Romantismo

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Falemos agora da música “Um índio”, do compositor e intérprete Caetano Veloso. A música pertence ao album “Bicho”, lançado em 1977.

Eis a letra: Um índio Um indio descerá de uma estrela colorida e brilhanteDe uma estrela que virá numa velocidade estonteanteE pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante Depois de exterminada a última nação indígenaE o espírito dos pássaros das fontes de água limpidaMals avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu p iApaixonadamente como Bruce Lee, virá wrá Um índio preservado gás e todo l[quidoEm OFY ranqüilo e infalível , filhos de Ghandi, todo sólido, todo cor, em gesto e cheiroEm sombra, em luz, em som magnifico Num ponto equidistante entre o Atlântico e o PacíficoDo objeto, sim, resplandecente descerá o índioE as coisas que eu sei que ele dirá, fará, nao sei dizerAssim, de um modo explícito E aquilo que nesse momento se revelará aos povosSurpreenderá a todos, não por ser exótico Swige to next page exóticoMas pelo fato de poder ter sempre estado ocultoQuando erá sido o óbvio “Um índio”, traz à tona um dos temas mais marcantes da literatura brasileira, o indianismo.

A ideia de tornar o indígena o centro das atenções, tanto no poema , como na prosa se deu no início do Romantismo no Brasil. Inspirados principalmente pela proposta de Ferdinand Denis e de Gonçalves de Magalhães, os romancistas e poetas brasileiros produziram uma extensa obra onde o índio é visto como um grande herói da nação. Neste ínterim, podemos citar o famoso poema “Juca Pirama”, de Gonçalves dias, e a trilogia indianista escrita por José de Alencar. Os românticos, mormente os da chamada primeira geração, acreditavam que uma literatura nacional só podia ser feita caso os escritores priorazassem temas ligados à natureza e ao índio. Segundo eles, ambos elementos eram responsáveis por diferençar a literatura brasileira da europeia.

A tentativa de criar uma literatura nacional também estava intrinsecamente ligada a ideia de construção duma identidade. Vale lembrar que o Brasil, naquele período, era uma jovem nação que desejava fortemente ignorar seu passado colonial. Todavia, como sabemos, nem todos s autores românticos abo os autores românticos abordaram esses assuntos. A chamada segunda geração romântica, influeciada pela poesia de Lord Byron, trouxe ideias diferentes. Em 1873, Machado de Assis, em seu texto “Instinto de nacionalidade”, discutiu o que seria uma literatura nacional. Machado afirmava que não era preciso que os escritores escrevessem sobre o índio e a natureza para produzirem uma literatura brasileira.

Segundo o escritor oitocentista, esses temas acabavam, por sua, limitando os autores. É inegável que o auge do indianismo se deu no século XIX. Todavia, é interessante notarmos como o tema foi retomado por Caetano Veloso na segunda metade da década de 1970. ” um índio”, traz à baila novamente a ideia dum índio idealizado. Desta vez, o herói descerá do céu e surpreenderá a humanidade. Na letra da música, encontramos referência a Peri, personagem de O Guarani, obra de Alencar. As estrofes três e quatro atribuem inúmeras qualidades ao índio, dado que invoca a impavidez do famoso pugilista Muhammed Ali e a infabilidade do lutador/ator chinês Bruce Lee. 3

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