Absolutismo russo

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ABSOLUTISMO RUSSO Ivan III, o Grande(1462-1 505) O grão-duque Ivan III, o Grande, iniciou as bases para um regime autocrático. Incorporou à Moscóvla os estados de Novgorod, em 1478, e Tver, em 1485. A dominação mongol terminou em 1480. Uma vez livre do controle tártaro, entre 1492 e 1500 Ivan invadiu os territórios lituanos. Paralelamente, Iva III constrói em Moscou um poder absoluto sem precedentes decalcado sobre o dos imperadores romanos e bizantinos.

A publicação em 1497 do Sudiebnik, primeiro código de leis russo compilado por Vladimir Goussev, de ue o soberano russ e gregos trazidos co imperador bizantino, Estado centralizado e ar 8 tc view umento de poder disso, os italianos ha do último iam a criação de um Quando Ivã morre, em 1505, a Russiaj havia se tornado o país mais influente da Europa Oriental. Ivan IV, o Terrível(1533-1584) Ivan IV ficou conhecido como Ivan, o Terrível, por usar a tortura, o desterro e a execução para reprimir os nobres que conspiraram contra ele.

Embora famoso por sua crueldade e seus excessos, fundou um poderoso Estado russo e estabeleceu o modelo para o governo autocrático czarista. Foi proclamado soberano em 1533 e em 1 547 transformou-se no primeiro grão-duque moscovita a ser coroado czar. Seu principal objetivo era debilitar o poder dos boiardos(membros da alta nobreza) e da Igreja. Em uma de suas princip principais medidas, determinou que metade das terras da Moscóvia(Oprichnina) fosse propriedade patrimonial do czar e com isso estabeleceu um novo grupo social, denominado oprichniki.

Em 1 552, os exércitos moscovitas conquistaram e anexaram o reino tártaro de Kazan. Astracã passou a ser território russo em 1556. A zona fronteiriça da Moscóvia foi ocupada pouco a pouco elos cossacos, homens livres recrutados voluntariamente para o serviço do czar. Em 1581, uma expedição cossaca cruzou os Urais e iniciou uma colaboração mútua que possibilitou que a maior parte dos territórios do Obi fossem administrados por um governo russo, começando assim a conquista da Sibéria.

Ivan, embora conhecido como o Terrível por suas crueldades, fortaleceu o Estado e estabeleceu as bases do governo supremo dos czares. Pedro l, o Grande(1682-1 725) A ascensão de Pedro marcou o começo de um período durante o qual a Rússia alcançou grande poder dentro da Europa. Em 721, Pedro foi proclamado “czar de todas as Rússias”, dando orlgem ao Império Russo, que através do estabelecimento de uma capital sobre o Báltico, São Petersburgo, quis marcar sua nocaçao europela. Através da ocidentalização, esforçou-se por modernizar o Império Russo, também transformando São Petersburgo em nova capital, em 1703.

A ideia de Pedro era a de centralizar o Estado o máximo possível. Além de conflitos com os otomanos, prolongou conflito de anos com a Suécia, no fim do qual apoderou-se de territórios que deram à Rússla o acesso ao Mar Báltico, solidificando assim sua olítica expansionista. deram à Rússia o acesso ao Mar Báltico, solidificando assim sua politica expansionista. Ao governo autoritário de Pedro I segui-se um período de debilidade. O trono, após conjurações e conspirações, passou por vários sucessores e distintos governantes.

Em 1741, Elizabeta Petrovna chegou ao trono e sob seu governo produziu- se uma recuperação nacional; em guerra novamente com a Suécia(1741-1743), a Rússia conseguiu parte da Finlândia. Posteriormente, aliou-se à Áustria e à França na Guerra dos Sete Anos(1756-1 763) contra a Prússia. Seu sobrinho e sucessor Pedro III foi sucedido no trono por sua esposa Catarina II, a Grande. Catanna II, a Grande(1 762-1795) O êxito de seu governo permitiu a expansão da Rússia, baseado na adesão aos princípios do Iluminismo.

Mas a eclosão de um levante cossaco e de camponeses fez com que Catarina endurecesse ainda mais as opressivas leis sobre servidão e abandonasse progressivamente seus pontos de vista liberais. No reinado da czarina a Rússia participa, junto com a Áustria e a Prussia, da partilha da Polônia, tornando-se a maior potência da Europa Oriental. Os anos de Catarina II no poder ficaram marcados também por grandes planos de reforma, inspirados mais uma vez nos modelos europeus, fruto da sua proximidade e convívio com intelectuais e filósofos europeus como Voltaire, Diderot e d’Alembert.

O reforço da autocracia, tendência já secular, veio favorecer ainda mais os aristocratas e agravar a situação dos camponeses. Esta situação viria a dar origem à conturbada revolta liderada por Yemelian Pugatchev, antigo PAGF3rl(F8 situação viria a dar origem à conturbada revolta liderada por Yemelian Pugatchev, antigo oficial dos Cossacos. Tentou elaborar, através de uma sociedade de estudos sobre economia que discutia a questão dos camponeses, um códlgo com a comparência da opinião de todas as faixas da sociedade, ignorando, naturalmente, a dos servos. ? a própria Catarina que, à luz das doutrinas de Montesquieu e de geceria, escreve um Nakaz ou Instrução, que não chegou a ter qualquer efeito na prática. O reforço da servidão era visível: os senhores podiam enviar os seus servos para a Sibéria, e a Ucrânia passou a conhecer a servidão. Tal como Pedro, o Grande, Catarina também se desinteressou o povo russo, pois o que a motivava eram as vitórias militares e, neste contexto, foi bem sucedida: resgatou a Bielorrússia e a Ucrânia Ocidental à Polônia, continuou a dominação no Báltico e expulsou os turcos otomanos da Europa.

A Rússia alargou as suas possessões no Mar Negro em resultado de novas guerras com a Turquia. Penetrou no Cáucaso e estabeleceu um protetorado na Geórgia. A sua ação colonizadora estendeu-se ao continente americano, com o Alasca em 1784. A política da czarina Catarina II guiou a Rússia para um poder nunca antes alcançado, cujo reverso da medalha era a enorme pressão das camadas da população mais desfavorecidas, que viram seu número aumentar com a conquista de enormes territórios durante seu governo. É uma sobrevivência do Antigo Regime que não é compatível com qualquer modelo iluminista que a czarina tentou implementar.

O tempo de espera ainda era considerável, PAGF qualquer modelo iluminista que a czarina tentou implementar. O tempo de espera ainda era considerável, pois a libertação dos povos da humilhação inerente à sua condição de servos só vina a concretizar-se na Revolução de 1917, que levou à queda a inastia Romanov, no entanto sem eliminar as raízes seculares da autocracia na Rússia. Nicolau I (1825-1855) O trono foi passado ao irmão mais jovem de Alexandre I Pavlovitch, Nicolau I, onde aconteceria uma revolta decembrista formuladas por um grupo de oficiais.

O imperador sufocou a revolta aumentando o descontentamento popular com as medidas reacionárias que adotou, Após as revoluções de 1848, que sacudiram toda a Europa, Nicolau iniciou uma campanha contra a difusão das ideias liberais na educação e nos círculos intelectuais. Em seu governo expandiu o império em direção ao mediterrâneo. Após a guerra russo-turca obteve, mediante o tratado de Adrianópolis (1829), soberania sobre os povos do Cáucaso e estabeleceu um protetorado sobre os novos principados da Moldávia e da valáquia, assim como a liberdade de comércio no império Otomano. orém as potências europeias temeram um excessivo poderio russo sobre o decadente estado turco, o que levou à guerra da Criméia (1853-1856), em que a Rússia enfrentou a uma coalizão formada por Turquia, Gra- Bretanha, Piamonte e França, e foi fortemente humilhada. Alexandre II (1855-1881 ) A posição do seu sucessor Alexandre II no mar negro foi eutralizada após a assnatura de paz de paris (1856), além de ter sido abolido o protetorado russo sobre os principados paz de Paris (1856), além de ter sido abolido o protetorado russo sobre os principados do Danúbio, Na política interior, cresceram os movimentos revolucionários.

Os polacos se sublevaram pela segunda vez e a polônia foi colocada sob controle absoluto da Rússia. Esta, por sua vez, retomou sua atitude agressiva contra a Turquia contra a Turquia depois de 1871. O destronamento de Napoleão III permitiu à Rússia ampliar ali sua esfera de influenciam. Quando Sérvia e Montenegro se levantaram contra a Turquia em 1876, a Rússia interveio para ajuda-las; após a guerra russo- turca de 1877 e 1878, Alexandre II conseguiu maiores concessões da Turquia, ainda que tivessem sido moderadas pro parte das potências europeias, temerosas de que a Rússia ampllasse seu domínio.

O fracasso nos Objetivos bélicos exacerbou o descontentamento popular e Alexandre II morreu assassinado e seu filho Alexandre III tomou o trono. Alexandre III (1881-18945) Instituiu censura rígida e supervisão policial das atividades intelectuais. A opressão sobre os judeus foi especialmente dura, manifestando-se através dos pogroms, que incluíam saques e assassinatos coletivos. OS trabalhadores industriais acolheram de bom grado a propaganda revolucionária e as teorias marxistas encontraram numerosos adeptos.

Nas cidades mais industrializadas, como Moscou e Sáo Petersburgo, o desenvolvimento de um movimento revolucionário de carater subversivo encontrou logo grande números de seguidores. Nicolau II (1894-1917) O Czar Nicolau Alexandovitch Romanov havia assumido o trono russo em 10 de n O Czar Nicolau Alexandovitch Romanov havia assumido o rono russo em 10 de novembro de 1894, sucedendo a seu pai Alexandre III. Foi visto como um governante fraco, facilmente dominado por outros, e um firme seguidor dos princípios autocráticos ensinados por seu pai.

A autocracia, a opressão e o controle policial cresceram ainda mais sob seu mandato e aumentou o numero de ações terroristas. Alguns dirigentes revolucionarias exilados, como Lenin, conduziram o movimento socialista. Em relação à politica exterior, os interesses russos na região de Dongbei Pingyuan ou Manchúria chocaram- se com os do império Japonês em expansão, fazendo eclodir assim a uerra em fevereiro de 1904. Necessitando da ajuda do povo para fazer frente à guerra com o Japão, o governo permitiu que um congresso se reunisse em São Petersburgo em novembro de 1904.

Rejeitados pelo governo os pedidos de reforma que fizera o congresso, estes foram assumidos pelos grupos socialistas, que organizaram várias manifestações. Em 22 de janeiro de 1905, milhares de pessoas lideradas por Georgi Apolonvitch Gapon, sacerdote revolucionário, marchavam pacificamente rumo ao palácio de inverno de São Petersburgo, para apresentar seu protesto, quando foram interceptados e metralhados pelas ropas imperiais; centenas deles morreram naquela que passou a ser chamado de Domingo Sangrento.

Com a industrialização acentuada do país a partir de 1890, haviam surgido os operários urbanos e os primeiros grupos de inspiração marxista, dos quais o mais importante viria a ser o Parti primeiros grupos de inspiração marxista, dos quais o mais importante viria a ser o Partido Operário Social-Democrata Russo(POSDR). Com o fracasso russo na guerra com o Japão, acompanhado de pesadas perdas humanas e materiais, o czarismo foi sendo desgastado, estimulando assim os movimentos revolucionários.

Com a penúria russa – tanto da população como a dos combatentes – durante a 1a Guerra Mundial, o país passa por uma grande onda revolucionária que culminaria com a derrubada de Nicolau Il(e seu posterior fuzilamento, junto com toda a família real, pelos bolcheviques), instaurando uma República Parlamentar de curta duração, com a Revolução de Outubro levando o Partido Comunista, encabeçado por Lenin, ao poder.

Após a morte de Lenin – e uma disputa feroz pelo controle do partido – Stálin conquistou o posto máximo dentro do Estado soviético, solidificando cada vez mais um regime autoritário que e tornou absolutista e o tornou o “czar vermelho”. Portanto mesmo após a dissolução da União Soviética e da queda do comunismo, a Russia convive até hoje com uma dinâmica politica e social com raízes autocráticas.

O último dos regimes absolutistas da Europa, apesar de uma revolução popular, mantém resquícios autoritários que vão ainda mais além do período absolutista na Europa. Fontes: VOLTAIRE. Clássicos Jackson vol XXII. Transformações pol[ticas e SOCiajs na Rússia(1597-1796) ANDERSON, PERRY. Linhagens do Estado Absolutista HOBSBAWN, ERIC J. A Era das Revolu«es PAGF8rl(F8

Questões para acompanhamento da aprendizagem

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Notas: 1 O historiador Thomas Kuhn, no livro A estrutura das revoluções científicas [1] , escrito na década de 1960,

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Aula tema 6

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1 -Leia atentamente as frases abaixo. 1) O Brasil é uma nação com cerca de 500 anos de história, ex-colônia

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