Globalização
Primeira Fase da Globalização Existe, como em quase tudo que se diz respeito da história, uma grande controvérsia em estabelecer-se uma periodização para estes cinco séculos de integração econômica e cultural, que podemos chamar de globalização, iniciados pela descoberta de uma nova rota marítima para as índias e pelas terras do Novo Mundo.
De certo modo até as duas grandes guerras mundiais de 1914-18 e a de 1939-45, e antes delas a Guerra dos Sete Anos (de 1756-1763), provocaram a intensificação da globalização quando adotaram algumas macro-estratégias militares para perseguir os adversarias, num mundo quase inteiramente o view next*ge transformado em ca pelas seguintes etap pr. r 12 globalização, domina a 1850) da economia segunda globalização endo, nos definimos alização, ou primeira I e ntilista (de 1450 nda fase, ou caracterizadas pelo expansionismo industrial-imperialista e colonialista e, por última, a globalização propriamente dita, ou globalização recente, acelerada a partir do colapso da URSS e a queda do muro de Berlim, de 1989 até o presente.
Períodos da Globalização Data I Período Caracterização I 1450-1850 primeira fase I Expansonismo mercantilista 1850-1950 | Segunda fase I Industrial-imperialista-colonialista I Pós 1989 Globalizaçao Recente Cibernética- tecnológica- associativa A primeira globalização, resultado da procura de uma rota marítima para as Índias, assegurou o est estabelecimento das primeiras feitorias comerciais europeias na India, China e Japão, e abriu aos conquistadores europeus as terras do Novo Mundo.
Enquanto as especiarias eram embarcadas para os portos, milhares de imigrantes iberos, ingleses e holandeses, e, uns números bem menores de franceses, atravessaram o Atlântico para vir ocupar a América. Aqui formaram colônias de exploração, no sul da América do Norte, no Caribe e no Brasil, baseadas geralmente num só roduto (açúcar, tabaco, café, minério, etc. ) utilizando-se de mão de obra escrava vinda da África ou mesmo indígena.
Para atender as primeiras, as colônias de exploração, é que o brutal tráfico negreiro tornou-se rotina. Igualmente não se deve omltir que ela promoveu uma espantosa expropriação das terras indígenas e ou na destruição da sua cultura. Em quase toda a América ocorreu uma catástrofe demográfica, devido aos maus tratos que a população nativa sofreu e as doenças e epidemias que os devastaram, devido ao contato com os europeus.
Nesta primeira fase estrutura-se um sólido comércio triangular ntre a Europa (fornecedora de manufaturas) África (que vende seus escravos) e América (que exporta produtos coloniais). A imensa expansão deste mercado favorece os artesãos e os industriais emergentes da Europa que passam a contar com consumidores num raio bem mais vasto do que aquele abrigado nas suas cidades, enquanto que a importação de produtos coloniais faz ampliar as relações inter-européias.
Politicamente, a primeira fase da globalização se fez quase toda ela sob a proteção das monarquias absolutistas que concentram enorme 12 globalização se fez quase toda ela sob a proteção das monarquias bsolutistas que concentram enorme poder e mobilizam os recursos econômicos, militares e burocráticos, para manterem e expandirem seus impérios colonials. Os principais desafios que enfrentam advinham das rivalidades entre elas, seja pelas disputas dinástico-territoriais ou pela posse de novas colônias no além-mar, sem esquecer-se do enorme estragos que os corsários e piratas faziam.
A doutrina econômica da 1a fase foi o mercantilismo, adotado pela maioria das monarquias europeias para estimular o desenvolvimento da economia dos reinos. Ele compreendia numa legislação que recorria a medidas protecionistas, incentivos fiscais doação de monopólios, para promover a prosperidade geral. A produção e distribuição do comércio internacional eram feitas por mercadores privados e grandes companhias comerciais. Todo o universo econômico destinava-se a um só fim, acumular riqueza.
O poder de um reino era analisado pela quantidade de metal precioso (ouro, prata e joias) existente nos cofres reais. Para assegurar seu aumento o estado exercia controle nas importações e no comércio com as colônias. Esta politica levou cada reino europeu a terminarem se transformando num império comercial, tendo colônias e feitonas espalhadas pelo mundo todo. Segunda fase da globalização. Os principais acontecimentos que marcam a transição da primeira fase para a segunda dão-se nos campos da técnica e da política.
A partir do século 18, a Inglaterra industrializa-se aceleradamente e, depois, a França, a Bélgica, a Alemanha e a Itália. A máquina 19 industrializa-se aceleradamente e, depois, a França, a Bélgica, a Alemanha e a Itália. A máquina a vapor é introduzida nos transportes terrestres e marítimos. Consequentemente esta nova época será regida pelos interesses da Indústria e das finanças, e não mais das motivações dinástico-mercantis. Será a grande urguesia industrial e bancária, e não mais os administradores das corporações mercantis e os funcionários reais quem liderará o processo.
A escravidão que havia sido o grande esteio da primeira globalização, tornou-se um impedimento ao progresso do consumo e, somada à crescente indignação que ela provoca, termina por ser abolida, primeiro em 1789 e definitivamente em 1848 (no Brasil ela anda irá sobreviver até 1888). No campo da polltica a revolução americana de 1776 e a francesa de 1789, irão liberar grande energia fazendo com que a busca da realização pessoal termine por promover uma ascensão social das massas.
Depois, como resultado das Guerras Napoleônicas e da abolição da servidão e outros impedimentos feudais, milhões de europeus, abandonaram seus lares e emigram para os EUA. Canadá, e para a América do Sul. A posse de novas colônias torna-se um ornamento na pol(tlca das potências (a Grã-Bretanha possui mais de 50, ocupando áreas antieconômicas). O mercado chinês finalmente é aberto pelo Tratado de Nanquim de 1842 e o Japão também é forçado a abandonar a política de isolamento da época ao assinar um tratado com os americanos.
Cada uma das potências europeias rivaliza-se com as demais na luta pela hegemonia do mundo. O resultado é um acirramento da corrida na luta pela hegemonia do mundo. O resultado é um acirramento da corrida imperialista e da política belicista que levará os europeus a duas guerras mundiais. Entre outros aspectos técnicos ajudam a globalização: o trem e o barco a vapor encurtam as distâncias, o telégrafo e o telefone, aproximam os continentes e os interesses ainda mais. Nestes cem anos da segunda fase da globalização (1850-1950) os antigos impérios dinásticos desabaram.
Das diversas potências que existiam em 1914 (Império britânico, o francês, o austro- húngaro, a italiano, o russo e o turco) só restam depois da 2a Guerra, as superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética. Derrotadas pelas guerras as metrópoles desabaram, obrigando- se a aceitar a Ilbertação dos povos colonials que formaram novas nações. Algumas independentes e outras neocolonizadas continuaram ligadas ao sistema internacional. Somam-se, no pós-45, os países do Terceiro Mundo recém-independentes, às nações latino-americanas que conseguiram autonomia política, no fim da 1a fase.
No entanto nem a descolonização nem as revoluções comunistas, servirão de obstáculo para que o processo de globalização seja retomado. Processos de Globalização Até a Revolução Industrial, o processo de mundialização da economia foi vagaroso, devido às limitações nos transportes e nas comunicações. Com a Revolução Industrial e a liberação do Capitalismo para suas plenas possibilidades de expansão, a globalização deu um salto qualitativo e significativo. A ampliação dos espaços de lucro conduziu à globalização.
O mundo passou a ser visto como uma referência para obtenção espaços de lucro conduziu à globalização. O mundo passou a ser visto como uma referência para obtenção de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas. Num rmeiro momento, a globalização foi também o espaço para o exercício de rivalidades intercapitalistas e resultou-se em duas guerras mundiais. Ao longo do século XX, a globalização do capital foi conduzindo à globalização da informação e dos padrões culturais e de consumo.
Isso se deveu não apenas ao progresso tecnológico, mas – e, sobretudo – ao imperativo dos negócios. A tremenda crise de 29 teve tamanha amplitude justamente por ser resultado de um mundo globalizado, ou seja, ocidentalizado, face à expansão do Capitalismo. Ao entrarmos nos anos 80/90, o Capitalismo, ingressou na etapa de sua total uforia triunfalista, sob o rótulo de Neoliberalismo. Tais são os nossos tempos de palavras perfumadas: reengenharia, privatização, economia de mercado, modernidade e – metáfora do imperialismo – globalização.
Os avanços tecnicocientíficos (informática, cabos de fibra óptica, telecomunicações, química fina, robótica, biotecnologia e outros) e a difusão de rede de informação reforçaram e facilitaram o processo de globalização. Estabeleceram um intercâmbio acelerado (reduzindo o espaço e o tempo), não só na esfera econômica (mercados, tecnologia de produção), mas atingindo também, os hábitos, os padrões ulturais e de consumo.
A classe trabalhadora, debilitada por causa do desemprego, resultante do maciço investimento tecnológico, ou está jogada no desamparo, ou foi absorvida pelo setor de serviços, uma economia fluida e que PAGF 19 está jogada no desamparo, ou foi absorvida pelo setor de serviços, uma economia fluida e que não permite a formação de uma consciência de classe. No momento presente, inexistem abordagens racionais e projetos alternatlvos para as misérias sociais, o que alimenta irracionalismos à solta. Globalização Recente.
No decorrer do século 20 três grandes projetos de liderança a globalização conflitaram-se entre si: o comunista; o da contrarrevolução nazifascista e o projeto liberal-capitalista. Num primeiro momento ocorreu a aliança entre o liberalismo e o comunismo (em 1941-45) para a autodefesa e depois, a destruição do nazi-fascismo. Num segundo momento os EUA e a URSS, se desentenderam gerando a guerra fna, onde o liberalismo norte-americano rivalizou-se com o comunismo soviético numa guerra ideológica mundial e numa competição armamentista e tecnológica que quase levou a humanidade a uma catástrofe.
Com a política da glasnost, a guerra fria encerrou-se e os Estados Unidos proclamaram-se vencedores. O momento símbolo disto foi à derrubada do Muro de Berlim ocorrida em novembro de 1989, acompanhada da retirada das tropas soviéticas da Alemanha reunificada e segulda da dlssolução da URSS em 1991. A China comunista, por sua vez, que desde os anos 70 adotara as reformas visando sua modernização, abriu-se em várias zonas especiais para a implantação de indústrias multinacionais.
Desde então só restou hegemonia no moderno sistema mundial a economia-mundo capitalista, não havendo nenhuma outra barreira a antepor-se à globalização. Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma só superpotência mundial: os Estados Unidos. É a única que tem condições operaclonals de realizar intervenções milltares em qualquer canto do planeta (Kuwait-91 , Haiti-94, Somália-96, Bósnia-97, etc. ).
Enquanto na segunda fase da globalização vivia- se na esfera da libra esterlina, agora é a era do dólar, enquanto que o idioma inglês tornou-se a língua universal por excelência. Pode-se até afirmar que a globalização recente nada mais é do que a americanização do mundo. A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em caráter econômco, social, cultural e polltico entre diferentes parses. A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias.
No passado, para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada em tempo O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo e, principalmente, os países desenvolvidos; de modo que pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno encontrava-se saturado. A globalização é a fase mais avançada do capitalismo.
A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista tornou-se predominante no mundo. A c Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista tornou-se predominante no mundo. A consolidação do cap talismo iniciou a era da globalização, principalmente, econômica e comercial. A integração mundlal decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial.
As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática, promoveram o processo de globalização. A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo. O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal ator a modernização dos transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação e exportação).
O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a globalização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta. O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios.
Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo. Desequilíbrios e Perspectivas da Globalização O processo produtivo mundial é formado por um conjunto de umas 400-45 Perspectivas da Globalização umas 400-450 grandes corporações (a maioria delas produtora de automóveis e ligadas ao petróleo e às comunicações) que têm seus investimentos espalhados pelos cinco continentes.
A nacionalidade delas é principalmente americana, japonesa, alemã, inglesa, francesa, suíça, italiana e holandesa. Portanto, ode-se afirmar que os países que assumiram o controle da 1a fase da globalização (1450-1850), apesar da descolonização e dos desgastes das duas guerras mundiais, ainda continuam obtendo os frutos do que conquistaram no passado.
A razão disso é que detêm o monopólio da tecnologia e seus orçamentos, estatais e pnvados. A ONU que deveria ser o embrião de um governo mundial foi paralisada pelos interesses e proibições das superpotências durante a guerra fria. Em consequência dessa debilidade, formou- se uma espécie de estado-maior informal, cujos encontros frequentes têm mais efeitos sobre a pol[tica e economia do undo em geral do que as assembleias da ONU.
Enquanto que no passado os instrumentos da integração foram ? caravela, o barco à vela e a vapor, e o trem, seguidos do telégrafo e do telefone, a globallzaç¿o recente se faz pelos satélites e pelos computadores ligados na Internet. Se antes ela martirizou africanos e indígenas e explorou a classe operária fabril, hoje se utiliza do satélite, do robô e da informática, abandonando a antiga dependência do braço em favor do cérebro, elevando o padrão de vida para patamares de saúde, educação e cultura até então desconhecidos pela humanidade. Ninguém