Artigo cientifico: por que não ler os classicos

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POR QUE NAO LER OS CLÁSSICOS? EIS A QUESTÃO. Everaldina Pinto de Oliveira Vieira [1] RESUMO O interesse pela realização de um estudo sobre a rejeição dos alunos quanto à leitu iniciou-se durante o Dom José de Haas e em Araçuaí. Estamos referimos à leitura; a org ratura clássica, a scolas Estaduais no le do Jequitinhonha quando nos contrada em todas as séries do ensino fundamental e médio. Diante disso, deve- se estar ciente de que o gostar de ler não tem nada a ver com herança genética ou biológica, ninguém nasce gostando de leitura, aprendemos a gostar de ler e essa aprendizagem é ultural.

O fato demonstra, então, que o modo de abordar a literatura na escola não está recebendo a atenção necessaria, um estímulo adequado. Vê-se, portanto, a necessidade de buscar, criar soluções para que as crianças e adolescentes tenham uma experiência positiva em relação à leitura. Neste trabalho além de mostrar e analisar a pesquisa feita quanta a essa rejeição ao livro literário também pretende, portanto, apresentar propostas pedagógicas que podem possibilitar ao aluno uma experiência gratificante em ler, não uma rotineira tarefa escolar.

Enfim, faz-se ecessário uma mudança na prática pedagógica dos educadores Argumenta-se que uma das finalidades do ensino gramatical é conscientizar o estudante de sua língua, da língua que ele deve aprender a manejar, seja lendo, seja escrevendo. Mas certamente muito poucos estudantes chegarão a produzir textos literários; digo mais: poucos chegarão a adquirir o hábito de ler textos literários. Mas é certamente necessário (embora ainda estejamos terrivelmente longe de consegui-lo) que eles cheguem a manejar a linguagem técnica e jornalística, pelo menos como leitores (PERINI, 1985, p. 7) As qualidades da literatura que a tornam fundamental na formação dos estudantes estão muito além do prosaico comunicador diário e trivial. Há a linguagem artística, que entra no terreno do imprevisível e surpreende pelo inédito e pela criatividade. Ilumina recantos da vida normalmente obscuros, inacessíveis ao gasto linguajar comum. Sabe ser jocosa, sarcástica. E comove, tocando a sensibilidade, libertando no leitor emoções que de outra forma talvez nunca se manifestassem e por isso rejeitam as boas obras.

Quando se fala em rejeição pelos clássicos, logo vêm à cabeça as possíveis causas dessa ntipatia: primeiramente, pensa-se no fator sóclo-econômico que impossibilita a aquisição de bons livros; depois, no hábito da leitura que é socialmente construído e os pais não cultivam esse hábito; a precariedade dos acervos que as bibliotecas das instituições públicas de ensino dispõem, tanto que ao indicar um livro o educador sente-se limitado às obras que a escola oferece; e finalmente, a leitura como atividade avaliativa obrigatória aumenta o desinteresse dos jovens pela mesma.

Seria, então, uma boa opção criar atividades dinâmicas na sal Seria, então, uma boa opção criar atividades dinâmicas na sala de aula para estimular o gosto pela leitura, tanto nos jovens quanto nas crianças, mais facilmente influenciáveis e com um futuro em aberto cheio de gavetas onde guardar o prazer da leitura. Desenvolvimento Leitura: prazer x obrigação Pesquisa realizada nas escolas Estaduais Dom José de Haas e Industrial São José Método 1.

Sujeitos Participaram da pesquisa 160 alunos, de idade entre 14 e 18 anos. Os alunos freqüentam a 2a série do ensino médio das Escolas Estaduais Dom José de Haas e Industrial São José, no Vale do Jequitinhonha em Araçuaí. Pertencentes ao nível sócio- econômico médio-baixo, sendo que 40% trabalham durante o dia e estudam no período noturno. 2. Material Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com questões abertas organizado em 2 (duas) partes.

A primeira parte era referente ao gênero que costumam ler; a segunda, referente ao por que da escolha do gênero_ 123 I ENCICLOPEDIAS LITERATURA CLÁSSICA I BIOGRAFIA I POESIA I ROMANCE I ROMANCE POLICIAL FICÇÃO CIENTIFICA I GIBI REVISTAS INFORMATIVAS I REVISTAS ESPECÍFICAS I (PUBLICO JOVEM) -rotai Resultados 00 104 00 101 | 06 142 103 166 1160 Constatou-se que a leitura de livros (best sellers, poesia, ficção científica, etc. ), é a forma menos frequente entre os 160 educandos pesquisados na 2a série do Ensino Médio das Escolas E. E. Industrial São José e E.

E. Dom José de Haas. Em que 97. 5% dos entrevistados responderam que não possuem a prática de leitura de livros literários. A tabela 01 mostra que as leituras freqüentes destacam-se livros de auto-ajuda (14. 4%) e revistas de especificas para adolescentes (41. 3%), gibis (26. 3%), ficção cientifica (3. 7%), revistas inf PAGF ara adolescentes (41. 3%), gibis (26. 3%), ficção cientifica (3. 7%), revistas informativa (1. 9%) e apenas (2. 5%) gostam de ler os clássicos da literatura, porém nenhum gosta de ler enciclopédias e biografias.

Dentre os livros lidos em menor freqüência foram citados: romance policial e literatura clássica (0. 6 livros de ficção científica (3. 8%), de poesias (3. 1%) e romance (3. 1 Gráfico 01 [PiC] Após ouvir os estudantes justificarem o porquê da rejeição aos livros literários foi pedido a eles, que preenchessem um questlonário. As perguntas têm por objetivo traçar um perfil do luno com o qual se trabalha e analisar suas justificativas. O questionário contém as seguintes perguntas e respectivas respostas, analisadas: Gráfico 02 [pic] A maioria dos alunos, quase 97. %, responderam que não gostam de ler clássicos de nossa lín ua mas referem assistir a filmes ou escutar CDS que se bas atura Brasileira. Essa livro e, somente depois, tachá-lo como complicado ou não. OBS: Nenhum aluno respondeu “a” e “d”. Mais de 50% dos alunos responderam que não lêem livro. Isso demonstra que não podemos achar que os jovens e crianças não são como antigamente, que só se importam com computadores vídeo game, frase que me parece uma desculpa para o nosso próprio fracasso.

Porém, não é a hora de procurar culpados, mas de buscar soluções práticas que possibilitem o resgate e devolvam aos jovens o prazer da leitura. Conclusão Diante dos resultados obtidos com a pesquisa, percebe-se que não adianta querer, simplesmente, mudar a metodologia aplicada, crendo que, ao ler para os alunos como se estivesse em um circo, inventando, gritando, saltitando, pulando, o prazer pela leitura aparece. Esse nada mais é do que um pensamento equivocado. Sendo assim, é preciso incentivar, pela curiosidade, espertar no aluno interesse e desejo de ler.

Para que isso aconteça é preciso inovar. Uma simples narrativa pode ser trabalhada de várias formas: como re-conto, dramatização, mudança de foco, dentre outros. Já com o livro, dependendo da turma, começar com leituras mais simples até chegar as mais complexas através de estudo da perigrafia, para que o aluno se familiarize com tudo em volta para despertar o interesse de saber o que há por dentro da obra. Ou então, ler um capítulo do livro, por exemplo, e discutir sobre ele, gerando no aluno uma ansiedade em conhecer o conteúdo todo.

Pode também criar cartazes em paganda, nos moldes dos desde a capa até os anexos. Como atividade pedir aos alunos que criem outras capas, anexos, epigrafes, dê finais vanados a mesma história, análises de personagens, ler a história em grupo com cada componente lendo um captulo e contando aos demais o enredo, montar peças teatrais dos enredos, produzir seu próprio livro a partir da análise, fazer círculo para comentário da estrutura. Assim, os alunos conhecerão o caráter lúdico da leitura e tomarão gosto pela mesma.

Muitas vezes, para que o aluno tenha compreensão do livro, é ecessário que o professor leve informações prévias, sejam de caráter político, social, econômico ou histórico da época em que Sltua o conflito da narrativa. Informações essas que podem não fazer parte dos conhecimentos dos leitores, por isso, impedi- lo-ia de enxergar com maior riqueza e clareza o que diz o livro. Também, demonstrar o caráter lúdico do trabalho que envolve a leitura realizada na sala e extraclasse; pois, como obrigação afasta os alunos.

Para que seja revertida tal idéia, é preciso criar uma atitude positiva do aluno frente ao trabalho que a ele será apresentado. Em suma, a leitura é válida seja de qualquer gênero desde que bem aproveitada. Mas, é imprescindível mesclar e saber como introduzi-la desde a infância até a fase adulta. por isso, seria um crime nao apresentar a nossa juventude os clássicos, bem como desprezar os não menos expressivos autores atuais.

Se o jovem iniciar com prazer o hábito da leitura, com certeza adquirirá senso crítico para distinguir o bom do mau livro. Referências OLIVEIRA, Maria Alexandre de. Leitura prazer: interação participativa da criança com a literatura infantil na escola. São Paulo: Edições Paulinas, 1996. VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler: formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1997. Brasil, MEC – Ministério da Educaçao. PCN – parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio.

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