A arte de contar histórias na educação infantil

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇAO A ARTE DE CONTAR HISTORIAS: uma reflexão sobre a experiência com crianças na faixa etária de 4a 5 anos por Cíntia Costa Barreto Junho or2s 2003 to view nut*ge A ARTE DE CONTAR uma reflexão sobre a de 4 a 5 anos Monografia apresentada ? Faculdade de Educação da Universidade do Estado do s na faixa etária Rio de Janeiro como requisito parcial à obtenção da graduação em licenciatura plena em Pedagogia com habilitação em magistério da Educação Infantil.

Orientadora: Maria da Glória Schaper dos Santos ubdivisão que enfoca o lugar que as histórias ocupam na escola. Capítulo II – A história infantil contextualizada na educação escolar das crianças de 4a 5 anos. Capítulo III – Dois relatos de experiências serão apresentados: o de uma professora da rede pública municipal do Rio de Janeiro e o relato da autora, com suas experiências pessoais e profissionais. Para elaboração de tais capítulos, foram utilizadas obras publicadas pertinentes ao assunto.

Finalmente apresentamos a conclusão deste trabalho. SUMÁRIO CAPÍTULOS páginas INTRODUÇAO 01 I – A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS 02 1. 1. O lugar que as histórias ocupam na escola II – A HISTÓRIA INFANTIL NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS DE 4A 5 ANOS . 08 III – RELATO DE EXPERIÊNCIA 12 II 1 – Entrevista III. 2. – Relato da autora CONCLUSAO — PAGF vantagens que as contaçbes de histórias proporcionam no dia a dia destes pequenos educandos.

Fundamentada em minha própria experiência profissional e até mesmo na minha experiência de vida, fui lentamente despertada para a questão das histórias na escola e para a maneira com a qual estas histórias costumam ser trabalhadas. Por este motivo, falamos sobre a necessidade da disponibilidade e do interesse do rofessor em escutar dos seus alunos as situações corriqueiras do dia a dia, que são histórias de vida.

Apresentamos um pequeno texto sobre as contações de histórias, prática transformada em arte que chega a ser citada na Bíblia como recurso utilizado por Jesus Cristo para a evangelizaçao. Através deste trabalho esboçamos a esperança de podermos contribuir para a discussão deste tema, na crença de que um dia entenderemos a escola como fonte de alegria e prazer, onde seja possível aprender a optar e a expressar o ser, dando ao profissional de educação infantil embasamento teórico-prático ara o ponto de partida de uma viagem sem fim, a viagem do conhecimento..

Defendemos a utilização de diferentes recursos para as contações de histórias, assim como apresentamos os mesmos e refletimos sobre a necessidade do planejamento cuidadoso das atividades desenvolwdas postenormente ? história, para que promovam o alcance dos objetivos propostos pelo contador, que neste caso é um professor. Nos referimos à escolha da história a ser contada como fator determinante ao sucesso da educação infantil da rede municipal de ensino, bem como os relatos de experiência da autora. CAPÍTULO I A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS Contar histórias é brincar com versos, com rimas ou simplesmente com palavras.

Através da oralidade é possível deslumbrar-se com a riqueza da comunicação. Contar histórias é uma arte muito linda! Atualmente, nos valemos de inúmeros recursos para contar uma históna, mas nem sempre foi assim. É impossível saber precisamente quando se deu o início das contações de histórias. Possivelmente tenham surgido concomitantemente ? linguagem oral. Esta é uma hipótese que nos reporta a tempos muito distantes, dos quais a escrita não fazia parte. Cristo ensinava através de parábolas. Ele, educador por excelência, estimulava a interpretação de suas histórias para que se percebesse nelas um fundo moral.

Para Carvalho (1 975), as histórias são para as crianças o que as parábolas de Cristo são para os cristãos. A contação de histórias revela-se uma arte antiga, que se confunde com a história da nossa própria cultura, a cultura humana. Nos diz Gotilib (2000): ” Enumerar as fases da evolução do conto seria percorrer a nossa própria história, a história de nossa cultura, detectando os momentos da escrita que a representam” (p. 6). Contar histórias é representar a literatura oral e esta literatura não se restringe ? substituição da literatura grafada ara aqueles que não lêem.

Ela precede a literatura letrados tende a classificar o cordel, as expressões estéticas e da sabedoria do povo, como algo que faria parte de um mundo ingênuo, “pitoresco”, “típico”, “anônimo”, “Folclórico” (p. 172). Se a linguagem falada precede a linguagem escrita, torna-se fácil concluir que a linguagem escrita surge através da linguagem falada e torna-se seu ponto de apoio. A história contada é fundamentada tanto na formação educativa uanto na formação cultural da criança. O conto infantil supre a necessldade da curiosidade e descoberta que a criança possui.

Contar histórias é, acima de tudo, parte do nosso cotidiano, como afirma Gotlib (2000): Sob o signo da convivência, a história sempre reuniu pessoas que contam e que ouvem: em sociedades primitivas, sacerdotes e seus discípulos, para a transmissão de mitos e ritos da tribo; nos nossos tempos, em volta da mesa, ? hora das refeições, pessoas trazem notícias, trocam idéias e contam casos A criança ouve muitas histórias contadas pela mãe, pelo pai, pelos vos, por outras crianças, enfim, por todos aqueles que a cercam.

São contos de fada, aventuras, fábulas, lendas, piadas, histórias in implesmente o relato de recreação, a formação, a informação, a atenção, o enriquecimento da linguagem, o estímulo à imaginação e ? inteligência, as emoções, o desenvolvimento do pensamento crítico e artístico-literário, desenvolver o hábito da leitura e ensinar a escutar. Para autores como Carvalho (1975), por exemplo, o conto infantil é como se fosse uma chave mágica que abre as portas da inteligência e da sensibilidade da criança, para sua ormação integral.

A escola torna-se um lugar propicio para articular a arte de contar histónas. Mas, afinal, o que é essa tão comentada arte? É transformar um simples relato em algo que aguce a imaginação daquele que ouve. Pode ser através de recursos mais elaborados ou através de uma simples narrativa. Existem autores que, dentre todos os recursos e formas de apresentação das histórias, elejam a simples narrativa como a mais encantadora maneira de contar uma história. Afirma Coelho (1998, p. 1): Esta é sem dúvida, a mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, radicional, e autêntica expressão do contador de histórias. Não requer nenhum acessório e se processa por meio da voz do narrador, de sua postura. Este, por sua vez, com as mãos livres, concentra toda a sua força na expressão corporal. Contos de fadas, eu sempre conto sob a forma de simples narrativa. Que gravura mostraria o esplendor do baile de Cinderela, ou a emoção da fuga ao histórias opte pelo texto mais adequado e coerente a cada situação.

A história na escola é de grande parceria quando contextualizada. 4 Pobre do professor que se vale de toda a sua criatividade para articular uma história, ainda ue interessante, quando seus alunos encontram-se envolvidos em situações que demonstram interesses discrepantes àqueles aos quais a história se refere. A contextualização permite a interligação dos fatos levando ? interpretação, desenvolvendo assim o senso critico do ouvinte, que neste caso é um educando. Saber contar uma história é, acima de tudo, saber para quem se conta, seu entendimento e seu interesse.

O bom contador de histórias conhece a sua história de cor e salteado. Tem linguagem acessível às suas crianças e escolhe suas histórias levando em conta a falxa etária que pretende atender. Já que contar e ouvir histórias é um momento especial, o contador de histórias modifica o ambiente físico da sala, tornando-o mais acolhedor e propiciando um contato mais próximo com as crianças. Sua voz tem sempre a entonação adequada, transmitindo através da sonorização, a emoção de cada personagem.

Para que um trabalho cercado de cuidados não se perca, é necessário que haja bastante cuidado com o espaço de tempo no qual se contará a história, para que a criança mantenha seu interesse na atividade desenvolvida, evitando rojetar sua atenção a outras situações. Segundo PAGF 7 ontada e cantada. Ela pode ser contada e ilustrada ou ainda só ilustrada, necessitando da participação ativa dos que querem conhecê-la. uma história pode ainda ser contada com objetos, com um livro, com uma folha de papel transformada em dobradura.

Acredite, uma história pode ser contada como o contador quiser, como mandar a sua imaginação. A escola atual sistematizou-se através de seus curr[culos para tornar possível um encadeamento das noções elou conteúdos a serem lançados e trabalhados durante os períodos de estudo. Baseados em planos de curso, professores rascunham e planejam suas ulas utilizando como recursos os livros didáticos, exercícios nos cadernos, cópias entre outros. Geralmente, se “sobrar um tempinho”, conta-se uma história para fazer a “emenda” do tempo até a hora da saída.

A história acaba estando mais fortemente presente nos nlVeis escolares em que o plano de curso é menos extenso elou mais flexível. Nas turmas de Educação Infantil costuma-se programar a “hora da história” para a qual as crianças sentam-se em roda e apreciam a historinha contada pela professora, que se vale de diferentes técnicas de contações de histórias ao longo do ano letivo. ? fácil perceber que ao longo da vida escolar a história perde este status no currículo e conforme a gradatividade do curso, ela passa a ser encarada como parte do universo infantil.

Perceba o relato d narrativas entre as crianças e seus depoimentos são enriquecedores. Classe: quarta-série do primeiro grau. Fala dos alunos antes da narrativa: – Aqui as professoras nunca contam histórias. Não quero ouvir, eu não sou do primeiro ano. – Não demore. Essa besteira é um porre. Não quero ouvir mais mentira. – Me deixa. Não quero ouvir mais bobagem. Após a narrativa: Eu gostei. Pensei que fosse boba. Eu gostei. Fiquei até com pena de acabar. – Quando você vai contar outra? – Que jóia! Que história linda!

Ela não devia ter ido com o príncipe… – Devia sim. Ela ficou mais feliz! A história alimenta a imaginação e, por conseqüência, promove a interpretação daquilo que foi contado. Habitualmente, nosso sistema educaclonal, ao considerar o aluno alfabetizado, promove a leitura de livros extra-classes, que são de grande valor e de extrema importância para a formação do hábito de leitura, mas que não substituem uma boa história contada, cantada, contada e cantada, gesticulada, lustrada, dobrada em uma folha de papel…

Contar histórias é também trocar idéias. O aluno que tem espaço para manifestar suas idéias e opiniões também é um contador de histórias. Os “casos”que nos contam em voz alta, os relatos de situações, as piadas, são histórias do dia a dia, que não são contadas em livros e merecem ser atentamente escutadas. Por tantas e tantas vezes histórias é agir sabiamente, já que promovem as relações sociais, provavelmente estão de acordo com o interesse de todos e aguçam a imaginação e a criatividade de quem conta e e quem ouve.

Torna-se fácil perceber a importância das histórias contadas no cotidiano escolar, mas este deve ser um trabalho dosado conforme a faixa etária e de interesse de nossos educandos. Nos diz Coelho (1998): A história é um alimento da imaginação da criança e precisa ser dosada conforme sua estrutura cerebral. Sabemos que o leite é um alimento indispensável ao crescimento sadio. No entanto, se oferecermos ao lactente leite deteriorado ou em quantidade excessiva, poderão ocorrer vômitos, diarréia e prejuízo da saúde.

Feijão é excelente fonte de ferro, as nem por isso iremos dar feijão a um bebé, pois fará mal a ele. Esperamos que cresça e seu organismo possa assimilar o alimento. A história também é assimilada de acordo com o desenvolvimento da criança e por um sistema muito mais delicado e especial (p. 14). Uma história não é apenas algo que pegamos escrito em um livro ou em qualquer outro lugar, mas é também a nossa própria vida, a maneira como agmas, reagmos, encaramos os fatos e pensamos. Através das histórias despertamos a imaginação e o lado lúdico de uma situação. C fessor refletir sobre qual 10

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