Nietzsche e o ateísmo

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CURSO BÁSICO DE TEOLOGIA NIETZSCHE E O ATEís or6 to view nut*ge Trabalho produzido em atendimento às exigências da disciplina “Filosofia da Religião”, do curso Básico de Teologia da IEC, como parte dos requisitos para aprovação na mesma. Alunos: André Luiz Gregório Marta Silva Miriam Fernandes presente trabalho objetiva-se através de pesquisa bibliográfica enxergar além da imagem resultante de um conhecimento superficial baseado em afirmações isoladas apresentadas a nós, conhecendo um pouco mais a respeito desse Fllósofo que evidencia ser um autor bastante polêmico desde a sua época até s dias atuais.

DESENVOLVIMENTO Vida e obra de Nietzsche. Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu na cidade de Rócken na Prússia, no dia 15 de outubro de 1844. Sua família era composta por seus pais Karl Ludwing e Franziska Oehler, e seus irmãos mais novos Elizabeth e Joseph, sendo seu pai um pastor Protestante. A principio Nietzsche desejou ser pastor como o pai, porém abandonou a Teologia em 1864. No ano seguinte foi estudar filologia clássica (área de conhecimento que estuda a língua, produção literária e documentos – de uma perspectlva cultural e histórica) na Universidade de Leipzig.

Com apenas 24 nos, já formado em 1869 foi nomeado professor de filologia clássica na Universidade de Basiléia. Por motivos de saúde em 1879 renunciou à cátedra o mais alto posto da hierarquia do magistério). Nietzsche dedicar aos estudos PAGFarl,F6 Wagner (1888). Ditirambos Dionisíacos, Ecce Homo, O Anticristo e Vontade de Potência só apareceram depois de sua morte, as quais sofreram deturpações por sua irmã Elisabeth Nietzsche, devido a seu interesse em agradar aos nazistas da época como Adolf Hitler e autopromoção na década de 1930.

Nietzsche escreveu sobre arte (literatura e música), moral e ?tica, antropologia, teoria do conhecimento, religião e até um romance filosófico, o “Assim falou Zaratrusta”, porém o autor não separa estes assuntos em obras sistematizadas, o que requer maior atenção do leitor, também por sua característica de utilizar trocadilhos, ironias e outros jogos de linguagem. O que significa Ateísmo? A palavra ateu, em sua etimologia, é formada pelo prefixo a – que significa ausência, e pelo radical grego theós – que significa Deus, divindade ou teísmo.

Baseado no termo teísmo, que significa crença na existência de algum tipo de deus ou deuses e natureza pessoal, definimos de forma mais clara individuo ateu: aquele que não acredita na existência de qualquer deus ou deuses. Assim, quando queremos uma palavra que representa tal perspectiva, usamos o termo ateu ligado ao sufixo ismo, que, na língua portuguesa, é usado com o significado de doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político ou religioso.

Definimos então de forma clara o que é ateísmo: estado de ausência de crença na existência de qualquer deus ou deuses. Ateísmo X Nietzsche. Nietzsche chama atenção de muitos leitores por ter sido mplamente citado por autores como Foucault, Heidegger e Sartre e também devido à polêmica resultante da herança deixada por ele: as críticas à religião cristã. Para ele, Jesus com ideias como ressurreição e mundo melhor após críticas a religião cristã.

Para ele, Jesus com ideias como ressurreição e mundo melhor após a morte, contribuiu para que todos se penitenciassem para fugir do pecado original, o qual, para Nietzsche é impossivel por defender a ideia de que o homem não tem uma alma que sobrevive após a morte física, e de que “deus” não existe fora de nossas mentes humanas. Para Nietzsche o medo que o homem tem de morrer e ir para o inferno é o que fundamenta a moral crista, sendo o pecado uma invenção que alimenta esse medo.

Não existe uma relação por vontade própria e sim por necessidade, o homem é um “covarde da vida” que teme suas mazelas, cultua e se esconde atrás de um deus que serve como muleta. Nietzsche então rejeita a doutrina cristã, chamando-a de “Moral de rebanho” (“Moral de fracos”) segundo ele, para que Deus seja reconhecido como tal, a moral cristá arrebanha crentes para cultuá-lo recrutando-os como culpados. Nietzsche propõe então a transvaloração dos valores, ou seja, fim dessa moral cristã imposta a mais de dois mil anos.

Para isso, ele não queria que uma revolução acontecesse, mas sim que os leitores entendessem seus argumentos e percebessem que ser cristão é entregar sua vida para uma fantasia (crença em “deus”) ou para a vontade da moral dos sacerdotes. Nietzsche traz essa proposta mais com um cunho individual do que coletivo, acreditando que seja possivel que cada indivíduo conscientize-se dos equívocos de sua própria cultura. Ele afirma que a sociedade deveria ser governada pelos aristocratas, mas não pelos ricos se aplicado sentido moderno burguês da palavra, e sim no sentido antigo, ou seja, os mais inteligentes.

Para que ocorresse essa transvaloração da cultura e crença ocidental, Nietzsche contra PAGF crença ocidental, Nietzsche contrariando o cristianismo e à moral propõe o “Ubermensch” (Super-Homem), isto é, o homem livre do cristlanismo. Marilena Chaui, em “Convite a Filosofia”, resume a visão de Nietzsche da seguinte maneira: “A moral racionalista foi erguida com finalidade repressora e não para garantir o exercício da liberdade.

Esta moral transformou tudo o que é natural e espontâneo nos seres humanos em vício, falta, culpa, e impôs eles, com os nomes de virtude e dever, tudo o que oprime a natureza humana. As paixões, desejos e vontade referem-se ? vida e à expansão de nossa força vital, portanto, não se referem, espontaneamente, ao bem e ao mal, pois estes são uma invenção da moral racionalista. A moral racionalista foi inventada pelos fracos para controlar e dominar os fortes, cujos desejos, paixões e vontade afirmam a vida, mesmo na crueldade e na agressividade.

Por medo da força vital dos fortes, os fracos condenaram paixões e desejos, submeteram a vontade à razão, inventaram o dever e impuseram castigos para os transgressores. Transgredir normas e regras estabelecidas é a verdadeira expressão da liberdade e somente os fortes são capazes dessa ousadia”. Nietzsche conclama a humanidade a permanecer fiel as suas vontades e nao acreditar em quem promete algo se baseando em esperanças sobrenaturais, e isso só é possivel se tornando o “Ubermensch”.

Nietzsche propõe estabelecer nova humanização utilizando as seguintes palavras: o “Ubermensch” passa a ser o novo sentido da Terra (Assim falava Zaratrusta). CONCLUSÃO Sabe-se que Nietzsche não foi o primeiro autor a tecer críticas a religião cristã, Feuerbach, Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895) á o tinham feito, porém, o foco crítico contra a doutrina cristã levantada por ele é o surgimento da “moral cristã” supostamente ditada para que os homens prestassem obediência cega e total.

Nietzsche combatia a religião cristã, certamente por perceber que suas doutrinas contrariavam o ideal da transvaloração por ele proposto, isto é, o alvo das críticas de Nietzsche não era Cristo, e sim, as fórmulas platônicas vividas pelos cristãos. Nietzsche em sua obra “O Anticristo” afirma: Só a prática cristã, uma vida tal como viveu aquele que morreu na cruz, é cristã… ara ele o cristianismo morreu junto com Jesus na cruz, e o que chamamos hoje de cristianismo não passa de uma sistematização dos ensinamentos deixados por Jesus, estabelecidos por mentes humanas. Entendemos que o foco principal do trabalho de Nietzsche era despertar em seus leitores um senso critico dos valores estabelecidos em dois mil anos de cristianismo, para que chegássemos a inversão e criação de novos valores lançando mão de recursos filosóficos e não religiosos. BIBLIOGRAFIA • Revista: Coleção Guias de Filosofia – Editora Escala. Nietzsche volume II.

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