Teoria da contingencia
Manuel Meireles Como investir na Bolsa e ganhar Dinheiro. ARTE IÊNCI SAO PAULO 2000 Editora Arte & Ciênci Swipetoviewn ‘t p Direção Geral Henrique Villibor Flory Editor e Projeto Gráfico Karel Henricus Langermans Arte-Final e Diagramação Alain F. Nascimento Capa K. Langer Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5988 de 14/12/73 É proibida a reproduçao total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da editora. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) MEIRELES, Manuel. -(1949) A arte de operar na Bols@ pela Internet/ Manuel
António Meireles da Costa; São Paulo: Arte, 2000 — São Paulo: Arte & Ciência – Villipress, 2000. Bibliografia ISBN NO 85-7473-017-3 1 Bolsa de Valores. 2. Ações 3. Mercado Financeiro 4. Gestão de portfólios 5. Seleção e acompanhamento de ativos 6. Indicador Kanitz-Morante 7. Oscilador SMI — Stress Market Index CDL]: 332. 679(81) -lal Studia c COMO OPERAR COM AÇÕES by Internet Prepare-se para operar PARTE 1 Entenda os métodos PARTE 2 Adquira Conceitos Básicos Capitulo 1 Cadastrese numa Corretora Capitulo 5 Como selecionar ações pelo indicador KM Capítulo 6 Como acompanhar ações pelo oscilador SMI Capítulo 7
Tenha postura adequada Capítulo 2 Saiba ler os Relatórios da Bolsa Capitulo 3 Aprenda a construir os índices das suas ações Capítulo 4 por meio de outras técnicas Capítulo 8 Por meio de outras técnicas Capitulo 9 A Edmar Figueiroa – meu DF 204 de especular com as ferramentas técnicas que o capacitarão a selecionar e acompanhar ações; para o segundo, oferece subsídios adicionais e um conjunto sistematizado de técnicas.
O objetivo geral desta obra é lhe possibilitar (caso nao o tenha), o entendimento do mercado de ações como um todo sua linguagem especifica e suas características operacionais – e capacitá-lo a direcionar eus investimentos para este segmento do mercado de capitais com razoável grau de sucesso. Dei ênfase especial ao modo de operar via Internet – modo que se está rapidamente difundindo – na medida em que permite um fácil acesso aos dados que o investidor técnico requer. O tema é apresentado em duas partes: na primeira preparálo-ei para operar; na segunda lhe mostrarei métodos para você selecionar e acompanhar ações.
Fundamentalmente este livro consta de 9 capítulos. No capítulo 1, serão apresentados alguns conceitos básicos, especialmente lhe mostrarei como o mercado de ações funciona e os motivos disso. No capítulo 2, chamo a sua atenção para a necessidade de você adotar uma postura adequada – seja como investidor, seja como especulador – uma espécie de filosofia de ação. Recomendo-lhe a Filosofia do Dançarino. No capítulo 3, você aprenderá a buscar e entender dados para, a partir deles, decidir em quais ações investir seu tempo e seu dinheiro.
Um aspecto muito importante é saber como se constrói os Índices das ações que você administrará. Isso será visto no capítulo 4. No capitulo 5, você vai ver como deve proceder para se cadastrar numa corr 3 DF 204 será Visto no capitulo 4. No capítulo 5, você vai ver como deve roceder para se cadastrar numa corretora Horne Broker a fim de poder operar – comprando e vendendo ações. O cadastramento não é instantâneo, pois requer uma série de procedimentos. Depois de ler os primeiros capítulos, leia o capítulo 5 e escolha uma Corretora para operar.
Depois de ter efetuado o cadastro estude os capitulos 6 a 9, que constituem a segunda parte deste livro, com o objetivo de definir seus métodos de seleção e acompanhamento de ações. O método CAPM é o método “clássico”, reputado por muitos acadêmicos como o único consistente metodologicamente para definir a melhor carteira de ações. ? um método indicado, digamos, para profissionais, considerando a complexidade da sua metodologia. De qualquer forma, um livro que apresente métodos de selecionar e acompanhar ações não pode deixar de o mencionar. Ele foi considerado ainda que resumidamente.
Há um jargão, um linguajar todo especial no que se refere ao mercado acionário. Não deixe de consultar o Glossário para buscar a compreensão de algum termo que não compreenda. Me esforcei para cobrir todas as dúvidas que um leitor sem experiência no mercado pode ter, incorporando muito da experiência obtida em cursos para alunos universitários. Espero que, após a leitura do livro não lhe restem muitas dúvidas. Boa leitura, Boa sorte e Bons investimentos. Dez coisas que você pode aprender com este livro: 1. conceitos básicos referente ao mercado de ações; 2. diferença significativa 4 204 este livro: diferença significativa entre as posturas de investidor e de especulador; 3. a importância de ter uma filosofia de ação para atuar no mercado; 4. como se cadastrar numa corretora Home Broker, para operar via Internet; 5. as melhores fontes dos dados que necessita para operar com ações; 6. como ler e interpretar as listagens das Bolsas; 7. omo construir índices para as ações; 8. como investir e especular com ações; 9. como selecionar empresas lucrativas; 10. como acompanhar, de forma especulativa, as ações de empresas selecionadas.
A arte de operar na Bols@ pela Internet PREPARE-SE PARA OPERAR 15 Capítulo 1 S DF 204 minimizar prejuízos. Entretanto, qualquer técnica por si só não garante ganhos em todas as aplicações. Você deve estar ciente de que o mercado acionário é um mercado de risco e que, portanto, há a possibilidade de que as operações lhe causem prejuizo. O assunto é tão Importante que vale a pena destacar uas informações: a) 72,0 % das pessoas físicas que investem ma Bolsa de Valores de Nova York perdem dinheiro; b) 70,0 % das operações realizadas na Bolsa de Valores de Sáo Paulo dão prejuízo ao investidor. Ao longo do tempo, perdem feio” 1 Você deve levar em conta o seguinte: A) Nenhum método é absolutamente certo nas suas “informações”. No entanto, os métodos têm-se revelado muito melhores do que as ordens ao simples acaso. B) Você deve escolher um dos métodos — e aplicá-lo. Usar mais de um método na maioria das vezes é desaconselhável. Entretanto, há investidores que usam um étodo básico e um outro para “confirmação”. Basicamente tal investidor só executa a ordem recomendada pelo método básico se o de confirmação também estiver recomendando ou com tendência para tal.
C) Os outros investidores técnicos fazem também uso de métodos. Possivelmente todos os métodos abordados neste livro BAZIN, Décio. Faça Fortuna com Ações antes que seja tarde. São Paulo: JMJ, 1992, p. 219 MANUEL MEIRELES 18 estão sendo usados pelos investidores. Os resultados deles não são coincidentes, isto é: nem todos dão ordens de compra ou de venda ao mesmo tempo. D) Nem todos os investidores po sto é: nem todos dão ordens de compra ou de venda ao mesmo tempo. D) Nem todos os investidores possuem a mesma abordagem face ao mercado.
Isto quer dizer que há investidores cujo horizonte de aplicação é a longo prazo, outros, de médio prazo e outros de curto ou curtíssimo prazos. Os de curtíssimo prazo — alguns dias ou semanas — são designados de especuladores, mas este termo deve ser lido sem nenhuma conotação pejorativa. E) A maioria dos métodos adota um certo periodo de análise. Por exemplo, quando se trabalha com o método das Médias Móveis podemos ter como base a média óvel dos últimos 9 dias, ou 15 ou 21 ou 60 ou 200 dias. Isto, por si só, já define o tipo de abordagem que se está fazendo.
Embora o método seja o mesmo, como as bases temporais são diferentes, as ordens de compra e venda também não são coincidentes. F) Os investidores técnicos não só se defrontam contra outros investidores técnicos2 , mas contra milhares e milhares de investidores Individuais que não seguem método algum, que vão ao sabor das ondas do mercado: entram comprando quando ele já subiu ou parou de subir; correm vendendo ao primeiro sinal de queda. Portanto, em épocas de boom” os métodos — qualquer deles — são menos eficientes, pois não conseguem captar as loucuras que os “especuladores” andam fazendo. Qual dos métodos é o melhor? ? uma pergunta que talvez não tenha resposta. Eu, por exemplo, uso o indicador KM para selecionar as ações com as quais vou operar e o oscilador SMI— Stress Market Index ( índice de Tensão de Merca DF 204 as ações com as quais vou operar e o oscilador SMI— Stress Market Index ( [ndice de Tensão de Mercado) para saber quando devo comprar e vender as ações que acompanho. Estes métodos são melhores do que os outros? Não sei responder a esta uestão — nem sei se alguém sabe. Para isso, seria necessário efetuar uma pesquisa, usando todos os métodos sobre um grupo específico de ações e comparar os resultados. O que representa um método enfrentar outro método 19 Investidor versus Especulador nicialmente devemos considerar a diferença entre um investidor e um especulador. Não é uma diferença qualitativa; não se trata de afirmar que um é, eticamente, melhor do que o outro. Não se trata disso: a diferença reside essencialmente no horizonte da aplicação e na forma como buscam os ganhos. O investidor tem prazos longos de atuação, medidos em anos: compra ma ação com a intenção de permanecer longo tempo com ela. Seus ganhos ou rendimentos provêm basicamente dos dividendos proporcionados pela ação.
A seleção da ação é feita primordialmente com base no indicador Cash-yield, que considera a relação do dividendo anualizado pelo preço de mercado da ação; o acompanhamento é feito também pelo mesmo indicador. Veremos adiante, ao estudar o indicador Cash- yield, que, para o Investidor, a queda do mercado pode constituir- se em algo desejavel, e é possível que, muitas vezes, provoquem quedas acentuadas nas Bolsas erando prejuízos consideráveis p 8 DF 204 ossível que, multas vezes, provoquem quedas acentuadas nas Bolsas gerando prejuízos consideráveis para os especuladores.
O investidor orienta-se pelo dividendo da ação não pela cotação da ação na Bolsa. O especulador tem prazos curtos de atuação, medidos em dias ou semanas: compra uma ação com a Intenção de se desfazer dela rapidamente, aproveitando sua possível valorização na cotação. A seleção e o acompanhamento da ação é feita por meio de indicadores que mostrem possível variação no preço da ação na Bolsa. O especulador orienta-se pela cotação da ação — não pelos dividendos. ma queda acentuada na Bolsa geralmente tende a lhe causar grandes prejuízos.
Este livro é destinado especialmente a especuladores — aplicadores com horizonte curto, orientados pela variação das cotações das ações na Bolsa — embora possa ser usado, também, pelos investidores. Uma pessoa, aliás, pode adotar estas duas posturas: pode geri parte dos seus fundos disponíveis numa postura de investidor e outra parte com uma postura de especulador. É óbvio que a postura de especulador traz um maior risco mas proporciona, de forma geral, um retorno maior. 20 A propósito do termo especulador convém anotar as palavras de Tamer3 : O que é um especulador?
Esta é uma palavra decididamente marcada no Brasil — onde se explora sem pudor — com um sentido popular e generalizado extremamente negativo. Para o público, o especulador é aquele que aproveita as oportunidades para auferir grandes Iuc g DF 204 Para o público, o especulador é aquele que aproveita as oportunidades para auferir grandes lucros prejudicando outros. O Dicionário Aurélio é muito contraditório ao definir as palavras especular e especulador, refletindo talvez o duplo sentido que se dá a elas. Vemos ali que especular é examinar com atenção; veriguar minuciosamente; observar; indagar; pesquisar. ? também valer-se de certa posição, de circunstância, de qualquer coisa para auferir vantagens; explorar. Ou meter-se em negócios mirando lucros; agenciar, traficar, negociar. Para nós do mercado de capitais o Aurélio tem uma definição: Especular é operar na Bolsa, jogando na alta ou na baixa de titulos. Neste sentido, todos os que entram na Bolsa, de uma forma ou de outra, poderiam ser classificados como especuladores, já que têm como objetivo comprar na baixa e vender na alta, ou até mesmo comprar na alta esperando que a ação suba mais ainda. Ninguém entra na Bolsa para perder.
Todos para ganhar. Portanto, todos estão especulando, segundo a definição do Aurélio. Miguel Delmar de Oliveira, na sua obra Introdução ao mercado de ações afirma que o especulador é um protagonista ativo do mercado, porém ele não forja o mercado, criando condições artificiais que venham facilitar o objetivo de realização de lucro a curto prazo. A especulação não se reveste de qualquer ilegalidade, quando praticada dentro das regras de jogo, e garante certo grau de liquidez às Bolsas. 3 TAMER, Alberto. Os caminhos do dinheiro. São Paulo: Ática, 1988. OF204