Historia da sadude publica

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Historia da saúde Publica da humanidade Pode-se dizer que a preocupação com a saúde da sociedade, da população de uma forma coletiva, começou com as primeiras epidemias que afetaram um maior número de pessoas, e fizeram com que se começasse a pensar na causa destas. Há na biblia registros de doenças, como a lepra (hoje conhecida como hanseníase), que afetaram a vida de muitas pessoas ainda na época de Cristo, onde também já aparece a preocupação de isolar essas pessoas, dando a entender que se pensava no contágio e assim, automaticamente, na saúde coletiva.

Observasse pelos elatos Bíblicos também que se tinha a compreensão que a enfermidade era transmissível, mas que os isolamentos se justificavam de form estas enfermidades 2 Na Idade Média a Igr Swipe to view nentp conseguintemente n um castigo divino, e gonhoso, já que divino. – ncia na política e a era vista como s. O isolamento evidencia a falta de tratamento e o atraso científico da Idade Média. As casas de assistência aos pobres, abrigos de viajantes e peregrinos, mas também instrumentos de separação e exclusão quando serviam para isolar os doentes do restante da população. m dos valores básicos que envolvia a existência dos hospitais o medievo era a caridade, pois cuidar dos doentes ou contribuir financeiramente para a manutenção destas casas significava a salvação das almas dos benfeitores. Mas ao mesmo tempo com o Swige to víew next page aparecimento de novas doenças, alguns estudiosos passaram a acreditar que as doenças poderiam passar de uma pessoa para outra, começando a idéia de que há formas, além da benevolência divina, de se evitar doenças.

Nos anos 1300, ao tempo da peste negra, um médico árabe relatava que a doença podia ser contraída pelo contato com os doentes ou através de peças de vestuário, louça ou brincos Sournia & Ruffie, 1986). De qualquer modo, na visão de mundo dos cristãos medievais, estava contextualizado o temor que a doença imprimia. A sensação de que devia ser mantida à distância, o necessário afastamento do perigo desconhecido pressentido, o medo do sofrimento e da morte.

Depois dessa época de domínio da Igreja, entramos numa fase de racionalismo e grande crescimento científico, o iluminismo. Nesta fase, junto com a ciência, os conhecimentos na área da saúde tiveram grande avanço. O ser humano que acompanhava o nascimento da ciência moderna era conquistador e proprietário da natureza, não mais eu partícipe e observador harmonioso. Esta perspectiva abriu caminho para as práticas terapêuticas intervencionistas. Com uma Visão mais racional da doença, foi possível pensar em maneiras de evitar as epidemias.

A liberação de pesquisas cientificas anteciparam novas descobertas como formas de prevenir algumas enfermidades e conter o contágio de outras, assim como as vacinas que representaram um grande marco para a prevenção à tuberculose, tétano, meningites, enfermidades que em épocas remotas eram capaz de dizimar populações, bem como a descoberta do primeiro microscópio. Oi 20F 12 ?pocas remotas eram capaz de dizimar populações, bem como a descoberta do primeiro microscópio.

O iluminismo antecipou o surgimento do captalismo. Com o surgimento de fábricas, surgiram empregos exaustivos. E logo depois, surgiram os centros urbanos, a desigualdade social e a falta de estrutura nesses centros Os graves problemas sociais do início do capitalismo industrial, as desastrosas condições de vida e trabalho, geradas pela formação e crescimento dos núcleos urbanos e pela necessidade cada vez maior de expandir o capital industrial, às custas da exploração da força de trabalho e da pobreza.

Desta forma o crescimento desordenado das cidades e dos núcleos de trabalhadores nem sempre contava com as mais perfeitas condições de habitação, saneamento básico, tratamento adequado da água. Esses graves problemas sociais evidenciaram a influência do contexto social na saúde da população. Foi a partir desse momento que se iniciou a preocupação com a influência das condições de vida na saúde do individuo.

Assim, sabendo que as questões sociais influenciavam nas condições de saúde da população, pela primeira vez ouviu-se o termo medicina social. uma penetração do conhecimento médico no domínio do mbiente social, aplicado ao panorama mercantilista da Alemanha e da França do século XVIII e ao capitalismo incipiente da Inglaterra industrial do século XIX, fez nascer a medicina social no entrelaçamento de três movimentos apontados por Foucault (1979).

A polícia médica alemã, uma medicina de Estado que instituiu medidas compulsórias de controle de doenças, a medicina ur 30F 12 uma medicina de Estado que instituiu medidas compulsórias de controle de doenças, a medicina urbana francesa, saneadora das cidades enquanto estruturas espaciais que buscavam uma nova identidade social, e, por último, uma medicina da força de rabalho na Inglaterra industrial, onde havia sido mais rápido o desenvolvimento de um proletariado.

Destes movimentos surgiu a medicina social, impulsionada pelos revolucionários de 1848 e suas perspectivas de reformas econômicas e políticas, como uma empresa de intervenção sobre as condições de Vida, sobre o meio socialmente organizado pelo modo de vida capitalista conformado pela Revolução Industrial. Acrescente-se que somente na metade do século XIX, em 1848, a expressão medicina social ganharia registro.

Surgiu na França e, embora concomitante ao movimento geral que tomou conta a Europa, num processo de lutas pelas mudanças políticas e sociais. Mas após esse momento do surgimento do cap talismo, novas descobertas como a da existência de germes, fizeram com que surgissem novas formas de entender a doença como a “teoria da unicausalidade” de Louis Pasteur, foi a partir dessas novas descobertas e dos novos conceitos não sociais de doença que a saúde passou a ser biomédica centrada na doença e não no indivíduo.

Foi somente a partir da segunda metade do século XIX, marcado pelas investigações de Pasteur e Koch, que se inauguraria a Era do Germe, e que transformaria dramaticamente a medicina de uma profissão orientada para as pessoas para orientada para a doença” A revolução biomédica suscitada pelos trabalhos de Pasteur pod 40F 12 para orientada para a doença” A revolução biomédica suscitada pelos trabalhos de Pasteur pode ser denominada de “la pastorization de la médicine” que a distingue de “la pasteurization de la médicine”, no sentido de que ela significa, de um lado, uma revolução teórica e, de outro, a medicallzação de uma sociedade, legislando sobre a saúde pública, institucionalizando o ensino e atuando no plano político e social. Sem dúvida, as descobertas os microrganismos serão da maior importância para a saúde pública, especialmente quando, além da relação individuo-agente, se estabelece um modelo epidemiológico como uma interação entre esses dois elementos e o ambiente. A partir desse momento tivemos uma decadência da saúde pública, da preocupação com o contexto social e com as condições de vida da população.

Mas com o tempo a saúde alternativa e a visão holística da saúde voltaram a ser defendidas por muitos profissionais da área da saúde. Na década de 70 na América Latina cresce a importância das ciências sociais na abordagem da saúde. São organizadas conferências, como a Alma-Ata e a Conferência de Ottawa, para se pensar estratégias para melhorar a promoção da saúde em nivel mundial. Alma-Ata ” l. A conquista do mais alto grau de saúde exige a intervenção de muitos outros setores sociais e econômicos,além do setor saúde” III. A promoção e proteção da saúde da população é indispensável para o desenvolvimento econômico e social sustentado e contribui para melhorar a qualidade de vida e alcançar a paz mundial; IV.

A população tem o direito e o dever de participar individual e 2 vida e alcançar a paz mundial; oletivamente na planificação e na aplicação das ações de saúde; VII-I . A atenção primária de saúde é, ao mesmo tempo, um reflexo e uma consequência das condições econômicas e das características socioculturais e politicas do país e de suas comunidades; A década de 60 foi marcada mundialmente por alterações nos cenários políticos, e assim a década que foi marcada por apelos por “sexo, drogas e rockn’roll”, motivada por sentimentos e pensamentos libertários, foi também a década em que se iniciaram discussões e mobilizações que marcaram profundamente a história da Saúde Pública no

Mundo, pensamentos de ousadia somados com experiências nacionalistas (China) permitiram a elaboração da declaração de Alma Ata, e assim a ampliação da compreensão da complexidade da garantia deste direito fundamental ao ser humano: a saúde, e a alteração de estratégias originaram o pensamento da promoção da saúde sendo um eixo fundamental para atingir a utopia de “Saúde para Todos até o ano 2000”.. Com toda esta mobilização inicia-se uma caminhada de discussões e conferencias internacional buscando aprimorar os conceitos e sistematizar as idéias de como fazer para a obtenção ucesso em suas metas, destes instrumentais a Declaração de Alma Ata e a Carta de Otawa, anda são os símbolos da transformação da forma de se pensar saúde no mundo. VII-3.

Compreende, pelo menos, as seguintes áreas: a educação sobre os principais problemas de saúde e sobre os métodos de prevenção e de luta corresponden 6 2 educação sobre os principais problemas de saúde e sobre os métodos de prevenção e de luta correspondentes; a promoção da aportação de alimentos e de uma nutrição apropriada; um abastecimento adequado de água potável e saneamento básico; a ssistência materno-infantil, com inclusão da planificação familiar; a imunização contra as principais enfermidades infecciosas; a prevenção e luta contra enfermidades endêmicas locais; o tratamento apropriado das enfermidades e traumatismos comuns, e a disponibilidade de medicamentos essenciais; VII-4.

Inclui a participação, ademais do setor saúde, de todos os setores e campos de atividade conexas do desenvolvimento nacional e comunitário, em particular o agropecuário, a alimentação, a indústria, a educação, a habitação, as obras públicas, as comunicações e outros, exigindo os esforços oordenados de todos estes setores; VII-5. Exige e fomenta, em grau máximo, a auto-responsabilidade e a participação da comunidade e do individuo na planificação, organização, funcionamento e controle da atenção primária de saúde. Com estas citações de partes da Declaração é possível evidenciar a Indissociabilidade dos fatores sociais, econômicos e culturais para atingir uma saúde pública de qualidade e com equidade. Envolvendo assim todos os setores da sociedade, inclusive a sociedade civil.

Atualmente mesmo após ser definido pela Organização Mundial de Saude o conceito de saúde-doença que diz que “A saúde é o stado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade” (OMS, 1948), ainda é muito forte 2 mental e social e não apenas a ausência de enfermidade” (OMS, 1948), ainda é muito forte a idéia curativista da saúde. Ainda hoje, como resultado de um processo histórico, muitas vezes entende- se promoção da saúde como tratamento de uma doença. Virginia Berridge (2000): Os dias de prosperidade da saúde pública entre as duas guerras mundiais, o desabrochar do império da saúde publica no baseado no hospital , foi um erro para a saúde publica, afastando-se do aminho da saúde necessária à população. Assim, muitas vezes não é dado o valor necessário para a saúde pública, esquecendo-se da visão holística da promoção da saúde.

E como alerta Virginia Berridge (2000): A tensão entre a relação com os serviços médicos e o papel da comunidade permaneceu exemplificada nos anos 60, pela medicina comunitária e a epidemiologia das doenças crônicas, e ainda não foi resolvida. A dualidade do papel da saúde pública tem Sido um tema permanente, de um lado entre a prevenção e a promoção (ou desenvolvimento), e de outro, entre o planejamento e administração dos serviços de saúde. Além disso a saúde pública ainda enfrenta um distanciamento entre a prática e a teoria. continua presente o dilema entre a instrumentalidade e a politicidade, o saber acadêmico e o saber militante, como pontos importantes para o debate atual da saúde coletiva.

As grandes epidemias ao longo da história PESTE NEGRA História – A peste bubônica ganhou o nome de peste negra por causa da pior epidemia que atingiu a Europa, no século 14. Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneament 80F 12 Europa, no século 14. Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a opulação de ratos urbanos Contaminação – Causada pela bactéria Yersinia pestis, comum em roedores como o rato. É transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados Sintomas – Inflamação dos gânglios linfáticos, seguida de tremedeiras, dores localizadas, apatia, vertigem e febre alta Tratamento – À base de antibióticos.

Sem tratamento, mata em 60% dos casos 50 milhões de mortos (Europa e Ásia) – 1333 a 1351 COLERA História – Conhecida desde a Antiguidade, teve sua primeira epidemia global em 1817. Desde então, o vibrião colérico (Vibrio cholerae) sofreu diversas mutações, causando novos ciclos pidêmicos de tempos em tempos Contaminação – Por meio de água ou alimentos contaminados Sintomas – A bactéria se multiplica no intestino e elimina uma toxina que provoca diarréia intensa Tratamento – À base de antibióticos. A vacina dispon[vel é de baixa eficácia (50% de imunização) Centenas de milhares de mortos – 1817 a 1824 TUBERCULOSE História – Sinais da doença foram encontrados em esqueletos de 7 000 anos atrás. O combate foi acelerado em 1882, depois da identificação do bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Nas últimas décadas, ressurgiu com força nos países pobres, incluindo Brasil, e como doença oportunista nos pacientes de Aids Contaminação – Altamente contagiosa, transmite-se de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias Sintomas – Ataca principalmente os pulmões Tratamento – À base de antibióticos, o pacie respiratórias Tratamento – À base de antibióticos, o paciente é curado em até seis meses 1 bilhão de mortos – 1850 a 1950 VARÍOLA História – A doença atormentou a humanidade por mais de 3 000 anos. Até figurões como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga” A vacina foi descoberta em 1796 Contaminação – O Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias Sintomas – Febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Posteriormente, pústulas que podiam deixar cicatrizes no corpo Tratamento – Erradicada do planeta desde 1980, após campanha de vacinação em massa 300 milhões de mortos – 1896 a 1980 GRIPE ESPANHOLA História – O vírus Influenza é um dos maiores carrascos da humanidade.

A mais grave epidemia foi batizada de gripe espanhola, embora tenha feito vítimas no mundo todo. No Brasil, atou o presidente Rodrigues Alves Contaminação – Propaga-se pelo ar, por meio de gotículas de saliva e espirros Sintomas – Fortes dores de cabeça e no corpo, calafrios e inchaço dos pulmões Tratamento – O vírus está em permanente mutação, por isso o homem nunca está imune. As vacinas antigripais previnem a contaminação com formas já conhecidas do vírus 20 milhões de mortos- 1918a 1919 TIFO História – A doença é causada pelas bactérias do gênero Rickettsia. Como a miséria apresenta as condições ideais para a proliferação, o tifo está li ado a aíses do Terceiro Mundo, campos de refugiados 0 DF 12

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