Labirintos da memória

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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS LICENCIATURA EM EDUCAÇAO DO CAMPO ABORDAGEM DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO PROFESSORES: ADRIANO MORAES, EDGAR GANDRA ROSE MIRANDA Fichamento do texto “Labirintos da Memória: Quem sou? “. SIMEI DA SILVEIRA TEIXEIRA SÃO JOSE DO NORTE 2011. SIMA DA SILVEIRA TEIXEIRA Fichamento do texto Trabalho de Fichame Federal de pelotas, Li a disciplina de Abord supervisão dos profe Rose Miranda “Labirintos da Memória: Quem sou? “.

PACE 1 org o Universidade do Campo, para ucação l, sobre a , Edgar Gandra e SÃO JOSÉ DO NORTE 2011 I Como vimos na introdução do livro à palavra “memória’ nos remete a mitologia greco-romana e a Deusa Mnemósine, personificação da memória ou lembranças. Sendo assim desde os tempos antigos, passando pelos filósofos até hoje esse assunto tem sido objeto de estudo e reflexão. No livro são abordadas, primeiramente as questões neurobiológicas, através de pesquisas feitas pelo professor de Bioquímica, o médico Ivan Isquierdo.

Segundo ele o cérebro humano é cheio de perplexidades, com muitas descobertas sobre seu funcionamento. Para o autor as memórias não são adquiridas imediatamente na sua forma final PIO), pois elas são construídas e está suscetível a intervenções teve algum significado. Mas assim como temos a capacidade de recordar fatos ocorridos também podemos esquecer, pois assim como se forma a memória, se forma também o esquecimento. A falta de memória pode ser vista como estress do dia-a-dia ou como uma patologia, que segundo Isquierdo pode ocorrer em qualquer idade.

Então como vimos temos a questão neurobiológica que possibilita a formação e afirmação das memórias (de quem somos), e a emoção que acompanha algum fato vivido e que possibilita as lembranças. De acordo om o texto é possível assegurar que quando soubermos quem realmente somos ficará mais fácil de discutirmos sobre o assunto “memória”, pois a autobiografia de si mesmo trará um sentido mais claro no desenvolvimento desta questão.

Como vimos cada um de nós tem a sua memória, tem a sua identidade e que é através do que dizemos e fazemos que podemos mostrar nossos sonhos, angústias, vontades, objetivos e metas. É enfatizado ainda que a memória é um acervo pessoal de acontecimentos vividos ao longo da vida, acervo esse que pode ser recuperado. As lembranças de cada um pode ser constituída muitas vezes om fatos nem sempre vivida pelo indivíduo, mas por pessoas ligadas a ele e que passaram fatos vividos em suas infâncias ou no seio da família.

II Neste livro foi questionado logo no início sobre memória e se esta questão seria de fundamental importância para o ser humano. Diante das afirmações tanto de Isquierdo como Bobbio: “somos quem lembramos e esquecemos”, nos perguntamos então: somos realmente quem lembramos? Segundo o autor assim como a carteira de Identidade nos diz quem somos na sociedade, sabermos quem som PAGFarl(Fq autor assim como a carteira de identidade nos diz quem somos a sociedade, sabermos quem somos faz de nós, seres únicos mostrando nosso lugar no espaço.

Podemos observar que diante de vários conceitos, amplos e complexos nos indagamos onde podemos e iremos chegar? Falando ainda sobre identidade, com apoio de Niethamer podemos analisar que a palavra “identidade” aponta para muitas e diversificadas formas em que ela tem sido aplicada e para as ciladas que seu uso desenfreado e desmedido pode causar, pois de forma geral seu uso aparenta o sentido de permanência e solidez, uma marca definitiva quando na verdade o individuo está ainda se perguntando: quem sou?

A memória tem papel fundamental nesta questão, pois através dela é possível resgatar fatores territoriais de origem e posslbilita ou não a integração e as relações com outros indivíduos. Através das relações e ajuda mútua foi sendo construídos novos conceitos acerca da identidade. O autor destaca os “novos” conceitos de identidade e pertencimento a identidade nacional onde a função é de integradora e disciplinadora.

Segundo o texto a identidade se atualizam e estão sempre em construção e composição, estando ligada a vários meios que contribuem para a formação de uma rajetória que pode ser narrada como uma história. De acordo com Thomson, historiador australiano, as nossas lembranças são compostas para podermos dar sentido tanto ao passado quanto ao presente, e segundo ele o que narramos é o resultado de fatos sofridos por nossa identidade.

Um grave problema nas identidades nos nossos dias são as diferenças culturais, um exemplo claro disso é o Brasil com um imenso territóri PAGF3rl(Fq nos nossos dias são as diferenças culturais, um exemplo claro disso é o Brasil com um imenso território e diferenças sociais tão grandes. Mas a identidade de indivíduos que pertencem a essas iferenças apesar de terem oportunidades de uma mudança em sua oposição econômica e cultural não significa que alterará sua III identidade, pois ela está enraizada em suas lembranças familiares e emoções vividas.

Na verdade pode haver uma mudança na trajetória da identidade, poss[vel de observar através de pesquisas com diferentes grupos de indivíduos. Ao buscar respostas para o nosso cotidiano devemos buscar o diálogo, pois através de nossas palavras que constituímos quem somos. Humberto Maturama pesquisador e autor de obras fundamentais para o entendimento humano e da cultura afirma ue a existência humana acontece através do relacionamento, do diálogo. Onde há o confronto entre o “eu” e o outro (p47).

Podemos perceber ainda que o autor descreva que a palavra dá poder a quem a possui mesmo que por instantes. É através dela que podemos questionar quanto ao que falar sobre o que falar e com que finalidade. O autor destaca a importância das narrativas para a constituição do sujeito, e como se destaca o dialogo, o papel da fala e da escuta, mas salientando que o silêncio, as coisas não-ditas possuem mesmo sua força, pois destas coisas persistem em suas memórias. ara Michel Pollak, sociólogo e esquisador austríaco é de extrema importância às memórias “subterrâneas”, ou seja, daqueles excluídos, marginalizados e das minorias, pois estas memórias desabrocham justamente em momentos mais criticos, onde há luta, conflito como, por exemplo memórias desabrocham justamente em momentos mais críticos, onde há luta, conflito como, por exemplo, na época do holocausto e no término da 2a guerra mundial.

Outra observação importante que o autor faz é que quem sofreu ou passou por uma experiência dramática, mesmo às vezes, não querendo fica impossível não contar de suas experiências, e apartir da década e 1980 se diz “lembrar para esquecer e não repetir. ” (p54). Os autores citados anteriormente entre outros afirmam que são três elementos que constitui a identidade com base na psicologia social. Os sentimentos da fronteira do corpo, da continuidade no tempo, e o sentimento de coerência de todos os elementos que constitui o indivíduo. p55) A memória também aparece como refúgio. Refúgio para a identidade, ou para seus questionamentos para o silêncio para as nossas histórias, meias verdades ou até mesmo para a ficção. Na literatura brasileira, temos algumas obras que o autor mescla personagens reais e irreais, conta-nos atos que podem ter sido vividos por ele mesmo. Que está na sua memória, então ele IV cria um nome fict(cio e dá realismo ao seu imaginário sem assumir como sendo sua autobiografia.

O autor diz então que está na memória autobiográfica aponta como um possível refúgio, das lembranças no qual pode ser autlaizada constantemente e que ajuda a “compor” uma versão melhorada de nós mesmos, pois através das palavras recompomos como que magicamente o passado e podemos incorporar sonhos, fantasias, devaneios. Ao longo deste livro o assunto memória autobiográfica tem sido abordado constantemente. A memória autobiográfica é um trabalho de “relembrar continuo abordado constantemente.

A memória autobiográfica é um trabalho de “relembrar” continuo, não só de fatos que vivemos, mas daquilo que herdamos das nossas origens. Segundo a psicóloga social Ecléa Bosi, memória é um trabalho sobre o tempo, um trabalho de pensar “quem sou eu” em direção ao passado para repensar, rememorizar, reconstruir e ver as possibilidades de novos projetos para o futuro. Relembrar é uma tarefa simples, mas geralmente quando relembramos uma história ou fato de nossa infância, automaticamente vem ssociado a algum outro fato. ?s vezes, com a correria do dia- a dia, do trabalho, do trânsito simplesmente as lembranças aparecem e até nos surpreendem com a força e a clareza. Mas geralmente lembranças alegres do passado podem vir acompanhadas de outras tristes e desagradáveis e que pensávamos terem ficadas esquecidas e o contrário também pode ocorrer, durante o relato de algo triste, sombrio lembrar de um fato alegre e que desperte até mesmo o riso.

Esse despertar das lembranças tristes, alegres e engraçados são resultado do trabalho de busca que consciente ou inconscientemente a nossa emória realiza. Essa recuperação involuntária das lembranças pode através de uma obra o narrador pode não só lembrar de fatos de sua infância como toda a cultura de seu pais. Ainda asslrn surgem outras indagações até mesmo que já foram colocadas anteriormente: por que relembrar? Qual custo e beneficio pessoais e coletivos, nas narrativas de experiências extrema?

Podemos nos perguntar como as memórias autobiográficas podem colaborar na construção de conhecimentos? Na verdade ao longo deste livro vimos buscando respostas a estas per PAGFsrl(Fq construção de conhecimentos? Na verdade ao longo deste livro vimos buscando respostas a estas perguntas. Em meio a aceleração do tempo, em uma sociedade consumista, o estress pode ser um sinal de alerta, às vezes nosso corpo está avisando que precisamos de uma pausa, mas nem sempre esse momento é propício para refletir.

A primeira V alternativa é o recurso psicoterapêutico, mas outras soluções podem ser encontradas, até mesmo tendo um envolvimento com pessoas carentes, comunidades que precisam de ajuda, em intervenções que procuram a convivência entre grupos de convivência e pessoas da mesma geração. Em todos os projetos, á uma busca das raízes culturais identidárias, baseadas nas vivências, nas histórias das comunidades, em seus saberes trazidos pela memória na prática das autobiografias, mostrando sempre a possibilidade do conhecimento de si.

Neste contexto podemos observar que adultos que voltam ao seu ambiente escolar, ou entram pela primeira vez, têm objetivos, sonhos resultantes das experiências já vividas. Nestes casos o professor deve ser um mediador entre os conhecimentos já existentes, com as experiências de vidatrabalho. Podemos ainda fazer as seguintes indagações :Que fatos e pessoas marcaram minha formação essoa, educacional e intelectual ? E ainda colocase em destaque o fato de que será que nossas experiências nos tornaram quem somos hoje?

O autor ressalta que a memória autobiografia é uma reflexão de si, pelo que é falado, e heterográfica que realizada através da leitura e do relato do outro. Propicia-se o aprendizado do outro e através do outro e através do outro. O livro ainda salienta que o processo d aprendizado do outro e através do outro e através do outro. O livro ainda salienta que o processo desenvolvido a partir dessas vivências se baseiam no conceito da “memória” afetiva positiva e o desejo do que ainda quero e posso fazer, mas não da mesma maneira porque mudamos nós e nossos planos.

Galeano afirma: “Existe um único lugar onde o ontem e o hoje se encontram e se reconhecem e se abraçam e este lugar é o amanhã”. (p. 91), o amanhã ressaltado aqui pode referir-se aos projetos de vida, refletindo no presente de suas vidas e identidades atuais com olhos para o futuro, uma nova percepção dos projetos possíveis. O renomado filósofo francês Paul Ricouer, ao longo de sua vida e de seu legado intelectual fez referencias a todos os pensadores do nosso tempo e a todos os pensadores do nosso tempo e a odos que buscavam respostas questões fundamentais do ser humano.

No seu livro “Percurso de Reconhecimento (2006)”, ele parte da analise dos inúmeros significados do VI termo “reconhecimento”, ele propõe as seguintes sínteses: o reconhecer como identificação, o reconhecer-se a si mesmo, e o reconhecimento mútuo. No reconhecer como identificação, em seu sentido amplo, ou seja, reencontrar nos objetos, nas pessoas ou situações, traços incorporados por nós, consciente ou inconscientemente. Um exemplo disto é reconhecermos a voz de alguém , um de objeto pessoal de alguém de nosso convívio , u um lugar descrito por alguém, ou em um livro e depois reconhecidas quando visitadas.

Passemos da identificação de coisas e lugares para a identificação de si, ou seja, a identidade no sentido de reconhecimento de si mesmo, tanto no PAGF8rl(Fq si, ou seja, a identidade no sentido de reconhecimento de si mesmo, tanto no nível individual quanto coletivo. Neste contexto o autor propõe que seja feita a reflexão sobre reconhecer-se, como em um espelho. Como temos visto a questão’ quem sou? ‘ É a fundamental noção da identidade no sentido de pertencimento social e psíquico que se impõem”.

Constituímo-nos como eres humanos pela socialização, intermediada pela conversa, do encontro com o eu com o outro. Dentro da perspectiva metodológica constru[da até agora com o apoio de vários autores, foi um percurso de construção de sentido por meio da narrativa e da escrita autobiográfica. Lejeune afirma;”Quem fala e escreve pede, propõe e oferece algo ao interlocutor. Espera aceitação, aprovação, comunhão de sentidos no partllhar da humanidade comum em suas complexidades, diversidades, fragilidades, pede o reconhecimento do outro e espera uma reciprocidade, no dom da troca”.

Essa é à base do reconhecimento mútuo, na qual a uestão da identidade atingirá uma espécie de ponto culminante: é a nossa identidade, a que nos faz ser o que somos que solicita ser reconhecida. “(p. 96) A pergunta inicial volta à tona: Sou eu quem me lembro? Quem sou eu? Mas está é acrescida de outras. Você quem é? O que é a vida? “Sob a história, a memória e o esquecimento. Sob a memória e o esquecimento, a vida. Mas escrever a vida é uma outra história. Inacabamento. ” (Ricouer, In. Ganebin, 2006, PIEI). VII Bibliografia: BRANDÃO, Vera M. A. T. Labirintos da memória: quem sou? São Paulo: Paulus, 2008. PAGFgrl(Fq

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ISSN 1517-7076 Revista Matéria, v. 14, n. 3, pp. 906 — 917, 2009 http://v. ww. materia. coppe. ufrj. br/sarra/artigos/artigol 1063

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