Barroco no brasil e em portugal

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Barroco no Brasil e em Portugal E. E Prefeito Domingos de Souza Guarujá, 31 de outubro de 2011 Caroline Miranda de Souza N013- 106 Português Barroco em Portugal O Barroco desenvolveu-se dentro de um período que alternava momentos de depressão e pessimismo com instantes de euforia e nacionalismo. É uma época de crise, turbulência e incertezas que serviu de inspiração para uma arte dinâmica, violenta, to nextgEge perturbada, diferent desejados pelos clás É a arte do conflito, d cn e da dúvida.

Reflete renascentista, racion or6 mo e da serenidade a contradição a humanista, quinhentista (século WI) e o espírito medieval, m stico, religioso, exacerbado pela Contra-Reforma Católica. Expressa, na irregularidade de suas formas contrastantes, o conflito espiritual entre: fé e razão, teocentrismo e antropocentrismo, ceticismo e mundanismo, misticismo e sensualismo, céu e terra, alma e corpo, espirito e carne. ? expressão de um homem repartido entre forças e princípios rivais: esta vida e a outra vida; o mundo daqui e o de além; o natural e o sobrenatural. O corpo tenta a alma e quer queimá-la com a paixão; a alma castiga o corpo pecador, castiga-o com fogo orque quer purificá-lo e reduzi-lo a cinzas.

Desse esp(rito dualista decorrem: na Literatura, a sobrecarga de antíteses, paradoxos e oximoros; na Pintura, o jogo de luz e sombra, de claros e escuros; na Escultura e na Arquitetura, a exacerbação dos contrastes alto-relevo e baixo-relevo, formas côncavas e convexas; na Música, os esquemas polifônicos geradores do contraponto e da fuga. A produção seiscentista da Literatura Portuguesa privilegia como gêneros literários a poesla lírica, a oratória seca, o teatro de costumes, a prosa moralizante, a epistolografia e a historiografia.

Apesar dos extremos de preciosismo, de hermetismo, de afetação e de frivolidade que caracterizam a produção das academias poéticas de retórica (Academia dos singulares, Lisboa, 1628-1665; Academia dos Generosos, Lisboa, 1647 – 1717); apesar da esterilidade e do rebuscamento artificial dos poetas reunidos nas célebres antologias Fênix Renascida (Lisboa, 1716 – 1762) e Postilhão de Apolo (Lisboa, 1761 – 1762), o Barroco em Portugal deixou algumas contribuições importantes como o enriquecimento das possibilidades expressivas e impressivas da imagética (imagens, metáforas, símbolos, alegorias), a valorização e analogias sensoriais ainda não exploradas pela Arte, o aprofundamento dramático do sentimento da complexidade e do mundo interior e da análise racional desse mundo. Barroco no Brasil Período artístico que, no Brasil, iniciou-se nos séculos KVII e XVIII, a partir do ciclo do ouro. Envolveu todas as atividades culturais e foi a primeira escola artística que conseguiu formular expressões tipicamente brasileiras, símbolos do nascente sentimento nacionalista.

O barroco brasileiro caracteriza-se pelo movimento sinuoso das formas, pelo jogo dos opostos, pela luz tangente e ela exuberância dos detalhes e de ornamentos. O Barroco, apesar de ter sido iniciado na Bahia, com o chamado Barroco Açucareiro, teve ornamentos. Barroco Açucareiro, teve em Minas o seu ponto alto como arte, quer seja na escultura, arquitetura, pintura ou música. Com o Barroco Açucareiro, fica o mérito da literatura, com nomes como Gregório de Matos Guerra (1633-1696), também conhecido por Boca do Inferno, por sua poesia satírica, que condenava os alicerces sociais da Bahia na segunda metade do século XVII, e Pe. Antônio Vieira, maior representante da oratória sacra em língua portuguesa. O barroco brasileiro apresenta peculiaridades que o diferenciam do barroco europeu.

A arte barroca de Minas Gerais revela grande proximidade com a arte das cidades portuguesas de Braga e do Porto. O barroco mineiro acabou por sobrepujar ao da metrópole, especialmente nas obras de Aleijadinho, em Congonhas do Campo e Ouro Preto. O Barroco tornou-se a verdadeira expressão de liberdade, em uma fase de dominação e opressão. Consistiu na possibilidade de infringir as regras trazidas pelos europeus e criar soluções inesperadas. A integração das artes, característica do barroco mineiro, só foi possivel com m trabalho sistemático de equipe, experimentando materiais locais e suas aplicações ideais. Os aperfeiçoamentos na arte de construir foram sucessivos.

As irmandades estimulavam o surgimento dos artistas, especialmente na região das minas. A sociedade tornou-se mais flexível, menos rígida e menos preconceituosa com os artistas mulatos e caboclos. Criou-se uma consciência profissional e nacional. Arquitetos e mestres estipulavam regras e condições. As igrejas passaram a ser construídas com duas torres PAGF3rl(F6 e mestres estipulavam regras e condições. As igrejas passaram ser construídas com duas torres cilíndricas nos flancos dos frontispícios e a decoração interior sugeria a sinuosidade das pedras entalhadas, fundamentando o novo estilo. As torres foram coroadas de abóbadas de pedra.

Antônio Francisco Pombal, tio de Aleijadinho, criou em madeira, na Matriz do Pilar, em Ouro Preto, um espaço ovulado em forma de decágono irregular. Este novo estilo foi usado na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, de Catas Altas, e na Igreja de Santa Efigênia, também em Ouro Preto. Devem ser assinalados o acentuado relevo das figuras dos anjos e a modificação das struturas dos altares. Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Catas Altas – MG Nas regiões litorâneas, o barroco diferenciou-se do mineiro. Ligado ao ciclo da cana-de-açúcar, o barroco nordestino aproximou-se da aristocracia rural, exuberante e pomposa, estilo que se refletiu na riqueza das construções eclesiásticas e nas grandes varandas das casas-grandes e santas casas.

No Rio de Janeiro, uma nova linguagem artística surgiu com características próprias: imagens de santos destacados da formas arquitetónicas e mais leveza nos maiores espaços lisos entre os ornatos. Francisco Xavier de Brito, autor da talha dos seis altares laterais da Igreja da Ordem Terceira da Penitência, e Manuel de Brito foram os introdutores das modificações que diferenciam o barroco carioca do barroco mineiro e nordestino. Antônio Vieira Ninguém angariou tantas críticas e inimizades quanto o “impiedoso” Padre Antônio Vieira, detentor de um invejável volume de obras literárias, inquietantes p PAGF volume de obras literárias, inquietantes para os padrões da época. ollticamente, Vieira tinha contra si a pequena burguesia cristã (por defender o capitalismo judaico e os cristãos-novos); os equenos comerciantes (por defender o monopólio comercial) e os administradores e colonos (por defender os índios). Essas posições, principalmente a defesa dos cristãos-novos, custaram a Vieira uma condenação da Inquisição, ficando preso de 1665 a 1667. A obra do Padre Antônio Vieira pode ser dividida em três tipos de trabalhos: Profecias, Cartas e Sermões. As Profecias constam de três obras: História do Futuro, Esperanças de Portugal e Clavis prophetarum. Nelas se notam o sebastianismo e as esperanças de que Portugal se tornaria o “quinto império do Mundo”. Segundo ele, tal fato estaria scrito na Bíblia.

Aqui ele demonstra bem seu estilo alegórico de interpretação bíblica (uma característica quase que constante de religiosos brasileiros íntimos da literatura barroca). Além, é claro, de revelar um nacionalismo megalomaníaco e servidão incomum. O grosso da produção literária do Padre Antônio Vieira está nas cerca de 500 cartas. Elas versam sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, sobre a Inquisição e os cristãos novos e sobre a situação da colónia, transformando-se em importantes documentos históricos. O melhor de sua obra, no entanto, está nos 200 sermões. De estilo barroco conceptista, totalmente oposto ao Gongorismo, o pregador português joga com as idéias e os conceitos, segundo os ensinamentos de retórica dos jesuítas.

Um dos seus principais e os conceitos, segundo os ensinamentos de retórica dos jesuítas. Um dos seus principais trabalhos é o Sermão da Sexagésima, pregado na capela Real de Lisboa, em 1655. A obra também ficou conhecida como “A palavra de Deus’ . polêmico, este sermão resume a arte de pregar. Com ele, Vieira procurou atingir seus adversários catolicos, os gongóricos dominicanos, analisando o sermão “Porque não frutificava a Palavra de Deus na terra”, atribuindo-lhes culpa. Trecho do Sermão da Sexagésima, no qual o padre critica seus contemporâneos: ‘Ter nome de pregador, ou ser pregador de nome, não importa nada; as ações, a vida, o exemplo, as obras, são as que convertem o mundo. Conclusão O Barroco desenvolveu-se em um período especial, época em que Portugal passava por momentos de pessimismo, fato que tornou a literatura barroca diferente dos clássicos conhecidos na No Brasil o Barroco Iniciou-se a partir do ciclo do ouro, e foi prmeira escola artistlca que conseguiu criar expressões tipicamente brasileiras, um fato muito importante para o começo de um sentimento nacionalista. Um dos nomes luso-brasileiro mais destacados foi o do padre Antonio Vieira com o seu Sermão da Sexagésima, no qual repreende os pregadores de sua época por usarem o interesse dos homens ao invés da vontade de Deus nas pregações. Bibliografia http://www. feranet21 . com. br/dicas/portugues/literatura _ portuguesa/barroco. htm http://www. angelfire. com/linux/barroco/antonio. htm http://www. falalingua. hpg. ig. com. br/barroco_brasileiro. htm

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