Candidíase
SUMÁRIO Introdução… 04 Objetivos… 05 06 Agente Causador…………. Ciclo to view nut*ge 07 Epidemiologia………………….. — 08 Causas da Contribuintes • • • • _pg. 08 Fontes de Reinfecção….. Diagnóstico • • 10 Conclusão…. Bibliografia. • • • 12 INTRODUÇAO A candidíase é uma micose oportunista primária ou secundária, endógena ou exógena, reconhecida como doença sexualmente transmissível (DST), causada por leveduras do gênero Candida.
As lesões podem variar de superficiais a profundas; brandas, agudas ou crônicas; envolvendo diversos lugares, como boca, garganta, íngua, pele, couro cabeludo, genitálias, dedos, unhas e por vezes órgãos internos. A epidemiologia da candidíase depende da predisposição do hospedeiro (imunodepressão), carga parasitária e virulência fúngica. Sendo assim elas tornam-se agressivas, portanto, patogénicas.
A candidíase vulvovaginal é caracterlzada por inflamação verdadeira da vagina devido à infecção por Candida sp_ Incluem-se neste espectro pacientes com ou sem sintomas cujo diagnóstico foi estabelecido por cultura positiva de secreção vaginall. Alguns microbiologistas supõem que Candida possa ser encontrada na vagina, sem causar sintomas, fazendo parte da sua flora normal. Já foram identificadas várias cepas de Candida sp. Há consenso na literatura que a Candida albicans é o agente etiológico mais comum das vaginites micótlcas, ocorrendo em 80 a 95% dos casos.
As espécies não- albicans como a Candida glabrata, C. tropicalis e outras são responsáveis pelos casos restantes de infecção fúngica vulvovaginal. Observa-se que a prevalência de vulvovaginite por Candida sp causada por PAGF70F11 prevalência de vulvovaginite por Candida sp causada por spécies não-albicans vem aumentando nas últimas décadas. Muitos fatores de risco potenciais para candidíase vulvovaginal têm Sldo descritos, uso de antibióticos, contraceptivos orais, a presença de diabete melito, gravidez, uso de roupas justas, absorventes e deficiências imunológicas especificas.
Especula-se que hábitos higiênicos inadequados possam ser possíveis fatores predisponentes da contaminação vaginal, dentre eles a higiene anal realizada no sentido do ânus para a vagina, e os resíduos de fezes nas calcinhas poderiam ser a origem das leveduras no desenvolvimento das candidíase vulvovaginal. OBJETIVO Com o objetivo de compreender a magnitude dessa infecção, foi realizado uma revisão da doença Candidíase, em que abordou seus aspectos etiológicos, sintomas, diagnósticos, tratamentos e sua prevenção, feita por meio de consultas literárias e artigos cientificos.
CANDIDÍASE Candnidíase ou candidose é uma micose causada por leveduras do gênero Candida, em que a lesão pode ser branda, aguda ou crônica, superficial ou profunda, e de espectro clínico bem variável. O principal agente das candidíases é a C. albicans. A maioria dos estudos mostra que esta espécie constitui 60% dos solados de amostras clínicas. Uma vez que esta levedura faz parte da microbiota humana, ela é considerada uma micose oportunista. Espécies de Candida residem como comensais, fazendo parte da microbiota normal dos indivíduos sadios.
Todavia, quando há uma ruptura no balanço normal da microbiota ou o sistema imune do hospedeiro encontra-se comprometido, as espécies do gênero Candida tendem a manifesta ões a ressivas, tornando-se patogênicas. Quanto à ori endógena, quando 11 tornando-se patogênicas. Quanto à origem, pode ser endógena, quando oriunda da microbiota; ou exógena, como uma DST. As leveduras do gênero Candida têm grande importância, pela alta frequência com que infectam e colonlzam o hospedeiro humano.
Espécies de Candida são encontradas no tubo gastrointestinal em da população adulta saudável. Entre as mulheres, cerca de 20 a 30% apresentam colonização por Candida vaginal, e em hospitais, o gênero Candida responde por cerca de 80% das infecções fúngicas documentadas, representando um grande desafio aos clínicos de diferentes especialidades devido às dificuldades diagnósticas e terapêuticas das infecções causadas por tais agentes.
Infecções por Candida envolvem um espectro amplo de doenças superficiais e invasivas oportunistas, acometendo pacientes expostos a uma grande diversidade de fatores de risco. Infecções de pele e mucosas podem ser documentadas em pacientes saudáveis, mas com pequenas alterações locais de resposta do hospedeiro no s[tio da infecção. Por outro lado, infecções sistêmicas por Candida podem comprometer vísceras como resultado de disseminação hematogênica, complicações infecciosas estas geralmente documentadas em pacientes críticos, portadores de doenças degenerativas e/ ou neoplásicas.
AGENTE CAUSADOR Os fungos são encontrados em quase todos os lugares da Terra; alguns (fungos saprófitas) vivem na matéria orgânica, na água e no solo, e outros (fungos parasitas) vivem na superf(cie ou no interior de animais e vegetais. Alguns são prejudiciais, enquanto outros são benéficos. Os fungos constituem um grupo diversificado de eucariontes que incluem leveduras, bolores e cogumelos. As leveduras são organismos microscópicos eucariontes unicelulares desprovidos de micélio. Células i PAGFd0F11 são organismos microscópicos eucariontes unicelulares desprovidos de micélio.
Células individuais de leveduras (às vezes chamadas de blastosporos ou bastoconídios) só podem ser observadas ao microscópio. Normalmente se reproduzem por brotamento, mas ocasionalmente se reproduzem por um tipo de formação de esporo. Às vezes forma-se um cordão de brotos alongados denominados pseudo-hifa. A Candida albicans é a levedura mais frequentemente isolada de amostras clinicas de seres humanos. No laboratório, as leveduras produzem colônias que se assemelham as colônias bacterianas. Uma colônia de levedura pode ser diferenciada de uma colônia bacteriana ao e realizar um esfregaço a fresco.
Pequena porção da colônia é misturada com uma gota de água ou salina em uma lâmina de microscópio, posteriormente coberta por uma lamínula; seguindo-se a observação da preparação ao microscópio. As leveduras são normalmente maiores que as bactérias (variam de 3 a 8 pm de diâmetro); são de normalmente de formato oval. E algumas podem ser observadas durante o processo de brotamento. As bactérias não produzem brotos. Cabe ressaltar que a C. albicans faz parte da microbiota normal da vagina. Sua proliferação é que está normalmente relacionado om a manifestação da candid(ase vaginal.
A candidíase pode ser manifestada por imunidade baixa, isto é, baixa defesa do organismo; podendo estar relacionada ao estresse, e a doenças como diabetes e Lúpus eritematoso sistêmico. Ciclo Celular (Modelo C. albicans) C. albicans é uma levedura diploide com história de dimorfismo fúngico invertido, enquanto outros fungos se encontram na natureza na fase micellana e causam doenças no homem na fase leveduriforme, C. albicans comporta-se de modo contrário. A biologia de C. albicans apresenta difere leveduriforme, C. albicans comporta se de modo contrário. A biologia de C. lbicans apresenta diferentes aspectos, entre eles, a habilidade de se apresentar com distintas morfologias. A fase unlcelular leveduriforme pode gerar um broto e formar hifas verdadeiras. Entre esses dois extremos, brotamento e filamentação, o fungo ainda pode exibir uma variedade de morfologias durante seu crescimento, formando assim as pseudo-hifas, que na realidade são leveduras alongadas unidas entre si. A mudança na morfologia de fase leveduriforme para filamentosa pode ser induzida por uma variedade de condições ambientais, como variação de temperatura e de pH7.
Mudanças na micromorfologia ocorrem em função da expressão genética, que se reflete na macromorfologla do desenvolvimentoleveduriforme quanto à cor, que pode ser do branco ao creme, e ao aspecto, pastoso, brilhoso ou opaco. Clamidoconfdios (clamidosporos) são estruturas de resistência encontradas em C. albicans, são formadas quando o fungo se encontra em um local onde não há todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento, como por exemplo, meios de cultura feitos à base de arroz e milho, como o industrializado corn meal.
A formação de clamidoconídios sob condições specificas é uma das maneiras eficientes de se distinguir C. albicans de C. dubliniensis. EPIDEMIOLOGIA Acredita-se que pelo menos 75% das mulheres tem pelo menos um episódio de infecção fúngica em sua vida e aproximadamente 40 a vivem um novo surto. Cinco por cento das mulheres apresentam episódios recorrentes devido a terapêutica efetiva tornar-se extremamente dificil nestes casos. A infecção afeta milhares de mulheres adultas.
A incidência tem aumentado nos últimos anos, devido o aumento do número de PAGF60F11 adultas. aumento do número de mulheres infectadas por espécies não C. lbicans de cândida. No Brasll um estudo multicêntrico sobre agentes causadores de vaginites afirma que a candidíase foi responsável por 23,7%. Depende da localização geográfica e do nível socioeconômico, aproximadamente 44% das mulheres podem ter uma ou mais espécies de cândida como constituinte da flora vaginal. A presença de um micro-organismo não significa doença.
CAUSAS DA CANDIDÍASE Em mulheres a candidíase vaginal é a segunda maior causa de ardor vaginal, comichão e descarga vaginal. Estas leveduras encontram-se na vagina de 20% a 50% das mulheres saudáveis e odem ter um desenvolvimento exagerado quando mudam as condições na vagina. A utilização de antibióticos ou de esteroides é a razão mais comum para o sobre desenvolvimento do fungo. A gravidez, menstruação, esperma, diabetes e a pílula anticoncepcional também podem contribuir para uma candidíase vaginal. A candidíase vaginal é mais comum depois da menopausa. Pessoas que tem um sistema imunitário enfraquecido por causa de tratamentos de câncer, esteroides ou doenças como a AIDS, a candidíase pode ocorrer em todo o corpo e pode ser fatal. O sangue, cérebro, olhos, rins e o coração são os órgãos mais fetados. Apesar disso o fungo da cândida também pode crescer nos pulmões, fígado e no baço. A candidíase é uma das maiores causas de esofagite (inflamação do esôfago) em pessoas com o AIDS. * Cerca de 1 das pessoas com um sistema imunitário enfraquecido desenvolvem uma doen a sistêmica por causa da candidíase.
Estas infecçõe rrente sanguínea através através de cortes ou falhas na pele ou nas membranas mucosas. Os fungos cândida podem acumular-se numa determinada área devido ao uso frequente de antibióticos, que matam a bactéria que mantém o fungo sob controle. As utilizações de engenhos implantados na pele como os cateteres para urinar ou para dar soro também dao acesso para o fungo entrar no organismo. Os utilizadores de drogas injetáveis que utilizam seringas sujas podem injetar o fungo diretamente para a corrente sanguínea ou para os tecidos.
Contribuintes Para a Infecção – Gravidez: o meio vaginal fica favorável ao desenvolvimento da cândida devido ao aumento dos níveis de estrogênio. – Anticoncepcionais: o estrogênio também fica abundante no fluxo vaginal. – Menopausa: a diminuição dos hormônios femininos faz com ue a mucosa vaginal fique menos resistente. – Corticoides: provoca alteração no sistema imunológico. – Antibióticos: podem gerar um desequilbrio entre a flora bacteriana do órgão gental feminino e a micótica. Distúrbios endócrinos: como o diabetes, que provoca alta concentração de açúcar no meio vaginal e na urina. – Higiene pessoal: um mau hábito de higiene pode disseminar os micro-organismos do intestino para o órgão genital feminino. – Roupa íntima de material sintético: produz uma situação de calor e umidade sobre a pele, acúmulo de suor, favorecendo o crescimento da cândida. Agentes sensibilizantes de pele: a pele pode sofrer lesões ou inflamação pela ação de sabonetes, desodorantes e nebulizações vaginais (ducha). Relações sexuais: a mulher pode adquirir candidíase vaginal através da autoinfestação e contaminar o seu parceiro sexual, que passa a ser uma fonte de contágio. Fontes De Reinfecção passa a ser uma fonte de contágio. – parceiros masculinos: mesmo não apresentando os sintomas, a mulher pode passar a candidíase ao seu parceiro. Poucos homens apresentam os sintomas, mas são fontes de reinfecção. – Pele dos genitais: a candidíase pode reaparecer a partir de esões, como um trauma provocado na relação sexual. Artigos de uso pessoal: os fungos ficam em escovas de dentes, bidês, banheiras e roupas íntimas. – Trato gastrointestinal: o intestino é um reservatório de colonização. Uma higiene íntima inadequada pode provocar a disseminação do micro-organismo do intestlno para o órgão genital feminino, causando reinfestação. DIAGNOSTICO O diagnóstico fundamenta-se no quadro clínico e no exame microscópico; o pH vaginal é ácido (entre 3,5 – 4,5). Clínico Sinais e Slntomas: prurido vaginal, secreção branco (Ieltosa), dor u dificuldade para as relações, disúria, polaciúria.
Exame Ginecológico: Vulva eritematosa, edemaciada com escoriações, corrimento, condições que facilitam a patogenicidade da candida. Laboratorial Exame microscópico à fresco da secreção vaginal misturada com solução salina, KOH a 10% ou bacterioscopia com coloração pelo método de GRANI. A principal alteração citológlca encontrada é a presença do agente na forma de filamentos ramificados (pseudo- hifas) e de seus brotamentos (esporos), os quais indicam infecção ativa e não saprófita; lactobacilos e neutrófilos são numerosos e s alterações nucleares são intensas.
O exame direto não é su lucidaçào diagnóstica só a PAGF40F11 específico e deve ser utilizada quando houver sintomatologia clínica e os exames anteriores forem negativos; os meios mais utilizados são Sabourraud e Nickerson. A Imunofluorescência e a coaglutinação são outras alternatlvas que agilizam o diagnóstico. Diferencial O principal diagnóstico diferencial se faz com a tricomoniase, nesta o prurido é ligeiro, ocasionalmente ocorre ardência; os períodos de exacerbação ocorre no período pós-menstrual, não á relação com gravidez, diabetes, uso de antibióticos ou corticoides.
A secreção é profusa, espumosa, amarelo-esverdeada e fétida; o pH vaginal situa-se entre – 7,5. 3 Outros diagnósticos diferenciais: gonococcia, vulvovaginose bacteriana inespecífica, vaginite por H. vaginalis, endocer,’icite, vulvovaginite química, leucoplasia, vaginite atrófica, pediculose. TRATAMENTO O tratamento para combater a candidíase é feito à base de antimicóticos mas deve-se tentar tratar as causas da candidíase para evitar as recidivas. O tratamento é sistêmico e também é eito com cremes locais à base de antifúngicos, em geral de 3 a 7 dias.
Em casos mais resistentes, deve-se fazer o tratamento por via oral, bem como na suspeita de que o parceiro também tenha a doença, este deverá ser tratado. PREVENÇÃO Usar sabonete neutro, em banhos diários, preferencialmente mais de um banho por dia no verão. usar roupa íntima de algodão, evitando produtos sintéticos, inclusive meia calça, para que a pele possa respirar e a umidade ser diminuída. No contato sexual, usar preservativo. É aconselhável fazer a higiene genital com muito cuidado, evitando o uso de duchas vaginais. CONCLUSAO