Bioma mata atlantica
Introdução Mata Atlântica Segundo Mantovani (1993, apud Adams, 2000), a floresta encontrada sobre serrarias costeiras denomina-se Floresta pluvlal Tropical, Floresta Ombrófila Densa ou, genericamente, Mata Atlântica. A elaboração dos textos que seguem, teve como referência esta classificação. A Mata Atlântica é a segunda floresta neotropical em tamanho, depois da Floresta Amazônica (Adams, op. cit. ) Localiza-se sobre uma antiga cadeia de montanhas, que se estende ao longo da costa brasileira. Os primeiros estudo desenvolvidos a parti o PACE 1 cobria boa parte do li ra; até o RS, de forma q
Atualmente, seus re a Atlântica, que esta floresta ndo-se desde o RN em a menos de 8% da cobertura original (SOS Mata Atl ntica, 1995), sendo que as maiores áreas estão nas regiões Sul e Sudeste. Algumas características homogeneízam este ecossistema que, por estender-se de Norte a Sul, poderia apresentar diversas formações florestais. São elas: a) suave e gradual mudança na biota b) reglme clmático similar c) história geológica longa e comum d) tipo de solo similar blocos, normalmente, de rochas graníticas (magmáticas).
Rochas calcárias, vulneráveis à dissolução química, formam cavernas e as ormadas por quartzitos sobressaem-se na paisagem, como é o caso do Morro do Jaraguá, em São Paulo. Mata Atlântica engloba 17 estados brasileiros (RS, SC, PR, SP, MS, GO, MG, R], ES, BAAL, SE, PE, PB, RN, CE e PI) Mata Atlântica em 1 500 Estado Área de domínio Alagoas 52% Bahia 31% Espírito Santo 100% Goiás Mato Grosso do Sul Minas Gerais Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio de Janeiro 13 caboclo ribeirinho.
Apesar do grande patrimônio cultural, o processo de desenvolvimento desenfreado fez com que essas populações ficassem de certa forma marginalizadas e muitas vezes fossem expulsas de seus territórios originais. III. Área em km2 Em 1. 500 sua extensão ori PAGF 13 mais de I . 290. 692 km2 grau de tolerância e à capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. Ex: sabiá-laranjeira, sanhaço, pica-pau, gambá, morcegos, entre outros. b. Os especialistas, ao contrário dos primeiros, são extremamente exigentes quanto aos hábitats que acupam.
São animais que vivem em áreas de floresta primária ou secundária em alto grau de regeneração, apresentando uma dieta bastante específica. Para este grupo, a alteração do ambiente significa a necessidade de procurar novos hábitats que apresentem ondições semelhantes às anteriores. Ocorre também a necessidade de grandes áreas para sobreviverem, sendo que sua redução pode ocasionar a impossibilidade de encontrar um parceiro para reprodução, comprometendo o número de indivíduos da espécie, podendo levá-la à extinção.
Alguns destes animais, por representarem o topo de cadeias alimentares, possuem um número reduzido de filhotes, o que dificulta ainda mais a manutenção destas populações. Ex: onça-pintada, mono- carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre outros. A relação entre animais e plantas da Mata Atlântica é bastante harmônica. O fornecimento de alimento ao animal em troca do auxllio na perpetuação de uma espécie vegetal, é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores foram adaptando hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio.
Flores grandes e coloridas atraem muitos beija- flores, as perfumadas atraem as mariposas e algumas flores, para atrair moscas, exalam um perfume semelhante ao de podridão. Acredita se que três a cada quatro espécies vegetais da Mata Atlântica, sejam dispersadas por animais, principalmente por aves quatro espécies vegetais da Mata Atlântica, sejam dispersadas or animais, principalmente por aves e mamiferos, que alimentam-se de frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da ingestão. pássaros frugívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes muitas vezes bem pequenas.
Jacarés e lagartos, aproveitam os frutos caídos no chão e mamíferos como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em grandes áreas. Um breve resumo sobre os grupos: Mamíferos No final do Pleistoceno, com a extinção maciça dos animais gigantes, a fauna brasileira de mamíferos terrestres foi empobrecida, mas as variedade de espécies de pequeno porte se manteve. A Mata Atlântica possui 250 espécies de mamíferos, sendo 55 endêmicas, com a possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas.
São os componentes da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caça, verificando-se o desaparecimento total de algumas espécies em certos locais. Há uma grande quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e apesar de não ser tão rica em primatas quanto a Amazônia, possul um número razoável de espécies (Adams, 2000). Exceto em relação aos primatas, quase nada se sabe sobre a situação dos demais grupos de mamíferos da Mata Atlântica. Coimbra filho, 1984; Câmara, 1991). Aves A Mata Atlântica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta, com 1020 espécies. ? um importante centro de endemismo, com 188 espécies endêmicas e 104 ameaçadas de extlnção. Estas espécies encontram-se ameaçadas principalmente pela destruição de hábitats, pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre hábitats, pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é o das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma mpla distribuição, estão sofrendo uma drástica redução de seus nichos.
Várias espécies quase se extinguiram pela caça, como é o caso dos beija-flores e psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos) (Por, 1992). Anfíbios Com hábitos predominantemente noturnos e discretos, o que os torna pouco visíveis em seu ambiente natural, os anfíbios representam um dos mais fascinantes grupos. Exploram praticamente todos os hábitats disponíveis; apresentam estratégias reprodutivas altamente diversificadas e muitas vezes bastante sofisticadas, ocupam posição variável na cadeia limentar e possuem vocalizações características, demonstrando a diversificação biológica e seu sucesso evolutivo.
Em relação aos anuros (sapos, rãs e pererecas), um ecossistema bastante importante é o conhecido “copo” das bromélias, um reservatório que serve de moradia, alimentação e local para reprodução de algumas espécies. A Mata Atlântica concentra 370 espécies de anfibios, cerca de 65% das especies brasileiras conhecidas. Destas, 90 são endémicas, evidenciando a importância deste grupo. Répteis Em relação à fauna de répteis, grande parte apresenta ampla istribuição geográfica, ocorrendo em outras formações como a Amazônia, Cerrado e até na Caatinga.
No entanto, são conhecidas muitas espécies endêmicas da Mata Atlântica, por exemplo, o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA. 2000). Uma comparação entre os répteis da Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste dos Ande Uma comparação entre os répteis da Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste dos Andes (Dixon, 1979, apud Por, 1992) mostrou que a Mata Atlântica possui 150 espécies, das quais 43 também existem na Amazônia, 1 nos Andes e 18 são de larga distribuição eotropical. O endemismo dos répteis da Mata Atlântica é bastante acentuado, entretanto novas espécies ainda estão sendo descobertas. Por, 1992) Peixes Os ecossistemas aquáticos da Mata Atlântica brasileira possuem fauna de peixes muito variada, associada de forma íntima ? floresta que lhe proporciona proteção e alimento. ( MMA, 2000) O número total de espécies de peixes da Mata Atlântica é 350, destas, 133 são endémicas. O alto grau dJe endemismo é resultado do processo de evolução das espécies, em área isolada das demais bacias hidrográficas brasileiras. (MMA, 2000) A maior parte dos rios encontra-se degradada, principalmente pela eliminação das matas ciliares, erosão, assoreamento, poluição e represamento.
Apesar de estudada há bastante tempo, a fauna de água doce brasileira não é bem conhecida Nos rios da mata ombrófila densa, existem espécies dependentes da floresta para seu ciclo de vida, principalmente aquelas que se almentam de insetos, folhas, frutos e flores (Adams, 2000), contribuindo também para a dispersão de sementes e frutos e para a manutenção do equilíbrio do ambiente aquático. V. Flora A vegetação da Mata Atlântica é conhecida principalmente por ua exuberância e diversidade, é uma das mais ricas do planeta.
A Serra do Mar (SP) contém mais de 800 espécies de árvores, sem falar nas plantas não arbóreas, como as trepadeiras, ervas e gramíneas. A floresta pode ser d falar nas plantas não arbóreas, como as trepadeiras, ervas e A floresta pode ser dividida em extratos. O extrato superior é chamado de dossel (20-30m), que é composto pelas árvores mais altas, adultas, que recebem toda a intensidade da luz solar que chega na superfície do planeta. As copas destas árvores formam uma espécie de mosaico, devido à diversidade de espécies.
Aí estão as canelas, as leguminosas (anjicos e jacarandás), os ipês, o manacá-da-serra, o guapuruvú, entre muitas outras. As árvores do interior da mata fazem parte do extrato arbustivo, formado por espécies arbóreas que vivem toda a sua vida sombreadas pelas árvores do dossel. Entre elas estão as jabuticabeiras, o palmto Jussara e as begônias, por exemplo. O extrato herbáceo é formado por plantas de pequeno porte que vivem próximas ao solo, como é o caso de arbustos, eluas, gramíneas, musgos, selaginelas e plantas jovens que irão compor os outros extratos uando atingirem a fase adulta.
Em regiões de floresta atlântica onde o índice pluviométrico é maior, tornando o ambiente muito úmido, é favorecida a existência de briófitas (musgos) e pteridófitas (samambaias, por exemplo). Entretanto, para outras plantas, o excesso de umidade pode ser prejudlcial e suas folhas, muitas vezes, apresentam adaptação para não reterem água, sendo inclinadas, ponteagudas, cerificadas e sulcadas, facilitando o escoamento da água, evitando o acúmulo, que poderia causar apodrecimento dos tecidos.
Existem plantas que crescem sobre outras, utilizando troncos e olhas como substrato de fixação: as epífitas (epi= sobre / fito— planta) e as lianas. As primeiras são as bromélias, orquideas, as epífitas (epi- sobre / fito- planta) e as lianas. As primeiras são as bromélias, orquídeas, cactáceas, entre outras, que não retiram seus nutrientes do solo. As lianas, são as trepadeiras, que se fixam no solo mas utilizam outras plantas para apoiarem- se na tentativa de alcançar o dossel.
Muitas destas plantas tiveram que adaptar-se a períodos de seca, pois contam apenas com as chuvas e a umidade do ar para obtenção de água, já que não estão ligadas ao solo. Estas adaptações dizem respeito ao armazenamento de água em suas folhas ou, como no caso das bromélias, a formação de um reservatorio de água no centro da planta, que também serve de moradia e local para alimentação e reprodução de muitos animais.
As plantas epífitas e lianas não são necessariamente parasitas, multas utilizam a planta hospedeira somente para fixação e apoio, não sendo prejudicial. No chão da floresta, misturados à serrapilheira, vivem inúmeras espécies de fungos, como os cogumelos basidiomicetos (ex. orelha de pau). Outro tipo de fungo, são as micorrizas, que ivem associadas às raízes das árvores auxiliando na absorção de nutrientes. Também misturados ao solo, estão as sementes e plântulas que aguardam uma entrada de luz para iniciarem seu processo de crescimento.
A luminosldade é pouca no interior da mata, por ser filtrada pelo dossel. As plantas dos extratos inferiores normalmente possuem folhas maiores, para aumentar a superfície de captação de luz. A perda de folhas, dirigindo um maior gasto de energia para o crescimento do caule e este, sendo fino e longo, também parece ser uma estratégia para a planta alcançar o dossel e conseqüentemente, mais luz. A intera consequentemente, mais luz. A interação entre animais e plantas na Mata Atlântica se dá através de um processo de co-evolução. ode-se observar especializações extremamente singulares, onde apenas uma espécie de inseto tem a capacidade de polinizar uma determinada espécie de planta. Insetos, aves e mamíferos são os principais polinizadores e dispersores de sementes, mas também existe a dispersão pelo vento (eólica) e pela água, como é o caso dos musgos e algumas plantas com sementes capazes de boiar. VI. Hidrografia As regiões da Mata Atlântica têm alto índice pluviométrico devido ?s chuvas de encosta causadas pelas montanhas que barram a passagem das nuvens. ? comum pensarmos na complexidade de um bioma por aspectos de sua fauna e flora, mas um elemento fundamental para a existência da biodiversidade é a água. E se a água é essencial para dar vida a um bioma como a Mata Atlântica, suas florestas têm um papel vital para a manutenção dos processos hidrológicos que garantem a qualidade e volume dos cursos d’água. Além disso, as atividades humanas desenvolvidas dentro do bioma também dependem da á ua para a manutenção da agricultura, da pesca, da i mércio, do turismo, da