Aspectos da filosofia contemporânea.

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1. Nossos dias: a pós-modernidade Desde o fim dos anos 1970 surgiu a ideia de que a modernidade (sociedade industrial) terminara e que se iniciara a pos- modernidade (pós-industrial). O que era a modernidade? Era o conjunto de ideias e de valores que haviam norteado a filosofia as ciências desde o fim do século XVIII até os anos de 1 980, e que podemos brevemente resumir nos seguintes aspectos: • No campo do conhecimento: racionalismo; distinção entre interior e exterior ou entresujeito e objeto; afirmação da capacidade da razão humana para conhecer a essência ou a strutura interna de todos os seres. ?? No campo da prática: afirmação da diferença entre a Swipe to page necessidade que reg ordem humana da c os seres humanos sé nau : o público e o privado afirmação de um sen ora leis da natureza ea s); afirmação de que vres; distinção entre Rev. Francesa; ria ou de ideais revolucionários de emancipação do g nero humano. O pensamento pós-moderno critica essas idéias e as recusa: • Considera infundadas e ilusórias as pretensões da razão no conhecimento e na prática, quando não um disfarce para o exercício da dominação sobre os homens. ??? Julga que o conhecimento não se define por procedimentos articulados à distinção entre verdade e falsidade, e sim pelos critérios da utilidade e da eficácia: um conhecimento é válido se for útil ou se for eficaz (se servir de algo aqui e agora) ou se for eficaz para a obtenção obtenção de fins desejados por quem conhece, não importa que fins sejam. • Considera infundada a distinção entre sujeito e objeto, pois o conhecimento não visa a uma realidade existente em si mesma, e sim à invenção ou construção de objetos teóricos e técnicos. No aso da filosofia, essa criação é feita por meio da linguagem, que, tal como na literatura, não diz o que as coisas são, mas cria coisas ao falar delas). • Não admite a distinção entre ordem natural necessária e ordem histórica ou cultura instituída pelos homens: ambas são invenções ou instituições humanas, contingentes, efêmeras e passageiras. • Não admite a definição do ser humano como animal racional dotado de vontade livre, mas o concebe como um ser passional, desejante, que age movido por impulsos e instintos, embora, ao mesmo tempo, institua uma ordem social que reprime seus esejos e paixões. ?? Desconfia da política: a democracia gera a apatia crescente dos cidadãos; o socialismo e o comunismo desembocaram em regimes e sociedades autoritárias. Por isso desconfia da distinção entre o público e o privado e dá importância à esfera da intimidade individual. • Dá importância à ideia de diferença. Ou seja, em lugar de tomar a sociedade como uma estrutura que opera pela divisão social de classes, concebe o social como uma teia fragmentada de grupos que se diferenciam por etnia, gênero, religião, costumes, comportamentos, gostos e preferências.

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