Litoral leste do ceará e salinas no rio grande do norte

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO: CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO: GEOGRAFIA LICENCIATURA DISCIPLINA: OCEANOGRAFIA PROFESSOR: FÁBIO PERDIGÃO VASCONCELOS ar 17 to view nut*ge RELATÓRIO DE AULA LITORAL LESTE DO C ANTONIA GENILSA PINHEIRO CAMILA DA SILVASOBRINHO SOLANGE NONATO NEPOMUCENO GRANDE DO NORTE 7 1. INTRODUÇÃO 2. PORTO DAS DUNAS – AQUIRAZ 3. PRAIA DA CAPONGA – CASCAVEL PRAIA DE BARREIRA – ICAPUÍ 4.

A área foi visitada pela possibilidade de analisarmos os aspectos da geomorfologia costeira deste município brasileiro pertencente ao nosso estado, Ceará. O professor fez um histórico de uso e cupação que se diferencia das outras áreas visitadas durante o campo. O nlVel do mar variou em três grandes períodos glaciais e interglaciais subindo mais de 110 metros, atualmente o nível do mar está 6m acima da escala eoló ica. As movimentações totais no decorrer do tempo ge 200 m.

PAGF 17 orgânica na planície, com baixa declividade, o que influencia fortemente na atividade econômica da região, que favorece a penetração de água salgada no continente e a quantidade de água que entrave permanece no continente influencia nos padrões biogeológicos, bioquímicos e ecológicos do lugar. A pesca é a primeira atividade econômica da região, principalmente a da lagosta, dentre outras espécies nobres, de ecologia regional. A influência marítima dentro da planície litorânea é enorme, passando pelas adaptações de plantas, com o coqueiro que não é brasileira, foi trazida pelos portugueses.

Fo falado sobre a carnaúba natural do Brasil, existindo 25 espécies em todo o mundo. A carnaúba é bastante utilizada para o curral de pesca, onde se instala no o litoral plano, entre zona de descida e subida da maré, uma armadilha formada de linha de carnaúba, mais roncos, espécie de arte adentra o mar e parece um caracol, tendo 3 ou 4 modelos desenvolvidos, sempre se orientando pelas a direção das correntes. Com relação à vegetação, muitos dos coqueiros foram trazidos para a região, no entanto, posteriormente muitos se espalharam naturalmente com uma boa adaptação a região.

Inclusive pela possibilidade de retirar nutrientes da água salgada e da boa disponibilidade de água doce na região. A carnaúba, vegetação nativa, com o passar do tempo quando molhada e seca constantemente pela água do mar, adquire dureza comparada a o ferro, sendo bastante resistente a ação do ambiente. Do ponto de vista turístico a região não é muito expressiva, com poucas segundas residências por conta da distancias d região não é muito expressiva, com poucas segundas residências por conta da distancias das duas capitais próximas (Fortaleza e Natal).

A pesca tem principal justificativa de uso e ocupação da região e apresenta graves problemas em Icapuí. A pesca até meados dos anos 50 era praticada artesanalmente nos núcleos urbanos, Na metade dos anos 50 é instalada a primeira indústria pesqueira no Ceará, que necessita de alto investimento, mas nicialmente a captura industrial foi realizada se apropriando de métodos artesanais, como o uso do manzuá, prática correta do ponto de vista ambiental, contando que a malha utilizada seja no tamanho correto, para que as lagostas pequenas não fossem capturadas.

A produtividade era de 1,1 por instrumento de pesca, a cada 10 manzuás vlnham 11 lagostas, nos anos 50. No entanto, os estoques não estavam com capacidade para a deposição que estava acontecendo, pela grande abundância da espécie, outras empresas se instalam a própria indústria se expande e a produtividade cai. Isso aumenta a exploração em busca de rentabilidade. OS empresários procuram o LABOMAR para realizar estudos aprofundados pela reprodução, vida e dinâmica da lagosta, com financiamento da SUDENE.

A peca foi parada por alguns meses, devido o periodo de reprodução e foram feitas atividades que buscavam a conscientização dos pescadores, no entanto, conforme a rentabilidade foi diminuindo, foram incorporadas outras formas de pesca, dentre elas o uso de redes de arrasto que é prejudicial, podendo serem puxadas tanto por pescadores com também por duas embarcações. A lagosta é uma espécie bentônica 17 tanto por pescadores com também por duas embarcações.

A lagosta é uma espécie bentônica que vive no fundo do mar, na presença de calcário, nossa plataforma continental é forma pro rochas calcarias o que propicia a reprodução da espécie, porque a lagosta precisa de um lugar para se esconder, pela porosidade desse tipo de rochas, elas se tornam o habitat ideal. A rede de arrasto destrói também esses habitats. Nesse sentido, a legislação atuou proibindo o uso de rede de arrasto, gerando uma enorme fiscalização com relação a esse tipo de prática de esca, no entanto, houveram tentativas de burlar a fiscalização e grande presença da corrupção, que continua até hoje.

Outra arte de pesca foi desenvolvida, com o uso de explosivos e depois foi utilizado o uso em compressor. O problema não é o compressor é a desigualdade de pesca, porque envolve mergulho, e escolha de espécies, e assim esse tipo de pesca foi proibida. Um grupo de pescadores da região de Icapuí resolve fiscalizar a pesca da lagosta, ocasionando desavenças e homicídios, na tentativa de retornar ao patamar de sustentabilidade da atividade. A evolução da pesca tem problemas de falta de financiamento, de desvalorização da atividade do pescador artesanal.

A pesca mundial industrial passa pro momentos dificil porque os estoques não estavam se repondo, a própria poluição ambiental interfere na reprodução da espécie. A pesca artesanal também passa por crises, mesmo com crédito e investimentos disponíveis. Em alguns pontos do Brasil, a atividade foi substituída por outras, e isso tem sido uma constante nos lugares turísticos. O maio atividade foi substituída por outras, e isso tem sido uma constante nos lugares turísticos.

O maior empenho região pesqueira de volume por animal capturado é do Estado do Rio de Janeiro, mas a maior renda obtida até pouco tempo era do Estado do Ceará. A continuidade da atividade familiar da pesca sofreu um baque. A partir de 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional obrigou os pais a colocar todos os filhos na escola o que reduziu o numero de crianças e adolescentes que aprendiam a arte para continuar a atividade passada de geração em geração.

Posteriormente, foram criadas algumas escolas para filhos de pescadores, mas são referências pontuais as que efetivamente unconaram. A utilização de antigas áreas de salinas para carcinicultura e ostreicultura, possibilitada pelo declínio da produção de sal devido a descobertas de novas áreas, inviabilizando a produção de sal da forma tradicional. A busca pela aqüicultura se da porque houve um declínio da pesca a nível mundial, assim, investiu-se na criação em cativeiro, de diversos métodos.

Isso evita a pesca predatória e agride menos o substrato marítimo, o problema é que muitas áreas de mangues foram retiradas e invadidas em função dessa produção. A carcinicultura teve declínio em 2003 e 2004 com uma oncentração muito grande da espécie, gerado por doenças, depois pelo próprio declínio de mercado. Em 2009 há um retorno da rentabilidade, que permanece nos dias de hoje. NORTE O quarto ponto de observação foi realizado em Rio Grande do Norte, onde observarmos as salinas localizadas na foz do Rio Mossoró/Apodi na cidade de Grossos, microrregião de Mossoró.

Mas não é somente em Grossos que é observável a produção de sal, o Estado do Rio Grande do Norte é o maior centro brasileiro produtor de sal, sendo responsável hoje por 94% de todo sal consumido no país e as grandes salinas situam-se m Macau, Mossoró, Açu e Areia Branca. A área de cristalização ultrapassa os 6 milhões de metros quadrados. A produção de sal é uma atividade que nessa região tem se mantido e continua a ser a principal fonte econômica.

O sucesso dessas zonas produtoras de sal no RN ocorre de forma contrária a outras regiões no mundo e até mesmo do próprio nordeste brasileiro onde a indústria salineira detinha uma maior representatividade nacional, como por exemplo, o Ceará que nas décadas de 60 e 70 era responsável por produzir 10% do sal consumido no país, mas que juntamente com outras áreas rodutoras como Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraba e outras tiveram um declínio decorrente de uma evolução dlferenciada da ocorrida no Rio Grande do Norte.

Hoje as áreas produtoras de sal que perderam espaço como o Ceará, por exemplo, e até mesmo no Rio Grande do Norte em alguns casos, foram transformadas em tanques para a carcinicultura, que em alguns lugares é mais rentável que o sal. Constatamos que no Rio Grande do Norte o sal ainda continua sendo o grande motor da economia local. Podemos elencar alguns fatores que contribuíram para o declínio da indústria PAGF70F17 motor da economia local. indústria salineira em outros lugares e não no Rio Grande do Norte: fatores ambientais, fatores geomorfológicos que fazem com que a quantidade de áreas inundadas propícias à distribuição de sal, seja mais economicamente viável no Rio Grande do Norte do que em outros lugares. lJm outro fator é a presença de foz de rios de grandes profundidades favorecendo a passagem de navios de grande porte para pegar o sal praticamente dentro das salinas.

No caso do Ceará são poucos os rios navegáveis que suportam embarcações de médio porte, temos como exemplos somente o Acaraú e o Jaguaribe. A principal forma de produzir o sal é através da retirada da água deixando somente o cloreto de sódio, mas a preocupação está em como retirar essa água de forma econômica e a maneira encontrada é deixar vastas superfícies com pouca lâmina d’água à disposição da atmosfera, a atmosfera retira a água e deixa o sal.

Para que isso de fato ocorra são necessárias algumas condições geomorfológicas, como uma área onde a água salgada entre no continente e que possa ser barrada para depois ser estorvada para uma área plana, na qual a profundidade não seja grande, POIS sendo profunda a evaporação não é suficiente para ompletar esse processo. A produção de sal é anterior a Revolução Industrial, ou seja, é muito anterior ao maquinário para bombear a água. Utilizava-se nesse período a diferença de maré.

Como uma segunda condição para a produção do sal marinho, temos a diferença de marés, os seja, o continente tem que ser plano, mas ao m sal marinho, temos a diferença de marés, os seja, o continente tem que ser plano, mas ao mesmo tempo tem que ter um range de maré/amplitude importante. Durante as marés de sizígias e de Lua a água entra no estuário e inunda o continente, quando maré volta o homem dá um jeito de prendê-la. Hoje ainda se usa a captura de água por gravidade, mas a maioria das salinas possui o seu sistema de bombeamento onde são equipados para receber essa água independente do ciclo da maré.

O Brasil não possui grandes minas de sal continental sendo a sua produção de origem marítima, que também é mais barato do que importar da Europa. A produção de sal no Brasil é mais forte no segundo semestre, quando a concentração de chuvas é menor, quase insignificante. É menor a produção de sal no primeiro semestre porque tem uma maior concentração de chuvas, com ma menor evaporação e o aporte de água doce nas salinas também é maior.

O grande foco da indústria salineira é a produção destinada a atividades mecânica e metálica, mas também devemos lembrar que o sal é utilizado na agricultura para o gado, como correção do solo, dentre outra utilidades. A produção de sal para consumo humano é mínima, mas extremamente importante para o desenvolvimento, pois a carência de iodo causa danos ao cérebro infantil. Seu efeito mais comum é a redução da capacidade de aprendizado. Crianças que sofrem dessa deficiência têm QI de dez a quinze pontos abaixo as crianças saudáveis.

O efeito mais agudo é o retardo chamado cretinismo. No Brasil, de acordo com as leis, deve-se se adicionar o iodo no sal de consumo humano direto. O iodo I PAGF40F17 Brasil, de acordo com as leis, deve-se se adicionar o iodo no sal de consumo humano direto. O iodo limpa o sangue, ajuda na regularização da glândula tireóide e no metabolismo, prevenindo contra o bócio. O sal, embora não deva ser consumido em excesso, é bom pra manutenção do equilíbrio orgânico, principalmente das células, ajuda na hidratação quando dosado. 6. PRAIA DE CANOA QUEBRADA ( DUNAS) – ARACATI

Localizada no município de Aracati, Canoa Quebrada é o segundo ponto turístico do Ceará depois de Fortaleza. As dunas foram o nosso pnncpal objeto de estudo. Inicialmente podemos perceber que o ambiente de contato do mar com o continente – a praia é formada por sedimentos não consolidados, sedimentos que se depositam no contato do continente com o mar e essa não consolidação fazem com que os sedimentos tenham uma extrema mobilidade. Mobilidade pelas ondas, pela deriva litorânea que vai levando, sendo que as praias funcionam como verdadeiros rios de areias sendo transportadas.

Esse material das praias é o estoque para a formação das dunas. A terminologia usada para designar o transporte de sedimentos de grãos pelo vento é a deflação. As dunas são formadas a partir da areia que estava na praia e que é transportada para o continente. Podemos selecionar alguns fatores ou condições que são necessárias para a formação das dunas. O primeiro fator é a matéria prima – a areia. A praia precisa ser formada por areia, ser arenosa. Uma praia formada por cascalho não tem material para ser mobilizada, ou ainda uma praia com arela muito fina, lodosa ou lamosa dificilmente

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