Análise da margem de contribuição dos setores de um supermercado de pequeno porte.
FAQ – Faculdade XV de Agosto Trabalho de Conclusão de Curso Análise da margem de contribuição dos setores de um supermercado de pequeno porte. Luiz Antonio Umberto Jr SOCORRO – 2005 p Aluno: Luiz Antonio U Orientador: Prof Ms Trabalho de conclusã deAgosto, Curso de nformaçãoGerencial. Agradecimento OF26 à Faculdade XV e em Sistemas de Agradeço primeiramente a DEUS pois ele é o criador de tudo e graças a ele eu estou concluindo a faculdade.
Agradeço também a todos os meus familiares que sempre me apoiaram e me incentivaram a estudar, ao Felício Jose Sartori que me ajudou sempre que precisei me explicando teorias ou me ando idéias que me ajudaram a chegar onde estou, aos meus amigos de classes que há 4 anos convivemos quase todos os dias trocando experiências e fortalecendo amizades aos professores aos funcionários da faculdade e ao coordenador Luiz Antonio Fernandes.
Resumo Este trabalho é um estudo de caso de um supermercado de contribuição, quanto cada setor obtém de margem de contribuição e quanto a empresa obtém de margem de contribuição total, e quais os produtos mais vendidos. Dessa forma a empresa pode desenvolver planos e projetos, ações que envolvem todas as áreas da empresa. Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são Imprescindíveis. (Bertold Brecht) Sumário INTRODUÇAO „ 07 1. 1 A empresa analisada……. . 2. 0rganograma geral da Empresa. 2 – REFERENCIAL TEORICO 2. 1 Margem de contribuição………………….. — . 09 12 13 2. 4Acurácia de estoque………. 17 19 3- METODOLOGIA. 21 RESULTADOS…………. 29 5- ANÁLISE DOS RESULTADOS… „ 2. 2 custos e 2. 3 curva ABC…. 1 5 2. 5 Ponto de Equilibrio… 26 08 30 FINAIS… . 31 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO. 32 7 1 – Introdução As empresas normalmente precisam se dedicar ao uso de técnicas e instrumentos apropriados de gerenciamento financeiro, para saber a sua situação e projetar caminhos e soluções para um bom desempenho financeiro.
Para tanto, se faz necessário um demonstrativo dos resultados, contemplando o valor das vendas realizadas, o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis com as vendas, as despesas fixas e assim análisar o lucro liquido alcançado. por isso entender de custos, despesas e preços de venda, e também utilizar instrumentos de gestão financeira como a margem de contribuição, ponto de equilíbrio, compreende no esenvolvimento da capacidade gerencial.
Controlar e gerenciar têm sido requisitos imprescindíveis na economia, a regra agora é de não cometer erros. A concorrência obriga a trabalhar com margens cada vez menores ficando multas vezes num perigoso patamar que qualquer descuido com os custos pode fazê-las desaparecer. Controlar cada custo, por menor que seja, e buscar ganhos de produtividades em cada processo da empresa, ampliando a capacidade de fazer lucro, não mais pelo aumento das margens, mas sim, pela redução dos custos.
Alguns produtos têm papel de criação de imagem de preço, estes ão irão contribuir significativamente com o lucro , mas terão a função de levar clientes em uma loja de supermercado tais como: óleo, arroz, sabão em pó, outros pelo contrário, terão o papel de maximizar os gastos do cliente na loja, pela venda de impulso, que certamente contribuirão mais com cliente na loja, pela venda de impulso, que certamente contribuirão mais com margem, porém alavancados pelos anteriores.
Assim, este estudo tem por finalidade discutir o seguinte problema: Qual é a margem de contribuição de cada setor do supermercado analisado? Assim sendo o estudo tem por objetivo análisar a margem de ontribuição de cada setor do supermercado, podendo tomar decisões sobre promoções, aumento ou diminuição da margem de contribuição sem afetar os lucros. Por objetivos secundários tem -se: 8 – Elaborar o ponto de equilíbrio -Controle de entrada e saída de mercadorias. 1. 1.
A empresa analisada A Empresa Supermercado Sartori iniciou suas atividades em 1 968 como uma simples padaria, com vendas de pães, biscoitos e algumas latarias. Constituída como uma empresa familiar, a mão de obra inicial era exercida simplesmente pela família e por dois funcionários contratados como padeiros. Com o passar dos anos, os filhos que eram jovens começaram a constituir famaias, as despesas aumentaram e os lucros diminuíram, nao só devido ao aumento das despesas, mas ? concorrência de outras padarias que surgiram. Os acionistas começaram a investir no setor de supermercado.
A intenção era crescer, gerando mais lucros, para bancar as despesas que haviam aumentado com o crescimento das fam[lias dos acionistas. A empresa acumulou dívidas que representavam, por volta de 1990, mais do que seu próprio valor e de todos os imóveis e propriedades que os sócios tinham. Entrou um novo governo os juros que eram altos, de 30, 40% tiveram uma queda para 10% e, até menos. Os credores foram obrigados a renegociar os uros da dívida, e a empresa Su ermercado Sartori volta a respirar novamente. 4 26 renegociar os juros da divida, e a empresa Supermercado Sartori volta a respirar novamente.
Com as vendas aquecidas e os juros baixos por cerca de um ano, o dinheiro dos credores desvalorizou consideradamente, e a empresa liquida suas dívidas. A empresa Supermercado Sartori está localizada na cidade de Socorro, Estado de São Paulo. Instalada nos arredores da parte central da cidade, o setor dos fundos, depósito. Sua natureza jurídica é de Sociedade por Cotas limitada, onde cada acionista tem um terço da empresa. Está registrada como Comércio, Produtora de pães, biscoitos, bolachas e alimentos de um modo geral. 9 1. 2. Organograma geral da Empresa.
O supermercado Sartori passou a ter um organograma específico, após a realização do diagnóstico empresarial, houve a necessidade de criá-lo com o objetivo de ressaltar as funções desempenhadas pelos funcionários em cada nlVel hierárquico. Encarregado Comercial Contabilidade Gerência Comercial Gerência Financeira Gerência de Produção Entregadores Ajudantes de Padeiros Padeiros Auxiliar de contas a Receber Repositores Balconistas Caixas Confeiteiro Gerência Administrativa Figura 01: Organograma da Empresa Fonte:Dados da pesquisa elaborada pelo autor.
O supermercado é dividido em uatro gerências, sendo gerencia administrativa, gerência d daria), gerência entre outras. 10 O gerente de produção (padaria) tem a função de vistoriar a produção e a qualidade dos produtos e sempre inovar com novos produtos e também realiza a compra da matéria-prima. Conta com apoio dos padeiros e seus auxiliares. Além de administrar o setor produtivo, também dá apoio para a área comercial e tem onhecimento técnico de todos os produtos que fabrica, Incluindo a manutenção de máquinas e equipamentos.
O gerente comercial é encarregado de administrar o setor de compras e vendas, onde são realizados relatórios de vendas, cotações de preços, cálculo de custos e preços de produtos. Cuida também do setor de pessoal, contratação e demissão. para realizar essas funções, conta com um ajudante comercial. O gerente financeiro é responsável pela administração financeira, ou seja, concede crediário a clientes, efetua cobrança, faz orçamentos, verifica contas a pagar e controla a frente de caixas.
Tem apoio, também, de um auxiliar de contas a receber, que tem como responsabilidade controlar, conferir, receber, cobrar, manter a administração informada sobre o setor. Em relação aos clientes, o setor industrial tem uma grande diversidade de tipos de pães, que são distribuídos a hotéis, mini- mercados, padarias e, até mesmo, a outros supermercados. Atualmente, está investindo no setor de padaria, oferecendo ao cliente café da manhã, salgados, sucos, com produtos de própria fabricação, tendo como objetivo divulgá-los alavancando suas vendas e, assim, diversificar seus serviços, para ganhar prest[gio o mercado local.
A organização, apesar de não ter um programa de treinamento para os funcionários, tem se utilizado da experiência dos acionistas e funcionários mais antigo 6 os funcionários, tem se utilizado da experiência dos acionistas e funcionarias mais antigos, que fazem o possível, para que a idéia de um bom atendimento seja mantida, procurando interagir empresa/funcionários/clientes. Por ser uma empresa no ramo supermercadista, atua com diversos tipos de produtos, distribuídos entre os setores: hortifrutigranjeiros, limpeza e higiene, frios e laticínios, mercearia, bebidas, perfumaria e diversos.
Os principais fornecedores são, geralmente os grandes atacados por possuírem o melhor preço. Isso não tira a 11 possibilidade da empresa estar comprando diretamente da indústria e de pequenos fornecedores. Tudo depende do preço de aquisição da mercadoria e da qualidade do produto que se está comprando. 2 – Referencial Teórico. A seguir será apresentado o referencial teórico que foi utilizado nesse trabalho através de pesquisas em livros, artigos e Internet. 2. 1 – Margem de contribuição.
Segundo Lobrigatti (2004) margem é a diferença entre o preço de venda e os custos e as despesas especificas desta venda. E ontribuição representa em quanto o valor das vendas colaborou para o pagamento das despesas fixas e também para gerar lucro. Já segundo Nunes (1999) a diferença entre a receita total e o custo variável total é a quantia de recursos financeiros disponível para o empresário cobrir o custo fixo total e ressarcir o investimento feito no negócio.
A relação entre essa diferença e o total da receita é denominada margem de contribuição. De acordo com Ferreira (2003) a margem de contribuição é estabelecida como a diferença entre o preço de venda e o custo variável unitário multiplicando pela quantidade vendida. Quando o preço de venda ultrapassar o cu o preço de venda ultrapassar o custo variável unitário , é feita uma contribuição para cobrir os custos fixos. O que a empresa necessita saber é’ que números de contribuições precisam ser feitas para cobrir os custos fixos?.
Pode ser observado que a margem de contribuição altera diretamente com a quantidade vendida, logo quando as vendas aumentam uma maior contribuição é feita para a cobertura dos custos fixos. Ter conhecimento da margem de contribuição é essencial para avaliação das atividades operacionais (custo, despesas, preço e venda, mix de produto), para o planejamento de ações posteriores, estabelecimento de metas e outros objetivos desejados (CAVALCANTE, s. d, p. 27) Já para Gitman (2002) “a margem bruta mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou após a empresa ter pago seus produtos”.
Segundo Dias (s. d) a margem de contribuição se refere á diferença entre o preço de venda e o custo variável. Conforme Parreira (1996) a margem de contribuição tem duas finalidades básicas: primeiro, colaborar para o pagamento das despesas fixas ou despesas de funcionamento e, em segundo ugar, contribuir para a formação do lucro. Para Leone (2000) “a margem de contribuição é a diferencia entre o preço de venda unitário e o custo de vendas variável unitário”. 2. – Custos e Despesas Segundo Ferreira (2003) custo variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção ou de vendas. Já para Cavalcante (s. d) as despesas variáveis são as quais os valores variam proporcionalmente com as quantidades vendidas. Já as despesas fixas são valores gastos relacionados com a estrutura da administração da vendidas. Já as despesas fixas são valores gastos relacionados om a estrutura da administração da empresa, tais como água, luz, aluguel e que na maioria estão pouco ou nada relacionadas com a quantidade de vendas.
Algumas empresas nao vão bem financeiramente porque calculam mal o valor gasto com essas despesas e as vendas acabam sendo insuficientes para sua cobertura. Segundo Lobrigatti (2004) as despesas variáveis são valores pagos especificamente pelas vendas efetuadas e são praticamente iguais para os segmentos de industrias comércio e serviços. E geralmente refere-se a: – Impostos sobre as vendas: percentual dos impostos respectivos das notas fiscais emitidas. Comissão de vendas: valores pagos aos funcionários ou representantes pelas vendas realizadas.
Para Sanvicente (1997) custo fixo (figura 02) é todo aquele item de custo ou despesa que não altera, em valor total, com o volume de atividade ou operação. 14 E o custo variável (figura 02) é aquele que se modifica em relação direta com as alterações de volume de atividade. Custo Custo Variável Custo fixo O Quantidade Figura 02 — Custo Variável e Custo fixo. ponte: sanvicente (1997, p. 197) Segundo Dias (s. d) os custos fixos são aqueles que tendem a permanecer constante ao seu total mesmo havendo mudança o volume de atividade da empresa, ou seja, apesar de seu total poder variar num período a outro.
Porém, em cada período de tempo ele não é modificado pela quantidade de produção ou vendas. Os custos variáveis são aqueles ue no seu total variam de acordo com as mudanças atividade . são chamadas fixas porque são, ate certo ponto, inflexível. Tal não acontece em relação às contas variaveis, que mudam na medida das necessidades da gerência. 15 2. 3 – curva ABC O começo da classificação ABC ou cuwa 80-20 é atribuído a Vilfredo Paretto um renascentista italiano do século XIX, que em 897 realizou um estudo sobre a distribuição de renda.
De acordo com este estudo, percebeu-se que a distribuição de riqueza não se dava de maneira uniforme, havendo grande concentração de riqueza (80%) nas mãos de uma pequena parcela da população (20%). “Trata-se de uma ferramenta gerencial que permite identificar quais itens justificam atenção e tratamento adequados quanto a sua importância relativa” (PERREIRA s. d p. l ) Para Dias (1993) a curva ABC é um importante instrumento para a administração. obtém-se a cuma ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa.
Verifica-se, que uma vez obtida a seqüência dos itens e sua classificação ABC, isso resulta imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativa, conforme a importância dos itens”. A curva ABC é uma class’ficação que permite identificar quais os produtos mais significativos no negócio e serve também como parâmetro para o comerciante saber onde esta lucrando ou perdendo dinheiro no negocio. (GESTAO DE MIX PELA CURVA ABC, 2000, p. 1 4). A seguir uma figura demonstrando a curva ABC: 16 Percentual de valor de consumo Anual ABC % números de itens Figura 03 – curva ABC 0 DF 26