A escola e o meio ambiente

Categories: Trabalhos

0

a escola e o meio ambiente Rosana Pereira de Araujo Professor Orientador: Nilson Corrêa Faculdade Dom Bosco Educação e Gestão Ambiental – Especialização Lato Sensu 10/1/2010 RESUMO or13 to view nut*ge À medida que o hom na natureza para sati ade de intervir s e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia disponível. A sua ação tem causado grandes problemas, dentre eles, a poluição, o desmatamento e a ocupação de áreas de maneira descontrolada e desordenada.

Se medidas urgentes não forem tomadas, e e não houver uma conscientização de toda a população, as alterações podem até mesmo tornar inviável a manutenção da vida no planeta. Neste contexto, a escola tem papel fundamental no sentido de implantar na sociedade uma mentalidade ecológica e conservacionista, para que nao fique na mão de poucos a busca de soluções para um problema que afeta todas as nações.

O presente trabalho, desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, ressaltando os pontos abordados pelos autores pertinentes ao assunto em questão, tem como objetivo estudar o papel da escola frente ao desenvolvimento de tecnologias criadas pelo anifestam com maior gravidade e atingem diretamente a população no seu dia-a-dia.

A questão ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis. A escola deve intemir, promovendo numa mudança de mentalidade, conscientizando os grupos humanos para a necessidade de se adotarem novos pontos de vista e novas posturas diante dos dilemas e das constatações feitas nessas reuniões.

Justifica-se a realização do presente trabalho, considerando- e que os problemas ambientais devem ser estudados na relação entre a sociedade e a natureza, pois, ao tratar da formação socioespacial, das novas territorialidades e temporalidades do mundo, aborda-se de forma ampla os processos que geram uma determinada ocupação do solo, as demandas por recursos naturais, o crescimento populacional e a urbanização, entre outros e os problemas deles decorrentes, estabelecendo a forma como a escola pode influenciar na busca de soluções.

I MEIO AMBIENTE O termo “meio ambiente” tem sido utilizado para indicar um “espaço” . com seus componentes bióticos e abióticos suas interações) em que um ser vive e se desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado e transformando-o. 13 com o passar da história. E, ao transformar o ambiente, os seres humanos também mudam sua própria visão a respeito da natureza e do meio em que vive. (BRASIL, 1999, p. 233) 1. 1 URBANIZAÇÃO A cidade é a forma de organização socioespacial complexa: seu desenvolvimento depende de infra-estrutura tecnológica, cultural e administrativa. (LUCCI, 2005, p. 53). As experiências de cada indivíduo em relação aos diversos espaços da cldade resultam de uma série de fatores, inclulndo ua condição socioeconômica. Os espaços urbanos ou rurais vivenciados por nós acabam tendo um significado especial, pois neles moramos, nos relacionamos com outras pessoas, trocamos experiências, estudamos, trabalhamos, nos divertimos – enfim, desenvolvemos nosso cotidiano. A industrialização e a urbanização tornaram-se um fenômeno mundial na segunda metade do século XIX; a partir de então, o debate sobre os problemas urbanos nos países industrializados se intensificou.

Sobre esses países pairava uma constatação: o crescimento econômico conquistado com a industrialização ão havia levado à melhoria da qualidade de vida da população urbana. (LUCCI, 2005, p. 255). A urbanização é um fenômeno que resulta da transferência da população rural para as cldades. Caractenza-se pela grande concentração de moradores num mesmo local e com atividade econômica ligada ao setor secundário e terciário da economia e só está presente quando a população urbana ultrapassa a rural.

E-la ocorre a partir da mi ra ao rural-urbana, que faz com que a cidade passe a PAGF 13 ento maior do que o um crescimento maior do que o campo. Quando a população urbana e a rural crescem em igual proporção ocorre o rescimento urbano. O crescimento populacional das cidades teoricamente não tem limites, ao contrário do que ocorre com a urbanização, que corresponde a um aspecto espacial ou territorial proveniente de modificações socioeconômicas. (LUCCI, 2005, p. 254).

O modelo de civilização adotado nos últimos séculos, principalmente a industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, além da mecanização da agricultura, que inclui o uso intenso de agrotoxicos, e a urbanização, com um processo de concentração populacional nas cidades. A urbanização brasileira intensificou-se a partir dos anos 1940 1950, em decorrência do processo de industrialização, que contribuiu para a dinamização de outras atividades econômicas, ligadas ao comércio e aos serviços. O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. MAGNOLI; ARAÚJO, 2005, p. 241). A procura por terras cultiváveis já destruiu cerca de 30% das florestas originais dos continentes. Na verdade, a agricultura causou os primeiros impactos ambientais quando o homem aprendeu a cultivar plantas alimentícias e a criar animais. 1. 2 0 BRASIL E A QUESTÃO AMBIENTAL Além de contar com uma das maiores reservas naturais do laneta, o Brasil dispõe de grande biodiversidade e apresenta grande variedade climática_Apesar de tantos recursos, os problemas ambientais brasileiros são inúmeros, tanto no campo como na cidade. xploração dos recursos naturais tornou-se cada vez mais intensa, principalmente durante o século XX, quando o país alcançou elevadas taxas de crescimento econômico e industrial. Esse crescimento acelerado , que provocou migrações do campo para os centros urbanos, contribuiu para a deterioração da qualidade de vida nas grandes cidades, nas quais os investimentos não foram suficientes para dotá-las de infra- struturas básicas para receber essa população. Dessa forma, agravaram-se diversos problemas como, por exemplo, o da poluição do ar e dos rios; o das enchentes, o da falta de saneamento básico em várias regiões, etc.

Mesmo depols da primeira e da Segunda Revolução Industrial, os impactos ambientais continuaram sendo essencialmente locais, quando muito regionais, e, portanto, não despertavam grande preocupações, a nao ser dos que eram atingidos diretamente, em geral, pessoas pobres, operários das fábricas e os que habitavam áreas próximas delas. Durante muito tempo, os donos de fábricas poluidoras e a população rica em eral conseguiram escapar da poluição, morando longe das cidades industriais.

Entretanto, com o aumento da poluição, especialmente da atmosférica, os impactos gradativamente deixaram de ser locais e regionais para ser mundiais. Sobretudo após a II Guerra Mundial todos, sem distinção, passaram a sofrer as conseqüências dos impactos ambientais, independentemente de morar ou não perto das fontes poluidoras. A partir de então, passou a haver uma preocupação mais generalizada, principalmente porque impactos como o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio ameaçam a sobrevivência de espécie humana. SENE, 200, p. 88 destruição da camada de ozônio ameaçam a sobrevivência de espécie humana. (SENE, 200, p. 188) No Brasil, a intensificação do movmento ecológco ocorreu, sobretudo, a partir dos anos 1 970, ainda no período dos governos militares, que se caracterizaram pela elaboração de projetos de desenvolvimento com pouca ou nenhuma preocupação com a questão ambiental. (LUCCI, 2005, p. 295). No meio rural, por exemplo, o modelo de desenvolvimento predatório adotado no Brasil atingiu tanto o ambiente quanto as populações rurais, que viviam numa interação mais imediata com a natureza.

Essas populações, resistlndo à destruição de seu modo de vida, à perda da terra para trabalhar e viver, unem- se em movimentos como os da luta por terra, de atingidos por barragens, de seringueiros e de defesa dos povos indígenas. Sem se denominarem ambientalistas, organizam-se em defesa de sua sobrevivência e, assim, passam a questionar o modelo de desenvolvimento econômico. De outro lado, os movimentos ambientalistas de origem urbana, guiados por uma consciência da perda de uma relação com a natureza, unem-se contra o modelo de desenvolvimento que destrói o meio ambiente.

As camadas mais pobres, que utam por moradia, saneamento básico, áreas de lazer, entre outras coisas, também se unem por uma causa socioambiental. Também nas periferias das grandes cidades, nos bairros onde se concentram as populações mais pobres, organizam-se, a partir da década de 70, diversos movimentos populares que lutam pelo direito ao saneamento báslco, às redes de água e esgoto, ao atendimento à saúde, ao serviço de coleta de lixo, à urbanização de favelas etc.

Esses moviment de favelas etc. Esses movimentos lutam pela melhoria do ambiente urbano e pela qualidade de vida de seus habitantes. (BRASIL. 1999, p. 123) O movimento ecológico no Brasil vive a fase de sua maior diversidade de pontos de vista e atuação. Em diferentes situações, é por meio das lutas ambientais que a sociedade tem conseguido mostrar a sua oposição às decisões autoritárias de governos e até mesmo influir nas tendências politicas. 2 A ESCOLA E O MEIO AMBIENTE Segundo a LDB, em seu Art. 0 A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movmentos socials e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A escola tem como papel fundamental formar cidadãos, dar ao alunos os ensinamentos de que eles necessitam para viver e trabalhar neste mundo em evolução, bem como orientá-los para a vida. Isso só acontece, se a escola definir como meta, o trabalho critico com os conteúdos a ser estudados pelos educandos.

Através de um trabalho crítico e da busca pelo exercício da cldadania, a escola deve mostrar às novas gerações a importância de cada indivíduo e seu papel na sociedade, enquanto cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. É preciso que a escola compreenda que também é seu papel, dar ao aluno condições ara se inserir no meio social. É reciso atentar para a evolução do mundo e orientar o est vida. (CARMO, 2010) Segundo RIOS, 1995, p. 32) O papel da escola passa a ser mais significativo ainda, uma vez que lida com um saber que muitas vezes precisa ser repensado, reavaliado e reestruturado.

Infelizmente, nem sempre ou quase sempre a escola “não tem cumprido o objetivo da educação que desejamos, de cunho democrático, socializando o saber e os meios para aprendê-lo e transformá-lo” (RIOS, 1995, p. O professor, por sua vez, deve considerar no exercício de sua função o aluno como sujeito de múltiplas relações, que por star em processo de formação, deve ser considerado em sua totalidade. Assim, deve assegurar ao educando uma formação crítica, capaz de levá-lo a refletir sobre temáticas cotidianas e interferir positivamente em seu meio e, sobretudo, em sua vida para transformá-la.

Na escola, os alunos devem entender-se cidadãos ativos no processo ensino-aprendizagem, socializando conhecimentos e construindo um posicionamento critico frente a qualquer assunto em estudo, quer seja ou não por eles vivenciados. (CARMO, 2010). É dever da escola desenvolver o sentido da identidade no aluno, e isto se faz por meio de participação, de liberdade e onfiança no potencial de cada um como pessoas iguais e ao mesmo tempo diferentes, estimulando-os à autonomia e desenvolvendo a auto- confiança em relação as suas próprias capacidades.

Deve desenvolver nas pessoas um senso crítico, que as torne aptas a discernir entre o que é certo e o que é errado , utilizando como estratégia mostrar as coisas como realmente são , levando o aluno a pe debater e construir seu aluno a pensar, discutir, debater e construir seu conhecimento. A educação deverá ser voltada para o crescimento individual e coletivo do ser em todos os aspectos, dando-lhe subsídios, ransmitindo-lhe valores culturais, éticos, morais, religiosos, de igualdade e cidadania, levando-o a buscar por uma vida digna, estabelecendo vínculo entre teoria e prática.

A escola precisa oferecer serviços de qualidade e um produto de qualidade, de modo que os alunos que passam por ela ganhem melhores e mais efetivas condições do exercício da liberdade politica e intelectual (L BÂNEO, 1998, p. 10). Por isso, a escola deve ser um espaço de formação e informação, onde a aprendizagem de conteúdos propicie a inserção do aluno no contexto das questões sociais.

Segundo Moran (2005), é função social da escola: “organizar os processos de aprendizagem dos alunos, de forma que eles desenvolvam as competências necessárias para serem cidadãos plenos e contribuam para melhorar nossa sociedade”. A escola tem, também um grande desafio a enfrentar quando se procura direcionar as ações para a melhoria das condições de vida no mundo. Um deles é relativo à mudança de atitudes na interação com o patrimônio básico para a vida humana: o meio ambiente.

A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos decldir e atuar na realldade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de v que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos.

E esse é um grande desafio para a educação. (BRASIL, 1999, p. 187). Deve-se considerar que muitas informações, valores e procedimentos que são transmitidos à criança pelo que se faz e e diz em casa. Esse conhecimento deverá ser trazido e incluído nos trabalhos da escola, para que se estabeleçam as relações entre esses dois universos no reconhecimento dos valores que se expressam por meio de comportamentos, técnicas, manifestações artísticas e culturais. BRASIL, 1999, p. 25). O comportamento de certos fenômenos da natureza está condicionado por múltiplas variáveis, o que dificulta o conhecimento acerca do funcionamento dos diversos ambientes. Dois locais diferentes, por exemplo, com mesmo tipo de solo e com mesmo clima, podem apresentar cobertura vegetal distinta, as explicações que servem para um não servem para o outro. Compreendê-los implica a aprendizagem de conteúdos de várias áreas, abordados sob diferentes prismas.

A aprendizagem, por exemplo, das relações alimentares, seja em Ciências Naturais, em História, em Geografia ou outras áreas, deve incluir os vínculos entre elas e os fluxos da água, do oxigênio e do carbono, a geração do lixo, o uso de insumos agrícolas artificiais, o aproveitamento, o desperdício, o tratamento e a distribuição da água etc. TORRES (2006), afirma “uma das funçõ scola é preparar o

Emissoras de tv

0

REDE TUPI Fundação 18 de setembro de 1950 Extinção 18 de julho de 1980 Fundador Assis Chateaubriand A Rede Tupi

Read More

Embargos infringentes

0

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CURSO DE DIREITO – BALNEARIO CAMBORIU INTERPRETAÇÃO JURISPRUDENCIAL – 70 MATUTINO Acadêmico: Claudio Hames Prof0:

Read More