Resumo sagrado e profano de mircea eliade

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Resumo Livro O Sagrado e o Profano. A proposta de Mircea Eliade aborda o fenômeno do sagrado e profano em toda sua complexidade, partindo da definição primordial da oposição entre sagrado e profano; desenvolve assim aprofundamento do tema e revela em seus estudos essa problemática religiosa perpassando pelos meandros da história da humanidade. Segundo Ellade, o conhecmento do sagrado se faz justamente em suas manifestações pelo viés hierofânico, digo, dar a conhecer através das realidades sagradas, que não fazem parte do mun manifestações ao ho m considerações sobre latos

O autor Romeno pa moderno passa por c or7 ndo assim, tais esta repleta de rofanias o homem gimento, por não compreender totalmente como um objeto revela o divino e vice-versa, por não ser senslVel a dois modos de ser no mundo, sagrado e profano, o homem moderno dessacralizado, dessacraliza as manifestações sagradas permanecendo em posição desconfortante existencialmente. As posições existenciais, sagrado/profano, assumidas pelo homem ao longo da história, são conquistas humanas e assim patrimônio da cultura universal.

Em relação ao espaço sagrado/profano, nota-se que a construção o sagrado esta fincada qualitativamente, diferentemente em relação ao espaço profano que o cerca revelando múltiplas variações e diferenças históricas SWipe to page significativas e de extrema relevância para a compreensão dos fatos religiosos; e quão interessante é abordar dimensões específicas da experiência religiosa, apontando diferenças em relação à experiência profana – que no decorrer da história o comportamento humano tanto o religioso quanto o não-religioso estão intrinsecamente conectados ao “homo religiosus”, a humanidade e seu desenvolvimento histórico. Concernente ao Espaço Sagrado e a sacralização do muno Mircea Eliade trata do espaço vivencial do homem analisando o espaço sagrado/profano e suas consequências.

O primeiro (espaço Sagrado) é o centro, fortaleza que revela um “ponto fixo”, “referenciar’ para o homem religioso e partindo desse referencial todo resto será a extensão desse espaço sacralizado. Percebe- se a perspectiva espacial não – homogêneo nessa situação, pois é justamente o ponto chave da visão do homem religioso em relação ao espaço. Ele, o espaço, possui roturas causadas or hierofanias que revelam o ponto inicial de todas as coisas, a manifestação divina é dada numa experiência primaria de espaço não – homogêneo, hierofânico “fundante do mundo”, possibilitando a partir desse eixo central toda a orientação futura de si mesmo e do mundo. É a fundação ontológica do mundo causada pela hierofania e orientação para o homem religioso, trazendo para ele, esse “ponto fixo” valor existencial.

No segundo caso (espaço Profano) na extensão homogênea não há a possibilidade de referencial no sentido religioso, pois o espaço ara o homem não-religioso PAGFarl(F7 não há a possibilidade de referencial no sentido religioso, pois o espaço para o homem não-religioso é dessacralizado, não há “ponto fixo”, “centro”, “absoluto” transcendente. O mundo é o que é, digo, o não-religioso recusa a sacralidade em sua existência profana, recusando toda perspectiva religiosa. Mantém a homogeneidade, portanto a relatividade do espaço, sem orientação ‘Verdadeira”, não goza de estatuto ontológico único se movendo forçado pelas obrigações de toda existência de um universo fragmentado. Entretanto, Eliade traz a luz de suas pesquisas que o homem não-religioso não aboliu completamente todos os traços do comportamento religioso. Mesmo no espaço profano existem valores que remontam a não – homogeneidade da experiência religiosa de espaço.

Espaços e momentos que o homem não-religioso constrói, participa que para ele se tornam locais e momentos de qualidade excepcional “única”. para o autor surge daí lugar, momento sagrado do universo particular do nao- religioso, como se nessas situações tivessem a revelação de outra realidade diferente da existência cotidiana. Todo espaço sagrado constitui uma hierofania que consagra um lugar pelo próprio fato de torná-lo “absoluto”, “aberto” para o alto, para a livre manifestação do divino. A passagem de um mundo profano para o sagrado é possível apenas para o homem que adentra pela “abertura teofânica” que assegura comunicação com o mundo divino.

O sinal mais importante dessa experiência é a passagem pelo ponto paradoxal que distingui e opõe os dois mun PAGF3rl(F7 importante dessa experiência é a passagem pelo ponto paradoxal que distingui e opõe os dois mundos, a porta, o limiar entre mundo profano e sagrado. A porta é símbolo e ao mesmo tempo veiculo transportador para a sacralidade, ela evidencia a não- homogeneidade do espaço e é utilizada na maioria das religiões, como já falamos, para simbolizar comunicação com as esferas cósmicas, veículo de passagem de um nível a outro sacralizado, a porta é o limiar, baliza, fronteira, sacraliza o lugar e possibilita a separação entre sagrado e profano. Consagrar um lugar é repetir a obra dos deuses. O homem religioso com seu trabalho reproduz a cosmogonia estabelecendo ordem cósmica entre seu território e o espaço indeterminado, o aos, transformando o último em cosmos.

Esse ato de organizar, santificar o espaço sacralizando-o é afirmar que o mundo do homem religioso é abertura para o transcendente. A partir do espaço sagrado e seu trajeto transcendental, por meio de hierofania, ocorre à rotura dos níveis cósmicos possibilitando a comunicação entre mundo divino e as regiões inferiores. A comunicação entre as zonas cósmicas existe na rotura de nível a partir da visão do “nosso mundo” como “ponto fixo” independente de sua extensão. O “Nosso mundo” é um cosmos perfeito, uma “imago mundi”. Ressalta que tanto a magem do universo (imago mundi), quanto o centro do mundo (axis mundi) podem ser representados ao mesmo tempo de diversas e múltiplas formas. ? bom frisar que a intenção do homem religioso é posicionar-se o mais próxi homem religioso é posicionar-se o mais próximo possivel do centro do mundo, no “umbigo do mundo”, “pedra angular”, ele quer estar dentro do espaço sagrado onde há o real por excelência. Nota-se a partir desse olhar que as fabricações e construções humanas como reflexo da ação do homem, possuem como exemplo de modelo a cosmogonia, seguindo arquétipos agrados em vários contextos culturais onde é evidente a influência do esquema cosmológicos e a mesma encenação ritualística do trabalho dos deuses. O mundo do homem religioso situa-se sempre no centro e a partir dessa posição ele assume a criação do mundo do devir. osiciona-se como transformador da morada humana que com a dessacralização do mundo transformou-se em “máquina de habitat’, assim como todas as outras produções em série do mundo moderno dessacralizado e científico. Toda comunidade busca imitar a cosmogonia e assumir a criação do mundo que se deseja habitar. O simbolismo cósmico mostra a casa/território como uma “imago mundi” situada sempre próxima do “axis mundi”. Ao repetir o ato cosmogônico o homem religioso insere em sua construção uma “alma”. Uma das formas de repetir essa cosmogonia é através do Bauopfer, que são “sacrifícios sangrentos ou simbólicos em proveito de uma construção”, santifica-a através de rituais de sacrifício que dão alma ao local.

Seguindo essa linha arquitetural cosmogônica tanto o Templo, Basílica e Catedral são lugares santos por excelência, casa dos d cosmogônica tanto o Templo, Basílica e Catedral são lugares antos por excelência, casa dos deuses e ainda esta maduro na consciência religiosa a estrutura cosmológica da geometria celeste. No curso da história o homem expermentou de formas diferentes essa experiência fundante, mesmo reconhecendo a variedade de experiências religiosas do espaço afirmam-se elementos de unidade entre elas e a diferença de estrutura que separa o homem religioso do não-religioso é o comportamento de ambos diante do espaço e do tempo.

No ultimo capítulo, Existência Humana e vida Santificada, Mircea Eliade traz a questão dc fenômeno religioso para o omportamento e universo mental do homem, digo, para existência humana. A vida para o homem religioso detêm uma dimensão cósmica, trans-humana numa relação imperativa de abertura para o mundo. A existência aberta para o mundo esta constantemente em comunicação com os deuses e participando ativamente da santidade do mundo e o santificando. Como exemplos das situações existenciais do homem religioso e do não-religioso, Eliade, cita os rituais de passagem e iniciação. Estas situações são interpretadas diversamente e adquirem diferentes sentidos de acordo com a posição assumida pelo homem diante a binariedade sagrado/profano.

O homem religioso na completude de sua realidade transcende o mundo, santificando o próprio real, enquanto que o nao- religioso atua dessacraliando o mundo, negando a transcendência e mesmo que se reconheça como agente da história, ainda sim, duvida de PAGFsrl(F7 transcendência e mesmo que se reconheça como agente da história, ainda sim, duvida de sua própria existência. Porém Eliade nota que sendo o não-religioso ser dessacralizador, ele (o não- religioso) só o é porque o dessacralizado um dla fora sagrado. Nessa linha lógica, segundo o autor, a maioria dos não-religiosos ainda possui comportamentos religiosos, mesmo sem consciência desse fato e em nível de base de tal afirmação Eliade cita como portadores de mitologia o Marxismo e a Psicanálise. Taís comportamentos religiosos em sua estrutura possuem conteúdos mítico-vivenciais guardados no inconsciente do homem, são frutos de situações existenciais imemoriais.

Mircea Elidade conclui que “O homem não-religioso teria perdido a capacidade de viver conscientemente a religião e, portanto, de compreendê-la e assumi-la; mas, no mais profundo de seu er, ele guarda ainda a recordação dela, da mesma maneira que, depois da primeira ‘queda’, e embora espiritualmente cego, seu antepassado, o Homem primordial, conservou inteligência suficiente para lhe permitir reencontrar os traços de Deus visíveis no Mundo. ” (p. 173) Finaliza seu trabalho de historiador da religião cravando uma abertura para maiores problematizações no campo de outras ciências, como filosofia, psicologia e teologia. BIBLIOGRAFIA: ELIADE, Mircea. “O Sagrado e o Profano – A essência das religiões”. São Paulo: Martins Fontes, 1995. Tradução: Rogério Fernandes.

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