not[cia recebida com a certeza de que o pão se tornaria mais raro e mais caro. .ATO III Paris havia se transformado num barril de pólvora, com a utoridade do rei sendo desobedecida, o povo começava a tomar consciência do seu poder. Desde a madrugada de 14 de julho de 1789, uma terça-feira, pelo menos 8 mil parisienses irados estavam reunidos na esplanada dos Inválidos.

Eles queriam armas para enfrentar os soldados, que eles acreditavam, Luís XVI estava mandando de Versalhes. O administrador não sabia o que fazer. A multidão, então, arrombou os portões e se apoderou de 40 mil fuzis e 12 canhões. O problema era a pólvora para eles, a munição ficava guardada na formidável fortaleza da Bastilha, que era depósito e risão. Certamente, se fossem pensar com calma, diriam que era impossível se apoderar daquela fortaleza inexpugnável. Só que, antes do anoitecer, tomaram a Bastilha.

Com a queda da fortaleza foi derrubado também o Antigo Regime, representado na figura do rei e sua corte de aristocratas inúteis. A multidão que cercou a Regime, representado na figura do rei e sua corte de aristocratas inúteis. A multidão que cercou a Bastllha era muito maior que os 8 mil reunidos de madrugada na praça dos Inválidos. Mas, conforme recenseamento feito depois pela Assembléia Nacional, “os encedores da Bastilha” foram não mais que 800, registrados e cadastrados, com nome, endereço e profissão.

Assim, pode- se saber, com segurança, que entre eles estavam alguns raros burgueses – 3 industriais, 4 comerciantes e 1 cervejeiro – muitos pequenos produtores independentes , artesãos, oficiais de corporação, muitos militares. Um terço, pelo menos, era de assalariados da manufatura e da construção. O mais jovem tinha 8 anos. Havia uma única mulher, uma lavadeira. A multidão que na manha do dia 14 correu para a Bastilha não tinha quem a enfrentasse, só o administrador da fortaleza, ue não queria entregar a munição.

Os mais valentes, então invadiram porém sem nenhuma ordem. Só mais tarde quando o chefe da lavanderia da rainha Maria Antonieta chegou com 36 granadeiros, 21 fuzileiros, 400 cidadãos armados e alguns canhões é que os invasores entraram de uma vez, desarmaram os soldados, se apoderaram da pólvora e libertaram os pnslonelros. A queda da Bastilha foi o sinal para a revolução municipal na França, que fez repetir em todo país o que acontecera em Paris, as cidades instalaram novas autoridades, seguindo o modelo da capital. PAGF8rl(F8

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