Doenças sistemas respiratorios

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Capítulo 15 DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO 15. 1 Introdução O sistema respiratório constitui uma interface importante do organismo humano com o meio ambiente particularmente com o ar e seus constituintes, gases e aerossóis, sob a forma líquida ou sólida. A poluição do ar nos ambientes de trabalho associa- S”içxtc se a uma extensa ga acometem desde o n a p I or7 que influenciam ose os • as propriedades quí características própri respiratório, que l. Entre os fatores es agentes estão e aerossóis e as rança genética, hábitos de vida, como tabagismo e doenças preexistentes.

O diagnóstico das doenças respiratórias relacionadas ao trabalho se baseia em: na história clinica-ocupacional completa, explorando os sintomas respiratórios, sinais clínicos e exames complementares. o estabelecimento da relação temporal adequada entre o evento e as exposições a que foi submetido o trabalhador. Considerando a latência de certas patologias, como por exemplo as neoplasias de pulmão e pleura, são importantes as informações sobre a história ocupacional do individuo e de seus pais, como na exposição pregressa ao asbesto trazido do local de trabalho nos uniformes rofissionais contaminando o ambiente familiar.

Também devem ser colhidas informações sobre atividades de lazer ou hobbies (manipulação de resinas, epóxi, massas plásticas, solda, madeiras ocupacional; informações epidemiológicas existentes e estudo do conhecimento diisponível na literatura especializada; informações sobre o perfil profissiográfico do trabalhador e fornecidas pelo empregador, ou sobre avaliações ambientais inspeção da empresa/local de trabalho; e propedêutica complementar.

Os exames complementares mais utilizados são: radiologia do tórax; rovas de função pulmonar (espirometria, volumes pulmonares, difusão de C02); broncoscopia com lavado broncoalveolar; biópsia; testes cutâneos, gasometria arterial, hemograma, entre outros. As pneumoconioses são frequentemente assintomáticas nas fases iniciais, tornando a radiografia de tórax periódica de suma importância para o diagnóstico e intervenção precoce, com evidentes beneficios para o trabalhador.

O exame radiológico de tórax, no caso da suspeita de uma pneumoconiose, deve ser realizado e interpretado segundo os padrões estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) na “Classificação Internacional das Radiografias de Pneumoconioses da OIT”.

A versão atual, de 1980, utiliza padrões radiológicos para as diversas categorias de lesões e sua correta utilização pressupõe que: as radiografias padrão mais próximas do caso em estudo devem ser cotejados, lado a lado, com os radiogramas em interpretação, no sentido de aumentar a acurácia; o radiograma deve ser avaliado em relação à sua qualidade e classificado em 1- bom, 2- aceitavel, 3- ruim e 4- inaceitável, devendo esta ser repetida; para a decisão se as alterações são compatíveis com uma des observadas no pneumoconiose, a presen com uma pneumoconiose, a presença das opacidades observadas no exame devem ser classificadas de acordo com sua forma, tamanho, profusão e localização. As alterações pleurais também devem ser classificadas. A prevenção das doenças do Sistema Respiratório relacionadas com o trabalho baseia se nos procedimentos de vigilância da saúde dos trabalhadores que inclui a vigilância (epidemiológica) de agravos e a vigilância (sanitária) dos ambientes e condições de trabalho. Utiliza conhecimentos médico-cl[nicos, epidemiológicos, e higiene ocupacional, toxicologia, ergonomia, psicologia, entre outras disciplinas, valoriza a percepção dos trabalhadores sobre o trabalho e a saúde e considera as normas técnicas e regulamentos vigentes.

Estes procedimentos podem ser resumidos em: reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam substâncias químicas, agentes físicos e biológicos e fatores de risco decorrentes da organização do trabalho potencialmente causadores de doença; identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde, decorrentes da exposição aos fatores de risco identificados; dentificação e proposição de medidas de controle que devem ser adotadas para a eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e para proteção dos trabalhadores educação e informação aos trabalhadores e empregadores A partir da confirmação do diagnóstico da doença, e de sua relação com o trabalho, seguindo os procedimentos descritos no capítulo 2, os serviços de saúde responsáveis pela atenção aos trabalhadores devem implementar as seguintes ações: avaliação da necessidade de afastamento (temporário ou permanente) do trabalha PAGF3rl(F7 seguintes ações: ermanente) do trabalhador da exposição, do setor de trabalho ou do trabalho como um todo; se o trabalhador é segurado pelo SAT, da Previdência Social, solicitar a emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT à empresa, preencher o Laudo de Exame Médico (CEM) da CAT e encaminhá-la ao INSS.

Em caso de recusa de emissão de CAT pela empresa, o médico assistente (ou serviço médico) deve fazê-lo; acompanhamento e registro da evolução do caso, particularmente se houver pioras ou agravamento no retorno ao trabalho; notificação do agravo ao sistema de informação de morbidade o SUS e à Delegacia Regional do Trabalho e aos sindicato da base a que pertence o trabalhador ; ações de vigilância epidemiológica visando a identificação de outros casos, através da busca ativa na mesma empresa ou ambiente de trabalho, ou em outras empresas do mesmo ramo de atividade, na área geográfica inspeção na empresa ou ambiente de trabalho, de origem do paciente, ou em outras empresas do mesmo ramo de atividade na área geográfica, procurando identificar os fatores de risco para a saúde e as medidas de proteção coletiva e equipamentos e medidas de proteção individual utilizados. Se necessário, complementar a identificação do agente (químico, físico ou biológico) e das condições de trabalho determinantes do agravo e de outros fatores de risco que podem estar contribuindo para a ocorrência; identificação e recomendação ao empregador quanto às medldas de proteção e controle a serem adotadas, informando-as aos trabalhadores. As principais medidas de proteção da saúde e prevenção d informando-as aos trabalhadores.

As principais medidas de proteção da saúde e prevenção da exposlção aos fatores de risco são: substituição de tecnologias de produção por outras menos rriscadas para a saúde; isolamento do agente/substância ou enclausuramento do processo; medidas rigorosas de higiene e segurança do trabalho, como adoção de sistemas de ventilação local exaustara e geral adequados e eficientes; utilização de capelas de exaustão; controle de vazamentos e incidentes mediante manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos; e acompanhamento de seu cumprimento; monitoramento ambiental sistemático; adoção de sistemas seguros de trabalho e operacionais e de transporte; classificação e rotulagem das substâncias químicas segundo propriedades oxicológicas e toxicidade; manutenção de condições ambientais gerais e de conforto para os trabalhadores adequadas, e facilidades para higiene pessoal como instalações sanitárias adequadas, banheiros, chuveiros, pias com água limpa corrente e em abundância; vestuário adequado e limpo diariamente; diminuição do tempo de exposição e do número de trabalhadores expostos; e fornecimento de equipamentos de proteção individual, adequados, com manutenção indicada, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como edlda temporária, em emergências. Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, estas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem ser de qualidade e adequadas às exposições, treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância manipulada ou para grupos de substâncias passiveis de serem retiradas pelo mesmo filtro.

Os filtros devem ser rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa NO. 1, de 11/04/1994, estabelece regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória. As ações de controle médico visam identificar a doença em seu estado latente, ou inicial, quando algum tipo de intervenção pode reverter ou diminuir a velocidade de instalação ou a progressão dos processos patológicos. Devem ser realizados exames admissional e periódico dos trabalhadores expostos, utilizando questionários padronizados de sintomas respiratórios, nformações sobre os antecedentes pessoais e familiares.

O exame clínico, direcionado para o aparelho respiratório, deve ser complementado, de acordo com os fatores de risco aos quais o trablhador está exposto, por telerradiografia de tórax, feita segundo a técnica padronizada pela OIT (1980), que permite melhor vizualização das lesões, a espirometria, de acordo com a técnica preconizada pela American Thoracic Society (1987 , e outros recursos diagnósticos por imagem como Tomografia Computadorizada de alta Resolução (TCR). Para a caracterização da deficiência e incapacidade decorrentes as doenças do aparelho respiratório, relacionadas ou não com o trabalho, deverão ser valorizados sintomas como dispnéia, tosse, sibilância, produção de escarro, hemoptise, acompanhados ou não, de avaliação objeti PAGFsrl(F7 não, de avaliação objetiva da função pulmonar, que pode incluir a espirometria, a capacidade de difusão do monóxido de carbono, testes de exercício, etc. para determinadas doenças, por sua natureza e curso, algumas destas provas não se aplicam e não estão indicadas.

A Norma Técnica sobre Pneumoconioses do INSS (Ordem de Serviço No. 09, de 5/8/98) orienta a avaliação da deficiência ou disfunção, e critérios de estagiamento das doenças do Sistema Respiratório visando a concessão dos Benefícios por incapacidade para o trabalho delas decorrentes nos trabalhadores segurados. A Figura 15. 1, apresentada a seguir mostra o sistema de graduação da disfunção respiratória adotado pelo Consenso Brasileiro sobre Espirometria-1996. Os parâmetros de análise são clínicos (dispnéia) e funcionais. Figura 15. 1 – GRADUAÇAO DA DISFUNÇÃO RESPIRATORIA GRAU SEM DISFUNÇÃO DISFUNÇÃO LEVE DISFUNÇAO MODERADA DISFUNÇAO GRAVE PAGFarl(F7

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