Torno

Categories: Trabalhos

0

APOSTILA DE TORNO Estudo Bбsico e Intermediбrio da disciplina de tornearia mecвnica 2009 CAPITULO 1 TORNO MECANICO GENERALIDADES O torno mecвnico й a mais importante das mбquinas-ferramenta- Й geralmente considerado como a mбquina-ferramenta fundamental porque dela se tem derivado todas as outras mбquinas e tambйm porque pode executar maior nъmero de obras do que qualquer outra mбquina-ferramenta. O primeiro torno mecвnico que se tem notнcia foi feito na Franзa por volta de 1740, sendo desc pequeno torno de 4 fuso para abrir rosca pequenas peзas.

Em pequeno torno mecв OF45 Swip view nent page (fig. 1. 1). Era um ro, ja possuia nfecзгo de nglкs, construiu um 10 polegadas de diвmetro, com fuso engrenado а бrvore. Quando este torno foi construнdo, a princнpio era preciso um fuso diferente para cada passo de rosca que se quisesse abrir. Mais tarde, foi obtida a variaзгo do passo por meio de engrenagens, permitindo este dispositivo, abrir roscas de mais de um passo, com um sу fuso, no mesmo torno.

Desta йpoca atй a atual, os aperfeiзoamentos introduzidos, fizeram do torno, a mбquinaferramenta eficiente e engenhosa, com o auxнlio da qual a indъstria mecвnica atingiu o desenvolvimento extraordinбrio dos nossos dias. Fig. 1 . 1 Os tornos modernos apresentam inovaзхes na sua construзгo com o fim de aumentar a capacidade produtiv Swipe to next produtiva e a precisгo das mбquinas. 2 Atualmente, com o aumento das exigкncias de mercado e da concorrкncia para a produзгo em sйrie, jб se deixaram de lado “os velhos” e tradicionais tornos, substituindo-os, mesmo com sacrif[cio, por tornos revуlveres e automбticos. . I – CONCEITO E EMPREGO 1 1. 1 – Conceito Torno mecвnico й a mбquina- ferramenta, destinada a trabalhar uma peзa animada de movimento de rotaзгo, por meio de uma ferramenta de corte fig. 1. 2). Esta ferramenta pode trabalhar deslocando-se paralela ou perpendicularmente ao eixo da peзa. No primeiro caso a operaзгo й denominada tornear e no segundo caso facear. As curvas geradas pelos movimentos combinados da peзa e da ferramenta sгo: uma hйlice, quando se torneia, e uma espiral, quando se faceia. Fig. 1. 2 1 . 1. – Emprego O torno executa qualquer espйcie de superffcie de revoluзгo uma vez que a peзa que se trabalha tem o movimento principal de rotaзгo, enquanto a ferramenta possui o movimento de avanзo e translaзгo. O trabalho abrange obras omo eixos, polias, pinos e toda espйcie de peзas roscadas. Alйm de tornear superfнcies cilнndricas externas e internas, o torno poderб usinar superfнcies planas no topo das peзas (facear), abrir rasgos ou entalhes de qualquer forma, ressaltos, superfнcies cфnicas, esfйricas e perfiladas. Qualquer tipo de peзa roscada, interna ou externa, pode ser executada no torno. Alйm dessas operaзхes primбrias ou comuns, o torno pode ser usado para furar, alargar, recartilhar, enrolar molas, etc. Oto 2 5 enrolar molas, etc. O torno tambйm pode ser empregado para polir peзas usando-se lima fina, lixa ou esmeril. . 2 – CLASSIFICAЗГO A fim de atender аs numerosas necessidades, a tйcnica moderna pхe a nossa disposiзгo uma grande variedade de tornos que diferem entre si pelas dimensхes, caracterнsticas, formas construtivas, etc.

A classificaзгo mais simples й a seguinte: torno simples e torno de roscar. 1. 2. 1 – Torno Simples Neste torno pode-se tornear, facear, broquear e sangrar, porйm nгo se pode abrir rosca (fig. 1 3) Fig. 1. 3 1. 2. 2 – Tornos de roscar Classificam-se em quatro (4) grupos: simples de roscar; aperfeiзoado de roscar; revуlveres e especiais. a) Tornos simples de roscar Sгo os de manejo mais imples, e й necessбrio calcular as engrenagens, para cada passo de rosca que se deseja abrir. Fig. 1. 4 b) Tornos aperfeiзoados de roscar Estes tornos possuem um cabeзote fixo com caixa de mudanзa de marchas por meio de engrenagens denominadas monopolias. A caixa de engrenagens tipo “NORTON” й usada para abrir roscas dando de imediato o nъmero de fios por polegadas ou milнmetros, por meio de uma alavanca que corre ao longo da abertura da caixa. Realiza-se esta operaзгo fazendo a ligaзгo das rodas dentadas para o passo que se deseja obter, de acordo com uma tabela colocada ao lado da eferida caixa e o eixo de ligaзгo do comando automбtico do carro, e por meio de um dispositivo denominado fuso (fig. . 5). Fig. 1. 5 c) Tornos revуlv 3 5 e por melo de um dispositivo denominado fuso (fig. 1. 5). Fig. 1. 5 c) Tornos revуlveres Apresentam a caracterнstica fundamental, que й o emprego de vбrias ferramentas convenientemente dispostas e preparadas para realizar as operaзхes em forma ordenada e sucessiva, e que obriga o emprego de dispositivos especiais, entre os quais o porta- ferramentas mъltiplo, a torre-revуlver, etc. Й utilizado na confecзгo de peзas em sйrie.

Os tornos revуlveres classificam-se m: – Torno revуlver horizontal; – Torno revуlver vertical. 5 Fig. 1. 6 Os tornos revуlveres horizontal e vertical podem ser: Tornos semi-automбticos Nesses tornos hб necessidade do operбrio substituir uma peзa acabada por outra em estado bruto, no final da sйrie de operaзхes realizadas sucessivamente de forma automбtica. A diferenзa fundamental entre eles e os automбticos й a seguinte: Os tornos automбticos produzem peзas partindo da matйria-prima, como barras, vergalhхes, etc. com o avanзo automбtico depois de cada ciclo de operaзхes; os tornos semi-automбticos sгo apropriados especialmente para sinar peзas de origem fundida, forjadas ou estampadas, as quais exigem uma colocaзгo manual nos dispositivos de montagem que as fixam. Tornos automбticos Sгo mбquinas nas quais todas as operaзхes sгo realizadas sucessiva e automaticamente. d) Tornos especiais A grande produзгo de peзas em sйrie tem desenvolvido os tornos de um modo extraordinбrio.

Existem vбrios tipos de mбquinas que realizam operaзхes Incrнveis. Existem tornos que tкm atй quatro esperas n 4 45 Existem tornos que tкm atй quatro esperas num total de quinze ferramentas, cada uma com movimento diferente e independente. O “mul-au-matic” й o mais surpreendente entre todas as mбquinas-ferramenta convencionais que se conhece atй o momento. Й um torno vertical com 6 a 8 eixos, podendo cada um trabalhar com peзas diferentes.

Este tipo de torno й capaz de produzir vбrias peзas em poucos minutos. Este torno sу й usado em grandes oficinas ou fбbricas de automуveis. O “Stub de 6” com quatro esperas em posiзгo inclinada tambйm й um torno de grande produзгo. Todos esses tornos trabalham com grande velocidade usando ferramentas especiais. Hб tornos que usinam rodas para vagхes que sгo notбveis pelo seu grande diвmetro que sгo torneadas fixadas nos prуprios eixos.

Extraordinбrio tambйm й o torno programador; sua capacidade de produзгo й muito grande e, para termos uma noзгo, na confecзгo de um eixo de comprimento com dois diвmetros, um com 1 1/2″ e outro com 1″, gastam-se aproximadamente 2 minutos. 6 Atualmente, o estado da arte jб contempla tornos de ъltima geraзгo, os chamados tornos CNC (Comando Numйrico Computadorizado), onde sгo programadas e executadas peзas em sйrie. 1. 3 – NOMENCLATURA DO TORNO MECANICO E SEUS ACESSУRIOS O torno й formado por diversas partes que sгo unidas por muitos уrgгos de ligaзгo.

No torno de produзгo moderna quase todos os уrgгos em movimento nao estгo ? vista, mas sгo protegidos por caixas para preservar o operador de s 5 em movimento nгo estгo а vista, mas sгo protegidos por caixas para preservar o operador de acidentes, segundo as normas contra acidentes e para dar а mбquina, um perfil estйtico funcional. Й obvio que, para compreensгo, suas partes sejam abordadas com a exata nomenclatura. Assim, as partes principais sгo: os pйs, o barramento, os carros, a espera, os cabeзotes, o fuso, a vara, as grades, o indicador de quadrantes, o copiador ara cones, o esbarro para movimento automбtico etc. fig. 1 . 7). Fig. 1. 7 1-3. 1 – pйs (base) Solidamente fixados no solo da oficina, sustentam todas as peзas do torno. 1. 3. 2 – Barramento Sгo superffcies planas e paralelas que suportam as partes principais do torno, servindo de guia para o carro e cabeзote mуvel no deslizamento longitudinal. Hб dois tipos de barramento: o liso e o prismбtico. Na parte superior do barramento existem guias com perfis trapezoidais que, alйm de resistirem а pressгo de trabalho do carro, servem tambйm para o perfeito alinhamento entre os cabeзotes, fixo e mуvel. 7

Na parte inferior do barramento existe a cremalheira para o movimento manual do carro longitudinal. Alguns tornos possuem no barramento uma abertura chamada “cava”, que serve para aumentar a capacidade do torno no torneamento de peзas de grandes diвmetros, sendo para isto necessбrio a retirada do “calзo da cava”. 1. 3. 3 – Carro longitudinal Й uma das partes principais do torno que se desloca ao longo do barramento conduzindo o carro transversal, a espera e o porta-ferramentas, manual ou automati 6 5 do barramento conduzindo o carro transversal, a espera e o porta-ferramentas, manual ou automaticamente.

Na parte osterior do carro hб o avental que serve para alojar as alavancas e volantes. Esses comandos, alavancas e volantes, semem para executar os movimentos dos carros longitudinal e transversal, manualmente, atravйs da cremalheira. Existe ainda, no interior do avental, o mecanismo automбtico dos carros, composto de engrenagens, que recebe o movimento do fuso e da vara. O movimento do fuso й transmitido ao carro por meio de uma porca bipartida que й utilizada na operaзгo de abrir rosca. 1. 3. – Carro transversal Situado sobre o carro longitudinal, pode movimentar-se manual ou automaticamente no sentido transversal. . 3. 5 – Espera (luneta composta) Situada sobre o carro transversal recebe o suporte para ferramentas e tem na base um cнrculo graduado que nos dб o вngulo desejado para o torneamento cфnico manual, atravйs de um parafuso central que nos permite girб-la para direita ou esquerda. Na espera temos: O volante e o colar micromйtrico, que nos permitem regular a profundidade do corte.

O porta-ferramentas, que serve para prender as ferramentas e os suportes porta-ferramentas. 1. 3. 6 – Cabeзote fixo Й a parte mais importante do torno, fixado ao barramento, tem como finalidade principal, transmitir movimento e rotaзгo а peзa, ao fuso e а vara. Sua peзa principal chama-se “бrvore” e й constituнda por um eixo oco retificado em toda a sua extensгo, tendo as extremidades apoiadas sobre mancais e uma das extrem 45 oco retificado em toda a sua extensгo, tendo as extremidades apoiadas sobre mancais e uma das extremidades, geralmente, roscada onde й colocada a placa. A бrvore, devido a sua forma oca, permite o torneamento de peзas de grandes comprimentos, e por possuir a parte frontal cфnica, permite adaptaзгo de pontos, hastes de ferramentas, mandris e pinзas. Geralmente no cabeзote fixo existe o ecanismo da dobra, que permite reduzir a velocidade do eixo do cabeзote (бrvore) aumentando assim a sua potкncia. 1. 3. 7 – Cabeзote mуvel Й um conjunto de peзas que desliza sobre o barramento, destinado a apoiar peзas, principalmente quando entre pontos, por meio de pontos e, em alguns casos, prender e conduzir ferramentas de corte como brocas, alargadores, etc. ? composto de base, corpo, canhгo ou mangote com volante e dispositivo de fixaзгo (fig. 1. 8). 1. Corpo do cabeзote 2. Canhгo 3. Ponta 4. Volante 5. Parafuso de fixaзгo do barramento 6. Base 7. Sapata 8. Parafuso de deslocaзгo lateral do corpo 9. Alavanca de fixaзгo do canhгo Fig. 1. 8 a) Base Й uma placa de ferro fundido que assenta nas guias do barramento. b) Corpo Й um suporte de construзгo sуlida para o alojamento de um cilindro, que se encontra rigorosamente alinhado com a бrvore do cabeзote fixo. O corpo desloca-se transversalmente sobre a base.

Ajusta-se sua posiзгo em alinhamento com a бrvore ou desalinha-se em caso de torneamento cфnico. Esta ajustagem й realizada por meio de parafusos laterais entre a base e o corpo. c) Canhгo ou mangote Й um tubo cilнnd 8 5 realizada por meio de parafusos laterais entre a base e o corpo. c) Canhгo ou mangote Й um tubo cilнndrico, provido de uma porca que se desloca axialmente dentro do cabeзote; este movimento resulta da transformaзгo de rotaзгo de um fuso apoiado 9 no mancal na extremidade e movido por meio de um volante.

Hб cabeзotes, em tornos pesados, onde o prуprio mangote й o fuso, enquanto o volante faz o papel de porca. Na extremidade do canhгo ou mangote, existe um cone interno para colocaзгo de pontos, buchas, etc. Esta conicidade й de 30. d) Dispositivo de fixaзгo Й composto por um ou mais parafusos com sapatas que servem para a fixaзгo em qualquer parte do barramento. . 3. 8 – Fuso Й um vergalhгo cilнndrico, provido de rosca em quase toda sua extensгo, a qual corresponde ao curso ъtil do carro longitudinal. Esta rosca й, geralmente, de perfil trapezoidal ou quadrado.

A rotaзгo do fuso й transmitida a uma porca bipartida, montada no interior do carro, e serve para transformar o movimento rotativo do fuso, em um movimento longitudinal do carro sobre o barramento. Nos tornos antigos, todos os movimentos de avanзos do carro realizavam-se pelo fuso. Tal uso permanente resultava em desgaste relativamente rбpido da rosca do fuso e da porca bipartida prejudicando a precisгo as roscas que eram abertas. Assim, o fuso deve ser utilizado exclusivamente para abrir roscas. 1-3. 9 – Vara Substitui o fuso para a realizaзгo dos avanзos necessбrios ao torneamento liso. segundo elemento para conduzir a rotaзгo da caixa de necessбrios ao torneamento liso. Й o segundo elemento para conduzir a rotaзгo da caixa de mudanзas rбpidas para o carro. Й constituнda de um vergalhгo cilнndrico liso que tem em quase todo o seu comprimento, um rasgo de chaveta, a qual se encontra no Interior do carro. Esta chaveta serve para movimentar o carro durante o torneamento automбtico. 3. 10 – Grade Conhecida ainda pelos nomes de Viola e Lira, permite a colocaзгo de uma sйrie de engrenagens, tambйm chamada de “Trem de Rodas”. . 3. 11 – Avental Onde ficam localizados os acionamentos automбticos. 1-3. 12 – Indicador de quadrantes Й um dispositivo que serve para facilitar o trabalho na abertura de roscas. Permite o desengate da porca bipartida ao terminar o corte, voltando-se o carro manualmente ao ponto inicial e engatando-se novamente no momento preciso, fazendo com que a ferramenta coincida exatamente no interior do perfil da rosca, sendo para isto, 10 ecessбrio o uso correto dos nъmeros existentes no mostrador, para o engate dos vбrios fios de roscas.

Para o uso correto do quadrante, procede-se do seguinte modo: para os fios de roscas par, aperta-se a porca bipartida em qualquer linha do indicador; para os fios de roscas нmpar, aperta-se a porca bipartida em qualquer linha numerada do Indicador. Para fios de roscas incluindo metade de um fio, em cada polegada, (4 1/2, 11 1/2, etc. ), aperta-se a porca bipartida em qualquer linha numerada impar do indicador. Para fios de roscas incluindo quartos de fraзгo (5 3/4, 7 1/4, etc. ) aperta-se a porc 0 DF

Direção

0

CON RA-CAPA Direção defensiva Trânsito seguro é um direito de todos MAIO 2005 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL LUIZ INÁCIO LULA

Read More

Qualidade de vida no trabalho: estudo de caso em empresa terceirizada

0

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM EMPRESAS TERCEIRIZADAS: ESTUDO DE CASO Davi José de Freitas Limal, Marcelo Françoso Mendes de

Read More